Prólogo

Depois da guerra

Pois a dor não desaparece, não se cura. Você somente se acostuma a ela e segue em frente.

O mundo bruxo estava em total calmaria, mas isso não significava que estava em total felicidade. A grande guerra havia acabado a mais de três meses, mas o rastro de sangue nos corações e mentes do povo bruxo ainda estava vivo.

Três meses havia se passado e lagrimas ainda manchavam o rosto de muitos, a guerra havia levado amigos, amores, familiares, conhecidos. Mas ninguém sofria tanto quanto uma grande família composta por ruivos e morenos, que vivia em uma pequena para eles casa torta chamada de Toca. Eles eram os Weasley, perderam familiares, Percy, Carlinhos, perderam amigos, olho-tonto, Kingsley, perderam conhecidos, Lilás, Dino, Lino.

Hermione havia perdido a única família, os pais, e tudo por tentar mantê-los seguros. Ninguém havia conseguido reverter o Obliviate e ninguém entendia o porquê, nada dava a ela motivo para sorrir, até que o ultimo pedido de Dumbledore havia sido realizado, de seu cofre de segurança máxima em Gringotes havia sido retirado uma carta, cujo destino era traçado a duas únicas pessoas, não era Potter, e sim a Hermione Grander, que agora vivia com os Weasley, e a Pansy Parkinson, que depois da condenação de seus pais, passou a viver com Draco e Narcisa Malfoy.

O pedido do Diretor era inegável, a carta só poderia ser lida na presença de ambas. E isso é que foi feito. Mesmo sem entender as duas se levantaram na manha monótona de um dia agradavelmente quente de agosto, se arrumaram se juntaram aos mais velhos de sua casa e partiram ao encontro do mais novo ministro da magia, Joshua Micley.

Eles não entendiam nada, e entenderam menos ainda quando Hermione e Pansy se trataram particularmente bem, apesar do passado. Cumprimentaram-se e se sentaram lado a lado como se as brigas do antigo tempo do colégio nunca houvessem existido.

Tempo depois as duas foram chamadas para uma grande sala do ministério com uma enorme mesa mogno e se sentaram.

Leio aqui as ultimas vontades de Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore, deixo esta carta para que Hermione Granger e Pansy Parkinson leiam juntas e juntas decidam o destino da mesma. A carta com o numero um poderá ser lida com outros, mas a carta de numero dois só poderá ser aberta quando as duas estiverem sós. leu o ministro e de dentro de uma pasta negra ele retirou uma carta com um grande numero um escrito em letra grande e forte.

Ele a abriu e se colocou a ler, pedindo que não fosse interrompido;

Srtas. Hermione e Pansy,

Venho através desta contar-lhes um segredo que lhes foram ocultado até o dia de hoje. Poucos sabem que no passado Amélia e Nestor Parkinson tiveram uma filha, não, não a Srta Pansy, eles tiveram outra um ano antes. Uma bela garotinha com olhos castanhos esverdeados, e de cabelo loiro como o pai.

Um ano depois eles tiveram sua segunda filha, Pansy, uma garota de olhos esverdeados com os cabelos castanhos da mãe. Com a guerra acontecendo eles quase não ficavam com as filhas, mas depois da queda de Voldemort foram decretadas suas inocências e eles começaram a levar uma vida tranqüila, na medida do possível, mas nem todos no mundo bruxo aceitaram essa justiça, acreditavam, mesmo sem provas, que os Parkinson mereciam mais, e quando não conseguiram atingi-los eles se voltaram as crianças.

Querendo justiça muitos invadiram a mansão, a pequena Pansy estava no colo da mãe e logo foi protegida, e o pai assim que pode correu até o quarto da outra, mas lá só havia um berço vazio, a primogênita do casal havia sido seqüestrada e nunca fora encontrada, até a noite em que chegou ao castelo de Hogwarts em seu primeiro ano, com uma única semelhança os olhos nunca ninguém cogitou a hipótese, até que eu liguei os pontos, com um pouco de sangue das duas crianças recorri a um feitiço de familiaridade familires e descobri a verdade.

Você Hermione, é a filha desaparecida dos Parkinson, e peço a vocês duas que me perdoem por nunca ter contado. Se não acreditarem peço a vocês que façam o feitiço ou recorram a seus pais para confirmarem tanto o seqüestro no caso de Pansy - quanto à adoção no caso de Hermione.

Espero que fiquem bem.

Atenciosamente,

Alvo Dumbledore.

O silencio reinava entre os que lá estavam presentes, ninguém conseguia digerir a informação de que Hermione e Pansy eram irmãs.

Com um floreio de varinha do ministro e um sussurrado feitiço Familires uma linha prateada se enlaçou ao punho direito de ambas as garotas, e todos que conheciam o feitiço viram a verdade das palavras lidas outrora.

Ambas choravam por nunca ter conhecido a verdade, duas garotas que se odiavam e se matavam até um tempo atrás, duas garotas de lados opostos da guerra, agora irmãs.

Olhando uma para a outra, juntas se levantaram e se abraçaram, elas se sentiam sozinhas e fracas, ambas haviam perdido a única família real, e agora, apesar de tudo, era bom saber que tinham uma a outra, nesse abraço tudo foi deixado para trás.

Elas eram agora as irmãs Parkinson.

*

Dias se passaram, e as duas se empenharam em se conhecer e se entender, e até que não fora tão difícil. Pansy não era tão má e atirada, quanto às pessoas falavam, ela era animada e divertida, e sabia esconder bem a tristeza, era inteligente, determinada e adorava se provar. E Hermione depois da guerra, se descobriu mais divertida e brincalhona, depois de anos ao lado de Harry e Rony, descobriu seu gosto por quebrar regras e isso foi o que Pansy mais gostou de ver, a irritante sabe-tudo, fazendo brincadeiras e sendo sarcástica.

Juntas elas se empenharam em seguir em frente e tentar ao máximo ser feliz, mesmo apesar de toda dor, o que ajudava a cada uma sorrir era saber que tinham uma a outra e saber que um dia os pais sairiam da prisão, e com o banimento dos dementadores, eles sairiam bem o suficiente para terem uma bela família.

O mundo bruxo demorou mais para se acostumar com a idéia, principalmente os Weasleys e os Malfoys, que por amor a Pansy e a Hermione, aturavam as duas juntas nos finais de semana fazendo brincadeiras e bagunças.

Juntas elas deixaram Draco rosa, e Narcisa com bigode por dois dias. Deixaram Harry e Rony verdes e gosmentos e ajudaram Fred e Jorge nos novos logros para reabertura da loja. E com toda essa bagunça e diversão, a carta de numero dois quase ficou esquecida, mas foi quase, como jogada do destino, ao abrir a janela do quarto nToca uma rajada de vento tirou o envelope da mesinha para cair aos pés de Pansy.

vamos lê-la agora? perguntou a garota.

Vamos. disse Hermione se sentando na cama.

Pansy fez o mesmo e abriu a carta começando a ler;

Pansy e Hermione,

Se estiverem lendo esta carta significa que já sabem a verdade, e que já tiveram tempo o suficiente para se acostumar com ela.

Tenho um ultimo pedido a fazer a vocês duas, tenho uma missão que se for feita com sucesso, salvará milhares de pessoas que morreram na guerra e que sofreram após ela.

A missão é simples, na caixinha azul no envelope contém quatro bolinhas azuis e quatro bolinhas vermelhas. Vocês voltaram no tempo, e tentaram mudar o futuro, contendo Tom Ridley de se tornar Lord Voldemort.

Vocês usaram uma bolinha azul cada uma e elas as levará para 1977, ano em que seus pais e os pais de Harry viviam em Hogwarts, a poção das bolinhas é muito poderosa e desgastante então deverão descansar por um mês nesse tempo para então usar as outras duas bolinhas azuis e irem para 1954, ultimo ano de Tom Ridley em Hogwarts.

As bolinhas vermelhas as trarão de volta no mesmo esquema, indo para 1977 e depois voltando ao dia de hoje.

Pensem com cautela. Hermione você sabe tudo sobre mexer com o tempo e saberá o que fazer. Pensem bem, seja qual for a decisão, ela será valida.

OBS: Tom Ridley já tinha duas horcrux nesse tempo, o diário e o anel. Se der certo de vocês pararem Tom, vocês desapareceram e voltaram há seus tempos, ninguém, além de vocês, se lembrara que um dia existiu guerra ou Voldemort, vocês iram reescrever o passado, e quando voltarem terão reescrito também o futuro.

Boa Sorte.

Atenciosamente,

Alvo Dumbledore.

As garotas leram varias vezes a mesma carta, não sabia o que dizer ou o que fazer. Andaram e andaram pensando sem saber o tempo que havia se passado, e quando finalmente se olharam disseram juntas.

Eu vou.

Elas poderiam salvar amigos e conhecidos, salvar seus pais. E sem Voldemort elas não seriam separadas. Sabiam dos riscos, e sabiam que o mundo bruxo estava em paz e seguro agora, mas também sabiam que as marcas de sangue do passado acompanhariam todos ali para sempre.

Elas iriam, e não mudariam de idéia.