A Rua dos Sonhos escrita por Aislyn


Capítulo 4
Rendição




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Urahara Shouten – 22:00

No interior do estabelecimento de Urahara Kisuke, Kira e Hisagi esperavam por seus gigais. Há algumas horas receberam um comunicado da Soul Society com ordens para que ficassem mais alguns dias em Karakura, monitorando ações de hollows. Para os dois fukutaichous aquilo era perfeito, a não ser pelo fato de não saberem onde ficariam. Como Urahara não estava, ficaram intimidados perante Tsukabishi Tessai e não quiseram incomodar. Uma hora depois, finalmente seus gigais estavam prontos. Tessai também entregou a eles frascos contendo Gigonkan, mais conhecidos como Soul Candy. Quando entraram nos gigais, os dois entreolharam-se. Após alguns minutos de silêncio, Kira começou a rir.

– Esta roupa está engraçada demais!

Ele apontava para o amigo que vestia uma camiseta colada ao corpo sem mangas, com um zíper que ia até um pouco acima de seu peitoral, contudo, mostrava parte de seu físico. Por cima da camiseta uma jaqueta preta de couro aberta, sem mangas também, com zíperes prateados e vários bolsos. A calça cargo preta com bolso em ambos os lados estava bem apertada por um cinto descolado de fivela prateada e nos pés, calçava um coturno folgado. Hisagi começou a balançar o braço esquerdo, parecia ter gostado da pulseira de couro enfeitada por duas caveiras em que pendia uma corrente que as unia. Ele não deixou por menos e também apontou para Kira, dando gargalhadas.

– Pelo menos eu estou sexy! Você parece um almofadinha!

O fukutaichou do Sanbantai deu um soco no ombro direito do amigo, não havia gostado do comentário. Ele estava usando uma camisa azul de gola branca, com alguns botões, um terno bem cortado preto e calças sociais do mesmo tom. Nos pés, sapatos de couro preto de boa qualidade. Do bolso, Kira retirou um óculos escuro e colocou no rosto, aquilo fez com que Hisagi risse ainda mais.

– Você está com inveja – rebateu Kira. – Ao menos eu não pareço um adolescente querendo mostrar que é rebelde e que tem músculos... Hunft!

– Eu com inveja desta sua roupinha? Tsc! – Hisagi olhou para baixo e viu que parte de sua roupa debaixo azul estava à mostra, aquilo o fez se achar ainda mais sexy. – Você é que tem inveja por eu ter o que mostrar!

– Claro que tem o que mostrar! Seu físico incrível de mulherzinha...

– Agora você foi longe demais!

Hisagi saltou para cima de Kira e ambos começaram a brigar, rolavam que nem duas crianças pelo piso de madeira da loja. Ururu chegou bem na hora, estava com uma panela na mão e uma colher, então, bateu para fazer ruído. Sem sucesso. Tessai deu de ombros e olhou para Jinta. O garoto sorriu, pegou uma vassoura e começou a bater nos dois.

– Isto aqui não é um ringue!

Os dois fukutaichous imediatamente se separaram e levantaram como se nada tivesse acontecido. Após uma reverência a Tessai, eles saíram dali. Kira foi à dianteira e Hisagi o seguiu, com as duas mãos entrelaçadas atrás da cabeça. Ambos caminharam por alguns minutos, passavam pela frente de um restaurante movimentado quando seus estômagos roncaram. Pareciam até ter combinado, os dois jogaram os braços para baixo como se tivessem com um fardo nos ombros e suspiraram.

– Como vamos pagar a comida daqui?

– Eu não sei, Hisagi-kun... Por que você não vende o seu corpo sexy?

– Cretino! Isto não é hora para piadas...

– Você tem razão – Kira concordou com um ar de tristeza. – Você pode ir até a casa do Kurosaki-Kun!

– E você? – Hisagi ergueu a sobrancelha e pôs as mãos na cintura. – Quanto mistério...

– Vou pescar alguma coisa... Carpas talvez – ele sorriu e fez uma reverência. – Jaa ne, Hisagi-kun... Espero que você realmente vá até a casa do Kurosaki-kun.

– Eu vou, às vezes acho que meu estômago fala mais alto que a minha vontade... Enfim. Até.

Hisagi e Kira seguiram caminhos diferentes. O fukutaichou do Kyuubantai tinha a certeza de que encontraria abrigo na casa dos Kurosaki, senão, seria obrigado a pedir asilo para Yasutora Sado e em último caso para a Urahara Shouten. Kira sabia bem qual caminho trilharia, apesar de que em sua condição, agora estava mais arriscado. Não poderia deixar com que alguém o visse, tinha que zelar pela integridade de alguém. Ele saiu correndo, em trinta minutos, chegou até o portal do templo Amaterasu Omikami. Pela primeira vez estava fazendo algo do tipo, invadindo uma propriedade, indo contra os seus princípios. Ele mesmo já havia estranhado a sua atitude anteriormente e passou a estranhar ainda mais, agia como se fosse alguém decidido, muito contrário ao que era realmente. Seria deveras fácil encontrá-la, precisava apenas se guiar pela reiatsu dela, não era tão forte, mas ainda assim poderia ser sentida à longa distância. Aquilo o preocupava de certa forma, talvez criaturas malignas pudessem se deixar guiar por isto. Quando chegou até a janela que dava para o quarto de Sora, Kira sentiu as bochechas arderem, estava envergonhado pelo que queria fazer.
Sora não conseguiu dormir, pensava em tudo o que havia acontecido naquele dia enquanto refazia o seu desenho. Não deixaria Daisuke sentir o gostinho de ter destruído a sua obra, queria que ele visse que ela poderia desenhar o seu anjo quantas vezes quisesse. Ela estava com um kimono azul claro, os cabelos presos no alto da cabeça com dois prendedores de bambu, preparava-se para deitar quando ouviu duas batidas em sua janela. Sora meneou a cabeça, como trancou a porta, imaginou que Daisuke resolveu incomodá-la pela janela. Ela já estava com várias pedras nas mãos, entretanto, quando abriu a janela teve uma surpresa. Uma grata surpresa. Ele acenou para ela, estava sem jeito e com um meio sorriso. Sora exibiu um sorriso de ponta a ponta quando o viu, mas havia algo de diferente nele, não sentia mais a grande quantidade de energia que ele emanava.

– Izuru-kun, por favor, entre...

– Não me atrevo, Sora-chan, este é o seu quarto – falou ele em voz baixa.

– Aqui ninguém vai vê-lo... Entre, por favor.

Ele jamais negaria aquele pedido, até porque, foi ali para ter com ela mais uma vez. Sora apontou a cama para que ele pudesse se sentar e sentou ao lado dele, não sabia bem o que falar. Ele também não tinha certeza por onde começar, contudo, seu estômago fez por ele. A sacerdotisa riu quando notou que Kira ficou sem graça, imaginou que se ele realmente veio de outro mundo, não teria como arrumar algo para comer tão facilmente.

– Sinto muito – ele bateu com a mão no estômago. – Não como nada há horas.

– Vou trazer algo para você comer...

Sora saiu apressada e foi até a cozinha. Ao abrir a geladeira, viu que não tinha muita opção, então, pegou dois sanduíches para ele e um pedaço grande de torta de limão com um ingrediente secreto no recheio, sua especialidade. Quando estava saindo da cozinha com a bandeja na mão, viu que se esqueceu da bebida e que a opção mais fácil no momento era um refrigerante de cola. Ao vê-la entrar no quarto, Kira imediatamente levantou-se para ajudá-la, pegando a bandeja. Sora fechou a porta com cuidado para não fazer ruídos e girou a chave algumas vezes. Ela pegou a bandeja novamente e a colocou sobre a sua mesa de estudos. O fukutaichou sentou-se, tudo em que pensava era na comida, até reparar no desenho que estava em um porta-retratos diante dele. Ela corou imediatamente, ainda mais quando ele viu também o seu último desenho. Kira atentou-se na data do primeiro desenho, era de doze anos atrás.

– Sora-chan... Você guardou isto por todos estes anos? – Indagou ainda desconcertado. – É o uniforme da academia...

– Esta foi a forma que encontrei para imortalizá-lo... Nunca pensei que voltaria a vê-lo, bem, você já sabe.

– Devo confessar-lhe um segredo – Kira abriu a lata de refrigerante e desembrulhou um dos sanduíches, não queria olhar diretamente para ela. – Ainda guardo a pulseira que você deixou cair naquela noite.

– Sério, Izuru-kun? – Era algo que Sora realmente não esperava. – Isto quer dizer que você também se lembrou de mim durante estes anos?

– Uhum...

O shinigami deu a primeira mordida no sanduíche, não parou até devorar o outro e chegar à sobremesa. Assim que levou um pedaço de torta à boca, ele ficou com uma expressão de contentamento, nunca comeu algo tão delicioso em toda a sua vida e podia jurar que o recheio era um pouco familiar. Satisfeito, foi sentar-se ao lado de Sora na cama, ela estava pensativa.

– Não sei como agradecê-la... A propósito, aquela torta foi a melhor coisa que já comi!

– Fico feliz – ela enrubesceu. – Eu mesma preparei... Nunca conto o meu segredo para ninguém, mas costumo colocar um pouco de Agar-Agar no recheio da torta.

– Você sabia que Agar-Agar é a minha comida favorita? Gosto de tudo o que tenha – confessou Kira.

– Vou cozinhar alguma coisa especial para você com isto então, Izuru-kun. Agora, me diga o que há de diferente com você? Por que está vestido desta forma?

– Longa história – ele encostou-se na parede e tirou os sapatos, sentia-se à vontade finalmente perto dela. – Será que posso ficar aqui esta noite? Quero dizer... Pelo templo.

– Você pode dormir aqui mesmo, eu tenho um futon bastante confortável! Ninguém aparece em meu quarto mais hoje...

– Mas, não é certo, Sora-chan... Eu respeito você, acima de tudo.

– Eu sei, meu anjo querido!

Sora também encostou-se na parede e ficou olhando-o enquanto ele contava a respeito do gigai, queria se fazer entendido, apesar de achar que para alguém de fora era tudo muito complicado. Não teve como escapar de um relato sobre a reiatsu, Sora desconhecia tal palavra e ficou encantada ao saber que ela também possuía uma reiatsu notável. Tudo o que ele falava parecia música aos ouvidos dela, a Soul Society parecia um mundo bem melhor, apesar de tudo.

– Então, Izuru-kun... Se cada bantai tem um taichou, onde está o seu? – O fukutaichou imediatamente passou da alegria para a melancolia. Ela reparou naquilo, então colocou a mão timidamente sobre a mão direita dele e baixou a cabeça. – Perdão... Você não precisa falar.

– Acho que preciso – sussurrou ele com tristeza. – Desta vez, sou eu quem precisa conversar...

– Meus ouvidos são seus.

Aos poucos, ainda com receios, ele falou para Sora o que aconteceu há algum tempo na Soul Society, era difícil demais ter que voltar àquele passado tão recente. Continuava se sentindo um tolo por ter seguido Ichimaru Gin e jamais o perdoaria, por mais que o tempo pudesse passar. Lealdade era uma palavra muito forte para Kira Izuru, acreditava que ser leal aos seus companheiros fazia parte de sua honra. Sora admirou a força que seu anjo tivera para suportar tudo aquilo, não se imaginava naquela situação, sendo traída por quem ela mais confiava. Jamais pensou que tudo aquilo pudesse estar alheio aos seus olhos, uma verdadeira guerra num mundo espiritual que poderia até mesmo prejudicar seu próprio mundo. Se soubesse, teria ficado mais atenta a tudo o que acontecia ao seu redor. Quando ele finalizou, apertou a mão dela que ainda estava junto a sua. Não sabia bem como explicar o que estava sentindo por ela, mas era algo muito forte. Sora também sentia o mesmo, achava que o seu coração saltaria pela boca a qualquer momento. Lá fora, um mensageiro dos ventos anunciava algo que trouxe uma sensação ruim para ela. Não gostava quando os sininhos tocavam do nada, sobretudo quando não havia vento.

– Algo vai acontecer – as mãos dela começaram esfriar. – Está chegando...

Kira olhou para ela intrigado, em menos de dez segundos, ele ouviu o bramir ensurdecedor de um hollow lá fora. Já estava acostumado com aquilo, mas ela não.

– Você ouviu isto, não foi? – Ele retirou o Denreishinki do bolso, não estava funcionando direito.

– Ouvi...

Kira levantou-se rapidamente e com o auxílio de uma Soul Candy, saiu de seu gigai. Sora já estava preparada para aquilo, ele explicou muito bem como tudo funcionava. Não negava que gostou mais de vê-lo daquela forma, por mais que a roupa do gigai fosse charmosa, era assim que queria se lembrar para sempre de seu anjo. Ele não teve dúvidas e foi em direção à janela, antes de sair, sorriu para ela e assentiu.

– Eu não demoro...

– Vou com você! – Sora saiu pela janela atrás dele, queria ver tudo com os seus próprios olhos.

– Não, fique aí! É perigoso – alertou o shinigami fazendo sinal para que ela voltasse.

– Confio em você. Sei que poderá me proteger de qualquer mal.

Sora falou com tanta confiança e Kira teve medo de contrariá-la. Ele já imaginava o que atraia os hollows, além da reiatsu dela que agora estava mais notável, também as almas que rondavam o lugar. A presença da criatura se fazia mais forte a alguns metros dali, em meio às árvores.

– Espere, ele já vai surgir!

O shinigami estava certo, diante deles surgiu um hollow de tamanho médio, parecia um tanto humanóide, sua máscara era assustadora. A criatura reparou na sacerdotisa e com um de seus braços, tentou pegá-la. Kira meneou a cabeça e com a zanpakutou, cortou o braço do hollow que emitiu um grito de dor. Para ele uma luta nunca era divertida, então, resolveu acabar com aquilo rapidamente, cortando a máscara da criatura ao meio enquanto esta se preocupava com o ferimento. Ele voltou-se para Sora assim que guardou a zanpakutou, e ela o abraçou, não sabia se estava com medo ou o que sentia, mas era a desculpa perfeita para aproximar-se ainda mais dele. Gentilmente, o fukutaichou pegou o rosto da jovem mulher com as duas mãos e a fitou no fundo dos olhos. Tinham quase a mesma altura, seus rostos ficaram muito próximos. Pela primeira vez ela estava tão perto de um homem daquela forma, seu coração e a sua respiração começavam a traí-la, poderia jurar que ele estava escutando seus batimentos. Com Kira era diferente, obviamente, já tivera algumas mulheres em suas bebedeiras, contudo, não houvera sentimento algum. Às vezes voltava para o alojamento no Sanbantai sem lembrar-se de nada, só sabia de certas coisas por algum companheiro ter comentado. Naquele instante ele sentiu-se perdido no olhar dela, parecia estar hipnotizado. Agora tinha uma certeza...

– A Rua dos Sonhos é aqui, ou em qualquer lugar onde você estiver – sussurrou ele muito próximo aos lábios dela. – Linda donzela... Soberana dos meus sonhos e aspirações.

Ele passou os polegares por sobre duas lágrimas que rolaram livremente no rosto perfeito de Sora, estava emocionada com aquelas palavras. Nunca imaginou que poderia estar vivendo aquele momento, tão maravilhoso. Bastou ele voltar, para o seu coração se acalmar, para o seu sorriso ressurgir, para lágrimas de emoção começarem a fluir. Não sentia vergonha de chorar, estava sendo sincera. O shinigami enxergava Sora como um ser perfeito, desprovido de qualquer sentimento ruim... Não sabia ao certo o que havia nela que o fazia ficar tão encantado, só tinha a ciência de que ele sentia-se um homem melhor ao lado dela. Se perder no lago límpido dos olhos de Sora lhe proporcionava o esquecimento de todas as suas dores, as suas mágoas, os seus medos.

“Eu estou rendido...”

O shinigami não quis mais pensar, envolveu a cintura da sacerdotisa com os braços e apenas encostou os seus lábios nos dela. Sora brincou com os lábios dele roçando suavemente os seus e antes de entregar-se àquele beijo, sorriu. Eles cerraram os olhos ao mesmo tempo e finalmente deixaram-se levar pelos sentimentos. Era uma sintonia perfeita, o suave toque entre as suas línguas, a respiração compassada. Kira não queria mais se desprender do beijo dela, sentiu que daquele jeito, uma luz passou a inibir as trevas de sua alma.

– Izuru – Sora interrompeu o beijo e olhou para ele, estava corada. – Sei que meu sonho é real... Você é real. Infelizmente, eu não vou viver eternamente... Nem vou viver tanto quanto você, contudo, desde agora quero que saiba que todas as minhas lembranças de amor serão sobre você. Como sempre foram... Desde o seu sorriso, agora o seu beijo, o toque cálido de suas mãos.

– Sora-chan – ele falou brandamente. – Você sabe que eu não posso ficar aqui para sempre, isto me dói tanto. Não consigo pensar em deixá-la no passado...

– Não me deixe no passado, Izuru-kun. Deixe-me viva em sua memória, assim como eu deixarei você. Eu sempre vou pensar em você como um abrigo contra a inclemência dos espíritos do tempo. Uma chama quente num dia frio, uma fonte perene de luz quando a escuridão tentar bater à minha porta. Nunca vou deixá-lo, ficarei com você em pensamento. Eu só queria pedir-lhe algo...

– Você pode pedir o que quiser e eu juro que farei tudo o que estiver ao alcance de minhas mãos para atendê-la, e mesmo que não esteja ao meu alcance, farei o impossível para conseguir.

– Quero perante os espíritos que abençoam a nossa união, que a sua essência possa unir-se à minha – pediu ela com convicção. – Não desejo pertencer a mais ninguém nesta vida, meu querido anjo, somente a você.

– Eu não sei se os meus ouvidos estão pregando uma peça, Sora-chan – ele a livrou de seu abraço, então, entrelaçou a sua mão direita na dela e começou a caminhar tranquilamente. Não era inocente, sabia bem o que significava aquele pedido. – Não tenho certeza que eu seja a pessoa certa para roubar-lhe a pureza.

– Você é, eu sei, com toda a força do meu coração... Eu sei, Izuru. Mas, não hoje... Quero tornar o momento inesquecível, por isto, desejo fazer-lhe uma surpresa!

– Eu vou aguardar esta surpresa, Sora-chan! Agora, tenho que levá-la em segurança até o seu quarto, vamos?


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