Correndo atrás! escrita por Mel


Capítulo 10
Capítulo 10




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Ela estava em prantos e apesar do meu abraço e de dizer que nada tinha acontecido e que as crianças estavam bem e dormindo ela continuava a chorar e me pedir para que não deixasse isso acontecer.

Pep, respira, nada aconteceu foi só um pesadelo.
Não, eu vi, eu senti... eu... eu...
Olha, eu vou lá embaixo pegar um copo de água pra você se acalmar – eu me levantei fui a cozinha peguei o copo de água e quando voltei ela não estava no quarto, fui até o quarto das crianças e a vi olhando os dois que dormiam tranquilamente - Viu, eu disse que eles estavam bem – lhe entreguei o copo e só agora notei o quanto ela estava trêmula, depois de beber o liquido ela saiu do quarto e eu a segui até a sala - Você quer falar sobre isso ou eu vou ter que esperar que você tenha outro pesadelo pra poder me dizer?
Eu sonhei com o Obadiah.
O que?
Eu sonhei com o Obadiah, matando as crianças...
Pepper, ele está morto eu mesmo me encarreguei de fazer isso e você viu– eu a lembrei, mas isso não a acalmou.
Eu sei, mas não se planeja sonho... desculpa, Tony, não queria te acordar... foi só um daqueles sonhos extremamente realista. Vai dormir – ela enxugou as lágrimas e se levantou.
Vou, depois que você me contar sobre esse sonho.
Não precisa, já passou... vamos voltar pra cama– ela se desvencilhou da minha pergunta e eu a segui para o quarto, nós deitamos e ficamos em silêncio, mas eu tinha perdido o sono e ela também pois se levantou e devido a sua demora em voltar eu fui procurá-la e não precisei me distanciar muito para ver que a escada dobrável do sótão tinha sido acionada, ou seja, ela estava lá, com cuidado eu subi e a vi sentada ela estava de costas pra mim mexendo em algo que tinha em uma caixa.
Deu formiga na cama, Pep? – ela nem se deu ao trabalho de virar e eu me aproximei, ela segurava um porta retrato que tinha uma foto dela com uma uma menininha que não tinha mais que 1 ano, possuía poucos cabelos e tinha os olhos verdes, ela estava nos braços de Pepper que estava tendo seu corpo envolto pelos braços do tal de Sebastian e logo me surgiu uma desconfiança - Quem é essa garotinha?
Vai dormir, Tony.
Quem é ela, Pepper? – ela ficou calada e colocou a foto dentro da caixa - É sua filha? Sua filha com o Sebastian?
Em partes...
Como assim em partes? Ou ela é filha de vocês ou não é!
Não, Tony, ela não é minha filha com o Ian, ela era nossa afilhada, mas ela era filha do Hank – antes filha dele que dela e do Sebastian.
E onde ela está agora?
Morta, assim como a mãe – isso é surpreendente.
De que elas morreram?
Foram assassinadas – e eu achando que ela ia dizer que tinha sido um acidente de carro - Hank era um agente do FBI pegou um caso que envolvia pessoas perigosas e eles descontaram na família dele.
Quantos anos a garotinha tinha?
4 aninhos de pura beleza e inquietação.
Qual era o nome dela?
Alice – paralisei e foi quando ela se virou pra mim e eu vi seus olhos marejados.
Você deu o nome da filha morta do Hank para a nossa filha?
Alice no país da maravilhas, meu livro favorito. Um dia eu disse que se tivesse uma filha o nome dela seria Alice, mas quando ele descobriu que ia ser pai de uma menina roubou o nome... Lili era como a chamavámos ela era linda, herdou a cor dos cabelos do Hank e os olhos verdes iguais aos da Jujuba. Eu já tinha decidido que o nome da minha filha seria Alice, mas depois que ele a perdeu o nome ganhou uma motivação a mais, quando eu descobri que ia ser mãe de um casal de gêmeos me senti tão feliz e sai decidida a colocar esse nome na minha filha e coloquei e esperei que ele voltasse pra que eu dissesse a ele que era o padrinho dela e que ele tinha ganho uma segunda "filha"– nós ficamos em silêncio por alguns segundos até que eu fui abraçá-la.
É por causa disso que você está tão estranha? – ela assentiu - E por que não me disse?
Por que eu tava me convencendo do contrário. Todos os dias, Tony, todos os dias, eu ligo para os meus pais, meus irmãos, meus amigos pra falar qualquer besteira só por que eu sei que tudo pode acontecer, eu repito esse mantra na esperança de que se eu fizer todos os dias nada de ruim vai acontecer.
Pepper, isso é... besteira tua – é, eu sei foi péssimo, mas eu não sei o que dizer.
E agora, Tony, eu tenho meus pequeninhos, eu tenho medo... durante boa parte do ano eu consigo esconder mascarar com alguma coisa, mas quando chega esse mês tudo muda... eu vi, Tony, eu vi a cena, o sangue, os tiros, os corpos.
No seu sonho?
Não de verdade, eu vi elas lá... ela era a minha amiga e a Lili era um bebezinho, elas não mereciam aquilo, ninguém merece aquilo – ela chorou e apoiou a cabeça no meu ombro.
Ninguém vai mexer com vocês, Pepper, eu prometo – depois de um tempo eu a convenci a sair de lá e ir para o quarto ela deitou se encolheu e não demorou para dormir, não sei o que me deu, mas eu me levantei e quando dei por mim já tinha colocado Alice nos braços dela e depois coloquei Nick que ficou entre nós dois, a cama era grande cabia nós quatro sem problema algum e talvez assim ela possa ter uma boa noite de sono.


(...)

Quando acordei na manhã seguinte me surpreendi por ver aquelas pessoinhas ao meu lado, eu abracei cada um deles delicadamente para que não acordassem e fiquei admirando seu sono até que me dei conta que Tony não estava na cama, quando levantei vi no criado mudo que fica ao lado da cama um bilhete e uma rosa que ele deve ter pego no jardim.


''Pra descontar o abandono do dia que dormimos juntos pela primeira vez, brincadeira! Tive que sair para evitar uma guerra nuclear, você sabe tenho que manter um mundo para nós e nossos filhos, te amo."

Tony

Eu ri de canto por conta do bilhete e fui ao banheiro, minha intenção era apenas escovar os dentes, mas eu estava tão tensa que eu achei que um banho me ajudaria a melhorar depois que sai do banheiro fui trocar de roupa e assim que entre no quarto vi meus pequenos bolando um jeito de descerem da cama.

Peguei vocês! – eles riram e de todos os sons que eu já ouvi esse era o meu preferido - Quem tá com fome?
Eu!
Hm... então vamos escovar os dentinhos pra depois tomar o café– eu tentei ajudar, mas hoje eles acordaram com o seu lado "rebelde" e recusaram a minha ajuda e um pouco distante fiquei observando eles e me convencendo cada vez mais que o que eu vi ontem a noite foi apenas um sonho ruim, descendo com eles rumei para a cozinha e com a "ajuda" deles fiz o café da manhã depois que terminamos fomos aproveitar o morno sol da manhã no jardim.
Mamãe! – era Nick me chamando - Nick, quer água – ele agora tá com essa mania de falar desse jeito.
Eu também.
Tá bom, vou buscar. Pel – eu chamei nossa cadelinha e ela logo abanou seu rabinho - Fique de olho neles – fui a cozinha coloquei água em suas garrafinhas pois se colocar no copo eles viram tudo de uma vez e ao invés de tomar água tomam banho, ao sair da cozinha olhei para o relógio do corredor e percebi que não tinha nenhuma notícia de Tony e isso me preocupou, liguei pra ele, mas a chamada foi pra caixa postal, liguei para a mansão e JARVIS me disse que ele estava na empresa e isso me acalmou - Digam oi pro papai – eu pedi a eles, pois havia pedido ao JARVIS que reproduzisse uma mensagem de voz para Tony assim que possível.
Oi, papai! – os dois falaram animados - Papai, Nick quer água – esqueci da água dele, entreguei a garrafinha e ele sorriu.
E você Alie quer dizer alguma coisa?
Quero chocolate – ela falou sorridente.
Você ouviu seus filhos, Sr. Stark, um quer água e o outro chocolate, o problema da água eu já resolvi o do chocolate fica por tua conta. Amor, eu sei que se você tá na empresa é por que está bem, mas se der me ligue, ouvir a sua voz é melhor do que saber pelo JARVIS – eu desliguei e continuei com a "minha terapia" assim que terminaram de me ajudar com as flores eu lhes dei banho e depois foram brincar com as suas peças de lego e enquanto eu preparava o almoço Tony me ligou.
Pep, soube que ligou pra mim.
Estava preocupada, você está bem?
Estou. Ah, e a proposito eu ouvi a mensagem o que você pretendia fazer deixando Nick com sede?
Já saciei a sede dele não se preocupe.
Ah, então sacie uma coisa pra mim, qual é a cor da sua calcinha? – quanta maturidade.
Eu estou ocupada, Tony, ligue mais tarde.
Qual é, quebra o galho.
Estou usando apenas a sua camisa.
Tá sem calcinha?
Estou – a voz dele ficou mais presente e eu abaixei o volume do celular.
É? Pois eu acho que estou sendo ludibriado – eu me virei e lá estava ele com um lindo sorriso no rosto - Eu posso lhe processar por propaganda enganosa, sabia?
De que você veio? Geralmente eu escuto algum barulho.
Vim voando, mas estou testando uma armadura nova e mais silenciosa e pelo jeito ela está cumprindo bem esse objetivo – ele me beijou e se afastou um pouco - Se sente melhor?
Sim, obrigado, por colocá-los na cama.
Olha, Pepper, eu entendo seu medo, mas eu te juro que nunca nada de ruim vai acontecer com eles.
É o que eu peço todos os dias – o clima ficou tenso e eu me virei para continuar a mexer na panela.
Trouxe o chocolate da coelhinha – ele tirou uma barra de chocolate do bolso e eu ri - Vou levar.
Não, Tony, deixa pra dar depois do almoço senão eles não vão comer.
Até parece que você não conhece seus filhos, Srta. Potts, eles não tem um estômago e sim um buraco negro acredite mesmo depois de comer o chocolate eles vão querer almoçar – Tony tem razão no sentido de que eles comem muito então eu não intervi e permiti que ele desse o chocolate, segundos depois ele voltou e envolveu suas mãos na minha cintura - Estou lhe devendo um bom dia, não é?
Já são meio dia, então você me deve um bom dia e um boa tarde.
Ah, que indelicadeza a minha, bom dia – ele me beijou delicadamente, sua mão corria pela minha coluna subindo para a minha nuca e parando na parte de trás da minha cabeça, ele puxou de leve meu cabelo e eu joguei a cabeça pra trás sentindo uma agradável arrepio percorrer o meu corpo a cada puxada - Agora o boa tarde – mais uma vez ele me beijou dessa vez era mais quente, mais intenso, eu o puxava cada vez mais pra perto e ele me apertava cada vez mais, suas mãos logo foram para debaixo da minha blusa eu comecei a tirar sua camisa.
Mamãe!– eu o empurrei e segui os gritos ao chegar na sala me deparei com duas pequeninas pessoas que estavam lambuzados de chocolate - Quer mais.
Tony, você vai dar banho neles e nem proteste.
Eu trago chocolate pra vocês e é assim que me agradecem? – eu rolei os olhos fui a cozinha e terminei de preparar o almoço, como ele disse eles almoçaram e gastaram a energia que adquiriram correndo pela casa.
Vou sair, Tony, volto daqui a pouco – ele não me perguntou pra onde eu ia e achei melhor assim, levei algumas flores de casa e dirigi com um lugar certo sabendo que quando chegasse lá encontraria meu amigo ali - Hank – eu o chamei e ele tirou os olhos da lápide para olhar pra mim.
Queria esquecer essa data – eu o abracei por trás e apoiei minha testa em suas costas - Queria não ter entrado naquele caso, eu queria ter tido mais tempo, Ginny.
Eu sei, querido. Sinto muito – nós não falamos nada, mas eu ouvia o seu soluçar derramei minhas lágrimas também e sem que esperássemos chegou família dele, a minha e o Ian todos falaram com ele, os pais dele choravam, mas a tia Lucy chorava mais o silêncio reinou e por alguns minutos assim ficamos.
Amo vocês e vou amar pra sempre – ele falou fitando as lápides e se afastando em seguida, nós o acompanhamos e por um momento tive a sensação de que estávamos enterrando elas novamente.
Eu te levo – ele se despediu de todos e entrou no carro comigo, eu já estava na metade do caminho quando ele recebeu um telefonema e estralando os dedos - O que houve?
Vou voltar para o FBI – parei o carro bruscamente no sinal, pois eu não achei que ele iria voltar.
Tem certeza, disso, quer dizer...
Eu não tenho mais nada a perder e além do mais eu posso ajudar muitas pessoas mesmo que indiretamente.
Se é isso que você quer eu vou estar aqui pra te dar um apoio se precisar – não falamos mais nada o deixei em casa e fui pra minha.
E então como foi? – me perguntou Tony assim que eu surgi na sala, eu não havia falado nada, mas é óbvio que ele fez suas pesquisas.
Triste. Onde estão as crianças?
Dormindo – eu me aconcheguei a ele no sofá e assistindo tevê, eu fiquei pensando nesse retorno do Hank ao FBI e também fiquei esperando o tempo e minha angústia passar.

Mesmo com o passar dos dias eu ainda sentia aquela pontada de inquietude, é claro, eu sempre senti, mas devo dizer que está um pouco maior creio que deva ser por conta de alguns casos pesados que eu pego e tenho que dizer que você tem que ser muito frio pra pegar certo tipos de caso.

Ginny! – a voz do meu pai saiu alta e eu dei um pulo da cadeira.
O que? Que foi? Senhor? – eu perguntei ainda meio perdida nós estávamos no restaurante e a fala alta dele me assustou.
Em que mundo você está? Já tem 5 minutos que eu e sua mãe te chamamos e você parece que tá viajando.
Desculpa, eu tava pensando em umas coisas... Vocês já pediram o jantar?
Não, ainda não pedimos por que seus irmãos não chegaram – eu rolei os olhos e fiquei esperando, eles chegaram 10 minutos depois e nós finalmente pudemos pedir o jantar.
E ai cadê o boy? – perguntou Ashley.
Acho que tá trabalhando.
Achou errado – a voz dele se fez presente e eu me virei para vê-lo, já tem mais de 3 semanas que não nos vemos a licença acabou ele voltou pra casa e as missões do Homem de Ferro passaram a surgir cada vez mais, eu ia perguntar sobre como ele me achou, mas deduzi que ele rastreou meu celular
Papai! – as crianças se agitaram e ele abraçou os dois tão apertado que eles grunhiram - Au! Doeu – Alie reclamou e ele a abraçou novamente só que sem tanta força, ele falou com todos inclusive com minha mãe que respondeu apenas por educação Ashley deu o lugar dela a ele que se sentou entre eu e Nick que agora estava tentando colocar na boca dele uma batata frita.
Nick, fica de pé – ele segurou na mão de Tony e ficou de pé como ele pediu - Por que ele tá usando a camisa do Capitão América?
Ele gosta do Capitão América, acho que é o super herói preferido dele – eu falei brincando e ele fechou a cara - Mas por que a pergunta tem algum problema? – eu perguntei.
É claro que tem um problema, ele é meu filho não era pra tá usando isso! – eu rolei os olhos em descrença e ele continuou a reclamar.
Tony, eu vesti essa camisa nele por que ele sujou de sorvete a outra e além do mais eu não estava mais aguentando vê-lo vestido com a camisa do Homem de Ferro, pra todo o lugar que ele vai ele quer ir vestido na camisa do Homem de ferro, então para de implicância – eu voltei a olhar pra frente e vi a minha família prestando atenção em nossa pequena discussão.
Ele tem uma camisa minha? Como é que eu nunca vi ele vestido?
Você não viu, mas a Chicago inteira já viu.
A Chicago inteira não é o pai dele, então eu não vi não voga e além do mais tinha que ser logo a do Capicolé? – ele continuou a falar e falar e eu respirei fundo para não perder a paciência.
Meu amor, uma camisa não pode medir o que ele sente por você isso é só um pano pintado de azul com costuras e o desenho de um escudo. Você é o super herói preferido dos dois e mesmo que você não fosse o Homem de Ferro ainda seria o herói deles e isso camisa ou brinquedo nenhum vai mudar.
Eu sei, mas tinha que ser logo essa? Por que não a do Hulk? Ele é bem mais legal que o Rogers e me salvou da morte.
Senhor! Dai-me paciência por que se me der força eu o mato! – eu falei olhando pra ele que não se intimidou com o meu olhar e ele ia abrir a boca de novo e eu peguei a faca - Tony, você tá vendo essa faca? – eu a ergui e ele riu.
Amor, a faca não tem ponta.
Não tem problema o garfo resolve – eu aproximei o garfo dele e ele continuou com aquele riso provocador - Se você não calar essa boquinha juro que enfio esse garfo em você e não tem Hulk nesse mundo que te salve dessa vez e então o que me diz, Sr. Stark?
Uh! Adoro quando você me ameaça, Srta. Potts – eu conheço os tons de voz dele e esse é depravação, nós ficamos nos encarando e ele ainda tava com aquele sorrisinho.
Já chega crianças, nós viemos para um jantar e não para um embate – meu pai falou e nós voltamos as nossas posições e olhando para Cassie vi um sorriso surgir em seus lábios e entendi o por que ao virar e ver Rhodes.
Oi bê – Cassie falou e o beijou.
Bê? – Tony sussurrou em meu ouvido se divertindo com o apelido- Ei bê, eu também não ganho beijo? – Tony perguntou e Rhodes mandou ele se ferrar - Bê, eu vou ficar com raiva se você não vier aqui – nós rimos e Rhodes se sentou ao lado de Cassie.
Falta mais algum genro ou nora aparecer por aqui?– meu pai perguntou.
Não – Ethan e Ashley responderam.
Encalhados – Cassie falou e os dois mostraram o dedo do meio.
Vocês poderiam conter os gestos. Obrigada, de nada – nós rimos e começamos a nossa refeição que foi regada por muitas piadas e conversas.
Eu invejo os seus cachinhos Alie, a titia queria cachos no cabelo – Cassie falou ao prender o cabelo dela que estava caindo na comida - E por falar nisso por que ela tem tanto cachinho? – Cassie perguntou.
Ela herdou isso da Maria – minha mãe falou como se a conhecesse e isso chamou a atenção de todos nós.
É, os cabelos dela lembram os da minha mãe exceto na cor eles...
Eram pretos, mais até do que os seus – ele parou de comer e arqueou uma sobrancelha - Eu conheci a sua mãe quando ela era apenas Maria Collins Carbonell uma moça que tinha um sorriso no rosto e procurava seu lugar ao sol.
Eu não sabia que vocês eram amigas – nem eu.
Ela não era bem minha amiga mesmo por que eu sou mais nova que ela alguns anos, mas ela era melhor amiga da minha irmã acho que você a conheceu seu nome era Louise – Tony arregalou os olhos surpreso na realidade tirando ela e meu pai nós todos estávamos surpresos - Ela e o marido que se chamava Craig iam ser seus padrinhos, mas seu pai chamou um outro casal lembro que minha irmã disse que Maria ficou furiosa com ele por isso.
Eu lembro dessa amiga da minha mãe, acho que era a única amiga que ela fazia questão que fosse em nossa casa se não estou enganado ela se chama Louise...
McAvoy – minha mãe completou - Meu cunhado adotou o sobrenome da minha família que tinha bem mais valor que o dele, os McAvoy eram considerados uma das famílias mais ricas e antigas de Nova Iorque, deixei de ser da família quando escolhi alguém que não tinha uma "linhagem" – eu e meus irmãos já sabíamos dessa história de que meus avós não aceitaram meu pai por ser ele de classe inferior, mas mesmo assim minha mãe ficou com ele e por isso tanto ela quanto nós fomos renegados.
A nossa tia era melhor amiga da sua mãe que coisa engraçada, não? – Ashley falou e ele concordou.
Depois que minha mãe morreu eu nunca mais a vi.
E nem verá – falou o Ethan, meu irmão a detestava e eu tenho que admitir que também não era sua fã - Ela morreu no 11 de setembro.
Sinto muito – Ethan sibilou um: ''não sinta ela era uma bruxa'' e Tony segurou o riso.
Eu estava presente quando seus pais se conheceram, tudo começou em um baile de fim de ano em Nova Iorque, todas as garotas estavam loucas por Howard Stark menos a sua mãe que apesar de achá-lo bonito e charmoso não achou graça em disputar ele com outras mulheres e muito menos de ficar correndo atrás dele, mas foi justamente esse desdém dela que fez ele se interessar e ficar perturbando-a, de tanta insistência ela cedeu e depois de um namoro conturbado veio o casamento, Maria era uma mulher alegre, mas a fama de seu pai, a bebida e os boatos sobre traições foram apagando isso e com o passar do tempo os sorrisos deixaram de ser espontâneos para serem forçados perante a mídia – Tony ficou calado falar sobre os pais dele sempre foi um tabu e eu nunca insisti nesse assunto.
Rhodey, quando sai o casamento? – eu perguntei mudando de assunto e causando um engasgo nele e na Cassie.
Casamento? – minha irmã perguntou assustada - Tá querendo espantar meu namorado?
Não, só queria saber quando ele se tornará oficialmente meu cunhado.
Acho que no futuro – ele falou - Mas um futuro...
Distante – completou Cassie e ele concordou enquanto eles voltaram a conversar eu olhei para Tony que fitava o prato como se fosse a penseira do Dumbledore.
Quer ir pra casa?– eu perguntei sussurrando em seu ouvido e ele fez que não o clima do jantar pra ele não voltou a ser o mesmo, mas ele ficou até o fim.
Sr. Stark, nós podemos conversar? – perguntou minha mãe se aproximando do meu carro.
Claro – eu ia me afastar, mas Tony segurou minha mão - Fique aqui tenho certeza que o que a sua mãe tem pra falar não é segredo.
E você tem razão. Você se lembra o que eu disse na mesa sobre seus pais? – ele assentiu - Pois então, é justamente aquilo que eu não quero que aconteça com a minha filha...
O que eu tenho a ver com isso, mãe?
Você prestou atenção no que eu disse? Pare e pense, tanto a história de vocês quanto a dos pais dele tem semelhanças, e eu eu não quero ver ele, a fama e todo o peso do sobrenome dele te arrastando para uma vida que você vai ficar implorando pra que te tirem, não quero ver uma foto sua no jornal ou na tevê e perceber que por trás de um sorriso tem uma mulher em pedaços se perguntando o que foi que aconteceu e como foi que deixou as coisas chegarem até aquele ponto... Minha antipatia por esse ''namoro'' não é somente por conta da índole dele é também pelos feridos – ela falou apontando para as crianças- Que vão sair quando essa brincadeira acabar. Vocês sabem que eu tenho razão, até quando vocês vão viver nessa ponte aérea? Isso não é um namoro consistente, o ideal seria...
Pepper e o tal de Sebastian estarem juntos? – Tony perguntou com um tom impetuoso e ela concordou.
Mãe, a fama e o peso do sobrenome dele não me assustam, eu não estaria com ele se não tivesse a certeza de que sou capaz de aguentar o que dizem e que vão continuar a dizer, mas entendo o que a senhora quer dizer quando se refere as crianças e eu garanto que não vai acontecer.
Queria ter o poder de te fazer enxergar esse "namoro" da mesma forma que eu e todos enxergamos...
Infelizmente querer não é poder – Tony falou debochadamente.
Minha filha, reveja esse namoro, sei que você é uma mulher feita em todos os sentidos e que eu não tenho o direito de me meter na sua vida, mas analise o que eu estou lhe dizendo, você sabe que eu não lhe aconselharia se não soubesse o que é bom pra você e pros meus netos, pense nisso – ela beijou minha testa e me abraçou - E além do mais faço gosto na volta do seu namoro com Ian – ela sussurrou no meu ouvido e foi embora, em silêncio nós entramos no carro e eu me perdi em pensamentos não nisso que minha mãe disse, mas sim no trabalho.
Pepper!– ele falou alto e eu me assustei.
Meu Jesus! Você quer me matar do coração?
Não. Quero casar contigo.
O que? - eu perguntei atordoada.
Casa comigo? – ele me pediu parando o carro no sinal e olhando para mim que ainda estou tentando saber se entendi direito.


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