Percy’s P.O.V

Acordei com um som de explosão.

Que droga! Em plena madrugada!

Levantei num pulo ao ouvir gritos... Annabeth havia... Er... Dormido (N/A: Sei...) (N/P: Me deixa, autora!) (N/A: Safadeeeeeeeeeeeeeeeeeeenho!) (N/P: Afe.) no meu chalé. Ela já estava vestindo uma roupa para sair.

– Vamos, Percy!

Saímos...

O que eu vi, fez meu queixo cair...

Era Drácula... Não sei como, mas ele havia sobrevivido. E eu REALMENTE queria entender por quê...

– C-como?

Thalia chegou ao meu lado.

– Eu não tinha mandado esse merda para as profundezas do Tártaro?

– Acho que ele não gostou do passeio...

– Percy! Não é hora de brincar!

– Eu não estava nem brincando!

– Estava sim!

Ela me deu uma bofetada.

– Por que você me bateu?!

– Fiquei com vontade! – Disse e se afastou, caminhando até um dragão negro (vulgo Nico). Ela subiu em suas costas e Nico atacou, tentando abocanhar o Conde Merda...

– Thalia! – Chamei. – Cuidado!

– Cuidado com o q...

Sua fala foi cortada quando várias pedras voaram para todos os lados, uma delas atingiu Thalia, que tombou semiconsciente...

O dragão negro rugiu e eu procurei a origem das pedras...

Ok. Eles estão ressuscitando ou algo do tipo?

Katrine (que, por acaso eu havia decapitado) saiu de baixo da terra e atacou o primeiro campista que viu... Era um garoto. Parecia ter um pouco menos de nove anos. Se não me engano era Harley, filho de Hefesto.

– Harley! – Leo jogou fogo no rosto de Katrine, que soltou Harley e virou-se para ele com ódio. Leo segurou os ombros de Harley. – O que está fazendo aqui?

– Foi... A Bia! Ela disse que devíamos ajudar!

Leo estremeceu, assim como eu.

– Onde ela está?

– Não sei! Ela, a Anna e o Tobias foram para o arsenal!

Tobias?

Corri até o arsenal, com Leo e Annabeth logo atrás de mim.

– Oh, droga.

Drácula, com certeza, havia dado um jeito de trazer de volta alguns monstros que enfrentamos. O homem-planta estava lá... Bia, Anna e Tobias estavam encolhidos atrás de um baú e o Homem-Planta (N/Groot: Eu sou Groot.) (N/P: Não, Groot... Não é você. É um homem planta DO MAL) (N/Groot: ... Eu sou Groot.) procurava atentamente as crianças.

– Ei, Florzinha!

O homem-planta virou-se para mim com ódio no olhar.

– Você de novo...

– Quantas vezes vamos ter que matar você?

Ergui Contracorrente, pronto para acabar com ele.

– Não! – Alertou alguém atrás de mim. Virei e vi Nico... Ele estava com um olhar medonho... Acho que até Cronos cagaria de medo. – Eu vou matá-lo... A não ser, Percy, que você queira ajudar...

– Pode ser... – Olhei para os três. – Bia, Anna e Tobias! Saiam daqui! Sigam o Leo. – Olhei para Leo. – Vê se dessa vez você não deixa eles saírem.

Leo assentiu e saiu com as três crianças.

– Percy... – Chamou Annabeth. Ela veio até mim e me beijou. Retribuí o beijo na hora. Envolvi sua cintura e a puxei para mais perto...

– Tome cuidado... – Falei quando nos separamos.

Ela sorriu e me deu um selinho.

– Vou tomar.

– Percy! – Chamou Nico. O Homem-Planta estava com a lâmina da adaga pressionada contra sua garganta e Nico não seguraria por muito tempo. – Uma ajudinha!

Olhei para Annabeth. Ela assentiu, pegou uma adaga e saiu.

Saltei sobre o homem e o derrubei, ele aproveitou a proximidade para fazer um corte profundo em meu braço, fazendo com que Contracorrente caísse...

Gritei e rolei antes que o homem me esfaqueasse... Olhei para o lado e vi uma adaga.

– ODEIO QUANDO A THALIA TEM RAZÃO!

Peguei a adaga e rolei antes que Nico caísse sobre mim, já que a Plantinha o havia arremessado...

Com a adaga em mãos corri até o homem e cortei fora a mão que segurava sua adaga. Ele gritou e caiu de joelhos.

– Não! – Disse Nico. – Não o mate rápido!

– O q...

Antes que eu terminasse, Nico saltou sobre o homem e pegou a adaga, deslizando-a devagar pelo peito do homem, que berrou de dor. O sorriso de Nico era psicótico. E eu estava morrendo de vontade de fugir dali.

– Viu só? – Sua voz estava assustadoramente calma. Nico estava em seu modo psicopata assassino... E ninguém podia Pará-lo nessas circunstâncias. – É bom ser torturado, não é? – Ele fez outro corte. – É bom agonizar, não é? – Ele riu. E quando riu, meus sentidos falaram mais alto e meu corpo, involuntariamente, começou a tremer. Recuei alguns passos. – Como foi que você disse sobre elas? Ah, lembrei... – Nico pigarreou. – Já estou achando seus gritos uma sinfonia...

Ele virou dragão e cuspiu fogo no corpo do homem-planta... E, logo depois me olhou e eu entendi aquilo como um pedido para apagar o fogo...

Relutantemente, apaguei. Nico voltou à sua forma humana e caminhou até o homem. Passos lentos e assustadores. Se existisse Oscar para o dia mais assustador da minha vida, seria esse.

Cara, minha única vontade era de sair correndo, gritando e chorando como uma criança e me esconder no topo do Everest...

– Por favor, me mate!

Nico riu...

– Ah, claro que eu vou te matar... Mas você não achou que seria fácil, não é? – Ele riu mais uma vez. O coitado (SQÑ) tremia feito doido. – Você vai pagar caro pelo que fez com as duas. Não merece uma morte rápida e indolor pelo que fez... Não merece mesmo.

Ele engoliu em seco. Nico virou dragão novamente e fez algo que me deu ânsia.

Ele agarrou os braços do homem e os arrancou com um único movimento. Seiva jorrava de lá. Depois, Nico arrancou suas pernas... Ele voltou à forma humana e pegou a adaga do homem, erguendo-a acima da cabeça.

– ISTO É PELA ANNABETH! – Nico esfaqueou uma vez o homem bem entre os olhos. – ISTO É POR THALIA! – Mais uma vez... A terra tremia abaixo de nós. Rachaduras surgiam por todos os lugares. Trovões ribombavam nos céus... Aparentemente, eu não era o único com medo. – E isto... – Ele sorriu diabolicamente. Eu já mencionei que estou cagando de medo? – É PORQUE EU QUERO!

Nico esfaqueou novamente no mesmo lugar. Depois mais uma vez, outra, outra... O homem já deveria estar morto.

Nico levantou-se e pegou sua espada... Depois usou-a para decapitar o homem.

– Pronto... – Ele cuspiu. – Já matei você.

Nico olhou para mim... Ele vai me matar também! Eu quero a minha mãe!

– Desculpe se te assustei.

– N-não... – Falei trêmulo... – N-não a-assustou não... R-r-r-relaxa...

Ele revirou os olhos e saiu, ainda caminhando daquele jeito sinistro.

Se eu fosse Drácula, sairia voando...

Saí de lá, ainda tremendo. Contracorrente já havia retornado ao meu bolso. Eu a destampei e fui para a luta.

Ok, a cena não era boa...

Thalia estava de joelhos... Ela chorava. Pude ver que já havia alguns corpos de campistas pelo chão.

– Não é agradável ver seu pesadelo tornar-se realidade bem em frente aos seus olhos? Espero que esteja apreciando... – Ele viu Nico. – Finalmente! Pensei que não viria nunca! Pronto para morrer?

Nico sorriu diabolicamente.

– Eu ia perguntar o mesmo para você.

Os dois atacaram ao mesmo tempo, movimentando-se como vultos... TODOS os campistas pararam o que estavam fazendo para olhar, já que não havia mais nenhum monstro para enfrentar.

Thalia ainda soluçava... Estava de joelhos. Fui até ela.

– Lia! – Eu a sacudi. – Pare com isso! Não acredite no que ele disse! Não é verdade!

– Mas...

– Thalia, olhe para mim... – Ela me olhou. – Você pode muito bem impedir isso!

– Como?!

Estendi uma pequena sacola para Thalia... As quatro pedras estavam lá... Ela sorriu e aceitou.

– Vamos... Temos que fazer algo antes.

Thalia me levou até o chalé de Zeus, que era grande. As camas estavam para o canto, portanto, havia um grande espaço vazio no centro... Já que, segundo Thalia, a estátua de Zeus havia sumido “misteriosamente”...

Ela pegou um pedaço de carvão e desenhou um círculo em torno de si. Depois desenhou quatro pequenos círculos dentro do maior. Cada círculo apontava uma direção: Norte, Sul, Leste e Oeste. Ela fez um círculo no centro do círculo maior e ajoelhou-se lá.

– Fomos para o Norte, onde pegamos a Pedra Azul... – Ela colocou a pedra no círculo que apontava para o Norte. – Então, rumamos ao sul, onde pegamos a Pedra Branca. – Ela colocou a Pedra Branca na posição do Sul... – Depois disso, fomos para o Oeste, onde pegamos a pedra vermelha... – Ela colocou a pedra no círculo que apontava para o Oeste. – E, ao Leste... Conquistamos a pedra verde.

Com as pedras posicionadas, Thalia continuou de joelhos. Ela começou a murmurar palavras em grego antigo rapidamente. Ouvi um grito de dor... Era de Nico. Thalia entoou as palavras mais rapidamente e uma luz branca cegou minha visão.

Quando saí, Ângela e Katrine discutiam sobre quem daria a primeira mordida em Nico... Aparentemente, Drácula quis que elas se divertissem saboreando sangue. Nico estava semiconsciente... Possuía vários ferimentos pelo corpo... Inclusive um sobre a têmpora... Aquele sangrava.

– Já chega... – Drácula fez com que suas esposas parassem a briga. – Vamos acabar logo com isso... Então, dividiremos a bebida...

Nico, com muita dificuldade, levantou-se e recuou, mas Ângela e Katrine o seguraram firmemente. Drácula pegou uma adaga do chão.

– Vamos logo com isso... – Ele sorriu diabolicamente. Ângela segurou os cabelos de Nico e os puxou para trás, deixando sua garganta bem à vista.

– Não! – Gritei... Tentei ir até lá, mas bati com força em algo escuro. Era uma sombra sólida... – Nico! Não! – Soquei aquela sombra... Pude ter um pequeno vislumbre de Nico me olhando. Ele murmurou para que só eu pudesse ouvir.

– Sinto muito...

– Não!

Annabeth também socava a sombra... Queria passá-la. Era impossível.

– Nico! – Dessa vez, foi Hazel quem gritou. Ela passou pela sombra, mas Drácula segurou seus ombros usando os pés.

– Se quer tanto assistir, pode ver.

– Não!

Ele colocou a lâmina da adaga na garganta de Nico, que fechou os olhos.

– Drácula! – Uma voz totalmente diferente ribombou atrás de mim... Virei...

Thalia agora estava assustadora. Seus olhos, antes azul-elétrico, agora tinham uma pigmentação de um azul tão escuro que parecia preto. As quatro pedras giravam ao seu redor. Sua voz era a de três Thalias falando ao mesmo tempo e parecia ecoar. Ela flutuava a alguns centímetros do chão.

Ótimo! O casal macabro!

Com um aceno, uma rajada de chamas derrubou a muralha de sombras... Drácula sorriu ao ver Thalia e bateu palmas.

– Excelente! Está quase pronta para que possamos governar juntos!

– Coloque-o no chão! – Ela trovejou. – E coloque-o vivo!

– Ângela, Katrine... Soltem-no.

Elas soltaram Nico, que caiu de joelhos no chão.

– Solte a Hazel! Antes que tenhamos que fazer do jeito difícil!

Drácula largou Hazel, que Correu até Nico e o abraçou. Ele a abraçou também...

– Quer que acabe do mesmo modo de antes, querida?

– Não vai acabar do mesmo modo de antes... – Thalia riu. – porque você estará estraçalhado. E eu, estarei rindo de sua tentativa falha de ter algo que nunca pertenceu à você!

Afe. Todo mundo tirou o dia para me fazer borrar as calças!

Drácula avançou sobre Thalia. Com um aceno, uma rajada de vento o levou para longe.

– Idiota... – Ela sorriu. – Percy... Uma mãozinha!

Thalia ergueu o braço direito, pude ver um tipo de tatuagem em seu braço... Era o símbolo do elemento água. No dorso da mão direita, havia o símbolo do elemento ar.

Uma gigantesca bola d’água surgiu não sei de onde. Thalia a lançou em direção ao Conde e eu pulei sobre a água, transformando-a em um tsunami, que praticamente afogou Drácula... Infelizmente, ele saiu e lá encharcado, mas vivo...

– SE É ASSIM QUE VOCÊ PREFERE! – Ele encarou Nico... Por um momento, nada aconteceu. No momento seguinte, senti uma perturbação no ar e Nico desabou. Ele gritava e se contorcia de dor. Drácula riu e, pelo aumento dos gritos de Nico, havia aumentado a força de seja lá o que ele estivesse fazendo.

– AGORA VOCÊ PAGA! – Raízes GIGANTESCAS ergueram-se e seguraram Ângela e Katrine... Um ramo em cada braço, um em cada perna e um no pescoço. – AGORA TIRO DE VOCÊ O QUE VOCÊ TENTOU TIRAR DE MIM!

Thalia fez um movimento brusco, como se puxasse algo em sua direção. Os ramos esquartejaram as noivas de Drácula. Ele gritou e olhou para Thalia. Ela começou a rir.

– É bom, não é? – questionou... Sua voz assustadoramente calma. – É bom sentir a dor de perder alguém? É BOM?

A coluna de chamas que ela lançou foi tão grande que nem Leo aguentaria lançar aquilo tudo... Drácula gritou quando as chamas incendiaram seu corpo. Thalia pegou a espada de Nico e saltou sobre Drácula, descrevendo um arco...

Por um momento, nada aconteceu... Até que eu pude ver a chama dividir-se em dois... Thalia o partiu em dois. Partiu-o ao meio. O fogo o transformou em cinzas. Mas uma aura branca ainda circulava Thalia. As pedras ainda giravam ao seu redor. Ela olhou para suas mãos.

– Tanto poder...

– Lia... – Nico caminhou fracamente até ela. – Deixe isso de lado. Eu não devia ter duvidado de você, Thalia... Você é a pessoa mais poderosa que eu conheço... Não precisa de quatro joias idiotas para provar... Eu amo você... Eu te amo muito, Thalia. Não precisa ter todo o poder do mundo para provar sua força. Até porque essas joias não chegam nem à metade do seu verdadeiro poder.

Thalia sorriu. Ela fechou os olhos. As quatro pedras explodiram, jogando água, terra, fogo e vento para cada direção (para o alívio de vocês, leitores, o fogo foi na direção de Leo... E, para sua felicidade, a água encharcou Drew da cabeça aos pés.). Ela cambaleou um pouco ao chegar ao chão, mas Nico a segurou.

– Eu também te amo, Nico...

E os dois se beijaram... As filhas de Afrodite bateram palminhas. E cantarolaram “Thalico” como líderes de torcida.

Procurei Annabeth com o olhar. Ela havia sumido de minha vista.

– Percy! – Gritou atrás de mim.

Virei. Ela corria em minha direção. Os cabelos louros balançando atrás de si.

– Annabeth! – Sorri e disparei em sua direção.

Quando nos alcançamos, eu lhe dei um abraço apertado. Depois tomei seus lábios. Annabeth sorriu quando nos separamos.

– Agora acabou?

Olhei para Thalia. Ela abraçava Nico com força. Quando seu olhar nos encontrou, ela assentiu.

– Acabou.