O Diário de Wakai escrita por Elvis


Capítulo 4
Dia seis de março do ano 2000




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Segunda feira, minha mãe diz que tudo o que você faz na segunda acaba se repetindo de alguma forma durante a semana, por isso devemos sempre evitar gastar dinheiro na segunda, e claro, rezar para que um digimon descontrolado não queria comer você...Ainda bem que não gastei dinheiro!

Pense num dia quente, mas quente, no sábado e domingo chove tanto que se você olhar ao longe pode ver uma arca cheia de animais, ai na segunda parece que você acordou dentro de um vulcão...onde já se viu fazer 55C º? Acordar com a mãe falando "Levanta que eu vou lavar tua roupa de cama" em vez de dizer "bom dia" é algo motivador.

Em vez de tomar café fui tomar banho pois estava ensopado de suor, sai do banho me sequei, mas meu corpo parecia uma vertente, depois de me vestir em 4 minutos estava ficando molhado de novo. Estranhei que poyo tinha sumido e comecei a procurar por ele, olhei no meu quarto, no banheiro, no quarto da mãe, na sala, virei a casa de ponta cabeça, mas adivinha onde ele estava? Sim, dentro da geladeira, quando a abri e o olhei, recebi um olhar de retorno que faria até o maior coração duro ter pena...Eu não tenho coração.

No caminho até a escola eu vi, FINALMENTE EU HAVIA ENCONTRADO O NUMEMON, ele olhou...eu o olhei...continuamos nos olhando e me aproximei lentamente dizendo:

–Bom numemon, numemon querido, fica ai...ATCHIM!

Espirro infeliz, ele saltou para o boeiro, que organismo vai aguentar essas mudanças de clima? eu tomo mais remédio do que como de grãos de arroz, mas vamos seguir com os acontecimentos.

Cheguei na escola, poyo estava me fazendo ter algumas vantagens se é que você me entende. Ando pelo corredor com várias garotas querendo pega-lo e brincar, mas poyo não é brinquedo, eu deixo ele livre pela escola no intervalo mas ele sabe que nos temos que treinar duro, durante as aulas eu dou meus livros de matemática antigos pra ele ir estudando em um cantinho. Ele já lê e faz as 4 operações básicas de matemática, é um fenômeno.

Na volta da escola passei por aquele boeiro do numemon, percebi um rastro de gosma e coco...hum tinha um cheirinho doce de podridão e carniça, era tão bom que olhei aquilo por meio segundo e corri pra casa, imagine que coisa boa o cheiro de um churrio cozido.

Chegamos e fomos para cozinha, eu não entendo como minha mãe pode ser tão frenética:

– Mãe, você não cansa? Para e vamos almoçar juntos, a senhora nuca para!

ela disse:

– Wakai, já almocei , tu sabe que tenho que fazer isso pra dormir a tarde, trabalhar a noite na farmácia não é simples.

Pobre mãe, quero ter 16 anos logo para poder arrumar um emprego e ajuda-la, ver ela fazer tudo isso da pena, mas vou fazer minha parte também, tenho que treinar com Poyo mais e mais para podermos ficar mais fortes, em bora acredito que já estamos fortes, mesmo assim quanto mais melhor.

Almocei e fui para o blog, existia um item no fórum que se tratava sobre previsões de aparecimentos, nem sempre acontecia, mas é como uma tendencia sabe, lugares onde o fio que liga o nosso mundo do mundo dos digimons está mais frágil. Sim, hoje era por aqui e fiquei ansioso e com medo.

Avisei a mãe que ia sair e ela foi dormir, começamos a dar uma ronda na cidade em alerta, até que encontrei o Numemon novamente, mas ele não me viu, ergui a camisa até o nariz e comecei a segui-lo de longe, fui seguindo até ele entrar em um boeiro, cheguei perto do boeiro e pensei "humm, vou seguir por cima". Fui indo e indo até que cheguei em um beco com vários numemons, só que eu não sabia que eles tinham me percebido. Uma chuva de coco começou a vir sobre mim, mas eu e poyo nos desviamos. Falei:

–poio, eles serão o treino de hoje, vamos tentar imobilizar e retorna-los.

Ele investiu rapidamente e cabeceou um, pulou para o lado e soltou uma bolha de ar em dois pela direita, eu investi também e acertei um chute em um o deixei tonto. Apontei o digivice para eles, e foi como o Iago falou, uma luz saiu dele e os numemons iam desaparecendo, o problema tinha acabado de começar, eu consegui retornar 5 numemons, mas eles iam surgindo mais e mais e começaram a se juntar, uma luz forte surgiu e um numemon de 3 Metros de altura apareceu.

Falei para o poyo soltar o tiro de ar mais forte que conseguia, ele acertou o numemon gigante, só que não foi efetivo, ele sentiu mas continuou pra cima lhe deu uma cabeçada, poyo caiu pra o lado mas ainda levantou. Parti pra cima junto, tentei dar uma voadora e acertei, mas eu fiquei grudado, tipo meu pé entrou no numemon e ele começou a tentar me comer, eu no desespero apontei meu digivice para o Poyo e disse: Digivolva.

Novamente saiu luz do digivice, Poyo mudou virou um anjo com vestes rochas, o nome que encontrei na pesquisa era Pidmon, ele se lançou como tornado na direção do numemon, e eu consegui me desgrudar. Poyo pegou seu bastão e este ficou com a ponta flamejante, ele começou a girar e ia lançar fogo suficiente para mata-lo então gritei:

– Não Poyo, só o deixe tonto.

Ele diminuiu a força de rotação e o fogo diminuiu, lançou a chama o numemon gigante ficou se debatento, apontei o digivice e consegui retorna-lo. Depois disso Poyo me levou voando até em casa e virou patamon novamente. Iago dizia que isso é normal e que o digimon fica com muita fome depois de digivolver, então peguei a sobra do almoço e dei pra ele.

Liguei o pc e relatei o ocorrido todo, várias pessoas visualizaram, me falaram que era pidmon o nome e que erá fantástico, vários não conseguem digivolver seu digimon, mas tenho treinado sempre o Poyo e confio nele, agora estamos preparados para os problemas que podem surgir e vamos continuar retornando os digimons para o mundo deles.

Poyo ja foi dormir, está muito cansado hoje, eu também estou bastante, mas ansioso, vou tentar dormir pra ver que passa e continuar treinando, quanto mais fortes ficarmos, mais rápido conseguimos melhorar a situação.


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