Chuva cinza escrita por Safira - Safi Saga
Notas iniciais do capítulo
Mais um, espero que gostem!
Lá estava eu, ainda sentada, já faziam meia hora, então ouço o barulho da porta, que era praticamente do meu lado, era minha tia avó, Marta, ela vinha quase todos os dias me fazer companhia:
–Oh! Nossa! O que está fazendo aí Maria Júlia? - tia Marta perguntou assustada.
–É M.J. tia Marta... - eu disse levantando. - Estava com frio e com preguiça.- disse bocejando.
–Pois trate de levantar, vamos sair! - fala enquanto coloca algumas sacolas em cima da mesa.
–Nós vamos? - pergunto.
–Sim, vamos ao cemitério, levar flores para o seu irmão. - continua tia Marta tirando as coisas da sacola.
–Pra quê? Ele nem está mais lá! - eu disse indignada.
–Não fale assim Maria Júlia! - exclama tia Marta.
–Mais é verdade. Ele morreu! Morreu! Será que ninguém entende isso? - disse enquanto me virava e subia as escadas.
–Espere querida! - exclama minha tia.
–Ah! E mais uma coisa. - falei parando no meio da escada. - Ele não gostava de flores... - e subi pro meu quarto.
Não sei o que tia Marta fez depois, só sei que eu fiquei o restante do dia trancada no meu quarto ouvindo música.
Já era praticamente à noite quando resolvi descer, as luzes estavam todas acesas, e minha tia havia ido em bora. Fui até a cozinha, abri a geladeira, procurando alguma coisa pra comer, já que o estoque de batatinhas e refrigerantes do meu quarto haviam acabado; foi quando ouvi o latido de Spike, peguei rapidamente uma vasilha com lasanha e uma colher, então fui lá fora ver Spike. Vesti um casaco cinza perto da porta, ele era enorme, e bem quente, pois lá fora estava muito frio. Spike nem havia saído de sua casinha:
–Cadê o meu garoto? - disse após engolir o terceiro pedaço de lasanha.
Havia parado de chover, então Spike já estava mais alegrinho, eu abri o portão da "casinha" dele, e ele pulou pra cima de mim, deixando a lasanha inteira cair no chão.
–Spike! - falei me levantando.
Então ele olhou pra mim com a carinha, e eu acabei não resistindo, brinquei com ele até rolarmos no chão, até eu ouvir alguém que estava à poucos metros de mim:
–Oi. - disse um garoto de cabelos escuros e moletom azul marinho que eu nunca havia visto na vida.
–Oi. - eu falei meio sem jeito, enquanto me levantava e Spike comia a lasanha que estava no chão.
–É... Meu nome é André. - ele estendeu a mão.
–Maria Júlia, M.J. na verdade. - disse apertando a mão dele.
–Bom, acabei de me mudar, para aquela casa ali. - ele aponta para o começo da rua. - E queria saber onde é esse bairro, se é muito longe... - ele disse me mostrando um papel com um endereço escrito.
–É bem perto daqui, é só seguir até o final dessa rua, virar à direita, e depois à esquerda, é perto de uma escola velha... - eu disse olhando pra rua.
–E é sua? - ele perguntou.
–Minha o quê? - eu disse.
–A escola, você estuda lá? - perguntou novamente.
–Ah, sim. - eu falei pensando em como sou burra!
–Legal... - falou ele. - Então, até! E obrigado! - ele falou estendendo a mão de novo. - Foi um prazer.
–Igualmente, e de nada. - respondi apertando a mão dele.
Então André saiu rua a fora, e eu voltei pra dentro, após trancar Spike na casa dele. Estava tudo diferente, eu estava feliz, sorridente e...
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