Unlimited Crystal escrita por Pedro Haas


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

http://fanfiction.com.br/historia/256435/A_Crystal_World_-_1_temporada/ antiga fanfic...



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Ele abriu os olhos sentindo pequenas folhas de gramas tocando seu rosto, se levantou desajeitadamente e se limpou da grama grudada em sua capa preta.

— Mas, isso é incrível... — ele pensou alto, com olhos arregalados.

Observava o ambiente a sua volta, um pequeno vilarejo onde se podia ver o começo e o final, campos gramados e pequenos paralelepípedos por todo lado, e o vento batia em seu rosto como uma brisa suave. Os raios solares também eram leves, e não se sentia calor nem frio ali. Parecia o céu.

As pessoas em sua volta caminhando e ficando maravilhadas como ele, observava o tamanho detalhe das casas e barracos, das vestimentas e armas que os acompanhavam, e no canto do olho, um pequeno visor indicando Pontos de Vida e Pontos de Magia (Chamados PV e PM) em barras pequenas verdes e azuis respectivamente.

Ele começou a andar, testar os movimentos. Tudo era muito fluido como a vida real, ele ficara maravilhado com isso. Alisou sua capa e suas numerosas adagas em seu cinto, ele se tornara um mercenário iniciante. Algo apareceu em sua visão.

“Parabéns, Amper, você é o jogador numero 78.394 do jogo Unlimited Crystal, obrigado.”.

Embaixo da frase, estava escrito “Ok”, e ele instintivamente o apertou, e a mensagem sumiu. Como ele pensava, tudo funcionava como um jogo normal.

Ele notou que num canto de sua visão apareciam mensagens de tutorial aleatórias.

“Passe o dedo suavemente no ar e se formará seu menu!”, ele experimentou aquilo e realmente apareceu o que fora prometido.

Um menu listando todas as opções de um RPG normal, inventario, lista de Skills (Habilidades) e etc.

Amper resolveu ver aquela lista. E então, um quadro com uma grande lista estava listando todas as coisas que ele poderia aprender, como Mercenário ou não. E até agora, havia somente Furtividade nível 1, Ataque Rápido nível 1 e outros muitos como Cozinhar ou Ferreiro.

Ele se distraíra olhando todas as suas opções, que não percebeu uma grande aglomeração no centro da vila. Vários estavam chamando para entrar em Guildas (Clãs), costume em novos jogos desse gênero, mas Amper não se interessava em nenhuma agora, enquanto todos os jogadores passeavam e formavam times, ele estava procurando os monstros para evoluir.

Em seu menu de missões, estava o clássico matar 10 Javalis. Ele saíra para procurar e testar o sistema de combate.

Andando um pouco fora da Vila, já se via os alvos. Grandes porcos cinza que assustavam, e em cima de suas cabeças, estava escrito seu nível e quantidade de PV. Amper sacou suas adagas e correu até o animal. Ele sentiu seu corpo ficar leve como se ele pudesse mesmo atacar bem mais rápido do que se fosse na vida real, e, de repente, percebera já atacando o javali, e depois, somente assistiu o PV do mesmo cair.

Nos outros alvos, percebera elementos do sistema de ataque, como a realidade e alguns momentos onde o sistema se ativa. No caso do mercenário, se ativa logo após começar um combo de ataques manualmente, e, provavelmente as suas futuras habilidades, se ativariam após falar o nome delas. Mesmo pensando analiticamente como sempre, Amper não deixava de aproveitar o jogo tão maravilhoso como esse.

Unlimited Crystal, o tão aguardado jogo de realidade virtual. Amper o pegou um dia antes da estreia, mas teve tempo somente para formar seu personagem, pois os servidores ainda não estavam abertos. Passou a noite acordado esperando, e as exatos 5:00 da manha, ligou o seu game para que fosse um dos primeiros a jogar, e realmente foi.

— Aquele deve ser o meu numero de jogador cadastrado— pensara, com certeza não havia mais de 70 mil jogadores naquele servidor.

Continuando a atacar os seus monstros, não somente para ganhar a missão, mas para evoluir de nível, ele percebeu que os monstros liam seus movimentos, e começaram a se desviar deles. Isso alegrou Amper, o jogo tem uma grande variedade de movimentos assim como na vida real mais os movimentos que o sistema ajuda a ter, mas, se continuasse assim, ele teria que usar seu intelecto para descobrir um melhor jeito de ataca-los. Ele deu um leve sorriso e continuou a ataca-los até sua missão estar pronta.

Depois do 10º javali, um pequeno sinal sonoro apitou e apareceu um aviso em sua visão: “Quest concluída”. Ele apertou o “Ok” que apareceu logo em baixo do aviso e isto fechou a janela. A Recompensa fora 100 PE (pontos de experiência) e 500 moedas de ouro, talvez desse pra comprar uma nova arma, mas ele não quis, continuou a matar outros monstros até estar no nível 2.

— Divertido — disse se espreguiçando, depois de se cansar com batalhas até o nível 3, já estava dominando quase que completamente o sistema de batalhas — Poderei passar bastante tempo aqui.

Amper, antes de entrar de fato no jogo, leu o manual varias vezes. Sistema de aceleração da consciência, Sistema de aceleração cardíaca estável, Sistema de calibração altura/largura. Todas essas tecnologias desenvolvidas por uma única empresa (da qual com certeza dominará o mercado enquanto não vender suas ideias), tudo por um único homem idealista. Ele o admirava, mesmo não sabendo seu nome.

O sistema acelerava sua consciência usando parâmetros da percepção humana sobre o próprio tempo. Ou seja, você nunca iria saber o tempo real que passara dentro do jogo, e o seu corpo não daria por falta disso.

— O que está pensando, novato?— uma voz feminina o retirou de seus devaneios. Ele olhou em volta até achar, atrás dele, uma maga de cabelos longos e purpura, com um brilho estranho nos olhos lilases.

— Não é de seu interesse, bruxa— respondeu serio.

—Ora, não me chame de bruxa, eu sou uma maga—cruzou os braços—De qualquer forma, poderia me ajudar?

—Eu não sou mago.

—Estou falando sobre os sistemas do jogo! Estou no nível 4, porém, não conheço muito sobre isso ainda, e vi você batalhando, achei que já soubesse.

Ele pôs-se a caminhar de volta a cidade, com as mãos no bolso e olhos fechados.

—Não estou afim, alias você mesma me chamou de novato.

—Meu nome é Lila, se ainda quiser...

—Não, obrigado.

Ele percebera que ela ficara irritada, então a adicionou em sua lista de amigos. Ela logo recebeu a notificação e entendeu, ele a ajudaria, talvez, um dia.

Claro que a historia do ranking foi uma desculpa, ele não estava com a mínima vontade de se empenhar em algo grande agora, sabia seu lugar, e era o 78.394º. Um dia, prometera, se tornaria alguém grande lá dentro. Um dia talvez, se tornará líder de uma grande guilda...

Riu.

Ele sempre pensa alto demais, era uma de suas qualidades que também poderia desencadear um defeito, que era passar por cima dos outros em busca disso.

Olhando pelos menus do jogo, aprendeu tudo o que precisava para crescer ali dentro. Amizade, força, times, habilidades, equipamentos. Tudo.

Havia coisas que queria esquecer sobre o mundo real, mas nunca realmente achara um refugio. Jogo. É a única maneira? Talvez.

Correu a floresta adentro, com o único proposito, ser o melhor.


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Notas finais do capítulo

^^



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