Crônicas Solares [hiatus] escrita por CJwriter


Capítulo 11
Capítulo 11 - Rumo ao Delos Palace


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pelo terrível atraso no capítulo, mas essa semana ficou uma correria só. Tive que resolver milhares de problemas. Mais aqui está mais um capítulo (finalmente). Vou tentar separar pelo menos um dia na semana para atualizar a fic.
Sayonara!



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Encontrei uma mochila pronta em cima de minha cama assim que entrei no chalé. Primeiro pensei que algum de meus meio irmãos tinha preparado ela pra mim, mas ninguém tinha voltado ainda. Peguei o pequeno pedaço de papel que estava sobre ela e li.

“Já que é sua primeira missão, resolvi lhe dar uma ajudinha na bagagem. Acho que vai encontrar aqui tudo que precisará na sua missão. Ainda quero ter uma palavrinha com você, então assim que puder passe lá no Delos Palace para conversarmos.

Apolo, o mais quente dos deuses.

Guardei o bilhete no bolso, peguei a mochila e saí do chalé. Fui até a casa grande onde Dany e Adamastor me esperavam.

— E ai? Todos prontos? — perguntei.

— Sair em uma missão perigosa onde, provavelmente, seremos atacados por monstros a cada minuto em busca de um lugar que, graças à clareza da profecia, não fazemos nem ideia de por onde começar. — disse Adamastor mordendo uma lata de refrigerante. — Por que não estaríamos prontos?

— Alguém sabe onde é o Delos Palace? — lembrei-me do bilhete.

— Fica em Detroit no Michigan, mas por quer saber? — Dany terminava de arrumar algumas coisas na mochila.

— Tenho que... — não podia simplesmente dizer que meu pai estava me esperando lá, mas tinha que convencê-los de que deveríamos passar por lá. — saber o que significou meu sonho. Tive um sonho com esse lugar e acho que deveríamos começar por lá.

— Eh, sonhos não são algo para se deixar de lado. — Adamastor se levantou da cadeira e se espreguiçou. — Bem, já temos um rumo. Entretanto o Delos Palace fica a umas dez horas de carro e não podemos ficar andando por ai à noite.

— E quem falou que vamos de carro? — Dany procurou algo em seu bolso.

Era uma pequena estátua de vidro no formato de um urso. Ela colocou no chão e assobiou. Um pequeno furacão rodopiou a estátua e a fez sumir. No seu lugar apareceu um enorme urso polar.

Adamastor abafou um grito quando o enorme animal rosnou.

— Legal, não é? O nome dela é Micca. É muito mais rápido que um carro. — Dany acariciava o pescoço da ursa.

— Você não acha mesmo que vamos nisso? — Adamastor estava tremendo.

— Vamos lá! — eu disse empurrando-o. — Ela tem uma sela.

Montamos em Micca. Dany conduzia e eu ia entre ela e Adamastor, que se segurava nervosamente quando começamos a nos mover. Em pouco tempo estávamos tão longe que não dava nem para ver a colina do acampamento. Um urso polar não deveria ser tão rápido e nem resistir ao calor com toda aquela pelagem. Entretanto Micca não parecia um simples urso, afinal ela surgiu de uma estátua de vidro.

Por sorte não encontramos nenhum monstro que uma flecha ou uma enorme patada de urso não desse conta. Chegamos ao Delos Palace ao entardecer.

Era um prédio enorme. E parecia tão chique que não devia ter apenas cinco estrelas. Fomos até a recepção (sem o urso é claro) onde uma moça pintava as unhas despreocupadamente.

— Ah, com licença. — chamei a atenção da moça.

— Bem vindos ao Delos Palace Hotel. Residência das maiores estrelas do sistema solar. Em que posso ajuda-los. — ela disse sem tirar o foco do pincel do esmalte nas unhas.

— Estou procurando alguém, quer dizer, acho que é ele quem está me procurando. Meu nome é Hélio Santos.

— Sim, o senhor do quarto 322 o espera, bem, no quarto 322.

— Obrigado.

Nós subimos até o quarto que a recepcionista nos indicou. Bati na porta, mas ninguém atendeu. Tentei novamente e nada.

— Hélio, acho que não tem ninguém. Quem é que você está procurando mesmo? — perguntou Dany.

— Meu pai. — disse. — E eu tenho certeza de que ele está aqui.

Não me importei com a cara de surpresa que Dany e Adamastor fizeram. Abri a porta, já que estava destrancada.

Aquilo não parecia um quarto de hotel e sim uma balada. A música eletrônica estava extremamente alta e uma multidão balança para lá e para cá em uma dança que pra mim parecia descoordenada. Tentamos abrir caminho por entre um mar de adolescentes até chegarmos à piscina (Sim, uma piscina. Não parecia sensato misturar um bando de adolescentes, bebidas alcoólicas e uma piscina). Procurar meu pai era uma missão praticamente impossível, já que eu não fazia ideia de como ele era.

— Estou sentindo um cheiro estanho. — disse Adamastor.

— Monstros? — Dany agarrou sei pingente se preparando para uma luta.

— Não, não é um monstro, mas aquele cara não é um humano comum. — ele apontou para um adolescente na beira da piscina que estava cercado de meninas.

Ele não parecia ter mais de dezenove anos de idade. Era loiro, olhos claros e estava usando apenas um calção. As meninas que estavam ao seu redor riam de tempos em tempos.

—... Aquele bicho tinha o dobro do meu tamanho, mas consegui o derrotar com minhas próprias mãos. — ele exibia os músculos. — É claro que foi uma batalha feroz e ele quase... Hélio!

Ele se levantou e veio em minha direção. Sim aquele era meu pai. E como pai ele estava me fazendo passar vergonha no meio de todos me abraçando, me chamando de filhinho e me dando beijos na bochecha.


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Notas finais do capítulo

É isso gente! Até a próxima!
Sayonara!