-ERROR escrita por Raposinha Marota


Capítulo 1
Quebrada...


Notas iniciais do capítulo

Estória inspirada na música da Lily (Niky) -ERROR (Prefiro a Namine Ritsu cantando esta música!).

Se possível, leiam ouvindo a música
Garanto que será interessante

Recomendo>>>>>ERROR: https://www.youtube.com/watch?v=YD-7-XBGUaw&list=UUZEiFf5XgoP8Z0ApjrLIenw



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Olhos marejados a transbordar tentavam de alguma forma aliviar-se do desespero que a dona tinha. A solidão lhe consumia até a alma, ou o pouco que ainda lhe restara após o "desaparecimento" do outro. Ele havia a deixado? Mesmo pensando nos momentos felizes que passaram em toda as suas vidas, a intensidade da essência havia desbotado quase por completo. Tudo estava em total desordem. "Consegue ver minhas lágrimas?", pensou a jovem, "Por que deixou-me?... Responda-me!".

Esperar uma explicação para uma questão que nem ao menos fora pronunciada deixava claro que perdia-se. Estava num interno colapso...


Nada mais importava e era isso que ela queria acreditar. Gritando com todas as suas forças, sabia que ninguém a ouviria, pois o mundo em que gritava não havia mais ninguém além de si mesmo. Do que adiantava berrar a quase ficar sem voz seelenão escutaria? O que ela esperava com aquilo? O que ela desejava? Para a garota, sua voz não tinha som e, talvez, ela quisesse poder ouvir-se e fazê-lo a ouvir também.

Não... Ela já tinha se cansado de perseguir seus sonhos...



"Quando isso terá fim?"



Quebrada? Sim, estava quebrada. Parecia morta por dentro. Mesmo assim queria continuar respirando, ter seu sufoco cessado. Não aguentava mais morrer aos poucos, não aguentava a tristeza e a solidão... Mas por que ainda queria viver? Encarando o passado como um filme antigo, lembrou-se de quantas vezes havia sonhado com o rosto dele. Realmente era ele? O que o sonho retratava-o como carinhoso e que a amava, na realidade era apenas um cara distante que nunca a viu, mesmo ela estando ao seu lado. Suas palavras não saiam. Querendo chamá-lo e dizer-lhe tudo, isso se mantinha apenas em sua mente distorcida.

Sentia-se como próprio erro...



Acreditando estar prestes a desaparecer, a jovem sentia que algo cairia dos céus. Uma fraca luz naquele dia nublado. Talvez fosse a hora de fazer seu último ato. Porém, antes de cumpri-lo, queria algumas respostas que não seriam respondidas. "O que decidiu?"...

Sobre o silêncio, as lágrimas já não paravam de cair...

Sua consciência se desprendia do corpo inanimado. A razão, a sanidade... "Com o que as está comparando?" Se fosse do mesmo modo que ela, era triste demais.

Então, ela decidiu esquecer o que eram aquelas palavras...



"Quando isso terá um fim?"


Distorcido? Sim, tudo estava distorcido. Contrariando a si mesma, queria continuar sua fria vida. Por que será? Tentando negar a esperança, ela parecia não morrer em seu coração gélido. Ainda pensava que podia? Ainda desejava, desesperadamente, que ele a amasse como ela o amava? Esta era sua última esperança nele? "Não. É apenas um sonho". Não se sabia ao certo, mas a garota havia desistido de si mesma há muito tempo. Como escaparia de seus sentimentos que não podiam ser expressados em palavras? Cansara-se de arrumar uma desculpa boba para não efetuar seu último ato.

Ela era o próprio erro?



Tento dado tudo de si... Tendo perdido tudo que tinha... Tendo se esquecido de tudo... Não podia almejar paz? Caminhando de forma inquieta, seu rosto tinha a expressão de dor e sofrimento. Era momento de matar oerro...

Se ria de si... este era o único erro que ela não era...



– Pare! - aquele que tanto amava pode ser ouvido atrás de si. Parando imediatamente, surpresa a jovem não quis encará-lo. - Não faça algo que irá se arrepender depois!

– Você sabe o que é estar quebrada? - com choro demonstrado em sua voz, a garota permaneceu sem vê-lo no olhos.

– Você não está quebrada!

– Não? - debochou. - Isso doí... as lágrimas me machucam... Já entrei no meu limite.

– Isto tem haver com isso aqui?! - não precisava voltar-se para entender do que se tratava. O rapaz tinha em mãos uma carta. Carta escrita por ela para se despedir.

– Será que te alcancei com minhas últimas palavras?... Já não importa mais...

Dizer mais que isso era impossível. Sua voz havia sumido, assim como seu corpo havia corroído por completo. Agora seguia para seu fim.

A vida apenas passava de uma ilusão difundida e sem lógica...



– "Não importa mais"?! - antes que pudesse se aproximar mais da beirada do prédio escolar, fora surpreendida com os braços do rapaz em volta de seu pescoço. - Não importa ter seus perguntas respondidas? Não importa meus sentimentos?

– Eu quebrei...

– Que seja. Eu irei te consertar. Você quer desistir da vida? Desistir dos meus sentimentos por você?

– Eu... - o que fazer? - Eu... - o que escolher? - ... - "Não". - Eu quero viver em paz!

– Eu também... eu quero viver onde você estiver.

As lágrimas não cessavam e a jovem queria ser feliz de agora em diante. Se possível, ao lado do jovem pelo resto de sua vida.

– Eu te amo...

Não podendo corresponder com a mesma frase, a garota não segurou-se em chorar na quietude. Gritaria aos céus para acabar com sua tristeza.

Então... O que é erro? Ninguém mais se importa com isso.


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Notas finais do capítulo

Caros leitores de todas as idades. Gostaria que, humildemente, deixassem uma palavra a esta escritora que aqui vos escreve. Não é pedir muito um simplório Review para dar a luz que um escritor necessita.