Zodiacals Generation - fic interativa escrita por LovelessZénia


Capítulo 11
O Príncipe-Bobo


Notas iniciais do capítulo

Yo minna! Lamento do fundo do meu coração pelo imenso atraso mas o meu pc já era velho e tive de esperar por um novo que só ganhou Word há dois dias. Entretanto também tive e escola e muitos trabalhos e confusões... Uf! Então só espero que não me matem e que comentem pelo menos um "li" para que eu não me sinta tão abandonada... :/
Boa leitura!



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Clã Flaming Tail – “Os geridos pela Mentira”

Viajamos mais umas boas centenas de distâncias e chegamos ao novo destino. Seria quase engraçado o facto de estar a saltar de um lado para o outro do globo se, mais uma vez, as horas não tivessem brincado comigo. E desta vez... está noite cerrada!

É difícil conseguir narrar algo desta forma, especialmente por que neste momento não estamos dentro da mansão de um grande Clã ou sequer dentro de uma casa acolhedora. Não. Estamos em plena Tokyo, de ruas obscuras, mas tão iluminada por prédios gigantescos e anúncios florescentes que, se vista de cima, parece que uma nuvem de luz paira pela cidade. As estrelas são impossíveis de serem vistas, ofuscadas pela luminosidade humana, mas a Lua está estranhamente clara desta vez, como se pretendesse guiar algo ou alguém numa cidade tão vivida.

– Arigatô, oji-san! (N/A: oji-san = velho, tio)

– Tento na língua, rapaz! – resmunga o outro utilizando o pano de cozinha nas suas mãos como um chicote na cabeça do mais novo, num ato amistoso de repreensão.

O jovem do outro lado do balcão começa a rir, divertido com a reação do mais velho.

– Itai...! – reclama manhoso – Não disse nada de mal, Mikaido-san!

– Tsc. É melhor saíres daqui antes que me apeteça fazer tiro ao alvo com as facas ali atrás! – resmunga o homem, apontando para a mesa atrás de si com o polegar.

– Ihhh! Vou aproveitar a deixa então – concorda sorridente, mas tomando uma careta chateada em seguida – Da última vez fui obrigado a pagar pelo vidro! – termina indignado.

O homem forte solta uma risada divertida ao relembrar os acontecimentos dessa vez.

– Foi bem merecido! Se bem me lembro estavas a tentar roubar-me! – exclama divertido, agarrado à grande barriga enquanto ri.

– Já disse que lamento isso... – murmura o jovem, com as bochechas inchadas de vergonha e reprovação aos próprios atos passados.

– Felizmente melhoraste desde lá, Jack! – exclama ao perceber que o outro estava prestes a sair – Vê se não te esforças demasiado!

– Hai! Pode deixar!

E, ao acenar de costas, o rapaz finalmente deixa aquele lugar juntamente com o embrulho oferecido pelo mais velho.

Estamos agora perante Jack Scarlet, mais um dos salvadores perdidos pelos seus. Digo, ele sabe que é diferente, sabe o que consegue fazer (pelo menos em parte), sabe que é especial e necessário... apenas não sabe quem o ama de verdade. Pode se dizer que Jack já viu e sofreu de tudo um pouco nos seus 17 anos de vida: tristeza, solidão, saudade, loucura, desespero... morte...mas mesmo assim ele continua a sua vida e continua com os seus sonhos, tal como qualquer jovem normal da sua idade.

Mas voltemos ao Anjo, que atualmente, parece ter congelado enquanto olha para o outro lado da estrada. Ao seguir o seu foco percebe-se o que o assusta tanto: na escuridão daquela parte mal iluminada de Tokyo estavam dois homens grandes e totalmente vestidos de preto, como os guarda-costas de alguém muito importante. No momento em que os dois grandalhões vêem o jovem de cabelos rosados especado a observá-los, parecem encontrar o que queriam. Os dois trocam um par de palavras e começam a atravessar a estrada calmamente enquanto o da direita acena para Jack.

– Ei! Jovem!

Quando os dois passam por de baixo de um candeeiro, o Scarlet consegue ver que o homem que lhe acena traz uma grande tatuagem de chamas negras no braço descoberto pela manga caída.

– Merd*! – sussurra o de cabelos espetados enquanto arregala os olhos de repente.

Nisto, Jack enfia o embrulho dentro do casaco de modo a tentar proteger a comida do que viria a seguir e vira costas aos homens, começando a caminhar por uma rua paralela. Assim que entra nesta, corre com todas as suas forças. Ao aperceberem-se do sucedido os dois “armários” entre olham-se por de baixo das lentes escuras dos óculos e apressam o passo, começando a perseguir o jovem salvador.

Os minutos seguintes são tensos. O Anjo Áries corre para tentar escapar àqueles que teimam em segui-lo, sempre a correr, com gritos assustadores e autoritários que o mandam parar. Mas como a sorte dura sempre pouco… a rua termina e Jack dá de caras com uma parede enorme de tijolos vermelhos e sujos de spray e cartazes.

– Agora já não tens por onde fugir, Blaze-sama! – grita um dos homens, a poucos metros do jovem de cabelos rosados, com um sorriso vitorioso no rosto duro.

Jake devia a sua atenção da parede alta e vira-se com um olhar pesado.

– Pensava que já teriam desistido depois de tanto tempo – comenta, colocando as mãos nos bolsos do casaco e encostando-se à parede, pensativo.

– Não lhe daríamos essa honra – afirma o outro “grandalhão” de forma cínica, mas, de certa forma, ainda com o devido respeito – Mas a nossa missão é apenas levar Blaze de Flaming Tail para julgamento perante o Clã. Só tem de vir connosco!

É então que, se razão aparente, o salvador de invulgares cabelos rosados e arrepiados… começa a gargalhar! Mas não uma risada falsa, algo realmente sentido, como se toda a situação fosse simples e estranha o suficiente para que pudesse fazê-lo!

– Lamento, mas… - o Scarlet endireita-se e sorri de lado para os dois homens que o encaram confusos - … a vossa missão vai muito contra os meus princípios! Eu não sigo regras e…

De repente, e sem aviso prévio, mesmo no meio da sua frase, o rapaz ganha balanço e salta em direção à parede branca à sua direita, de modo que começa a subir em direção ao telhado alternando os saltos rápidos e ligeiros entre a parede de tijolos e a branca. Assim que ele alcança o telhado e, simultaneamente, o topo do muro grafitado, olha para baixo, para os “armários” plantados no chão com cara de quem não percebeu sequer 1% do que se estava a passar.

– Além disso tenho a minha preferência por ladys! Ja neh!

E dito isto, com um sorrisinho e um aceno trocista, ele começa a fugir pelos telhados rapidamente.

– Atrás dele!

Uf! Parece que estes são duros na queda! Não se cansam de serem feitos de parvos? Depois deste “mini show” ainda vão seguir o nosso Anjo?! Devem estar mesmo desesperados… (ou prestes a cair no desemprego, se é que me entendem)

Jake sentia-se agora mais aliviado. Apercebera-se de que os dois juntos não tinham nem metade da capacidade que ele possuía e isso deixou-o orgulhoso de si mesmo e, talvez, um pouco seguro de que salvaria a comida que transporta. No entanto, apenas durante uma milésimo de segundo, algo veloz e pequeno corta o ar a centímetros da sua orelha e, como que por reflexo, o rosado atira-se para o lado acabando por rebolar quase até à ponta do terraço onde estava agora. Eles têm armas!

– Desiste de uma vez, rapaz! – exclama um dos homens aproximando-se imponente e com uma pistola negra erguida na direção do salvador.

Jake ergue-se lentamente, em parte por estar um pouco dorido depois do seu desvio um pouco exagerado, e também por cautela perante a arma que lhe era apontada. Ainda assim o seu olhar não demonstra medo ou qualquer sentimento negativo. O jovem apenas parece tentar pensar rapidamente numa rota de fuga. Ser levado perante o Clã, ou o que restou dele, seria a sua última hipótese (e em caso do mundo estar a acabar, é claro).

– Ele não parece querer desistir… - murmura o outro homem ao aperceber-se do comportamento atento do jovem, acabando por ergue também a sua arma na mesma direção do outro.

Era impossível sair daquele ponto e, por muito que lhe custasse admitir, o Scarlet sabia que apenas com asas é que conseguiria alcançar qualquer um dos prédios ao redor. E ele não sabe voar! E a altura a que se encontra também é bastante elevada… As suas únicas opções seriam matar-se ou ser morto depois do julgamento. Mas não! Jake é demasiado teimoso para acabar de forma tão triste! É aí que lhe surge uma ideia.

– Senhores, foi um prazer conhece-los! Foram um ótimo público! – agradece com uma vénia exagerada e ao estilo europeu, juntamente com o seu habitual sorriso divertido e irónico, como se tudo não passasse de um desafio, uma brincadeira.

– De que é que estás a falar, rapaz?! – questiona um dos outros, dando um passo em frente, hesitante.

– Sayonara!

E nisto o jovem salvador corre de costas os poucos metros que faltavam até ao final do terraço e atira-se de costas, sempre sorridente.

Ele está louco?! Decidiu morrer afinal?!

Os dois homens no topo do edifício inclinam-se desesperados para ver o resultado daquela ideia louca, mas não era o que eles esperavam.

– Fod*-se! Ele vai fugir! Dispara! Dispara! – grita um deles, totalmente nervoso.

As balas começaram a vir às dezenas mas, por alguma razão, nunca acertavam o Anjo. Foi assim, e, novamente, por alguma razão que não dava para entender, que Jake Scarlet atingiu o chão rapidamente e sem nenhum arranhão.


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Notas finais do capítulo

Então? Então? Muito bom? Muito mau? Muito mais ou menos? Mais para o mais ou mais para o menos? Comentem onegai!
Espero que tenham gostado do cap. Qualquer duvida é só falar! ~.o
O próximo cap vai ser o último das apresentações já que como os últimos dois anjos são da mesma autora decidi tentar algo em conjunto. Por isso... DAQUI A DOIS CAPS IRÃO APARECER TODOS! YEY! ahahah
Espero vê-los até lá!

P CHALLENGE!!
Então... qual a vossa opinião dessa vez?
Relembrando: Argo Dorian - Anjo Scorpio de longos cabelos verdes e três irmãozinhos irrequietos; Jake Scarlet - Anjo Áries de cabelos rosados e espetados e uma vida nada simples na grande Tokyo.
O que acharam deles? E os seus poderes? Ideias?

Choco kissus minna!



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