Climb My Sugar Walls escrita por Colonara


Capítulo 4
Capítulo 4 - Euforia Parte 2


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTAS FINAIS E

BOA LEITURA!!!



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Austin

Austin se lembra de ser muito imediatista em algumas situações, e de isso acabar resultando em medidas bastante desesperadas.

Como da vez que chegou tão bêbado em casa e desesperado para vomitar que decidiu entrar pela portinha do cachorro, e entalou, acabando por vomitar ali mesmo e o pior: dormir em cima.

Talvez Austin só bebesse demais e não soubesse a hora de parar. Como uma vez no ano novo, em que Dez resolvera fazer todas as simpatias possíveis para atrair dinheiro – inclusive usar uma cueca amarela extremamente apertada que eles compraram na loja de departamento. Dez era uma pessoa mais materialista do que espiritual e sabia que queria grana e não amor, mas isso não o impediu de passar a noite inteira reclamando do quanto a cueca apertava suas bolas. Então Austin acabou se pegando na virada do ano, com uma garrafa de champanhe e uvas na boca, alem de folhas de louro que Aiden socara em suas calças, desejando achar um amor.

Ele se lembra de pedir alguém especial assim que o primeiro fogo de artifício estourou no céu, e de Dez arrebentando a própria cueca com uma faca de pão e jogando-a pro alto enquanto Aiden berrava que eles estavam arruinando o fluxo de boa sorte anual.

Mas agora? A promessa de alguém que fizesse valer a pena era coisa pouca enquanto Austin desfilava pela borda da piscina com um copo de cerveja já quente na mão. Ele já havia pegado umas sete ou oito garotas ali, e isso para ele era uma mixaria, contando a quantidade absurda de surfistas gostosas presentes.

Então ele decidiu colocar seu plano em prática. Com Dez perdido no meio da multidão, os esforços foram redobrados para conseguir fazer a Mesa Russa sair de acordo com os planos, marcando sua volta triunfal.

– Hey, o que o maluco está fazendo dude? – uma voz perguntou enquanto Austin arrastava a ultima das quatro mesas para o centro do gramado, e o garoto riu em resposta, babando vodka em seu próprio peitoral. Ele estava tão bêbado que provavelmente transpirava Big Apple pura.

– Calem a boca! – ele gritou, subindo na mesa, enquanto derramava toda a remessa de detergente que ele e Dez haviam roubado sobre e molhando com uma mangueira de jardim. – Austin Moon está na festa e está achando que falta um pouco de diversão. Isso é a Mesa Russa, podem chegar.

A festa inteira se moveu para o redor da mesa. A brincadeira consistia nas mesas enfileiradas untadas de sabão e detergente de forma que ficassem escorregadias o bastante. Então, alguém se deitava nela e os outros ficavam de pé em volta, cada um com uma garrafa de bebida virando um gole na boca de quem estava deitado enquanto os outros o empurravam para a próxima pessoa até o fim, que normalmente acabava com uma grande dose de vodka.

Quem conseguisse caminhar dez passos sem cair, vomitar ou desmaiar era visto como o rei da festa. E é óbvio que Austin seria o primeiro, sob uma platéia berrando seu nome.

Haviam pelo menos quarenta pessoas ao redor das mesas, cheias de bebidas nas mãos, e Austin não hesitou ao se deitar com estardalhaço sobre a primeira mesa, se afogando em litros de álcool que sua própria criação o proporcionava.

A queimação era absurda ao que Austin bebeu tequila, vodka com limão, vodka com morango, maracujá, cachaça pura, vodka com vodka, cerveja, cerveja com rum, licor e o caralho a quatro.

Ao fim da mesa, Austin sequer conseguia formular um pensamento lúcido enquanto uma garota morena com fartos seios e um biquíni de neon derramava absinto direto em sua garganta. Ele estava totalmente encharcado e cheirando a detergente de maçã e bebida, e completamente esgotado.

Podia sentir nas entranhas o quanto aquilo ia custar caro, mas de que importava?

Alguém o colocou de pé, já que Austin mal conseguia manter os olhos abertos, e percebeu que sua camisa estava encharcada de álcool.

– Moon! Moon! Moon! – o coro ás suas costas urrava, e um garoto o empurrou.

– Vai, Moon!

Ele encarou a extensão de grama contornada por pulseiras de neon e pode sentir o estômago embrulhar. Dez passos. Ele ia conseguir. Ele juntou suas últimas forças e condicionou seu cérebro para pensar em apenas uma ordem: ande.

Quando a multidão explodiu em gritos, ele soube que conseguira, e sorriu abertamente para todos á sua volta antes de berrar:

– MOON! – e foi aplaudido com fervor.

Então mais alguém se voluntariou para passar pela Mesa Russa, e Austin pode se jogar no gramado, potencialmente exausto demais para fazer mais alguma coisa além de alcançar o celular no bolso.

O triunfo fora feito, agora ele precisava conseguir sexo.

Enquanto tentava teclar algo que fazia mais sentido do que “ldkfmsfd,.ke” alguém tentou erguê-lo pelos ombros e seu celular caiu na grama. Era uma morena alta e bronzeada, com o corpo escultural.

– Seu fígado é um monstro. – ela sussurrou em seu ouvido.

– Al...exa? – ele riu. – Caaaaara! Eu preciso foder.

Austin provavelmente se arrependeria das palavras ditas no dia seguinte, mas ele nunca tinha o filtro social quando estava bêbado, ainda mais com Alexa seminua e molhada pela água da piscina se esfregando em seu corpo.

Quando se deu conta, já se entregava á um beijo lascivo e desesperado, sendo prensado contra a porta de um quarto que ele não conhecia. Não era o de Alexa. Apesar de bêbado e perdendo totalmente a noção de tempo e espaço, ele sabia que aquele número na porta não começava com 18; o volume em suas calças já era alarmante quando ela o jogou em uma cama de casal perfumada, e então todo o resto da noite se transformou em gemidos e risadas baixas.

Ally

Ally estava se divertindo até demais.

Mesmo quando parte da festa se dirigiu para o centro do gramado para presenciar não-se-sabe-o-quê, a pista de dança continuava lotada a ponto de ela ter seu corpo colado ao de desconhecidos e o copo de vodka diminuindo a quantidade consideravelmente; Ally se entregava ao ritmo sexy das batidas de Jace Everett em Bad Things já em sua...décima rodada? Não que ela se importasse. Trish havia sumido pela multidão com um surfista gostoso e a abandonara ali.

Quando se aproximavam das quatro da manhã, ela resolveu buscar sozinha o caminho para o quarto, mesmo que a festa aparentasse estar apenas no começo. Enquanto ela batalhava para chegar até o saguão, quando um garoto tentou ir contra o fluxo e esbarrou em cheio em Ally, manchando todo o vestido de vinho ou qualquer que seja a bebida roxa.

– Puta que pariu! – Ally disse, engrolada, tentando em vão passar um guardanapo para limpar.

– Ai meu Deus! Me desculpa mesmo! - o garoto disse, largando o copo de vinho ao chão para ajudá-la. Ela o encarou. Ele era excepcionalmente bonito, usava um snapback vermelho e preto e lançou-lhe um sorriso sem dentes. Claramente era um surfista.

– Não, tudo bem, sério. – ela sorriu para ele e para seu peitoral malhado, com algumas tatuagens. – Ally.

– Wesley. – ele apertou a mão que Ally estendeu. Estava visivelmente tão alterado quanto ela – Ally, se você quiser se trocar eu tenho uma camisa extra no backstage o meu irmão coordena a equipe de lá. Sabe... só pra não ficar assim. – disse Wesley. A proposta era interessante.

Assim Wesley a levou em direção ao backstage, puxando-a pela mão através da quantidade impressionante de adolescentes presentes. Ally podia sentir a malícia no olhar do garoto, mas de que importava? Afinal, ela estava bêbada.

Assim que eles chegaram ao backstage, Wes fechou a porta e entregou a ela uma camisa xadrez de abotoadura.

– Você vai ficar aí me olhando tirar a roupa? – ela perguntou, encarando-o.

Wesley fez uma cara comicamente pensativa e coçou o queixo.

– Talvez.

Quem sabe fosse a vodka falando, mas Ally deu de ombros:

– Ok.

Ela tirou o vestido e pôde sentir o olhar de Wesley se prendendo a cada centímetro de seu corpo. Onde estava a Ally totalmente tímida que chegara naquele hotel? Talvez ela tivesse ido dormir na segunda dose de tequila.

Ally começou a abotoar a camisa, até que parou na altura do umbigo, e olhando para Wes, arriscou:

– Me ajuda?

Wesley se aproximou com volúpia no olhar mas sequer tocou os botões da camisa. Ele atirou Ally contra a parede e a beijou.

X

Quando Ally acordou na manhã seguinte, sua cabeça doía tanto que parecia prestes a rachar ao meio. Depois de toda uma ladainha para que seus olhos finalmente concordassem em abrir e espantasse toda a dormência de seu corpo, ela se viu deitada sozinha em uma cama de casal com um forte cheiro masculino.

Pedaços fragmentados da noite passada poluíam sua cabeça de memórias que ela se envergonhava de ter. Ela olhou em volta, com o coração vacilante, mas não viu sinal de Wesley. O máximo que ouviu foi o barulho do chuveiro na suíte.

Ela sequer conseguia organizar seus pensamentos quando se levantou vacilante em direção á porta, cambaleando no caminho. Ela precisava de um banho, e acima de tudo, de um dia inteiro em sua cama sem ver a luz do sol.

Não que Trish fosse permitir.

Por todo lado vestígios da festa: gente dormindo em sofás e nos cantos, rodeados de copos e garrafas de cerveja e vodka; pessoas nos divãs á beirada da piscina, e pessoas em bóias dentro da piscina, enquanto funcionários furiosos limpavam os restos de vomito e quatro mesas molhadas que estavam mais cheias de bebidas que todo o resto.

Ally tentou franzir as sobrancelhas, mas doeu. Ela pegou o elevador, e teve que enxotar um surfista que dormia lá dentro para fora, recebendo alguns xingos em troca.

Quando alcançou a porta de seu quarto foi como se um peso fosse retirado de seus ombros. Mas quando a abriu, foi como se ele voltasse redobrado.

Sua mão tremulou e seus olhos não poderiam ficar mais arregalados ao encontrar duas figuras nuas entrelaçadas em sua cama. Ela tirou forças do absurdo para gritar um rouco:

– AUSTIN?!?!?!


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Notas finais do capítulo

Já tem Auslly no próximo, não se assustem haha
E eu vou dizer o que aconteceu entre Ally e Wesley antes que vocês pensem besteira hehehe espero que tenham gostado :DD
Mereço reviews?