Mais uma História de Amor escrita por Lixo


Capítulo 1
One Shot - Apenas Nós


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Não sou nova aqui no Nyah, apesar de minha conta ser (perdi a antiga), mas enfim. Espero que gostem. Sim, eu quis fazer um romance bem água com açúcar mesmo, vamos ver no que deu. Eu gostaria que vocês lessem a fic com a música: Far away - Nickelback ( http://www.youtube.com/watch?v=j4y-RzVGrHg ), no meio da fic eu vou avisar a hora de começar a música. Quando terminar, replay (:
Enfim, aproveitem leitores queridos.



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Era apenas mais uma noite como todas as outras. Estava frio, a névoa fazia parte do cenário e as nuvens escuras e carregadas pintavam o infinito céu azul da noite. Não se via estrelas, porém a lua iluminava como uma vela ilumina uma pequena sala escura. Estava sozinha em meu quarto, no meu canto, triste. Estava sem meus amigos. Minha mãe viajara, e meu pai há tempos eu não o via. E eu estava sem a pessoa que amava.
Meu amigo, meu melhor amigo a quem eu tanto amava. O amava em segredo, o amava em meu mais profundo silêncio. O amava da forma mais intensa que alguém pode amar outra pessoa. Ele gostava de outra garota.
Lágrimas quentes escorriam em minha face, e logo beijavam meus lábios, fazendo-me sentir aquele conhecido gosto salgado...

- Eu te amo, Lipe. - Sussurrei apoiando-me na janela de meu quarto, enquanto olhava para a imensidão do céu e a beleza da lua. - Você pode me ouvir, meu amor?

(Música "Far away - Nickelback" on)

A vista do andar de cima de minha casa, onde se encontrava meu quarto, favorecia-me, pelo fato de eu adorar observar o lindo céu. E era isso que eu fazia naquele momento. Mas chorava. Chorava por ser tão fraca, chorava por não conseguir enfrentar, por medo de declarar os sentimentos que transbordavam em meu peito, de receber más reações.
No dia após o dia seguinte ele se mudaria, iria morar em uma cidade vizinha. Raramente iríamos nos ver, e assim eu perderia de vez o amor da minha vida. Eu precisava contá-lo, precisava vê-lo. Tinha que dar ao menos um abraço, um beijo talvez, antes dele partir. Ele não podia ir. Não, não podia. Eu precisava vê-lo. Tinha que vê-lo. Ele precisava saber o quanto é lindo o que havia dentro de mim.


Desci as escadas correndo, peguei meu casaco, minhas botas, e sai. Aonde quer que ele estivesse, eu precisava encontrá-lo, precisava receber aquele abraço mais uma vez, sentir aquele cheiro bom, uma mistura de doce com o cítrico...
Precisava ouvir aquela macia voz ondulada, com um leve sotaque no final.
Corri pela rua, estava escuro e deserto, com clima chuvoso. Corria sem saber exatamente para onde, apenas seguia em frente. Até que aquela figura masculina apareceu. Uma figura que eu conhecia cada detalhe, do tanto que eu observava. Ele vinha em minha direção, gritando meu nome.

- Estou aqui, meu amor. - Sussurrei antes de chegar até ele. Fui envolvida por um forte abraço, o abraço que eu tanto amava, que eu tanto necessitava...
- O que faz aqui sozinha? Eu estava indo a sua casa lhe chamar para comer uma pizza lá em casa, pipoquinha. - Disse ele divertidamente. "Pipoquinha" foi um apelido que ele havia me dado, pois eu adorava pipoca.
- Ah, eu estava indo lá mesmo. - Ri. Ele me olhou com aqueles olhos castanhos profundos, e logo sorriu.
- Então va... - Ele foi interrompido por uma forte trovoada. E começou a chover.
- Acho melhor esperarmos em minha casa primeiro, é mais perto e agora está chovendo. - Falei um pouco mais alto que o normal devido ao som das gotas d'água batendo contra o chão, e ele concordou. Em um ato inesperado por mim, ele me abraçou, talvez para eu não pegar muita chuva, e fomos até minha casa.
Entramos, e subimos ao meu quarto. Sentei em minha cama, encostando-me na parede sem ser a que havia a janela. Ele fez o mesmo.
- Que sorte tivemos, para não dizer o contrário, pra pegar uma chuva justamente agora. - Disse ele meio frustrado.
- Pois pra mim realmente foi sorte... - Murmurei para mim mesma.
- O que disse? - Perguntou ele, fitando meus olhos.
- Nada! Nada não - Forcei um risinho. Eu tinha que parar com essa mania de ficar sussurrando.
Ficamos em silêncio por um tempo, apenas ouvindo o melodioso som da chuva. Felipe, ou Lipe como eu gostava de chamá-lo, era do tipo que sentia sono com muita facilidade. Vinte minutos haviam se passado, e ele disse que estava caindo de sono, e inocentemente perguntou se podia deitar-se com a cabeça em meu colo.
- É claro que sim, Lipe. - Tentei esconder meu nervosismo e felicidade. Ele deitou-se, ele logo comecei a acariciar aqueles castanhos e macios cabelos. Ele estava quase dormindo, quando disse:
- Eu te amo, pipoquinha. - Meu coração deu um salto. Mas é claro que era apenas como amigo, ele já havia dito aquilo outras vezes.
- Liga não, tô com sono.
- Também te amo, bobo. - Falei rindo. O que ele não sabia é que eu o amava além da amizade.
- Mas não é como amigo não. - Disse ele, virando-se para olhar em meus olhos. - Abrindo meu coração aqui. - Disse ele, tímido.
Eu não acreditava. Era aquilo mesmo que eu estava ouvindo? Não, não podia ser verdade. Era apenas mais um sonho, coisa da minha cabeça.
- O quê? - Foi a única coisa que consegui falar. E ainda saiu em um murmúrio.
- É isso mesmo. Eu te amo pipoquinha, mais que um amigo. Te amo de verdade. - Ele dizia, e eu prestava atenção em cada palavra, e não pude deixar de notar seu olhar apaixonado. - Eu tinha que te dizer isso. Por favor, se você não sente o mesmo, eu queria te pedir que nossa amizade continuasse a mesma, e me veja apenas como um idiota, ok? Não quero te perder pipoquinha, meu amor, então se quiser pode esquecer tudo o que eu dis... - O interrompi, beijando-o. Percebi que ele havia ficado surpreso, mas logo relaxou e retribuiu. Era um beijo apaixonado, desejado, calmo e ao mesmo tempo... Desesperado. Lágrimas rolaram eu meu rosto, indo de encontro ao nossos lábios, molhando-os. Estavamos desejosos, mergulhados em imensa paixão. Eu sentia soluços insistindo em aparecer, e notei que ele também estava embargado de emoção. Meu coração pulava, clamava, berrava. Cada batimento cardíaco era como se meu pequenino orgão fosse sacar do peito a
qualquer momento. Estava com uma felicidade enorme, impossível de descrever.
- Eu também te amo tanto meu amor. - Falei ofegante, no momento em que paramos o beijo. - Você não sabe o quanto esperei por esse dia, não sabe que antes de te encontrar ali no meio da rua eu estive pensando intensamente em você, como tem sido meus outros dias, e posso dizer que hoje foi o melhor dia da minha vida, eu te amo muito mesmo, não sabe o quanto estou emocionada agora. - Disse sorrindo e ao mesmo tempo chorando. Ele riu, e passou o polegar em meu rosto, secando a lágrima que havia acabado de se formar e cair.
- Eu te amo mais. E você também não faz ideia do quanto estou feliz. Eu não esperava por isso, não mesmo. E talvez você esteja se peguntando se eu não gostava de outra garota... E na verdade não, havia parado de gostar há tempos, e comecei a sentir algo muito forte por você, mas tive medo de estragar nossa amizade caso você não entendesse. - Disse ele, com aquele sorriso perfeito que só ele tinha. Nos beijamos mais uma vez, e sorrimos. Estava perfeito. Era mais do que eu poderia querer e imaginar. Eu estava com o amor da minha vida. Era incrível, até pelo fato de que 1 hora atrás eu chorava pela sua falta.

Deitamos na cama, e ele me abraçou. Ficamos ali, olhando para cima, apenas com a luz de fora refletindo sobre o escuro quarto.

- Eu nem acredito que isso está acontecendo. - Falei emotiva. - Tem certeza que isso não é um sonho?
- Te dou toda a certeza do mundo de que isso é real, minha princesa. - Aquelas palavras me amoleceram ainda mais, e o "minha princesa" no final, nossa, foi uma sensação totalmente nova.
- Sou sua? - Disse aninhando-me em seu peito.
- Você quer ser? - Perguntou ele carinhosamente.
- Com uma condição. - Falei, ele ele me olhou curioso, porém sorrindo. - Você tem que ser meu.
- Isso não é problema. - Disse ele fitando-me docemente. - Já sou todo seu.
- Só meu?
- Apenas seu. - Sussurrou ele em meu ouvido, e deu uma mordidinha em meu pescoço. Me arrepiei.
- E eu sou só sua, né? - Falei de olhos fechados.
- Sim. Você agora é minha, só minha.
- E você é meu, só meu. - Falei, beijando aquela gostosa boca dele.

Permanecemos daquele jeito por um bom tempo, apenas curtindo a presença um do outro. Depois levantamos, olhei no relógio e vi que ainda não estava tão tarde.
- Lipe... A pizza ainda tá valendo? - Perguntei, rindo.
- É claro que sim, minha esfomeada. - Respondeu também rindo, me abraçando.
Fomos até a casa dele, comemos a pizza, conversamos, trocamos carícias, e acabei dormindo lá mesmo. Fora uma noite perfeita, inesquecível.


Dois dias depois, chegou o dia dele ir embora. Mas felizmente, era apenas por 6 meses, melhor do que definitivamente. A despedida foi só choro, principalmente meu. Mas pelo menos, estávamos juntos. Apesar de que ele iria embora por 6 meses, iríamos continuar juntos, sem problemas.

Foram meses dolorosos de muita saudade, mas nos falávamos todos os dias, sempre. Até que faltava apenas 1 dia para ele voltar. A ansiedade era enorme, a saudade também. No dia seguinte, fui buscá-lo no aeroporto com seus pais e amigos, foi uma festa. Nos beijamos como se mais nada existisse pelo resto da noite, para matar aquela saudade. Sem falar que naquela semana, dois dias depois de sua chegada, ele havia me pedido em namoro, definitivamente. Foi perfeito mais uma vez.
Toda aquela distância me fez valorizá-lo ainda mais, a amá-lo ainda mais. Foram meses sofridos. E como foram. Mas mesmo longe, estávamos juntos. Juntos até o fim. Porque o amor supera barreiras, certo? Os obstáculos não tinham vez conosco. Era nós até o fim.

Porque era nós, apenas nós.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? Críticas? Comentem por favor! Bjos :3



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