Godofredo estava de volta, não da forma que Joseventina queria, ele estava possuído pelo terrível chifre das trevas e estava se preparando para aniquilar tudo e todos, realmente não era o reencontro que ela imaginara.

Todos estavam espantados a poucos segundos Nenhumcórnio estava prestes a libertar o chifre das trevas e conquistar o poder supremo e agora estavam vendo um grande boneco de neve com um chifre negro.

“Finalmente eu voltei!” as palavras saiam da boca de Godofredo, mas a voz era diferente.

“O Unicórnio das Trevas...” disse Duocórnio.

“Veja, você parece diferente desde a última vez que nos vimos. O que aconteceu? Cortou a crina?” zombou o novo inimigo “Ah! Já sei! Seu chifre foi roubado, não é? A mesma coisa que você e aqueles outros nojentos fizeram comigo!”.

“Godofredo pare!” Joseventina gritou “Você não é mal!”.

“Seu amiguinho não está mais aqui!” o boneco de neve riu “E nunca mais voltará! Agora nada pode me impedir de completar meu plano de dominar o mundo!”.

Otávio e Fumiga estavam se esforçando para segurar Joseventina, ela queria chegar até Godofredo, queria poder fazer algo pelo seu amigo.

“Vocês são patéticos!” o vilão fez cara de nojo “Vão ser os primeiros a morrer! Mas não tão rápido, quero ver vocês sofrerem!”.

Começou a disparar pequenas rajadas de energia sombria em Otávio e Fumiga, os dois gritavam agonizantemente. Grandes ferimentos apareciam em seus corpos, sangue escorria.

“Pare!” gritou Duocórnio “Eu sou... seu inimigo...”.

Novamente o boneco riu. “Não seja ridículo, você está fraco demais para me enfrentar e eu quero que veja suas crianças morrerem, assim você sofre mais, então, desista de tentar me enfrentar e assista o fim do seu mundo!”.

“Eu... nunca... desisto...” Duocórnio se levantou e pôs-se à frente do boneco “Terá... de... passar... por... cima... de... mim...”.

“Olhe para isso!” o vilão estava ficando entediado “Mal consegue se manter em pé, e isso apenas por levar um golpe de três fragmentos do chifre, acha mesmo que resiste ao poder total?”.

“Pare seu desgraçado!” Joseventina estava chorando “Pare de corromper a alma do meu amigo, pare de machucar aqueles que eu amo, pare com isso agora!”.

Joseventina chegou face à face com ‘Godofredo’, levantou uma das patas dianteiras e fez algo que ninguém esperava, agarrou o pescoço do boneco e o beijou. O chifre parou de emanar energia das trevas e novamente se dividiu em cinco partes, Godofredo estava livre das trevas e continuava vivo.

Os cinco chifres sagrados foram na direção de Duocórnio e se posicionaram em sua cabeça, ele se ergueu aos seus e criou asas, havia se tornado Quintocórnio.

“Agora as almas dos cinco portadores dos chifres sagrados está única em uma só!”.

“A luz foi restaurada!” exclamou Otávio “Todos podemos comemorar!”.

“Nem todos...” falou Fumiga olhando para Nenhumcórnio ainda desacordado.

“Nenhumcórnio irá para a prisão de contenção máxima no meu castelo!” disse Quintocórnio “Quanto a vocês, podem voltar às suas vidas!” e foi embora levando o antigo vilão.

Fumiga e Otávio estavam se abraçando e enquanto isso, Joseventina e Godofredo estavam passando por uma situação constrangedora.

“O que foi aquele beijo?” perguntou o boneco de neve.

“Bem...” ela estava corada “Foi a única coisa que eu pude pensar para pará-lo, dizem que, bem, o amor, quebra qualquer feitiço... Me desculpe!”.

“Não se desculpe!” Godofredo beijou a mula, um beijo de cinema. “Vamos, vocês tem que me apresentar aquela pequena formiga ali!”.

“Bem, essa é a nova integrante da nossa equipe!” exclamou Joseventina sorrindo.

Ela olhou para os outros e soube, todos concordavam, agora eles eram uma equipe, todos juntos, até o fim dos tempos.

Fim?

Não, apenas o começo!