O enigma das bonecas escrita por Sadah


Capítulo 11
O Cemitério




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/513395/chapter/11

Jennifer foi até as plantas das Mandragoras, ao se aproximar, Amelie apenas a observava com um confiança de que iria dar certo. Ela passou do lado de uma Mandragora e viu que a planta começou a tremer mais que o normal. Abaixou-se e cavou um pequeno buraco no chão de terra com as mãos e colocou um dos legumes dentro do buraco.

Ela olhou para trás e Amelie havia desaparecido, assim como a Mandragora atrás dela. Achou estranho e olhou para as outras Mandragoras, ainda estavam no mesmo lugar.

Levantou-se de onde estava após enterrar o legume no buraco e foi a procura de um regador, ao avistar um pegou-o rapidamente, mas estava vazio. Nesse momento, Jennifer avistara uma pequena mangueira no corredor por onde viera, foi até ela e encheu o regador de água. Voltou para regar terra onde estava enterrado o legume, mas ao chegar de volta percebeu que, todas as Mandragoras haviam desaparecido. Olhou ao seu redor para procura-las e nada; voltou sua atenção para o legume que estava plantando, regou a terra sem esperanças de que renascesse de imediato uma planta.

Respirou de alivio sentada de joelhos no chão, mas seu alivio foi pouco para o extremo medo que sentira ao sentir alguma coisa agarrar suas pernas e prende-las como se fosse corda; ao olhar para baixo viu que se tratava de uma grossa raiz que estava subindo com mais outras para imobilizar Jennifer.

Jennifer tentou reagir agarrando as raízes e tentando retira-las em vão, as raízes agarraram seu pescoço e começaram a estrangula-la, as raízes fizeram isso para poder pegar as mãos de Jennifer e prende-las nas costas de Jennifer. Ela começou a gritar por socorro para Amelie, mas uma rajada de água na cara a fez se engasgar com a água e começar a tossir, olhou para frente e viu que seres estranhos feitos de raízes e bem robustos estavam a sua frente com os pés fixados no chão, eles estavam prendendo Jennifer para poder tortura-la. Eram as Mandragoras, com ânsia de vingança.

Falando na língua das Mandragoras, o que parecia estar na liderança era o que estava de frente para Jennifer. As outras Mandragoras do tamanho de bonecas começaram a ordenar que suas raízes puxassem Jennifer para baixo da terra, Jennifer estremecia de medo e começava a tentar gritar, mas ao fazer isso a raiz que segurava seu pescoço começou a aplicar muita força para estrangular Jennifer. Foi enterrada até o pescoço, agora o líder das Mandragoras começou a falar em sua própria língua para Jennifer, ela não entendia nada e em pequenas tentativas de tirar a raiz de sua boca. O líder ordenou que retirasse a raiz da boca de Jennifer, ela em pequenos suspiros disse:

– “Desculpe... Mas não consigo.... entender... sua língua...”

A Raiz enfrechou um pouco, Jennifer agora respirava aliviada e com a cara toda avermelhada. As Mandragoras ficaram em volta de Jennifer e começaram a falar em coro alguma coisa repentina, mas ficaram em torno da Cabeça de Jennifer e começaram a agarrar seus cabelos até doer um pouco. Então, quando Jennifer sentia seus fios de cabelo extremamente alinhados e que qualquer movimento que fizesse arrancaria uma boa parte, as Mandragoras pararam de cantar em coro a palavra repetida: - “Frisga” – diziam elas antes, o líder então ordenou: - “Fasga!”.

Ao líder falar aquilo, as Mandragoras começaram a puxar o cabelo de Jennifer, a dor insuportável fez com que Jennifer gritasse de tanta dor e a pedir clemência, sentia que estava sendo puxada pelos dois lados, a cabeça para um lado e o corpo para baixo da terra. Sentiu até mesmo que as raízes que a prendiam estavam começando a agarra-la com mais força, elas tinham a intenção de arrancar a cabeça de Jennifer, ela até mesmo sentiu uma costela de seu pescoço estalar.

Sua tortura fora interrompida pelo grito de uma das Mandragoras: - “Yawa!” – disse a Mandragora com um chapeuzinho de folhas. As outras olharam para ela, ela estava apontando para um pequeno broto que brotava do legume que Jennifer havia plantado. Por um lado estava as Mandragoras encantadas pelo que viam e do outro a cabeça de Jennifer aliviada quando viu que ao lado da Mandragora de chapéu de folha estava a figura de Amelie sorridente.

As vozes que antes ecoavam pela casa rindo quando escutavam os gritos de dor de Jennifer, agora estavam resmungando e berrando ao ver aquela cena, não acreditavam em nada do que viam.

As Mandragoras soltaram Jennifer e a desenterraram, a Mandragora de chapéu de folha era diferente das outras por ser mais larga e fina do que as outras pequenas e robustas, ela tentou impar um pouco o vestido de Jennifer com suas mãos de raízes. Jennifer achou um ato muito fofo da parte da Mandragora e começou a rir da situação, a Mandragora escondeu seu rosto tímido atrás do chapéu.

As outras ficaram atrás da Mandragora alta, ela virou-se para elas e disse apontando para Jennifer: - “ ‘Verme’ gooda” – ao dizer isso as outras Mandragoras começaram a se curvar perante Jennifer e depois voltaram para a terra enquanto a Mandragora alta ficava a sós com Jennifer.

Ela estendeu sua mão para entregar alguma coisa embrulhada numa folha grande para a Mandragora, mas pequena para Jennifer. Jennifer a pegou e agradeceu à Mandragora, esta ficou tímida e voltou para a terra junto com suas companheiras.

Jennifer tirou o embrulho e viu que o que era coberto era uma chave feita de ferro e bem enferrujada.

– Essa é a chave que abre todos e tranca a tudo Jennifer – disse Amelie.

– Essa é uma chave mestra? – perguntou Jennifer limpando seu vestido.

– Siga o caminho que sua imaginação desenha – disse Amelie desaparecendo.

Jennifer apenas olhou para a chave e encarou o portão à sua esquerda naquele corredor, foi até ele, para seu espanto havia um bilhete que não deveria estar ali.

“Espíritos malignos se escondem na névoa do cemitério das rosas, não siga as vozes e não olhe por muito tempo para os espíritos, caso contrario sua carga e sua alma para sempre irão ficar no cemitério das rosas.” – era o que estava escrito no bilhete.

Jennifer viu que sobre a noite escura brilhava apenas a luz da lua.

Ao encarar o portão pensou:

– Como posso passar por um lugar assim? E caso eu não consiga? – parou de pensar repentinamente tomando coragem e indo ao portão.

Abriu-o, e vislumbrou a nevoa densa desaparecer e dar lugar a uma escada que descia para um imenso cemitério vizinho da floresta.

Jennifer observou bem o cenário para ver se enxergava o término do cemitério. Para seu azar, foi empurrada por um chutão vindo de trás, rolou escada abaixo e o portão se fechou.

Jennifer evitou olhar para trás e ver um dos espíritos. Começou a correr tampando os ouvidos e na direção que julgava ser a certa, sua frente.

Mas na correria tropeçou em uma pedra e caiu no chão ralando seu joelho.

Enquanto tentava acalmar a dor em sua perna segurando-a, começou a escutar choros vindos de qualquer lugar, era um pranto de uma mulher. Jennifer olhou para um lado e para o outro enquanto levantava e o pranto desaparecia e retornava vindo de outra direção. Olhou para a esquerda e para a direita, nada, até que olhou para trás e viu um espirito lá longe atrás de uma cova. Virou o rosto e começou a correr em desespero, olhava para ambas as direções e em algumas repentinas tentativas vistas de novo um espirito ali e outro ali.

Jennifer se escondeu atrás de uma lápide grande, o pranto sessou. Olhou para ambos os lados e nada via, começou a chorar por estar sozinha e começou a falar consigo mesma:

– Estou perdida, estou perdida...estou perdida... estou...- parou quando escutou a voz de Amelie ecoando pelo cemitério e vinda do lado esquerdo de Jennifer.

– Jennifer!.... Jennifer!.... Onde você está? – dizia a voz de Amelie.

– Amelie! Estou aqui! – disse Jennifer correndo na direção da voz e parando quando deixou de escutar a voz de Amelie – Amelie! Onde você está!?

Silêncio.

Jennifer começou a estremecer de medo e começou a gaguejar de medo e a chorar.

– Estou aqui!... Estou aqui! – gritou a voz de Amelie.

Jennifer começou a seguir a voz que a guiava para um lugar desconhecido.

– Estou indo Amelie! – gritou Jennifer.

A voz de Amelie parou quando Jennifer chegou perto da entrada de um tumulo que era uma casinha com detalhes romanos esculpidos em mármore e com algumas imagens de santos esculpidos em marfim. Jennifer gritou:

– Amelie! Amelie! Onde você está?! – gritou.

Quando a porta da casinha começou a abrir-se lentamente e sozinha.

Jennifer apenas sentiu o ar frio d se aproximar pelas suas costas, ao olhar para trás estava um espirito na distancia de 2 centímetros de Jennifer, este a agarrara para que ela continuasse olhando para ele. Ela não tinha reação alguma apenas um coma pós pânico ao ver aquela coisa e depois de dar um grito tão alto que dava para ser escutado em todo o cemitério.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O enigma das bonecas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.