Estrelas em declínio escrita por Aria


Capítulo 2
Capítulo 2 - Boas vindas


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ^^



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Quando cheguei em casa, ajudei meus pais a arrumar tudo. Foi realmente demorado mas enfim acabou. Fui ao meu quarto, olhei o celular de novo e desta vez estava sem sinal. Foi nessa hora que vi algo estranho na janela, não sei dizer o que era. Meu quarto ficou frio e senti uma estranha presença. Me dirigi a janela e olhei em direção a floresta. Havia montanhas e árvores enormes, e mais acima a lua estava cheia e brilhante. Era quase como um convite pra que eu imaginasse uma história, como eu sempre faço.

– Filho? - O clima foi interrompido pela minha mãe, entrando no quarto.

– Ah, oi mãe. - Falei olhando pra ela.

– Você estava tão quieto no quarto... Queria saber se você esta se adaptando bem a mudança. - Ela parecia preocupada, o que raramente acontece.

– Eu estou bem. Aqui é um bom lugar, apesar de antigo.

– Coisas antigas são tão animadoras! Cheias de histórias legais pra se descobrir! - Agora sim ela parecia ela mesma.

– Claro. - Ri, pegando o celular e conferindo se tinha sinal.

– Você sente saudade da tecnologia da metrópole? Não fica triste, querido. Logo vamos comprar seu notebook. Mas agora você precisa dormir.

– Sim, já estou indo.

Ela sorriu e saiu do quarto. Voltei a olhar a janela, mas agora o céu estava começando a ficar nublado. Guardei meu celular, tomei banho e fui dormir. Hoje foi um longo dia.
No outro dia acordei com minha "animação" de sempre. Saí do quarto, desci as escadas de madeira que faziam um ruído estranho, fui em direção a cozinha, onde estava minha mãe, fazendo panquecas para o café da manhã...

– Bom dia, filho! - Disse ela, sorridente e feliz como sempre.

– Oi, mãe. - Respondi, enquanto pegava o celular e via como estava o sinal, que ainda estava fraco.

– Seu pai saiu bem cedo, acho que ele só volta mais tarde.
Estávamos conversando quando a campainha tocou.

– Eu atendo. - Falei enquanto me dirigia até a porta. Quando a abri, me deparei com duas pessoas. Uma garota: Alta, longos cabelos loiros que chegavam ao quadril, óculos, olhos verdes amendoados e um sorriso meigo. E também um velho: Baixo, cabelos e barbas brancas, uma bengala e algumas marcas de sol, aparentando ser um típico vovô simpático.

– Bom dia. - Disse a garota, com um bolo em sua mão.

– Bom dia... - Respondi.

– Somos os Williams. Moramos na casa ao lado e viemos assim que descobrimos que havia pessoas novas na cidade. É um antigo costume nosso receber bem os novos vizinhos. - Disse o senhor, com um sorriso simpático em seu rosto.
Minha mãe saiu correndo da cozinha em direção a sala.

– Ah! Bem que eu senti cheirinho de bolo. - Disse ela, já na porta. - Entrem, podem entrar! - Falou convidando-os

– Obrigada, senhora. - Disse a garota, sorrindo para minha mãe, e em seguida olhando para mim.

O senhor entrou e sentou-se no sofá. A garota entrou em seguida, dando o bolo à minha mãe, que o levou até a cozinha e em seguida voltou à sala.

– Eu sou Catherine Williams e esse é meu avô Jorge Williams. Somos antigos na cidade, pensamos que vocês iriam gostar de uma visita. Bem-vindos a cidade. - Falou a garota loira, que aparentava ter uns 17 anos.

– Obrigada, Catherine. Você é tão fofa! - Disse minha mãe, enquanto sorria e olhava para ela com um olhar esperançoso...

– Se estiverem com alguma dúvida sobre a cidade, podem nos perguntar. Sabemos de praticamente tudo por aqui. - Jorge falou.

– Viu, Nick? Eu não disse que todos por aqui são simpáticos? - Disse minha mãe.

– Bom, nem todos. - Interrompeu a garota. - Mas a maioria dos moradores daqui são bastante receptivos. - Completou.
Aquilo soou meio estranho. Mas ignorei, afinal todo lugar tem pessoas não tão simpáticas.

– Querida, você estuda na escola daqui mesmo? - Perguntou minha mãe.

– Sim. Estou no 2º Ano. - Respondeu a garota.

– Ah, o Nick também! Vou matricula-lo em breve nesta escola. Vocês têm tanto em comum... - Falou ela, enquanto tentava forçar uma situação. Não era possível deduzir isso baseado nas poucas informações que ela tem, mas minha mãe não liga muito pra isso. - Quantos anos você tem?

– 16. - Respondeu a menina. Achei que ela era mais velha, talvez por parecer mais madura.

– Acho que esses dois serão bons amigos. - Disse Jorge.

Ficamos conversando durante mais algum tempo. Catherine parece ser legal, mas não acho que "combinamos". Ela as vezes parece até meio previsível, mas nada tão ruim. O senhor Jorge também parece uma pessoa boa. Do tipo de avô que dá doces e presentes aos netos. Queria ter um avô assim.

– Bom, sinto muito mas agora precisamos ir. - Falou Jorge, ao se levantar do sofá, depois de algum tempo de conversa. - Se seu marido voltar diga a ele que gostaria de conhece-lo.

– Até logo, senhora. A gente se vê, Nicolas. - Disse Catherine, sorrindo. - Se precisarem de alguma coisa, estamos aqui pra isso.

– Até mais, vizinhos! - Minha mãe disse, enquanto abraçava-os se despedindo
Eles voltaram para suas casas. Olhei pro lado e lá estava minha mãe, me encarando com um sorriso estranho.

– Ela é linda, né? - Sussurrou rindo.

– Mãe...

– Que foi? Achei ela super legal.

– Eu não estou com tanta pressa.

– Mas já faz algum tempo... Eu entendo que você tenha ficado triste pela Sofia, mas você precisa superar, né?

Me virei e fui pro meu quarto. Me senti meio mal por ter deixado minha mãe lá, mas a situação estava começando a me incomodar. Sofia foi minha namorada, éramos amigos quando começamos a namorar. Mas um dia ela só disse que não gostava mais tanto de mim, sem dar mais explicações. Depois de um tempo descobri que ela estava com outro cara... Típica história clichê do garoto que é trocado por outro maior e mais forte.

Estava meio bravo por tudo isso, mas me lembrei da garota de olhos violeta que encontrei outro dia. Será que Catherine sabe quem ela é? Ela disse conhecer todos os moradores daqui. Bom, acho que depois vou fazer uma visita a ela.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi meio que pra apresentar mais personagens que também serão importantes.