Observações do Amor - 14° Desafio Sherlolly escrita por Nana Castro


Capítulo 1
Observações do Amor


Notas iniciais do capítulo

Essa fic é uma chick-Flick(comédia romântica)e é por isso que ela tem esse nome brega, que todas as comédias românticas ganham em português. Enjoy!

Para acompanhar: https://www.youtube.com/watch?v=IdKtW2DZIfU



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Olhei no calendário: 12 de junho.

Comecei o dia sem esperar muito. Mesmo assim estava um tantinho nervosa. Sherlock era imprevisível! O que ele diria, o que ele faria? Se é que faria alguma coisa…

Será que ele sabia o que acontecia nessas datas? Ele era muito esforçado quando se tratava de aprender alguma coisa para agradar. O que será que ele iria aprontar?

Trabalhei durante o dia todo e nem sinal de Sherlock. Eu mandei mensagens de texto, liguei. Nada. Como sei que às vezes ele se perde nos próprios pensamentos, deixei passar. O veria a noite e tinha um presente bem legal pra ele: uma lingerie vermelha linda, que certamente o deixaria feliz. Na verdade, esse presente era pra mim. Para ele o presente era eu mesma, já que eu nunca acertava o que ele gostava. E de mim eu sabia que ele gostava. E se gostava!

Quando cheguei em casa, dei de cara com um bilhete pregado em minha porta, escrito a mão.

Dizia:

“Perdoe-me não estar contigo. Um caso extremamente importante surgiu de ultima hora. Parece que os criminosos não estão muito apaixonados.

Sendo assim, tomei a liberdade de invadir sua casa. Seu presente está escondido em algum lugar do seu apartamento. Já que eu tenho um desafio por aqui, deixei um para você também. Eu sei que você é esperta, Molly Hooper, muito esperta! (Além de linda!)

Te amo!

S.H”



Caramba! Até no dia dos namorados! Eu não tinha descanso mesmo.

Havia tantos lugares em que esse presente poderia estar! Tantas formas que ele poderia ter! Onde começar?

Olhei em toda sala e toda cozinha. Cada cantinho, cada gaveta. Nada!

Parei então no meio da sala e pensei na frase que Sherlock dizia, quando eu ficava boba com suas deduções:

“Você também pode fazer isso Molly. Você olha, mas não observa.”

Parei então no meio da sala, respirei fundo e observei com cuidado tudo que estava na minha sala. Percebi que um dos meus abajures estava numa posição diferente. Fui checar. O botão de ligar geralmente ficava na direção da porta de saída, mas agora estava apontado para a cozinha, assim como o meu Maneki Neko… que estava com a face virada para lá. Eu nunca o deixava daquele jeito. Achei que poderia ser um sinal e para a cozinha eu fui. Uma vez lá, fiz a mesma coisa que havia feito na sala e reparei uma pontinha minuscula de papel colorido saindo debaixo do forno microondas. Puxei o papel. Era mais um bilhete de Sherlock:

“Muito bem, meu amor! Vejo que tem ouvido meus conselhos! Você notou mais alguma coisa fora do lugar na sua cozinha? Já dei a dica! SH”

Reparei então que todos os imãs de geladeira estavam virados em direção a parede norte da cozinha, assim como os rótulos dos potes em cima do armário. Isso só poderia me levar ao quarto.

Eu estava amando aquela busca. Eu não fugia de um desafio e com certeza desvendaria aquele. Até que o Dia dos Namorados estava sendo animado, mesmo sem Sherlock ali comigo. Só de ver que ele se importara em fazer algo diferente, já me deixava feliz. Estávamos juntos a um ano e ele ainda me surpreendia.

Bem, fui ao quarto então. Estava tudo praticamente em ordem. Eu não conseguia observar nada de diferente ali. A cama estava arrumada. No chão, só o meu par de chinelos. Pensei em começar a busca frenética de novo, abrindo todas as gavetas, mas dei uma outra chance para mim mesma e parei na porta entre o corredor e o quarto, onde eu tinha uma visão geral de tudo ali. Foi então que eu percebi que os meus chinelos, que eu já tinha visto antes, estavam dispostos em formato de V, e o vértice apontava para minha cômoda. Eu havia acabado de olhar ali! Como não havia percebido? Fui como uma onça atrás da caça para aquela cômoda e vi que havia um pequeno fio vermelho saindo da minha gaveta de calcinhas.

Ah não! Sherlock já havia visto minha surpresa! Ele conhecia praticamente toda aquela lingerie, já que eu não tinha muita coisa. Não devia ter demorado nem meio segundo pra deduzir o qual era o presente pra ele.

Mas as surpresas pra mim ainda não haviam acabado. Eu abri a gaveta e de lá de dentro, logo embaixo da lingerie vermelha que eu havia comprado, estava aquela caixinha quadrada, muito familiar. E quando eu a tirava da gaveta, Sherlock chegou silenciosamente por trás de mim e a tirou da minha mão.

- Achei que você demoraria mais pra encontrá-la. - Disse, rindo.

E eu estava assustada e ansiosa e animada e perdida.

Ele não faria isso, faria?

Então ele ficou sobre um joelho:

- Ví isso num filme. - Ele disse - É assim que se faz?

Eu, com os olhos arregalados, só acenei a cabeça, fazendo que sim.

- Então, aí vai… Molly Hooper… - Ele foi abrindo a caixinha, mas a fechou de novo e disse - Pensando bem, eu acho…

- Não se atreva, Sherlock Holmes! - Falei.

Ele praticamente gargalhou. Então limpou a garganta e começou de novo:

- Molly Hooper, médica legista no St Bart’s Hospital, a pessoa que mais importa, portadora do maior segredo que Londres já teve… você quer se casar comigo?

Pulei em cima dele, fazendo-o cair de costas no chão. E o beijei.

Quando ele conseguiu respirar, perguntou:

- Isso é um sim?

- Claro que é! - Respondi, em cima dele, com um sorriso de orelha a orelha. - Eu te amo tanto, Sherlock Holmes! Você nem faz ideia!

- Na verdade eu faço sim. Eu tenho aqui pelo menos 13 evidencias do quanto você me ama. Começando por…

E o beijei de novo, para que ele ficasse quieto. Só depois disso ele foi capaz de colocar o anel no meu dedo. E era a coisa mais linda que eu já havia visto:

- Espero que esse não seja o mesmo anel que você comprou para propor à Janine. - Brinquei.

Ele ficou sério por um instante. Eu olhei pra ele, uma pontinha de preocupação surgindo no meu rosto. Então ele gargalhou de novo:

- Claro que não! Você é única. Merece um anel igualmente único. Mycroft me ajudou nessa.

- Eu amei, Sherlock. De verdade. - Disse, me levantando - Mas agora saia.

- Porquê? - Ele perguntou, com olhos de filhote, apoiando-se nos cotovelos.

- Eu tenho que embrulhar o seu presente.

- Olha, não precisa - Ele se levantou e veio em minha direção, esticando os braços, para me prender num abraço - Eu já vi a embalagem… prefiro o conteúdo.

Eu ri, mas o fiz sair, de qualquer forma. Antes de fechar a porta do quarto ele piscou pra mim e do lado de fora gritou que ia sair,pois estávamos sem vinho.

Eu ainda fiquei parada um tempo, olhando para aquele anel. Eu o tocava, girava. Era real. Eu já havia sido noiva uma vez, mas só agora, só agora era certo. Só agora o anel servia direitinho, seu peso era o correto, sua cor, sua pedra. Ele era o certo. Não, não o anel: Sherlock.

E eu sempre soube.



***

- Mas… Por que na gaveta de calcinhas, Sherlock?

- Achei que estava sendo criativo.E talvez um pouco ousado…

- Tonto.


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Notas finais do capítulo

E aí? E aí?

Mereço passar na Sessão da Tarde? hehe



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