Unconditionally - The Originals escrita por Gabi Mikaelson Salvatore


Capítulo 4
✞Deixe-me lembrar


Notas iniciais do capítulo

Hiatus, maldito esse, não é verdade? Desculpem-me pela enorme demora, o capítulo não saia por nada nesse mundo! Mas espero que a demora tenha valido a pena!! Bora ler??



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"– Cassidy, querida! – exclamou o senhor de uma idade um pouco avançada – Venha conhecer os Mikaelson

A bela morena já estava saindo do estábulo quando ouviu seu pai lhe chamar. Suspirou cansada, a viagem de volta para Empire Falls tinha lhe sido tão cansativa, ela só queria deitar-se e se esquecer dos monstros que seu pai deixar entrar no lar da família O’Connell.

Apenas dois dos Mikaelson estavam reunidos no salão, próximo as escadas. Klaus e Elijah mantinham os braços para trás, ambos numa rígida posição, elegantes.

– Klaus e Elijah, está é minha filha mais nova. – apresenta o senhor O’Connell com um largo sorriso.

Os olhos dos Mikaelson brilharam em maravilha. Ela era bela. Os dois não souberam esconder o espanto de ver tamanha beleza, entretanto Niklaus já logo sorria com malícia quando assistia Cassidy O’Connell aproximando tranquilamente.

– Boa tarde, senhores. – ela diz educada, fez uma rápida reverência, eguando no vestido azul escuo que realçava bem o brilho azulado de seus olhos.

– Boa tarde, senhorita. – diz Elijah acenando com a cabeça, Cassidy manteve uma distância significativa, Elijah a respeitou.

– É um prazer enorme em conhecê-la, querida – diz então Klaus, este em seguida acrescentou uma passada até a dama e lhe estendeu a mão.

Cassidy olhou para a mão estendida a sua frente e escondeu seus braços atrás de seu corpo.

– Não posso lhe dizer o mesmo, senhor. – ela diz com confiança e vê um bilho de surpresa pairando nos olhos dos dois Mikaelson – Eu sei quem são vocês e não estou a favor de vossas presenças em meu lar.

Klaus sorriu e olhou para Elijah. Este pareceu incomodado com a atitude da filha mais nova do senhor O’Connell.

– Cassidy, garota petulante! – gritou o senhor O’Connell erguendo uma mão para a filha.

– Não ouse em fazer isso com uma dama, senhor O’Connell – Elijah já segurava a mão do velho, olhando para o tal com raiva – Ela é tua filha.

– É uma mal criada! – exclama o senhor e dá um passo para trás, soltando sua mão da força brutal do vampiro.

Cassidy não tinha uma expressão além de tédio e cansaço. Klaus a avaliava um tanto intrigado.

– Perdoe-nos pela petulância de minha filha – diz o senhor O’Connell olhando em furia para a filha.

– Não há o que ser perdoado, velho Thomás – diz Klaus sorrindo e volta seu olhar para o pai de Cassidy – Sua filha ao menos foi sincera, admiro tal ousadia, mas deveria tomar cuidados melhores, love. – Klaus ousa em dar um passo a mais até Cassidy, esta fica quieta, astuta – Não se deve ofender vampiros Originais

Klaus sorri e assiste Cassidy com o mesmo olhar, sem medo nem receio.

– Bom, obrigada pelo aviso, senhor – ela agradece –, mas não tenho medo de vocês, criaturas da noite. Tenham uma boa tarde, se me dão licença?

Ela não esperou por autorização de nenhum dos senhores, apenas saiu em direção ao lar.”

“Eu tenho morrido todos os dias esperando por você. Querida, não tenha medo, eu te amei por mil anos e te amarei por mais mil"
A Thousand Years – Cristina Perri

– Ela não se lembra? – pergunta Rebekah, em pânico – De nada?

Klaus suspira avaliando a recém vampira, descansando num dos aposentos da casa da plantação. Rebekah também encarava a vampira. Cassidy era teu nome e dormia tão serena quanto a maneira que Rebekah a encontrou naquela manhã dentro do caixão.

– Ao que parece. – comentou Klaus – Nem ao menos de mim, ela se lembrou.

Rebekah notou a mágoa nos olhos de seu irmão e se sentiu triste por ele.

– Você sabe que a culpa disso tudo é sua. – ela acusou.

Klaus moveu seus dedos pela fechadura da porta e arrastou aquela madeira comprida até deixar fechado o quarto onde sua amada dormia. Ele e sua irmã caminharam juntos para a saída.

– Isso é parte do feitiço de Rita. – falou o híbrido, cauteloso.

Sua irmã lhe olhou enraivada e logo os dois alcançaram o andar de baixo.

– Niklaus, você ultrapassou seus próprios limites! – ela enfatizou – Você manteve Cassidy presa num caixão por séculos! Esta é a maldita esperança que Elijah mantém sobre você?

Seu irmão não lhe deu ouvidos, ele queria entender o porque de sua amada não lembrar seu próprio nome. O porque de sua amada não lembrar dele. Foi uma apunhalada que ele sentiu quando ela sentiu medo dele naquele beco escuro.

– Você está me ouvindo, Niklaus? – gritou a loira

– É, infelizmente, estou Rebekah! – ele admitiu, enraivado – Você já pode se retirar daqui e ir em busca de uma vida feliz ao lado do balconista.

Rebeah sentiu a raiva novamente e ficou a frente do irmão. Ela o conhecia toda sua vida e agora com esta situação, sentia que não o conhecia tanto assim.

– Eu não posso ir embora enquanto eu não encontrar Elijah e descobrir o que houve no passado entre você e Cassidy, para você cometer esta brutalidade com alguém que você jurou amar.

A irônia de Rebekah doeu à alma de Klaus. E seus olhos precisaram de uma força sobrenatural para não derramarem litros de lágrimas.

– Eu a amava. – Klaus cuspiu as palavras, desagradável.

– Então por que fez isso com ela? – perguntou a loira, confusa.

– Não te importa, Rebekah.

Rebekah deu um outro passo até o irmão. Eles não sentiram, mas Hayley estava no topo das escadas, observando a briga dos dois irmãos e querendo entender como um ainda não matara o outro.

– É claro que me importa, Nik. – ela falou, chateada – Você é meu irmão e depois da morte de Cassidy, eu te vi decair na solidão, você criou seu próprio mundo miserável como escape da tristeza. Eu te vi chorar. Você chorou na morte dela. Elijah e eu te apoiamos quando encontramos Cassey morta. O que houve com você, Niklaus? Por que causou isso a ela? Onde está meu irmão amável, que adorava arte e me protegia dos trovões nas noites chuvosas?

Ela viu seu irmão limpar a garganta e se aproximar melhor dela. Sentiu o toque da mão de Niklaus no seu rosto e isso a deixou derretida. Há quantos anos seu irmão não lhe demonstrava qualquer tipo de carinho?

– Eu entreguei Elijah a Marcel. – Niklaus sussurrou, desconcertado.

Rebekah arfou, por alguns instante imaginou que seu irmão estava apenas brincando, mas ela estava errada. Klaus não era de brincadeiras. Ele era mórbido e sombrio. Assustador quando queria e quando não também. Rebekah as vezes tinha medo dele, tinha medo das consequências que seu irmão lhe propunha.

– Você fez o quê? – ela perguntou, ainda com medo.

– Eu precisava da confiança de Marcel. Entregar Elijah foi como um acordo de paz. – Klaus falou e sua irmã se afastou do seu toque.

– Elijah não é uma moeda de troca, Niklaus! Ele não é um objeto para você trocar com nosso inimigo.

– Este é o meu plano. – suas palavras foram fracas e ele deu leves três passadas para trás – Se não está satisfeita... – sua mão mostrou a saída – Você sabe por onde se ir. Veja se me importo.

Klaus subiu as escadas novamente, ignorando a expressão assombra da irmã e até mesmo a mãe de seu filho os bisbilhotando no segundo andar. Ele passou por Hayley, em silêncio e desapareceu atrás de alguma porta.

∞ ∞ ∞

Sentada e tranquila, Rebekah assistiu a garota lobo se aproximando cautelosamente a baixo do céu estrelado de New Orleans. Rebekah sentiu pena dela, tão jovem e já entrara de cara nessa família tão bagunçada.

Silenciosa enquanto ia na direção da vampira Original, Hayley permaneceu da mesma maneira ao sentar-se ao lado da tia de seu bebê. Sentindo o olhar curioso de Rebekah sobre si. A garota lobo se prontificou a se comunicar primeiramente.

– Eu sei que você não me conhece muito bem, mas eu agradeço pelo que você fez por mim agora há pouco. - falou com um olhar mais singelo possível.

Rebekah olhou para frente, tão silenciosa quanto antes. Hayley imaginou que a vampira mimada e arrogante lhe ignoraria, mas no segundo seguinte a esse pensamento, Rebekah resolveu dizer algo que a deixou surpresa.

– Nós garotas temos que cuidar umas das outras. - admitiu, delicadamente,

Hayley não suportou segurar seu sorriso, mas soube ser discreta, vendo o olhar nada amigável da vampira que demonstrou o contrário ha pouco.

– Sabe... O que há entre vocês? Han. Você o insulta, diz que o odeia, mas eu vi o modo que você lidou com ele e foi claro que... Mesmo quando você o odeia, você o ama. - Hayley falou tão tranquila e ao tempo desentendida, que Rebekah achou o assunto intrigante o suficiente para fazê-la refletir brevemente.

– Acho que quando se passa mil anos com alguém, a decisão de desistir dele... é como perder uma parte de si mesmo. - refletiu a loira, lembrando-se de como seu irmão desprezível fazia parte de si - Eu sei que Klaus é desprezível e...

– Sem sentimentos? - completou a lobo, na dúvida. Rebekah sorriu sem humor, mas negou.

– Eu conheço meu irmão melhor do que ninguém. Eu posso dizer que meu irmão tem sentimentos, mesmo que ele insista em mostrar o contrário. Nik já destruiu todos meus relacionamentos e matou quase todos os homens que já me apaixonei. - Rebekah soube, sem nem ao menos olhar para a lobo grávida, que Hayley fez uma careta - Isso porque Nik quis me proteger. Talvez me proteger de mim mesma. Eu não sei. Mas ele fez isso porque ele me ama. Nik é capaz de amar.

– Você se refere a Cassidy? - perguntou Hayley, confusa - Você acha que com Cassidy aqui ele...

– Não. - respondeu antes de terminar de ouvir a perguntar - Nik não seria capaz de mudar, não com Cassidy sem memórias. Após a morte de Cassidy eu assisti meu irmão decair numa escuridão tão profunda que até ha pouco imaginei que não teria voltas. Eu acredito que essa criança sim seja capaz de mudar meu irmão.

– Então... - refletiu a grávida, imaginando que estava errada com seus pensamentos de pouco tempo atrás - A volta de Cassidy não será algo bom, não é verdade?

Rebekah sorriu - Eu amo Cassidy. Amo como a irmã que jamais tive, ela me ensinou muito com a imortalidade, isso mesmo antes dela se tornar imortal. Cassidy foi a única capaz de fazer meu irmão perceber os próprios erros e eu não sei o que houve para ele ter feito o que fez, mas eu tenho certeza de que quando Cassidy ter as memórias de volta, não será algo bom para Klaus.

Hayley meditou, em silencio. Não entendia o por que daquela descoberta. Não entendia como Cassidy, o grande amor de Klaus, não seria algo bom na vida deste.

– Então por que você a trouxe de volta? - perguntou Hayley, confusa.

– Porque meu irmão precisa aprender a conviver com os próprios erros e decepções, e, principalmente, a lidar com eles como adulto, não simplesmente apunhalá-los e deixá-los num caixão. - Rebekah suspirou ao final - Nós precisaríamos de Elijah.

– Se você sabe que Marcel possui Elijah, por que não vai você mesma resgatá-lo? - perguntou Hayley, desintegrada.

Rebekah soltou um suspiro extenso, cheio de decepção - Porque se eu irritar meu irmão, haverá um caixão com meu nome me esperando.

Hayley olhou para frente, suspirou e olhou para Rebekah. Sentiu-se mal pela tia de seu filho, logo em seguida olhou para baixo, exatamente para algo que vinha escondendo desde o momento que a tia de seu filho a levou para aquela sala secreta.

Retirou um embrulho e em seguida mostrou o que escondia para a loira original mais velha residenciando na terra. Os olhos de Rebekah adquiriram a velha expressão de quase saltarem da face.

– Meu Deus. - a loira murmurou, desacreditada no que Hayley segurava.

– Eu as encontrei embaixo do seu caixão. - explicou a garota lobo, tão simples como se explicasse a Rebekah como respirar - Então se um par de adagas antigas é a única coisa que a impede de resgata Elijah...

As mãos da garota grávida esticaram os objetos antigos na direção da loira - Aqui estão elas.

Rebekah arfou de leve, descrente naquilo que acontecia. De início não tinha nada contra àquela que gerava o mais novo integrante da família Mikaelson, entretanto não simpatizava com a garota lobo. Agora, cá estava Hayley lhe proporcionando a maneira de ajudar Elijah sem sofrer uma consequência que fosse.

A loira tocou nas adagas que já lhe proporcionaram tantas dores e, ainda descrente, olhou para elas como se tivesse em mãos algo terrivelmente precioso. Voltou olhar para Hayley e sorriu em gratidão. O olhar de Hayley foi como se dissesse a frase que Rebekah mencionou logo que a grávida lhe agradeceu por ter a salvo.

Do outro lado, Klaus não presenciou o que as duas garotas faziam no andar de baixo, entretanto já tinha escutado algumas palavras e sabia que ambas conversavam entre si.

O híbrido original não estava com vontade alguma de ouvir uma palavra se quer da conversa, mesmo que isso lhe custasse duas adagas. Ele estava entretido de mais nos seus próprios devaneios, na mera decisão não concluída que possuía.

Ele tocou levemente na maçaneta da porta onde escondia o quarto daquela que ele encontrou ha pouco. Ainda com dor, ele caminhou duas passadas a dentro do quarto. Vendo os cabelos negros e compridos caídos pelo travesseiro como um mar de escuridão. O mar de escuridão que ele ficou decaído por todo esse tempo sem sua amada.

Klaus soube que Cassidy mantinha os olhos abertos desde o momento que ele entrara no quarto. Cassidy não entendia o porque sentiu-se desperta ao sentir a presença de alguém.

– Você acordou. - acusou o original, de pé ao lado da cama.

Cassidy virou-se para o híbrido. Os olhares se encontraram e por alguns segundos Cassidy tentou imaginar de onde poderia conhecê-lo. Ela queria saber o que estava acontecendo e por que diabos sua mente lhe escondia sobre si mesma e tudo a volta?

– Quem é você? - perguntou a morena com os olhos azuis alarmados.

Klaus ergueu as sobrancelhas, no receio do que estava acontecendo e no que poderia acontecer quando ele lhe contasse a verdade. Klaus já estava tão adaptado a dor por carregar sua amada morta, que jamais imaginou como seria o momento que a traria em vida - se era isso mesmo que um dia ele faria.

– Eu sou Klaus. - ele apressou a resposta, exasperado.

Cassidy senta-se silenciosamente. Klaus observa seus movimentos tão delicados e recorda-se de como amava acordar e encontrá-la ao seu lado, mesmo que fosse tão errado na época.

Klaus sentou-se a frente dela.

– Quem é você? - perguntou ela, novamente, mais significativa o suficiente para Klaus compreender - Por que você me ajudou?

Sem mesmo perceber, Cassidy tocou sua mão delicada no braço esquerdo do rapaz a sua frente. Ao notar a sensação tão deliciosa e ao tempo dolorosa, Klaus se afastou de imediato. Vendo em seguida, Cassidy voltar com sua mão e lhe olhar apavorada. Aquilo doeu tanto no coração do original que ele quis sair de imediato de lá e enfiar a estaca de carvalho branco no seu coração para nunca mais ver o medo inspecionado a ele nos olhos daquele que ele tanto amou.

– Eu sou perigosa, não sou? - sussurrou a morena, seu sotaque inglês era mais pesado que o do homem a sua frente - Você tem medo de mim!

Cassidy que tinha o conhecimento apenas de seu nome, sentiu as lágrimas descendo pelo seu rosto e lembrou-se de como era chorar. Lembrou-se que as lágrimas vinha com o acúmulo de tristeza, ou de emoção. Nesse momento, ela sentia-se triste.

– Não. - negou Klaus, embasbacado com as palavras de Cassidy O'Connell. Ele segurou no rosto da morena e ousou em limpar as lágrimas que escorriam.

– Por favor, eu não quero te machucar! - ela tentou virar seu rosto, imaginando que poderia a qualquer momento sentir aquela fome insaciável que a fez beber do sangue daquela mulher quase morta.

– Você jamais me machucaria, love. - detalhou Klaus, assombro com a situação - Na verdade, você jamais machucaria alguém.

Cassidy engoliu em seco, sentindo ainda medo de machucar aquele que a salvou. Klaus olhou para aquele rosto tão delicado que o fez se apaixonar como nunca conseguiu se apaixonar por alguém. Ele viu-se tendo uma pequena decaída pela loira de Mystic Falls, mas ele sabia que para algo acontecer com os dois, Caroline deveria ser muito burra, e isso, como ele mesmo gostava de dizer que gostava nela, ela era muito inteligente para ser seduzida por ele.

Klaus permaneceu a segurar aquele rosto fino. De olhos fechados, Cassidy sentiu o toque frio e suava fazê-la virar-se para aquele que tinha salvado-a horas atrás. El abriu seus olhos e se perdeu brevemente nos olhos dele.

– Quem sou eu? - ela sussurrou.

Klaus teve medo, pela primeira vez. Medo da resposta que deveria lhe dar, teve medo de tudo. Ele engoliu seu próprio medo, recebendo aquele olhar entristecido.

– Você é Cassidy O'Connell. - começou a dizer ele, com receio da próxima frase - E é uma vampira de 600 anos.

Não foi de se assustar com a expressão da morena tão bela a sua frente. Por alguns segundos Cassidy imaginou que ele estaria blefando, ou seja, como ela mesma poderia explicar, ele estaria mentindo a respeito daquela última frase ou estaria enganado.

– Cassidy. - chamou ele, preocupado com o silêncio doloroso.

– Não. - negou a morena, exasperada - Isso é mentira, se eu tivesse... Ham... 600 anos, eu saberia! - exaltou-se, mesmo tendo em mente que não sbae de exatamente nada - Ainda assim, eu não sou uma vampira.

Seu linguajar era tão antigo que Klaus quis sorrir, se não fosse pela circunstância.

Cassidy absolveu o silêncio, aproveitando para colocar essas frases em ordem. Vampiro. Sugadores de sangue, que não podem andar a luz do sol e imortais. Ela lembrou-se do que ela mesma fizera ha pouco. Ela queria tomar o sangue daquela mulher. Ela queria sangue.

– Oh, meu Deus! - exclamou ela, pondo as mãos na boca.

Klaus sabia que esse não seria o pior assunto, em breve teria de explicar mais para sua amada. Ele fechou seus olhos enquanto escutava Cassidy se apavorando com a descoberta.

– Klaus. - chamou a morena.

O híbrido abriu seus olhos no mesmo momento, sentindo-se completo por escutar seu nome saindo daqueles lábios carnudos e belos. Arriscava-se a dizer que queria beijá-la naquele momento, mas sabia que não podia, mesmo que sua vontade fosse tão grande.

– O que houve comigo? - esse era o pior assunto - Por que eu não me recordo de nada?

Ele fechou seus punhos, sentindo toda aquela mágoa, não somente por si, mas por Cassidy.

– Eu te amava, Cassidy, eu juro que te amava. - ele soltou aquelas palavras sem medo - Tínhamos planos para vivermos juntos toda a eternidade.

Klaus ficou de pé, levou suas mãos pelo seu rosto, querendo eliminar qualquer vestígio chamado de lágrima.

– Por que eu não me recordo disso? - choramingou ela, assustada com a nova revelação.

Klaus lhe deu as costas, aquilo a deixou incomodada, mas preferiu ficar quieta.

– Porque você ficou presa num caixão por 500 anos. - ele respondeu, chateado, com dor e desapontado consigo mesmo.

Cassidy negou, assustada. Aquilo foi como uma facada no peito. Uma dor que ela imaginava ser horrível, e estranhamente tinha ideia do quanto.

– Por quê? - sussurrou ela, triste.

– Porque você me desapontou! - acusou ele, virando-se brutalmente e esticando seu indicador até ela - Porque você me traiu, porque você...

Ele não quis dizer, mas teve vontade, Cassidy lhe partiu o coração.

As pernas de Cassidy fixaram-se ao chão e ela olhou espantada para o homem a sua frente.

– Você me manteve presa num caixão? - ela sussurrou com amargura.

– Você me traiu, Cassidy. - explicou ele, com amargura também.

Ela negou com a cabeça - Eu... Eu permaneci 5 séculos trancafiada num caixão, tudo... por causa de um erro?

Klaus notou a mágoa nos olhos dela e não soube como reagir. Novamente ele lhe deu as costas. Cassiy não suportou ser deixada para trás.

– Não me dê as costas! - gritou ela, para logo em seguida estar sendo prensa na parede atrás de si, com as mãos de Klaus lhe segurando com força no pescoço.

Cassidy arfou assustada e sem os dois perceberem, Hayley novamente bisbilhotava a conversa desde quando subiu de retorno ao seu quarto.

– Você me deu as costas quando precisei de você, Cassidy! - exbravejou o híbrido, com seus olhos umidecidos em tristeza - Você é a culpada de tudo isso.

– Eu não merecia isso, Klaus. - ela sussurrou, olhando nos olhos dele. Por alguma razão, ela sabia que ele não lhe faria algum mal - Ninguém merece ficar trancafiado por quase toda a vida num caixão. Ninguém, Klaus. Ninguém.

Ela negou, derramando lágrimas pelo rosto tão pálido e Klaus sentiu-se como um lixo abandonado no meu da rua. Ao ver a grande mágoa de seu verdadeiro amor, ele quis simplesmente desaparecer dali, quis que aquilo não acontecesse. Viu Cassidy virar seu rosto para não encará-lo.

Hayley estava pasma com a situação que assistia. Viu há pouco o pai de seu filho discutindo com Rebekah, viu ha pouco o pai de seu filho desesperado ao descobrir que Hayley tentou matar a criança. Ela imaginou que jamais veria Klaus agindo daquela maneira e estava correta. Klaus agiu por, como se lhe tivessem tirado tudo que ele tinha. Ela sentiu o Klaus Mikaelson, híbrido e perigoso, frágil com apenas a acusação de Cassidy O'Connell.

– Cassidy. - sussurrou Klaus, sentindo a lágrima lhe descer no rosto.

A morena se recusou a abrir os olhos por alguns segundos, mas foi impossível, ela queria ter os olhos dele em si novamente. Klaus havia lhe magoado, ele havia lhe privado de viver, ainda assim, por alguma razão, ela sentia que o queria por perto, ela queria ver seus olhos mais quantas vezes fosse preciso. Ela o queria sem se importar com as consequências ou o passado.

Quando os pares de olhos se encontraram, Cassidy viu também que não era a única a estar despedaçada. Mesmo que não se lembrasse de Klaus, ela estava magoada com ele. E sabia que as pessoas se magoavam com as outras, quando amavam-nas.

– Você se esquecerá disso. - sibilou Klaus, doloroso, mais doloroso ainda ao vê-la se assustar - Você se esquecerá dessa conversa. A bruxa Rita lhe manteve presa num caixão e minha irmã a encontrou. Você irá começar uma nova vida. Aqui em New Orleans e... comigo.


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Notas finais do capítulo

E então, meus amores!! Valeu a pena?? O que acharam? Mereço comentários? Já estou trabalhando no próximo capítulo, só espero que haja comentários!!
Vejo vocês em breve, queridos e queridas!!