Aos Olhos do Karma - Urano escrita por Mr Whittemore


Capítulo 1
Prefacio




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Londres, setembro 1887

- Não acredito nisso! Como eles puderam fazer isso com ele? – disse eu em prantos e assustado enquanto corria em direção a um beco – e então ela me respondeu. – Acalme-se seu idiota, agora você deveria era se preocupar em ficar vivo e não com quem já está morto! Aquilo me tirou totalmente do serio, meus olhos saíram de sua cor normal, o castanho e se tornaram um tom de violeta, algo bem chamativo e que se destacava em meio à escuridão daquela noite chuvosa, olhei para ela com um total desejo de mata-la, em outra situação acho que eu teria feito aquele pescoço se contorcer como uma mola, mas não era a hora. Então disse: - É assim que você diz amar o Adam? Mostrando suas presas para mim ela respondeu: - Eu o amava sim, mas amo mais ainda a mim mesma, então se você não se ama o problema não é meu, mas eu sei que irei me salvar e se você não quiser pode ficar e esperar que eles lhe matem, afinal para mim você não fara a menor diferença. Vi quando o nariz dela se contorceu como se estivesse farejando algo, ela olhou para o horizonte, como quem estava procurando algo, vimos de longe o brilho das tochas, ela rasgou uma fenda em seu longo vestido negro, e depois correu em direção a parede aonde a escalou como se fosse um lagarto, subiu em uma velocidade sobre-humana, me deixando para traz, sorri e depois olhei para frente, enquanto via eles se aproximarem, eles gritavam: - peguem os demônios, queimem-nos, peguem! – seus semblantes eram de cães raivosos, mas podia sentir suas almas e não passavam de coelhos assustados, aquilo me deixou totalmente excitado de uma maneira que não consigo descrever exatamente então esperei até que estivessem bem próximos, era tempo o suficiente para conseguir recarregar as minhas forças. A cada momento que eles se aproximavam mais isso me enlouquecia, eu parecia um cão raivoso pronto para atacar sua presa então eles chegaram e me prenderam no beco, aquela altura Amanda já deveria estar bem longe dali, foi quando um dos velhos disse: - Você não tem mais para onde correr criatura das sombras, ira queimar! Sorri de uma maneira irônica, aquilo fez metade deles tremerem por dentro, senti suas almas gelarem, estavam tão frios quanto aquela noite, percebendo meu desdém um dos homens perguntou: - Porque você esta rindo diante da morte eminente? – Morte eminente? Vocês sabem muito bem que eu sou capaz de quebrar seus pescoços sem muito esforço! – disse eu em resposta a ele, naquele momento quem sorriu foi ele e tenho que admitir que aquilo me assustou um pouco, afinal ele sabia que não tinha mentido quando disse sobre seus pescoços, mas ainda assim continuava rindo, foi então quando ele chamou o nome de um dos homens que estavam em meio a multidão e abrindo caminho por meio dos outros ele passavam, avistei algo em sua mão, foi quando o chefe deles tomou aquilo da mão do outro homem e o ergueu, não acreditei no que vi, era a cabeça do Edmundo, aquilo realmente me enlouqueceu, de todas as coisas que eu poderia ter visto naquela noite aquela foi a pior de todas, e com isso meu rosto se fechou, e então o homem disse: - O que foi? Assustado agora? Cadê toda aquela sua imponência? Simplesmente fiz um barulho que se parecia com uma pantera ronronando, ele sorrio e ordenou a seus homens: - Peguem-no, quero queima-lo na mesma fogueira que seu amigo! Acho que aquele foi o maior erro dele, mostrar-me aquela cabeça, senti todo o meu corpo ferver de uma maneira tão intensa, como nunca tinha sentido antes, foi quando me coloquei em posição de ataque, ameaçando-os e em meio ao ar me desfiz, de uma maneira bruta que tudo o que havia ao meu redor se afastou, a força com a qual desintegrei o meu corpo foi tão grande e o deslocamento de ar ao redor de onde o meu corpo outrora estava foi de tamanha intensidade que apagou as tochas, e novamente de uma maneira brusca e violenta me reconstruí em meio a multidão, naquele escuro a única coisa que eles viram claramente foram meus olhos, foi quando ouvir um deles gritar: - CRIATURA DEMONIACA! – sorri e perguntei: - Não estavam tão confiantes? E agora o que aconteceu? – Iremos lhe matar seu ser assombroso! - resmungou um deles que em instantes não conseguia mais falar nada já que estava se engasgando com a própria língua, em meio a tudo isso alguns tentavam correr, outros tentavam me agarrar, mas logo todos já estavam ajoelhados no chão com exceção daquele que segurava a cabeça do Edmundo, senti o pavor tomar conta de seu corpo, parte por parte, foi quando segurei seu pescoço, e nos olhamos nos olhos, não por muito tempo, trinta segundos foram o suficiente para que a vida deixasse seu corpo, depois desse tempo não havia mais nenhum vestígio de sua alma, sua pele estava branca e com algumas veias a mostra, olhos totalmente brancos, sem íris ou qualquer outra coisa, só o branco dos olhos, seus braços contorcidos de uma maneira estranha e assustadora que lembrava a dor e sofrimento pelo qual ele passou naqueles segundos e um de seus homens gritou: - DEMONIO! – me abaixei, toquei na cabeça de Edmundo que estava com os cabelos presos entre os dedos do homem morto de uma maneira muito forte por conta da dor, então com um sussurro fiz com que o corpo e a cabeça queimassem e logo após me desmaterializei da mesma maneira que fiz antes, poderia ter matado os outros que ficaram, mas não faria a menor diferença, não traria o Edmundo. Não levou muito tempo para que eu conseguisse sentir a alma com aquela vibração negra, e de um descontrolado desdém e desejo sexual acompanhado de um desacerbado materialismo, se havia um sentimento que caracterizasse a Amanda este seria a luxuria, ela estava escondida em uma pequena hospedaria afinal já estava se aproximando do amanhecer e ela não aguentaria a luz do sol, não longe de mim, foi quando eu me precipitei para dentro do seu quarto e como sempre uma precipitação é indiscreta, sempre aquele grande deslocamento de ar movendo tudo ao redor do local, um pouco de barulho quando o corpo se reconstrói no lugar e isso chamou a atenção dela que se virou bruscamente em minha direção já com seus olhos vermelhos e presas amostra e fazendo um barulho estranho enquanto se colocava em posição de ataque e então eu disse: - Acalme-se! – Ah! É você? Pensei que estava morto – disse ela com relaxando sua cara e ficando em uma posição menos ofensiva, se é que isso era possível para ela e em seguida voltou à aparência humana, sem presas ou olhos vermelhos, só a garota loira de olhos castanhos e ela continuou a dizer: – O que aconteceu lá? - Matei um deles e retirei a alma do líder deles, ou seja, em algumas horas quando o sol nascer a cidade inteira estará atrás de nos! – Quem diria, você fez isso? Serio? Não consigo acreditar em tamanha violência, pensei que você fosse uma bruxa do tipo pacifica! – E eu pensei que eles fossem boas pessoas, mas eles mataram o Adam, e ainda tiveram coragem de me mostrar a cabeça dele! – Uou! Isso sim foi forte, muito forte! – É, eu sei! Nesse momento o sol já começava a aparecer no horizonte, e com um movimento de meus olhos e um pequeno brilho fechei as cortinas das janelas da hospedaria, mas logo ouvi barulhos, eram mais homens atrás de nos, então avistei na mão da Amanda um anel, tomei-a pela mão na qual se encontrava o anel e pronunciei algumas palavras, depois disse: - Isso devera lhe ajudar por alguns anos, talvez uns cem, então sobreviva sua vadia! – Hã? Como assim? – Acabei de enfeitiçar esse anel, enquanto você estiver usando ele o sol não lhe fará mal! – O que você esta pretendendo fazer seu idiota? – Mata-los! – Você ainda tem quantas? – Uma, na verdade nenhuma só essa! Então irei fazê-la valer a pena! Foi quando a porta foi forçada para dentro caindo no chão, virei-me para frente, contei quantos tinham, passando rapidamente os olhos, eram em media de quinze homens, olhei pelo canto dos meus olhos para traz, para a Amanda, vi que ela se preparava para ataca-los, porem em um fechar de olhos a precipitei, ficando sozinho dentro do quarto com aqueles homens, sorri de uma maneira meio psicopata, um tiro foi mais do que o suficiente para acabar com tudo, eu tinha força para parar, mas não queria, eles haviam matado o Edmundo, eu estava cansado de correr, se matasse eles e fugisse outros viriam atrás de mim então, porque não? Ao sentir aquela bala se aproximando de mim conjurei meu ultimo feitiço: - Pyro! Foi o suficiente para que todos morrêssemos, eu com a bala e eles queimados, em dor e agonia, a mesma que senti ao ver aquela cabeça nas mãos daquele maldito homem ao qual maldisse todos os seus descendentes.


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