O Labirinto de Fiore escrita por Beatriz Marques


Capítulo 4
A Trilha das Ilusões


Notas iniciais do capítulo

Espero que goste desse capítulo, narrado por Lucy. Boa leitura!



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Aqui, nessa ala do Labirinto, é tudo muito curioso. Acordamos há mais ou menos duas horas, animados para continuar a missão e explorar o labirinto. Desde então, estamos andando por uma trilha(que aparentemente surgiu da noite para o dia) com início na clareira onde passamos a noite. O sol é escaldante, e mesmo assim aqui é muito úmido e cheio de diversos tipos de árvores e plantas, em sua maioria pinheiros. Pelo menos, as sombras das árvores em algumas partes da trilha aliviam um pouco esse calor infernal que estamos sentindo. Eu, particularmente, não sou muito a favor de seguirmos esta estrada sem fim sem ao menos termos certeza se ela leva á entrada da próxima ala/sala do Labirinto... Mas Natsu disse que sentiu um cheiro familiar nessa direção, e todos confiamos em seu super nariz de Dragon Slayer, então estamos há duas longas horas caminhando sem pausa, indo atrás de algo que Natsu farejou. Ok, Natsu e Erza parecem muito bem, mas eu e Happy estamos muito cansados. Avisto um riacho passando no meio da floresta a nossa direita e paro. Apoio-me em Erza e, fazendo a melhor cara de cachorro que caiu da mudança que consigo, digo, entre arquejos:

– Erza... Olhe naquela direção – aponto o riacho. – Nós podemos ir até lá? Por favor, eu e Happy estamos exaustos!

– Ei, Lucy! Eu estou completamente bem! – Diz Happy com a respiração ofegante, mostrando que não está nada bem.

Natsu, confuso, vira para trás e diz:

– Vocês estão mesmo cansados? Estamos andando há apenas meia hora!

– Na verdade já foram duas horas, Natsu. Sua noção de tempo é bem ruim mesmo. – Diz Erza, rindo. – Lucy tem razão, não nos fará mal um pouco de descanso. E Happy... Todos vemos que você está na verdade muito cansado.

Todos assentimos, rindo. Então Happy voa veloz para o riacho, seguido por mim, que corro desesperada em sua direção. Chegamos lá e mergulhamos, animados. Erza e Natsu vêm logo atrás. Eles sentam-se sob a sombra de uma grande árvore na margem, prontos para tirar um cochilo, quando Erza olha assustada para a água e grita:

– Lucy! Happy! Saiam rápido daí! E não bebam essa água de modo algum!

Fico irritada, mas saio mesmo assim. Happy faz o mesmo. Entreolhamos-nos e perguntamos para Erza por que tivemos que sair do riacho sem ao menos beber a água.

– Desculpe, pessoal. Eu não percebi antes que vocês entrassem, mas nessa água há Peixes Germãos. – Responde ela.

Peixes Germãos?! Aqueles que parecem inofensivos, mas são letais? – Pergunta Natsu.

– Sim. Bom, na verdade só teríamos tido problemas caso a água onde eles estão tivesse sido ingerida por algum de vocês. Esses peixes exalam um veneno muito forte... Geralmente eles são criados em cativeiro para serem vendidos á pessoas que desejam contaminar a água de algum lugar. – Explica Erza.

Nossa, ainda bem que Erza os viu. Olho novamente para a água e avisto um pequeno cardume de pequenos peixes brancos, quase invisíveis. Agora vejo como foi bom ter trazido os meus amigos para cá. Noto que estou chorando. Ah, cara, sou muito emotiva.

– Obrigada, Erza. Sério. Não sei o que faria sem vocês. – Digo, abraçando ela.

– Você provavelmente teria morrido nessa água envenenada com esses peixes malignos. – Diz Natsu, sarcástico. Eu, Happy e Erza o olhamos com um ar de desaprovação e ele abre um sorriso. – Estou brincando, calma. Você também é muito importante para nós, Lucy.

Eles concordam e eu sorrio. Tenho os melhores amigos do mundo. Então, eu lembro que ainda tem muita água nos cantis em nossas mochilas. Eu e Happy nos sentamos junto aos outros sob a sombra da árvore, aliviados. Abro minha mochila e distribuo água e sanduíches para todos. Ficamos conversando, comendo e descansando por um tempo e decidimos enfim continuar a caminhada.

...

Depois de mais quatro cansativas horas andando, o sol fica mais fraco. Agora há uma brisa agradável, e de acordo com meu relógio logo anoitecerá. Observo a floresta ao nosso redor e percebo que algo mudou. Antes as árvores eram, em sua maioria, pinheiros grandes e altos... Agora é como se estivéssemos em uma savana. A grama é rasteira e vejo árvores típicas desse tipo de bioma. Ei, espera um minuto. Aquilo lá longe é uma... Hiena? Isso é impossível, eu só posso estar ficando louca. E pelo visto sou a única que notou a mudança repentina do ambiente ao nosso redor. Olho para trás, na esperança de ver vestígios de pinheiros, mas tudo o que vejo são dois leões descansando sobre uma pedra. É como se tivéssemos passado o dia inteiro andando em meio a essa paisagem, mas eu sei que não é essa a realidade. O que está acontecendo?! Atordoada, pergunto:

– Hum... Pessoal? Eu sei que pode parecer uma pergunta estranha, mas vocês também notaram que agora estamos passando por uma savana, ao invés de um bosque?

Natsu vira para trás e diz, incrédulo:

– Lucy, você está louca? Estávamos passando por uma savana desde o início!

Oh, deus. Será que foi aquela água envenenada que me deixou assim? Mas eu nem bebi... Ah, não. Não, não. Por favor, eu não quero ficar louca... Esfrego meus olhos, preocupada, e olho novamente para a paisagem. Continua uma savana.

– Natsu! Não assuste a Lucy assim! - Diz Erza, me acalmando. – Relaxe, Lucy. Eu também notei isso. Muito curioso, não? E o pior de tudo é que não foi apenas por um bosque e uma savana que passamos. Eu, pelo menos, também pude perceber um deserto, colinas e plantações.

– Aye! Eu também vi tudo isso, Erza e Lucy. O Natsu que é distraído e não percebeu. O que será que está acontecendo? É impossível que tenhamos realmente passado por todos esses lugares em apenas seis horas de caminhada. – Diz Happy.

Todos paramos e pensamos, por um momento. Happy tem razão, essa troca repentina de ambientes era impossível. Sem falar que eu e Natsu nem notamos a maioria das trocas... Seria isso algum tipo de armadilha ou teste do Labirinto?

– Acho que isso deve ser obra do Labirinto. Só pode ser. Lembro-me que Henry até comentou sobre o Labirinto ser traiçoeiro... Isso deve ser apenas uma ilusão. – Digo.

Então ouvimos um estalar de dedos na nossa frente, e um homem desconhecido surge. Ele usa roupas muito incomuns, uma capa e uma cartola vermelhas com uma túnica preta por baixo. Como um mágico amador...

– Pode ser uma ilusão do Labirinto ou uma ilusão causada por... Mim! – Diz o estranho apontando para si mesmo.

Ele sorri maldosamente, e nos encara como se estivesse decidindo como nos mataria. Natsu se põe entre ele e nós e diz, furioso:

– Então é você quem eu farejei hoje cedo. Diga logo da onde nos conhecemos e eu o deixarei ir sem ferimentos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado. Se está gostando da estória, favorite-a. Se quiser, comente algo para que eu possa saber em que aspectos posso melhorar a fic. Não se esqueça de acompanhar a fic(novo capítulos todos os domingos), e obrigada por ter lido!
P.S.: Já alcançamos as 3.000 palavras, então, se puder recomende a fic! Eu ficaria grata. Obrigada mais uma vez, e um abraço! o/