– GGGRRRRRRRR! Eu não acredito que o Cebola nos deixou trancadas aqui nessa sela! – disse Denise revoltada.

– Calma, Denise, você precisa relaxar.

– Relaxar? Depois de o Cebola ter me chantageado apenas por eu postar uma fofoquinha da Magali e dizer que quebraria a minha câmera, ter feito com que a Carmem ficasse com medo dele, ter chantageado o Franja com o seu quadro e por fim, nos deixa aqui numa sela e você ainda fala para eu me acalmar?– reclamou a ruiva extremamente nervosa e brava com o dito cujo.

– Na verdade, eu pedi para você relaxar.

– Isso não importa, o que importa agora é como vamos sair daqui!

Marina se sentou no banco da sela para pensar em um plano até ela perceber que sentou em uma coisa dura.

– Ai!

– O que foi Marina?

– Eu sentei em alguma coisa dura.

Quando Marina colocou sua mão no banco para ver o que era, ela pegou um objeto que estava no seu bolso, sem saber o que era.

– O que é isso?

– Marina, você estava com o seu celular no seu bolso o tempo todo?

– Acho que estava.

– Como assim, acho?

– Ah é, eu me esqueci-me de que hoje, eu ia ligar pra minha mãe depois da aula para pedir a ela para comprar uma mochila nova.

– Tá esperando o quê, fofa? Liga logo para alguém.

– Por exemplo?

– A polícia ou o psiquiatra. Liga pros dois.

– Olha o Cebola não precisa de psiquiatra. Já a polícia, é só coisa grave.

– Pra Cascuda!

– Tá.

Depois de a Marina ter ligado pra Cascuda 12 vezes...

– Ela não atende!

– Então, liga pra todo mundo da sua lista.

– Mas, na minha lista tem todo mundo da turma. Menos o Xaveco.

– Então, liga pra todo mundo, menos o Xaveco.

Depois de a Marina ter ligado pra todo mundo...

– Mas, será possível? Ninguém atende o telefone!

– Então, liga pro Xaveco mesmo, já que ninguém atende.

– É, mas eu não sei o número dele!

– Como é que não?

– Eu nunca tive vontade de saber, também!

– Ai, povinho limitado, passa para cá esse telefone.

– Ok- respondeu Marina entregando-lhe o celular.

Denise discou o número dele, já que ele sempre lhe mandava mensagens e ela acabou decorando. Depois de algum tempo de espera na linha...

– Alô, Xaveco?

– Denise?

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Magali estava andando na rua do Limoeiro para conhecer mais até que ela começou a ficar com fome e foi para a padaria do Quinzão.

– Magali, tu estais bem? – disse senhor Quinzão com um sorriso.

– Er... sim.

– Há, que falta de educação a minha, tu estais querendo falar com o Quim, né?

– Quim?

– Sim, o meu filho. Um minuto, eu já vou chama-lo.

– Meu filho! Eu tenho uma surpresa para ti!

– Já vou!

Ao descer as escadas, Quim ao olhar Magali, deu um sorriso maior que seu pai.

– Magali! Nossa! Faz tanto tempo que você não vem aqui.

– Bem, eu vou deixar vocês a sós. Com licença.

– Então, Magali, você tem alguma novidade para me contar?

– Eu não tenho nada. E você, Quindim?

– Quindim?

– É, o seu nome não é Quindim? – disse Magali começando a ficar sem paciência. Agora, ela não era mais aquela garota que tinha muita paciência.

–Há, há, há! Já entendi. Isso é uma piada! Muito boa, Magali.

– Obrigada, garoto. – disse Magali com a paciência quase cheia.

– Por que você me chamou de garoto?

– UÉ, você não é um garoto?

– Sim, mas como o seu namorado, eu quero respeito.

Ao ouvir isso, a paciência de Magali já tinha chegado ao fim. Por isso, começou a gritar:

– QUE? NAMORADA? OLHA AQUI, BALOFO, EU NUNCA VOU SER AMIGA DE UMA PESSOA CHATA ASSIM COMO VOCÊ! AINDA MAIS, NAMORADA!

Quim não acreditou ouvir isso de Magali. Como sua namorada podia gritar com uma pessoa assim? Principalmente ele, que era o seu namorado.

– Você tá querendo dizer que o nosso namoro vai acabar?

– Não vai acabar!

– Não?

– Claro que não. JÁ ACABOU!

Magali sai dali com raiva e fome. E Quim continuou ali com tristeza e confuso. Afinal, o que tinha acontecido com Magali? Essa era a pergunta que passava em sua cabeça.

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PRIIIIIIMMMMMMM!

– Podem ir ao recreio, crianças!

– Carmem, você sabe o por quê da Marina ter me ligado 12 vezes?

– Não, na verdade, elas desapareceram desde ontem. Será que elas estão bem?

– Espero que sim.

–GENTE! OLHA AQUILO! A MARIA MELLO E O DO CONTRA DE MÃOS DADAS!

– É, cara, perdeu a mina. – disse Titi avacalhando o Cebola.

– Eu perdi uma mirreca. A Maria nem vale tanto assim.

Maria ficou com muita raiva com que o Cebola disse e tentou fazer ciúmes nele.

– Do Contra, eu prefiro ficar com você do que o Cebola. Você tem razão, ele não sabe mesmo valorizar uma mulher.

– Pois é, mina. Agora, eu to com a garota mais bonita do colégio.

Maria sorriu porque queria ouvir essas palavras. Mas, ela também deu um beijo nele que todos os garotos ficaram se perguntando como o Do Contra conseguiu uma mina assim.

Mas mesmo assim, Cebola não ficou com uma gota de ciúmes.

Maria percebeu isso. Por isso, resolveu fazer um plano B. E esse plano B, faria com que o Cebola ficasse verde de ciúmes.

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– Denise, fala logo que você quer, eu estou em casa.

– Mas você não deveria estar no colégio?

– Sim, mas, a minha mãe me prometeu que se eu tirasse 10 na minha prova de Matemática, eu poderia faltar hoje. E como eu tirei 10 na minha prova de Matemática, eu pode faltar hoje.

– Tá, eu tenho tempo para blá, blá, blá, eu e a Marina estamos presas aqui e...

– Você e a Marina estão presas aqui a onde? Em que lugar?

– Er... eu me esqueci aonde nós fomos parar.

– Ah, então descobre e depois me liga! Tchau!

– Não desligue o telefone!

– Eu posso até mesmo não saber, mas quem disse que a Marina não saiba? Espera só um minuto que eu vou perguntar para ela.

– Marina, você sabe em que rua estamos?

– O nome da rua eu não sei, só sei que essa rua é diferente.

– Por que essa rua é diferente?