Midnight Dreamers escrita por Aimée Uchiha


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Voltei com o cap, to com a semana livre uhuuu



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Era uma sexta feira à tarde chuvosa, todos estavam juntos na sala de TV para assistir um filme com pipoca. Eu tentava me concentrar nas cenas, mas alguém estava jogando grãos de pipoca em meu cabelo. Não ousava me virar, pois sei que acertariam meu rosto e seria uma vergonha. Pela primeira vez, deixaram Karin em paz mas me fizeram de alvo. Sem suportar mais, levantei lentamente e sob protestos das crianças – por estar na frente da TV – saí da sala.

A chuva havia dominado todo o céu e transformando-o em escuro. O ambiente estava gelado, o que me fez cruzar meus braços em frente ao meu peito, caminhava pelos corredores afim de chegar até o dormitório, mas antes de chegar ao meu destino, fui puxada para atrás de uma das portas. Minha boca estava coberta por uma mão, que mais tarde descobri ser de Sasuke. Olhei-o com espanto, mas ele apenas me indicava silencio.

Sua visão estava além e procurei seu foco, eram duas irmãs, uma magrinha e outra rechonchuda, no corredor segurando uma pasta azul, suas feições expressavam confusão e insegurança. A rechonchuda olhou ao redor para ter certeza de que estavam sozinhas, por um momento acreditei que ela tenha nos vistos mas por sorte, foi apenas impressão.

– Então aquela velha louca tinha razão. Você acha que a garota da profecia esteja aqui, entre nós? – A irmã magrinha disse insegura.

– Não fale alto! – A outra respondeu. – Isso é algo sério, devemos encontra-lá imediatamente!

– Como? – Olhou-a seriamente.

– Devemos testá-las. – Ela pareceu pensar, olhou a irmã menor. – Temos bastantes meninas, mas irei eliminar algumas.

– Você suspeita de alguma, não é?

Nada mais foi dito, houve passos e percebemos que as irmãs estavam se distanciando. Meu corpo inteiro se arrepiou, Sasuke deu permissão para que saíssemos de trás da porta. Ele estava centrado e me olhava com cautela, ainda abraçava a mim mesma.

– Menina da profecia? O que é isso? – Perguntei.

– Uma menina especial. Não entendo essa linguagem de igreja. – Balançou os ombros.

– Não acho que seja linguagem de igreja, estou com medo Sasuke! – Confessei.

– Você fez algo de errado? – Neguei. – Então não tem por que temer. Agora vamos voltar pra sala de TV.

– Eu não quero... – Sussurrei. – Lá não.

– Estavam mexendo com você novamente? Vou dar uma lição naquelas meninas.

– Sasuke, não. – Segurei seu braço, implorando. – Por favor, não arrume confusão por mim. Vamos ficar um pouco aqui ok?

Ele ficou um tempo me olhando, mas logo concordou. Sentamos em um dos sofás que tinha espalhados pelos corredores, um em cada ponta. Logo a nossa frente havia uma enorme janela, na qual dava pra ver o real estado do tempo lá fora; raios dançavam pelo céu escuro, mas sem fazer nenhum ruído. Eu mexia na ponta do meu cabelo, sem ter o que dizer a Sasuke e ele observava cada ação minha, porém resolvi puxar o assunto:

– O que estava fazendo fora da sala de TV?

– Não estava afim de assistir o filme. – Disse depois de alguns instantes.

– Karin queria saber onde você estava, ficou te procurando antes de entregar as pipocas e até guardou um pacote pra você.

– Fico agradecido com isso. – Ele sorriu, e eu sorri junto.

– Como foi o passeio de vocês? Soube que vocês têm passeado pelo pátio juntos.

– Sei que ela te pede pra não ficar conosco. – Foi direto. – Gosto de Karin.

– Ah... – Mantive meu sorriso, mas por dentro senti aquele nózinho que no qual não soube explicar. – Ela também gosta de você, isso é bom né?

– Não gosto do mesmo jeito que ela. – Balançou os ombros novamente. – Gosto de outra menina.

– É mesmo? – Dei outro risinho forçado. – E quem é?

Seu rosto estava num tom avermelhado e me senti constrangida, pois nunca tinha visto-o daquela forma. Abaixei minha cabeça, mas senti ele se aproximar de mim, sentando-se próximo a mim. Levantei meu olhar, para observar Sasuke mexer em seu bolso e tirar uma presilha brilhante com formato de um lírio branco.

– Era da minha mãe. – Ele esticou a mão aberta com a presilha pousada sobre sua palma. – Ela deixou essa presilha no meu quarto após me dar um beijo de boa noite; desde então carrego comigo sempre.

– Tão lindo! – Disse, me envergonhando em seguida. – A presilha, é realmente muito bonita.

– Gostaria que ficasse com ela. – Ele pegou minha mão para depositar a presilha. – Acho que combina com você.

– Obrigada Sasuke mas é da sua mãe, eu não...

– Fique, por favor. – Interrompeu-me. – É um presente meu.

Ele sorriu, eu sorri. Fechei minha mão com cuidado, segurando aquele presente. Eu guardaria, cuidaria com todo meu amor. Sabia que iria.”

&~&

Sobressaltei da cama, sentindo algo em minha mão. Sentei na cama e percebi que era um dos frascos de remédios, as lembranças da noite passada vieram em mente assim como a quantidade de comprimidos que ingeri. Bufei alto, escondi meu rosto entre minhas mãos. Não me lembrava da existência daquela presilha, nem sabia mais como ela era de fato. Talvez nem Sasuke se lembrasse.

Levantei da cama, encontrando um vestido numa capa pendurado em meu armário. Sabia que aquilo era obra de Suigetsu, ele sempre teve o dom de agir sem barulho algum. Abri a porta de meu quarto, encontrando nenhum vestígio de Karin e nem Sasuke. A casa estava silenciosa, e ao ousar sair do meu quarto, Suigetsu apareceu no corredor.

– Boa tarde, senhorita! – Ele desejou.

– Suigetsu, me chame de Sakura. – Cocei meus olhos. – Boa tarde, alias, que horas são?

– Já são... – Ele levantou seu pulso para observar seu relógio de prata. – Exatamente uma hora da tarde.

– Dormi por muito tempo, apaguei. E cadê Karin? Sasuke?

– Senhorita Karin foi ao cabeleireiro, hoje é o grande dia dela. E o senhor Sasuke saiu cedo, não voltou até agora.

– Hm... Bom, vou me trocar. – Disse, Suigetsu acenou e desapareceu do corredor.

Observei o longo corredor e me deparei com uma porta ao lado do quarto onde me encontrava. Estava com a porta entreaberta, e fui até ela. Abri lentamente e revelou um quarto igual ao meu. A cama estava bagunçada e não havia malas, o cheiro másculo logo me fez perceber que quem dormiu ali era Sasuke. Suspirei, puxando todo o ar contido naquele cômodo e caminhei até sua cama, tocando seus lençóis com a ponta dos dedos.

Aquilo parecia coisa de lunática, mas jurava que poderia sentir a pele dele. Continuei a andar pelo quarto até tropeçar em algo quadrado, olhei para o chão e era uma pequena maleta prateada com uma tranca. Virei meu rosto para a porta e ter a certeza de que estava sozinha, para pegar a maleta. Sentei na cama de Sasuke com ela em meu colo; analisei a tranca e pensei um pouco. Será que aquilo de usar um arame daria certo?

Bufei, tirei a maleta do meu colo e coloquei na cama. Aquilo seria uma invasão, era as coisas de Sasuke e eu estava dando de intrometida querendo abrir. Levantei, decidida a sair daquele quarto mas algo me impediu. Minhas pernas me impediram, pra ser exato. Fechei meus olhos, tomando coragem pra tal coisa; sabia que ia voltar e abrir aquela maleta e foi o que eu fiz. Tirei um grampo do meu cabelo e comecei a cutucar a tranca. Não sabia como fazer, apenas remexia o grampo, até que abriu.

Abri aquela maleta, revelando-me papeis. Folheei rápido, parando ao deparar com uma foto. Era uma linda mulher de cabelos louros mel e olhos esverdeados, tinha a mesma aparência que a minha. Ao seu lado, havia um homem a abraçando-a, com cabelos estranhamente rosados e olhos verdes azulados. Ambos sorriam e seguravam uma criança, de cabelos rosados. Revirei a foto, continha os dizeres: “Mebuki e Kizashi Haruno com Sakura.”

Em seguida, havia mais uma folha. Continha uma foto pequena da mulher de cabelos louros e seus dados. Mebuki Haruno, 28 anos e mãe pela primeira vez. Dizia lugares onde ela freqüentava, e outra foto do homem de cabelos rosados: Kizashi Haruno, 30 anos, pai pela primeira vez e com os mesmos dados de Mebuki. Uma linha estava grifada, causas da morte: desconhecida. E mais uma linha em destaque: “Sua filha, Sakura, foi entregue ao orfanato por Tsunade, uma amiga da família.”

Fechei aquela maleta, sem sequer olhar as outras coisas, apenas com a foto dos meus pais em mãos. Enfiei debaixo da cama e sai desnorteada do quarto. Suigetsu me encontrou novamente no corredor, com um olhar fixo em mim. Ao perceber meu estado, veio de encontro.

– Está tudo bem com você? – Acenei a cabeça levemente. – Há coisas que deveríamos apenas não saber.

E simplesmente se retirou, me deixando com uma enxaqueca das bravas.

...

Durante a tarde fui surpreendida por um cabeleireiro particular de Karin, que estava ali para me dar um “trato”. Não estava com animo algum para ir até esse jantar, não depois das coisas que encontrei no quarto de Sasuke. Ele havia desaparecido durante o dia, o que estranhei. Mas fui impedida de pensar com o cabeleireiro puxando meu cabelo. Passei algumas horas fazendo unhas, tirando sobrancelhas e arrumando o cabelo. Tive que vestir meu vestido antes da maquiagem, e quando dei por mim, já era nove da noite. Iríamos sair daqui em alguns minutos.

Finalmente estava sozinha no meu quarto, suspirei sentindo aquele vestido pesado no meu corpo. Fui até o espelho e levei um susto ao ver a nova Sakura ali. O vestido era inteiro branco com detalhes prateados, sem mangas; havia uma fina gola que rodeava meu pescoço, e um pequeno decote no vale dos meus seios. O vestido ia até o chão, maravilhosamente rodado. Meu cabelo estava preso novamente em um coque frouxo, e a maquiagem neutra.

Sobre uma cômoda, estava uma de minhas bolsas que continha minhas jóias. Ao abrir, encontrei a presilha delicada em formato de lírio branco bem escondida ao fundo. Peguei entre meus dedos, nunca o tinha usado... E pareceu combinar com o vestido. Fui novamente até o espelho, prendendo a presilha em alguns fios, dando o charme final em mim. Fui interrompida com a presença de Suigetsu.

– Com licença, você está magnífica! – Ele disse. – Karin e Sasuke lhe esperam no carro.

– Já estou indo. – Peguei minha bolsa.

– Finalmente a donzela apareceu, você está parecendo uma pessoa que eu conheço. – Karin se pronunciou assim que cheguei. – Eu!

– Desculpe, não sabia que era para descer. Vocês são tão cheio de regras.

– Bobinha! Você está linda.

Sorri envergonhada, e dei uma boa olhada em Karin. Seu vestido era num tom vinho, todo de renda e fechado na frente de seu corpo. Porém, nas costas havia um enorme decote, revelando toda sua formosura. Seu cabelo estava jogado somente para um lado, dando-lhe um ar clássico.

– Você também não se é de jogar fora. – Rimos alto.

– Vem, vamos! – Ela me puxou pra dentro do carro.

– Sou um homem de sorte. – Sasuke disse, assim que entrou no carro. – Acompanhado por duas lindas mulheres.

– Sasuke, nunca tire esse terno de linho. Homem do céu, você fica um Deus! – Karin se abanava.

– Odeio essa coisa. – Ele remexia na gravata. – Mal espero pra tirar. Mas obrigado.

– Se quiser, pode tirar agora. Não vamos reclamar, não é Sakura?

– É, pois é. – Desviei meu olhar de Sasuke, para não esquecer o quão brava estava com aquela coisa linda.

&~&

O enorme salão estava dominado por hits do momento, observei as pessoas e aquilo não parecia um jantar, e sim, uma boate. Havíamos chegado já fazia uma hora, Karin estava desaparecida em meio daquele tanto de gente e eu, acabei fugindo de Sasuke. Resolvi ficar parada ali, perto dos comes e bebes para ninguém me notar. Um rapaz loiro, que estava conversando com outro rapaz, aproveitou a brecha na qual seu amigo saiu para dançar e se aproximar de mim.

– Por que está isolada? – Ele se pronunciou.

– Aqui meu telefone pega melhor. – Menti.

– Hmmm, você é modelo?

– Não. Só estou acompanhando Karin.

– Ela é uma gata! Pena que o namorado veio junto. – Pegou um champanhe que estava na mesa. – Ele deve ser um cara de sorte, não faço ideia de como é.

– Pois é, um cara de sorte. – Forcei um sorriso.

– E você, está acompanhada?

– Eu, bem... – Ousei dizer, porém fui interrompida.

– Sim, meu caro. Ela está comigo. – Sasuke apenas disse. – Vem cá, querida.

Sasuke puxou-me pela mão, e fui arrastada para longe do rapaz. Levantei um pouco meu vestido para não tropeçar na barra, tentava puxar meu braço de volta mas Sasuke não deixava, pedia para me soltar mas o som da música abafava minha voz. Até que finalmente, ele parou e se virou para mim, e a música se tornou lenta. Estávamos no meio da pista de dança.

– Me concede essa dança? – Ele disse.

– Eu não sei dançar bem.

– Eu te ensino. – Sasuke envolveu seu braço na minha cintura e me puxou pra perto. – Só sentir a música, não se preocupe que estou te guiando.

– Cadê Karin? – Disse, nervosa.

– Sh, esqueça-a um pouco. – Ele me girou lentamente, para me puxar de volta. – Você está linda hoje.

– Obrigada. – Sorri tímida. – Você também está. – Hoje e sempre, quis completar.

– Eu gostaria muito de te beijar. – Ele soltou.

– Você disse que nunca poderia me beijar.

– Eu digo muitas coisas. Quase sempre são mentiras. – Ele sorriu.

– Como posso ter certeza que o que está dizendo agora, é uma verdade?

– Você me pegou. – Seu sorriso sumiu ao focar algo em mim.

– O que foi? – Procurei seu olhar, sem interromper a dança.

– O que é isso no seu cabelo?

– Você não se lembra? Você me deu quando éramos pequenos, num dia de chuva. – Mordi meu lábio ao me lembrar. – Eu sempre quis usá-lo, mas nunca tive oportunidade.

O silencio prevaleceu, seu olhar se tornou indiferente e eu fiquei receosa com a sua atitude. Suspirei baixo, apertando meus dedos nos seus ombros; ele percebeu minha tensão e retribuiu o aperto em minha cintura.

– Por que você tem uma foto dos meus pais em meio das suas coisas? – Soltei.

– Você mexeu nas minhas coisas? – Seu tom era de indignação.

– Por que você as tem? Nem eu mesma sabia como eles eram!

Ele não me respondeu, apenas me afastou para me girar novamente. Ao me puxar de volta, grudou meu corpo ao seu com força apenas para falar ao meu ouvido:

– Estava querendo te ajudar a descobrir mais sobre si. – Ele respirou fundo. – E nunca mais mexa nas minhas coisas.

– Mexerei quantas vezes for necessário, você está mexendo com o meu passado. – Respondi.

– Sakura, você não sabe com quem está mexendo. – Provocou-me.

– Então me mostre, sei brincar com fogo.

Isso foi tudo para tirá-lo do sério. Não tive tempo para pensar, pois seus lábios já estavam colados aos meus. O tempo, as pessoas ao nosso redor se moviam em câmera lenta. Subi meus braços, envolvendo-o pelo pescoço enquanto ele me apertava mais pela cintura. Sua língua envolvia a minha em um ritmo ensaiado, assim como sua boca encaixava perfeitamente na minha. Tudo parecia perfeito, aquele momento fora único.

Separamos-nos por falta de ar, mas lentamente. Senti seu nariz roçar no meu para sem seguida me dar um selinho molhado, ao abrir um sorriso vi um vulto vermelho logo ao nosso lado. Ambos viramos os rostos ao mesmo tempo, encontrando uma Karin estática nos observando. Seu rosto estava em choque, negava a cabeça inutilmente para tirar a imagem da cabeça. Afastei-me de Sasuke e Karin saiu correndo, ousei a fazer o mesmo em sua direção, mas ele me impediu indo ele mesmo atrás dela.

Fiquei parada ali, no meio da pista de dança enquanto alguns continuavam a dançar e outros observavam a cena que ocorrera. Voltei a segurar meu vestido para não pisar na barra, e fui à direção ao rumo que os dois tomaram.

...

Era minha quarta taça de champanhe, já havia perdido as contas de quantos rapazes me chamavam pra dançar. Eu estava sentada numa das mesas, com as pernas esticadas, esperando algum sinal ou alguma noticia. Mas Sasuke estava desaparecido, assim como Karin. Talvez fizessem as pazes, talvez eu tenha sobrado. Talvez eu nem devesse ter vindo. Talvez eu devesse morrer de uma vez.

Parei de pensar assim que vi Karin logo em pé no palco que tinha em frente a pista de dança, ela pedia atenção de todos enquanto a música ia diminuindo. Todos pararam de dançar, e seu rosto não expressava aquela alegria de antes.

– Olá a todos! Obrigada pela presença, espero que a festa esteja de arrasar! É com muito orgulho que esse mês represento a marca Passione. – Karin recebeu palmas. – Obrigada! Adorei todos os momentos e devo dizer, são peças lindíssimas! Bom, estou aqui para abrir esse evento maravilhoso e também anunciar que irei entrar de férias. Mas não fiquem tristes, se vocês necessitar de algo, estarei em Bolton! Lá todo mundo conhece todo mundo, então é só perguntar por mim! E caso não me encontrarem, é só procurar por Sasuke! Ele é um doce e também trabalha pra mim... É quase um capacho meu, mas adora aparecer. E ali, ele está logo ali. – Apontou para o canto do salão onde ele se encontrava. – Lindo, não? Pena que é um cafajeste. Enfim, é isso pessoal... Aproveitem a festa, está sensacional.

Todos a aplaudiram, ela desceu do palco em direção a rua. Eu levantei cambaleante e com coragem, segui Karin. Por alguns segundos, consegui alcança-la.

– Karin, espere. – Falei um pouco alto.

– Me deixa Sakura, simplesmente me deixa.

– Você nem me escutou!

– Escutar o que? Que você é uma vadia? Você sempre soube que eu gostava dele, como teve coragem?

– Eu só...

– Cala a boca, você não é digna da minha atenção.

– E você é digna da minha? Eu também sempre fui apaixonada por esse idiota. Mas ele te escolheu, não a mim. Ele é homem, pode ter se confundido comigo, para de ser trouxa.

Ela parou de andar e se virou pra mim, me olhando incrédula como se o que eu tivesse dito fosse a coisa mais absurda do mundo.

– Você se diz enxergar? Pare de ser trouxa você, Sakura, e enxerga o que está bem a sua frente.

E assim que disse, se virou novamente de costas pra mim, entrando no seu carro e em seguida, saindo daquele local. Eu disse que aquele ambiente não era pra mim. Assim como deixei Sasuke pra trás, Karin me deixou.


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Notas finais do capítulo

AS COISAS FICARAM TENSASSSS DE NOVO HIHIHIHI. Espero que tenha agradado e leitores novos apareçam!! Beijos e até o próximo



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