Like Ghosts In Snow escrita por Drunk Senpai


Capítulo 21
Princess In a Cage


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Muito tempo sem postar!
Na verdade, eu estive me sentindo um pouco desmotivada para postar aqui no Nyah!, não entendam mal, é só que sem um feedback é dificil saber se ta tudo indo bem, e se eu devia continuar.
Mas enfim, estou de volta!
Boa leitura!!



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Inferno!” Ichigo pensou nervosamente enquanto levava um outro golpe das pequenas e desarmadas mãos de Rukia, que eram impressionantemente fortes. Bom, depois de saber o que ela faz no seu dia a dia, não era mais tão surpreendente assim. E então veio um outro, e outro. Ele simplesmente não conseguia desviar, parecia até piada, um cara como ele levando uma surra de alguém tão pequena e de aparência tão delicada. E lá vinha mais um, dessa vez o suficiente para desequilibrá-lo e fazer com com que tombasse na grama.

–Não precisa pegar tão pesado. - Ichigo reclamou massageando o rosto e notando que seu lábio inferior sangrava.

–Pegar pesado? Você acha que isso é pegar pesado? - Rukia lhe perguntou em tom de descrença e zombaria e então ficando séria em seguida.- Nenhum desses monstros vai te dar nenhuma moleza! Você entende isso? Tudo o que eles querem, tudo o que são capazes de fazer é causar sofrimento, morte! - Ela disse gesticulando nervosamente. - Se não estiver disposto a lidar com isso, então não entendo por que está aqui! Se não consegue sequer lutar comigo mano-a-mano, como espera lutar contra um daqueles?

–Ok, OK! Eu entendi!- Ichigo levantou-se e limpou o sangue com as mãos. - Eu só não achei que iamos direto ao combate.

–O que esperava?- Ela lhe perguntou impaciente, lançando-lhe uma garrafa de água. Ichigo tomou um gole e usou a garrafa gelada para amenizar um pouco a dor em seu rosto.

–Não sei... Conceitos, mais informações. -Rukia suspirou. Era sua vez de sentar-se na grama fresca, séria enquanto observava Ichigo fazer o mesmo.

–Muito bem, o que mais quer saber?

–Bom, você não foi exatamente uma enciclopédia quando falou desses... vampiros. - realmente, não importava o quanto pensasse e repensasse, só ao falar em voz alta já parecia surreal. Mas concentrou-se em suas duvidas agora. - Me diz, por exemplo, de onde eles vieram? Existem muitos deles por ai? Eles podem... sei lá, transformar outras pessoas em seres como eles? - Ele podia continuar fazendo perguntas, mas Rukia parecia já se preparar para dizer algo.

–Ok, vejamos...- Ela iniciou pensativa.- De onde eles vieram? - Ela parecia pensar ainda mais. - Não tenho essa informação. Se são muitos... bom, nos últimos meses tive a chance de caçar ao menos uns 50, mas... acho que também não posso dizer se são muitos ou se Karakura tem alguma anomalia... E quanto à transformações...- Ela parecia mentalmente exausta por um instante. - Lembro que li sobre elas uma vez, num livro antigo no escritório do Byakuya-nii-sama. Dizia que são bem raras, ao menos para os novatos, mas os mais antigos tem mais facilidade em conseguir transformar as pessoas. Na verdade é isso que me preocupa, não sei dizer se o numero de vampiros em Karakura é grande, mas se for...- Rukia parecia realmente angustiada.- Então quer dizer que possa ter um antigo por aqui.

–E a diferença é mesmo tão grande?- Ichigo perguntou incerto. Já não sabia o que era pior, essa possibilidade, ou perceber que assim como ele, Rukia sabia muito pouco sobre seus próprios inimigos.

–Supostamente há uma diferença como a distancia entre o céu e a terra.- Após uma pequena parada, pensativa, ela voltou a falar.- E não sei se percebeu, mas nem mesmo a ralé contra a qual lutei naquela noite, eram assim tão fáceis de derrotar. - Ela disse deixando transparecer não mais só sua angustia, como também raiva. Talvez por ter que admitir que seus adversários eram poderosos.

Antes que pudesse perceber, Ichigo havia colocado a mão em seu ombro, chamando sua atenção de volta para ele. Ele não costumava ser um grande otimista, mas ainda assim, precisava que Rukia soubesse que ele estava ao seu lado.

–Bom, não importa de qualquer forma. Mesmo que venham os mais fortes, tenho certeza de que vamos conseguir acabar com todos esses desgraçados, juntos.- Ele lhe disse com o olhar mais sério que podia lhe dar, e ainda tentando ao máximo mostrar que realmente acreditava nisso.

Rukia correspondeu seu olhar e lhe deu um leve sorriso, um que ele não via há um bom tempo. Ela tocou na mão dele que ainda repousava sobre seu ombro.

–Muito bem então.- Ela disse energetica.- Vamos continuar.

***

Ulquiorra virou-se depressa, procurando por seu perseguidor. Nada. Mas isso não era possível, ele definitivamente sentira uma presença acompanhando seus passos, e com toda certeza não era um dos malditos humanos. Talvez estivesse paranoico? Mas não! De forma alguma seus sentidos lhe falhariam dessa forma.

Foi quando virou-se de volta que deu de frente com a resposta para tudo isso. Um rapaz, que parecia ter sua mesma idade, apesar de ser notavelmente mais alto que Ulquiorra. Ele trazia em seus lábios um sorriso sádico. Seus cabelos rebeldes eram da mesma cor de seus olhos, azuis, e ele acima de tudo, não parecia ter problema algum em exibir seu corpo perfeitamente esculpido.

–Grimmjow. - Ulquiorra disse seu nome com desdem. - O que quer aqui?- perguntou sério ao outro que parecia divertir-se com o minimo sinal de surpresa que Ulquiorra poderia ter deixado escapar.

–Ora, é assim que recebe um velho amigo? Você realmente não muda nada.

Como se seu dia já não estivesse ruim o suficiente com todo o caso do cientista e suas não solicitadas experiencias, agora uma das pessoas das quais Ulquiorra mais desprezava, havia decidido literalmente aparecer bem à sua frente. Aquele realmente não era um bom dia.

–Responda. - Ordenou. Grimmjow sequer mudou sua expressão. Ulquiorra respirou fundo, tentando não perder o controle, e lhe disse, ainda em um tom suficiente para amedrontar até mesmo as pessoas que passavam por perto.- Não me obrigue à pulverizar seu maldito cranio antes de ter uma resposta. - Grimmjow deixou de sorrir, mas ainda falava em tom despreocupado.

–Ok! - suspirou como dando-se por vencido.- Apenas cumprindo ordens. - Ele então apreciou as questões formarem-se e aparecerem no rosto de Ulquiorra.

–Ordens de quem?- Perguntou ainda em tom impaciente.

–Ah, você não soube?- Grimmjow por sua vez, continuava usando um tom de zombaria. -Ela está de volta.- Ulquiorra dessa vez não pôde esconder sua surpresa, e não pôde deixar de praguejar furiosamente.

Ora, porque agora? Porque esses dois tinham que aparecer quando as coisas pareciam estar tão calmas - ao seu limite pelo menos, mas ainda assim!

– Agora essa é a reação que eu esperava! Pra dizer a verdade, no começo eu também não gostei da idéia de vir pra essa cidadezinha de merda, mas ver você reagir dessa forma já ajuda muito... - Ele disse dando uma gargalhada alta. - Além disso, essa cidade está infestada de coisinhas preciosas, como ela...- Ele disse já num tom malicioso enquanto apontava para a graciosa ruiva que caminhava distraidamente do outro lado da rua... Sua ruiva!

As coisas só pareciam piorar toda vez que Grimmjow abria sua boca. Maldito! Se pudesse simplesmente matá-lo naquele momento... Mas tinha certeza de que mesmo que o fizesse, as coisas não deixariam de ir por água à baixo. Era tarde demais e se ela estava mesmo na cidade, tudo o que ele poderia fazer era esperar. Ela logo viria até ele.

–Enfim...- Grimmjow voltou a falar.- Ela quer que a gente se reúna, hoje. - Ele disse num tom sério, pela primeira vez desde que aparecera. Ulquiorra suspirou.

–Onde?

–Tem um cinema aqui por perto, o novo. - Ele disse como se tentasse lembrar mais alguma coisa sobre o lugar, mas não precisava, Ulquiorra conhecia muito bem aquela parte da cidade, era o lugar mais fácil para encontrar presas indefesas, e sabia exatamente de onde ele estava falando.

–Porque no cinema?- perguntou calmamente, apesar de já imaginar qual seria a resposta.

–Quem sabe? Aquela garota faz sempre o que bem entende! -foi Grimmjow quem pestanejou dessa vez. - De qualquer forma: cinema, 18:30h. Vê se não vai contrariá-la, sabe como termina.- Ele disse e então ficou pensativo por um instante.- Ou o faça! Ver você ser trucidado seria a unica coisa capaz de deixar meu dia ainda melhor.- Ele riu alto e malignamente e então foi-se, misturando-se com a multidão.

Ulquiorra podia ficar ali, pensando no quanto odio podia ter por Grimmjow, ou o quanto ele desejava que o maldito não tivesse aparecido, mas seria inútil. Sabia o que tinha que fazer, querendo ou não, ele sabia que ela não apareceria, ou os reuniria se não fosse importante, e ao mesmo tempo, sua curiosidade havia sido tomada.

Por isso, enquanto esperava, naquele cinema lotado de lixo humano, não podia evitar em tentar imaginar todas as possibilidades que poderiam ter causado essa indesejada reunião. Nenhuma era boa. E seria pior ainda se eles planejassem ficar na cidade. Se esse fosse o caso, ele já podia se ver perdendo seu territorio, perdendo a liberdade de fazer aquilo que bem queria, quando queria. Ah, e até mesmo seu relacionamento com Orihime estaria condenado, seria ainda mais complicado do que já era. Ele teria apenas duas escolhas, ficar com ela e correr o risco de expô-la à Grimmjow que estava disposto a fazer qualquer coisa para lhe aborrecer, ou deixá-la completamente, mas então ela estaria exposta à outros perigos, incluindo o proprio Grimmjow, que certamente não a deixaria escapar se a visse cruzar seu caminho, e nesse caso, ele não estaria por perto para protegê-la.

Muito difícil. Muito complicado. Seria tão mais fácil se simplesmente não se importasse com ela, assim como faz com os outros. Mas porque ela continuava a ser sempre sua grande exceção?

Foi quando sentiu o impacto de alguém bater-se às suas costas. Só podia ser brincadeira, certo? “Por que você tinha que aparecer logo agora?” Ele perguntou-se amargamente mas ainda rindo de tamanha ironia. Virou-se somente para comprovar aquilo que já sabia. Era ela. Seu lindo ser composto de beleza e inocencia, que tão timidamente tentava evitar seu olhar.

Ele podia escolher a opção que a deixaria menos exposta, onde ele podia se certificar de que ela estaria segura, não só de Grimmjow, mas até dele mesmo. Protegê-la de longe. Sim, seria muito melhor, muito mais seguro... Mas a quem ele queria enganar? Simplesmente ao olhar para ela, a resposta estava bem clara, como se gritasse em seus ouvidos que era inútil resistir, e “Ah, que se dane!” ele pensou, rendendo-se aos impulsos que o fizeram outra vez experimentar aqueles doces lábios, e a sensação de tê-la presa em seus braços, como seu lindo pássaro engaiolado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
E aliás, SaraGabi, MUITO OBRIGADA pelos elogios e pela recomendação!! Me deixou muito feliz mesmo!
É isso!
Kissus ;*



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