Like Ghosts In Snow escrita por Drunk Senpai


Capítulo 15
The Need


Notas iniciais do capítulo

Hey! Desculpa a demora!
Eu já tinha dito antes, mas meu tempo
realmente tá meio apertado, e isso complica
um pouco!
Mas enfim, espero que gostem!
Boa leitura!



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–Está louco? - Rukia lhe perguntou enquanto abruptamente levantava-se. - Não ouviu tudo o que eu acabei de te dizer? De jeito nenhum!

–É a única forma!- Ichigo exaltou-se outra vez. - Você não vê que eu não vou deixar não só você, mas todas as pessoas que me importo estarem em perigo, um perigo que eu já sei o que é, e simplesmente ficar sem fazer nada?

–Já falamos sobre isso! Você vai se...

–Não se você me ensinar a lutar!- ele a interrompeu enquanto olhava sério em seus olhos. O que ele estava pensando? Como podia voluntariamente querer abrir mão de sua vida normal, tranqüila, para lutar contra monstros, arriscar a própria vida dia pós dia? De certa forma fazia com que Rukia lembrasse de si mesma.

~~~

Ela havia feito o mesmo, ainda criança, pouco antes de completar nove anos. Sua irmã sempre fora frágil, e por virem de uma linhagem de caçadores, era preciso que ao menos uma delas servisse à Seireitei como caçadora. Hisana era a escolhida por ser mais velha, e tentava com todas suas forças ser boa o suficiente para deixar Rukia fora disso.

No entanto, não conseguia lutar. Ela não conseguia se sair bem nas aulas de combate, não podia ser ágil, e seu corpo não lhe ajudava. Rukia não podia mais ver aquilo. Mesmo sabendo que não poderia servir, Hisana continuava a insistir que a mais nova ficasse longe disso. Até que um dia, durante um treinamento, Hisana já não mais podia mexer suas pernas para tentar escapar dos ataques, seus braços não tinham força para atacar e seus pulmões começaram a falhar.

Hisana apagou naquela tarde, e Rukia tomou uma decisão. Após deixar sua irmã na enfermaria, desacordada, ela foi até seu até então noivo, Byakuya Kuchiki. Hisana e ele haviam se conhecido na escola de caçadores e estavam agora juntos a pouco mais de dois anos. Rukia sempre o admirou bastante. Byakuya vinha de uma família nobre de caçadores, e em breve seria um capitão de esquadrão. Era ele quem podia lhe ajudar. E assim foi. Rukia pediu que no lugar de sua irmã, ela pudesse servir. A principio Byakuya não aceitou sua oferta. Do mesmo modo que sabia que Hisana estava em perigo, sabia também que ela não poderia perdoá-lo por deixar que sua irmã se arriscasse em seu lugar.

–Impossível. - Ele lhe respondeu inflexível.

–Byakuya-nii-sama, eu imploro. - Rukia abaixou sua cabeça sentindo sua voz falhar e seu coração apertar ao pensar que da próxima vez, Hisana poderia acabar morta.- Eu não posso mais deixar que ela se machuque. Eu darei o meu melhor, sempre! Por favor, me deixe ficar em seu lugar!- Byakuya ficara em silencio por um momento, como se pensasse e repensasse no que deveria fazer.

–Apenas...- Ele começou em um tom baixo. - Apenas prometa que fará de tudo para ficar viva.- Após um outro silêncio ele deixou a sala, e Rukia sentia o aperto em seu peito ir embora aos poucos, ela havia conseguido.

Depois disso, vieram os treinamentos. Eram difíceis, dolorosos, cansativos. Mas toda vez que pensava nisso, lembrava-se de sua promessa. Precisava fazer aquilo, precisava ser a melhor e precisava manter sua irmã à salvo. E então estava forte de novo, pronta para lutar.

~~~

Por mais que não quisesse que Ichigo passasse por isso, ela sabia como ele se sentia, sabia como era estar em sua posição, entendia seu sentimento.

–Rukia, por favor. - Ele ainda olhava em seus olhos. Rukia sentia outra vez seu coração apertar, ao vê-lo daquela forma. Ele não conseguia entender que seus machucados não doeriam só nele? Como ela poderia ensiná-lo a por sua vida em risco? - Você a única que pode me ajudar... Eu não quero mais me sentir um impotente, vendo as pessoas se machucando, e olhando em outra direção, eu não posso fazer mais isso. - Ela via verdade em seus olhos, Ichigo estava sério quanto a isso, mesmo que quisesse mantê-lo à salvo, sentia que isso seria egoismo de sua parte, ela sabia exatamente como ele se sentia, e sabia que o machucaria mais em não lhe dar a chance que ela havia recebido de proteger quem ama. Rukia respirou fundo.

–Só me prometa que vai ficar vivo.- Ela disse olhando em seus olhos, sentia em seu próprio peito o poder daquelas palavras, o que elas significavam.

–Eu prometo. - Ichigo lhe respondeu, olhando em seus olhos, tão sério quanto ela.

***

Ulquiorra sentia seu próprio sangue ferver enquanto as carícias e beijos continuavam. Ele sentia uma forma de euforia que parecia dominá-lo por completo. Queria tocá-la, senti-la e a cada instante desejava mais. Trouxe-a para perto, tocou seus cabelos, ainda molhados da chuva, sua pele macia, fria, e ainda outra vez seus lábios, que apesar de um pouco frios, pareciam lhe aquecer. Seus braços, abraços e gentil afago pareciam lhe acolher cuidadosamente.

Antes que pudesse perceber seus lábios já não mais pareciam satisfeitos. Queria sentir todo seu corpo. Beijou seus lábios uma outra vez e então desceu até seu pescoço desnudo, lenta e carinhosamente, sentia que se fosse diferente ela se quebraria como uma boneca de porcelana.

Não conseguia lembrar-se da ultima vez em que seus lábios foram á um pescoço e não rasgasse sua pele em busca do sangue que corria nas veias, quente, indescritível em sabor e êxtase que podia lhe causar. Qualquer um que soubesse com o que estava lidando fugiria o mais rápido possível, para o mais longe.

Ela também? Ligeiramente perguntou-se e voltou seu olhar para sua linda face. Estava levemente rosada em suas bochechas e ainda relaxada. “Ah, se você soubesse...” pensou consigo mesmo antes que ela o trouxesse outra vez para perto deixando que seus lábios outra vez se encontrassem.

Enquanto sentia toda a excitação crescer dentro de si, tão rapidamente livrou-a da blusa negra e cobriu sua pele desnuda de beijos. Podia sentir que seu coração batia mais forte, como o dele quando uma vez notou o sangue que pulsava sob sua pele. Ela parecia tão indefesa. E ele então viu seu pescoço. Seus pensamentos tão logo começaram a confundir-se, ele a desejava em tantas maneiras, era difícil saber o que queria quando afastou as madeixas ruivas que desciam até baixo de seus seios. Sua atenção estava agora toda em sua garganta, mas sabia exatamente em que sentido.

Aproximou-se, beijou a pele pálida, macia. Podia sentir o sangue pulsando em sua artéria. Como um predador experimenta sua presa, lambeu a área e já não tinha certeza se conseguiria controlar-se mais. Sentiu suas presas descerem, prontas para rasgar a pele de sua vitima. Vitima? Não, não ela. Não podia alimentar-se dela. Já havia decidido, Orihime Inoue não era caça. Ele sabia que se experimentasse mesmo que uma gota de seu sangue perderia seu controle por completo. Ela era a única em todo aquele lixo humano que podia fazê-lo confundir e desejar de tantas formas diferentes.

Precisava deter-se. Preferia tê-la viva, sendo um enigma para ele. Tinha tanto ainda que queria explorar nela, não podia feri-la. Reuniu toda força que tinha para afastar-se dela, e o fez, bruscamente, vendo toda confusão formar-se em seu rosto. Virou-se para outra direção, respirando fundo para que suas presas e as pequenas veias ao redor de seus olhos, que se manifestavam-se sempre que estava pronto para atacar, voltassem ao normal.

–Sinto muito. - Disse sério, sem mais voltar-se para ela.- Suas roupas devem estar prontas, acho que você devia ir. - Levantou-se antes que ela pudesse lhe dizer alguma coisa e foi ao seu quarto, sua aparência havia voltado ao normal, mas tudo o que acontecera apenas aumentara sua necessidade, buscou uma outra bolsa de sangue e alimentou-se ainda encostado contra a porta do quarto, podendo ouvir logo em seguida, a ruiva sair.

É melhor assim...


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Notas finais do capítulo

É isso!
Obrigada por ler!
Até o próximo,
Kissus ;*



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