The Fênix escrita por Dizis Jones, Izis Cullen Fanfics


Capítulo 16
Capítulo 15 FINAL


Notas iniciais do capítulo

Então chegamos ao Final o
Leiam as notas finais beijos



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The Fênix

Capítulo 15

Em meio a tantas coisas, eu me afastei dela por uns dias. Trouxemos Nati até a cidade e ela ficou na casa de Christina.

Eu estava observando a cidade, como sempre. Eu não era mais o prefeito nem queria, Christina estava fazendo um ótimo trabalho e sabia de tudo. O alto do Edifício Hancock me trazia tantas lembranças... Eu gostava de enfrentar a altura, enfrentar meu medo.

— Eu sempre te encontro aqui.

— É, você me conhece bem, ao contrário de... — Eu ia falar o nome dela, mas Christina me interrompeu.

— Não seja injusto, ela precisa de tempo.

— Tempo. Eu sei disso, mas me dói.

— Vim te dizer que ela fez um progresso; ela se lembrou de algo.

— O quê?

— Venha.

Descemos o Edifício e fomos até o Fosso. Lá, ela estava rodeada pelos amigos e companheiros da segurança interna, ela sorria entre eles assim como fazia há uns tempos atrás.

— Ela se lembrou deles? — Uma pontada de ciúmes me consumiu.

— Ela se lembrou do Fosso e eu a trouxe aqui, o resto foi fluindo. — Christina falou e então caminhei até ela. Assim que me viu, ela me encarou com olhos assustados, iguais a depois que eu a expulsei da cidade um dia.

— Oi.

— Oi — ela respondeu e manteve os olhos em mim.

— Ainda com medo?

— Chris me disse que não devo ter medo de você, mas não vou mentir, ele ainda está aqui.

— Entendo. Eu vou deixar você aí com seus amigos — eu ia me retirar, mas ela veio e segurou meu braço, me impedindo de sair.

— Não vá, fique. Eu estou me lembrando de algumas coisas e por isso não consigo deixar de te temer, mas agora eu sei a diferença entre o que é uma lembrança real e uma induzida.

— Como?

— Bem, eu estava assustada com lembranças induzidas, você nunca me fez mal realmente. Eu estou conseguindo separar em minha mente, mas há uma lembrança que me assombra.

— Qual?

— Você me mandando embora, me rejeitando.

De todas as lembranças que ela poderia ter, justo essa ela tinha que cavar!

— Sim, eu fiz isso, mas...

— Sei que depois mudou, porém eu não consigo lembrar-me de mais nada a não ser isso. Os outros me ajudaram aqui em várias coisas, inclusive lembrar que eu ganhei de Ray no paredão.

— Isso foi muito bom de se ver.

— Tem uma frase que não me saí da mente: “Enfrente seus medos que isso a faz mais forte.” Algo me diz que você tem muito a ver com isso, então, não quer dar uma volta? Sei lá, mostra a cidade? Às vezes tem algum lugar que me dê novas lembranças...

— Claro. Venha.

Me lembrei de um lugar que poderia fazê-la lembrar-se de algo.

Saímos andando e ela ainda mantinha certa distância de mim. Caminhamos pelas mesmas ruas que caminhávamos juntos sempre, até entrarmos no Edifício Hancock e seguirmos para o andar de simulação, onde estavam as salas amarelas.

— O que estamos fazendo aqui?

— Paisagem do medo. Ela diz mais sobre você do que se possa imaginar.

— Não sei...

O elevador abriu e Cristina saiu dele.

— Tobias, o que está fazendo?

—Quero mexer na cabeça dela, revirar algo que pode sair dali.

— Está louco! — ela me puxou pelo braço até o canto — Ela está grávida e nem sabe, deu o maior trabalho tirar da cabeça dela subir no paredão, e agora você quer mexer na cabeça dela? Isso pode ser perigoso.

— Ela não sabe que está grávida?! — Falei espantado.

— Não. Devemos deixar as lembranças virem aos poucos. — Christina respondeu com naturalidade.

— Aí a barriga dela cresce e ela se pergunta o que houve. Isso não dá certo.

— Iríamos pensar em algo até lá.

— Eu vou entrar com ela. Você aproveita que está aqui fora e controla; nada pode dar errado, mas se der, você anula a simulação.

— Tudo bem, vou controlar. Mas se os batimentos dela forem altos de mais, eu cancelo tudo.

— Certo.

— Vamos.

Ela olhou para Cristina.

— É seguro, eu irei controlar aqui de fora.

Ela bebeu o soro, seu medo de agulhas sempre visível. Mal fechamos os olhos e, assim que abrimos, estávamos no laboratório, o terror dela. Os corpos em vidros e Shay estavam ali.

— Sabe que ele está morto — falei firme para ela.

— Sim, não sei por que ainda o temo.

— É porque sua memória está distorcida, você não processou a morte dele. Seja uma Divergente e reaja: ele morreu, não é real.

Ela forçou sua memória e Shay e as agulhas sumiram. A paisagem mudou, estávamos no laboratório e eu estava ali, na sua frente.

— Você está em minha paisagem.

— Espere.

Neste instante ela percebeu que não tinha medo de mim, e sim do que me fariam. Eu estava deitado, amarrado em uma mesa e um dos cientistas estava com uma seringa.

— Tobias, não.

Ela gritou e olhou para o lado.

— Nati, eu estou aqui, ele é só uma ilusão, ninguém está me fazendo mal.

Seu coração desacelerou e vi em seus olhos que ela se lembrou.

Ela sorriu, mas a paisagem ainda estava em curso. Olhei para o lado e ela estava deitada em uma maca, sua barriga estava aberta.

— Tobias não deixe que o peguem!

Ela gritava.

— Não é real Nati, você ainda não teve o bebê.

Um homem pegava um bebê ensanguentado nos braços, ele tinha retirado da barriga dela enquanto ela estava ali, amarrada e aberta.

— Lute com esse medo Nati, lute.

Ela olhou firme para mim e eu segurei sua mão. Ela conseguiu se soltar e sua perna deu um chute no homem que segurava o bebê e ela o puxou para si.

Foi aí que acordamos.

— Eu parei a simulação, ela estava muito acelerada.

Christina falava, enquanto nos dois estávamos ofegantes. Olhei para Nati e ela me encarou.

— Tobias, conseguimos não é mesmo? Esse pesadelo vai acabar.

— Sim. Não tenha medo, ninguém vai mais te fazer mal e nem...

— Nem ao nosso filho.

A mão dela foi até seu ventre e ela pulou, me abraçando. Ela lembrou.

— Acho que você tinha razão, Tobias. Ela precisava de um chacoalhão.

Enfrentar seus medos, Não significa vencê-los, mas ao menos tentar superar.

Nati nunca vai superar o seu medo de agulhas, assim como eu nunca vou superar meu medo de altura, mas nós dois lutamos.

Ela manteve seu nome, Nati somente e em breve, Nati Eaton. Deixamos o casamento para depois que o bebê nascesse, ela se mudou para meu apartamento e novamente pude ver o sol bater em suas costas.

Hoje tínhamos novos medos: o bebê, a vida a dois, e a três, a cidade e quando essa paz iria acabar... Mas deixamos esses medos para depois, cada coisa no seu tempo.

Meses depois:

Acordei pela manha observando Nati novamente em minha cama. Era linda a forma que a luz do sol batia em sua pele, se eu pudesse passaria mais tempo somente a observando.

–Bom dia

–Bom dia Tobias- ela respondeu sorrindo

–Temos de levantar- falei virando para o lado levantando.

Coloquei uma roupa mais formal, Nati colocou um vestido que a deixou estonteante, a saliência em seu ventre a deixava com um formato estranho, mas belo.

— Você está linda.

— Gorda e desalinhada seria melhor.

— Bem, eu não usaria essas palavras.

Ela me encarou com um olhar firme e saímos em direção ao parque, ele estava aberto, assim como a praça, as fontes e o lago. Tudo estava pronto e ali estava a Roda gigante, o plástico na placa foi substituído por um pano vermelho.

Chegamos até o monumento e Cristina subiu até o palanque, eu estava ao lado de Nati e do lado oposto, vestindo seus uniformes, estavam George e Amar. Atrás deles, Zeke, Ray e muitos novatos que se formaram.

— Sua turma? — Perguntei à Nati.

— Sim, eu só peguei umas aulas, ano que vem, quem sabe, eu não acompanho uma turma o ano inteiro? Aí posso estar na formatura, orgulhosa assim como Zeke está orgulhoso por seu trabalho.

— Vai estar — a encorajei.

Christina ficou a frente do microfone, vi que mesmo antes de começar seu discurso seus olhos estavam marejados, mas ela ficou em uma postura ereta firme e decidida e começou a falar:

— Sabemos que nossa população vive um momento de paz e harmonia, e sabemos que uma das responsáveis por isso não está em nosso meio para desfrutar dessa paz. Mas sabemos que como um herói, ela morreu para que os outros vivam bem. Esse foi o altruísmo de Tris, e hoje é com grande prazer que inauguramos o monumento em homenagem a ela.

Houve muitas palmas e eu me direcionei até a placa. Christina de um lado e eu do outro, puxamos a corda e o tecido vermelho caiu, revelando as palavras esculpidas. Embaixo estavam também os símbolos das cinco facções e o símbolo vazio dos sem facções; uma união que sem ela não teríamos.

Olhei para Nati. Ela não foi uma heroína, mas trouxe a esperança de volta à minha vida, e como uma Fênix ela fez meu sentimento renascer das cinzas.

FIM


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Notas finais do capítulo

Então não é facil chegar ao final, mas essa chegou kkk
Espero que tenham gostado dessa minha louca versão
e alguém ai gosta de Crossover?
Universo alternativo? Então se você ainda não passou por lá, passe para conhecer minha outra fanfic
è crossover de Divergente e ACEDE
Ela é uma historia mais elabora e estou me dedicando ao maximo,
de uma chance e venha conhecer You Could be Happy
LINK: http://fanfiction.com.br/historia/516585/You_could_be_Happy/

Trailer : https://www.youtube.com/watch?v=3IplEFdFZGc

Beijos



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