The Fênix escrita por Dizis Jones, Izis Cullen Fanfics


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, aqui estamos com essa estréia, Estou tão nervosa quanto se fosse a primeira fanfic minha,
o fato de entrar em um mundo assusta, e bem não sou poser mas como qualquer um posso errar, então qualquer coisa é so avisar nos comentários.
espero muitos pois eles ajudam o escritor a melhorar



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TheFenix

Capítulo 1




Euobservava Chicago do alto do edifício Hancock, lembrando de que há um ano eu havia me atirado na tirolesa pela primeira vez, enfrentando um dos meus medos, mas eu o fiz. Por ela.

A tirolesa já não está mais pendurada neste prédio. Após a grande reforma nos arredores do bairro, o edifício foi restaurado e a tirolesa só mudou de local, hoje o edifício Hancock é a sede de nossa agência de segurança, mas é claro que os Audaciosos são o que mais se vê perambulado por aqui.

Já não sinto calafrios de subir pelo elevador, eu agora encaro a vista com mais coragem e fico imaginado as cinzas dela ainda pareando pelo ar; algo que ainda me dá forças.

Zekedisse que meu luto já deveria ter passado há muito tempo, mas eu não consigo, ela ainda está arraigada em mim como se fizesse parte do meu ser.

— Sabia que te encontraria aqui. Vamos. Você sabe que nada vai ter início sem a sua presença.

— Poderia ser uma boa, não estou gostando dessa situação.

— Pensei que fosse corajoso.

— Acho que se ainda existisse uma paisagem do medo, esse seria um medo novo.

Cristina riu; mais como um deboche.

Fiz uma reverência mental:"te amo Tris", pensei. Girei meus calcanhares.

— Queria não ter que usar essa roupa ridícula — eu remexia na gravata em meu colarinho, que insistia em me apertar.

— Está um gato. Vamos, senhor Prefeito.

— Odeio isso antes mesmo de assumir. Ainda bem que no próximo ano teremos eleições.

— Nossa primeira eleição. Nem me lembre de que vamos ter que passar por isso. Mas esse ano você é o sucessor, então se acostume.

Descemos e encontramos o carro oficial me esperando. Christina estava com a sua prancheta e aquilo era irritante. Eu odiava isso. Penso em nem me candidatar; só vou assumir esse posto porque era mais óbvio depois da trágica morte deJohanna.

— Me pergunto: você não estava treinado para isso?

— Sim, mas sabe quando algo chega a você antes do que se espera? Bem, é isso, eu não esparva ter que governar já, não quando as coisas andam tão atribuladas ainda.

— Você é a pessoa ideal para isso, e garanto que até a eleição você irá mudar de ideia.

— Quem sabe?

Assim que o carro chegou ao Palácio da Justiça — o local onde antes era feita a Cerimônia de Escolha e hoje serve também para este tipo de evento — e eu coloquei os pés do lado de fora, fui bombardeado pelo alvoroço de gritos e acenos dos que me aguardavam. Eu sabia que as pessoas gostavam de mim e parte do meu ego amava isso, mas outra, bem lá dentro, sabia queelafoi responsável por isso. A vozdela, meio grogue, dizendo “você não é muito legal” ainda ecoava em minha mente, não sei como consegui essa popularidade.

Mesmo as facções não estando totalmente divididas como eram antes, a propensão de cada pessoa era visível. Muitos Audaciosos eram barulhentos, contrastando com os Abnegados, que somente acenavam do meio da multidão.

Não era mais preciso deixar suas famílias para trás se escolhessem seguir um caminho diferente, havia residências onde até mesmo as cinco facções eram visíveis.

O local foi reformado e os símbolos das cinco facções estavam esculpidos no alto da entrada. Os símbolos que usavam na Cerimônia de Escolha foram refeitos e servia somente como lembrete de nossa sociedade — imperfeita, mas que era nossa base e que, mesmo sendo falha, nos ensinou muitas coisas.

Ao entrar, notei que muitos já estavam em seus lugares. As câmeras foram ligadas após o silêncio recair sobre o local.

Depois de vermos que nossas opções eram abrangentes, conseguimos usar a tecnologia de sistema de câmeras e abrir um canal de transmissão local, para que quem não pudesse comparecer a essas assembleias, acompanhasse de onde estivesse. Mas não demorou muito para descobrirem que poderia ser uma forma além de utilidade e informação, como também de entretenimento, e acho que isso chamou atenção de muitas pessoas.

Alguns Abnegados rejeitaram a ideia de início, mas logo se habituaram.

— Povo da atual Chicago, sei que ainda estamos de luto por nossa Prefeita que tanto colaborou para essa cidade ser o que é agora, e há três anos fez com que muitas ruínas se tronassem hospitais, prédios do governo, moradias e até mesmo lazer, mas sabemos que mesmo na morte temos de ser fortes. Eu posso dizer isso por experiência, mas temos que continuar— ao escrever esse discurso, não imaginei que essas palavras ditas em voz alta me afetariam tanto.

Acerimônia foi rápida. Eu refiz o juramento de não haver opressão, de não mais rotular ninguém pela sua genética, e que me comprometia a manter a ordem, a paz, a educação e a segurança de nossa cidade.

Nos reunimos depois, no edifício da antiga Erudição, para inaugurar o setor de pesquisas avançadas.Calebestava avançando em vários soros que curavam muitas doenças, pois depois que as fronteiras foram abertas, muitas cidades continham vírus diferentes e novos, e isso nos levou a fazer pesquisas. Infelizmente a nossa líder já estava bem avançada em sua doença e não pôde se beneficiar.

— Vamos, a sua agenda ainda está cheia, Tobias. Temos que estar na inauguração do setor de segurança escolar do edifício Hancock.

— Estávamos lá agora pouco.

— Mas não era naquela hora. Não reclame, depois você vai ficar tão atarefado com a papelada que vai implorar por outro evento social.

— Duvido

Assim que tudo estava feito, dei graças de vir para casa — meu apartamento. Sei que deveria ir para residência oficial, mas eu abdiquei desse luxo. ComoZekecostuma dizer: “Uma vez careta, sempre careta”. Eu gostava da calma deste bairro, ele era composto, em sua maioria, deexsem facção, pessoas que hoje estavam espalhadas pelas profissões novas e tarefas que antes estavam negligenciadas, mesmo os que não se rotulavam por uma facção tinham uma obrigação a se cumprir na sociedade.

— Vamos sair hoje, comemorar sua posse —Zekeestava em minha porta, animado como sempre.

— Não, obrigado, já esgotei minha cota de socialização — sorri para ele enquanto retirava minha gravata e a jogava no sofá.

— Sério?

EncareiZekeaté ele descobrir que seria inútil insistir.

—Bem, se mudar de ideia, estaremos no Fosso.

—Tudo bem — ele saiu desapontado.

Olhei no relógio. Era cedo pra dormir. E ao ligar a grande caixa brilhante — televisão; era isso que as pessoas no passado usavam —, um monitor maior do que o comum que era usado em nossa rede de comunicação, eu só me via na tela, era uma reprise do meu discurso e uma edição sobre o meu dia em inaugurações de setores novos e novas obras na reconstrução da cidade. Mesmo não sendo grande, a rede local transmitia alguns jornais informativos.

Eu sabia que depois disso, teríamos uma sessão de música de nossa nova orquestra, que se dedicava muito para manter nossa vida mais alegre commusicais. Noutra transmissão feita pela rede local da tal televisão, descobrimos que muitas pessoas tinham a mente voltada para a arte. Não era útil, mas mantinha a alegria das pessoas, porém eu não estava com vontade de ver nada, então apertei o botão, apagando aquelas imagens das quais eu já estava farto.

Gostava do rumo que as coisas estavam tomando, mas eu só estava realmente com medo.

Meus olhos mal se fechavam eelaestava ali, em minha mente. Eu não queria ter que tomar um soro para tranquilidade novamente; queria tanto uma noite de sono sem estar dopado!

Quando eu ia desistir e já estava pegando a seringa, o comunicador chamou.

Outro avanço que tivemos foi que Cara desenvolveu um sistema de intercomunicação usando pequenas torres pela cidade, assim era mais rápido do que os rádios. E segundo Cara, era mais seguro, sendo que os rádios se tivessem a frequência certa, poderiam ser ouvidos por outras pessoas.

— Eaton falando.

— Tobias, precisamos de você no hospital.

— Por quê?

—Assunto de segurança externa.

A voz deCalebera apressada, a segurança externa se referia a algo relacionado com a fronteira. A nossa segurança foi dividida em duas: a Interna, que George cuidava, e a externa, que Amar era responsável.

—Chame George ou Amar, eles cuidam da segurança.

— Sei do protocolo, mas acho que você quer ver isso.

Passei minha mão em meu pescoço, tentando aliviar a pressão que ficava ali quando não conseguia dormir.

— Tudo bem eu chego aí em... Sei lá, acho que alguns minutos.

Respirei fundo e vesti uma roupa qualquer. Peguei uma camisa aberta que estava amassada, mas nem me liguei a esses detalhes.

Cheguei ao hospital eCalebme esperava na entrada.

— O que foi de tão urgente?

— Encontramos essa garota perdida na fronteira

— Uma rebelde? Fugitiva? Eu já disse que isso é assunto de Amar.

— Sim, eu sei. Mas voltando... Ela estava desidratada e delirando.

—Caleb, você me ouviu?— ele não estava dando atenção ao que eu falava, estava interessado em falar da garota.

Durante o caminho ele tagarelava sobre a pessoa estranha que foi encontrada, eu andava a passos largos, pensando porque os agentes de segurança não estavam aqui e porqueeuestava. Sei que sou o Prefeito, mas isso não é meu assunto.

— Tobias.

— Fale,Caleb— se eu ainda estivesse propenso a Audácia, eu acho que daria um soco nele, mas agora Prefeito, eu deveria dar exemplos.

— Não surte, não tenha esperanças antes de sabermos quem ela realmente é.

Quando eu ia abrir a boca, paramos diante de um vidro, e do outro lado minha visão só podia estar me enganando.

Não pode ser.

Não é.

Eu a vi. Vi seu corpo frio, vi quando velamos, vi quando seu corpo foi colocado no incinerador e joguei a suas cinzas. Não, não podia ser ela. Meu coração estava batendo de uma forma estranha, meus olhos me enganando e a minha boca só conseguiu expressar uma palavra:

— Tris...


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Notas finais do capítulo

E ai?? o que acharam???