Criminal Love escrita por imradioactives


Capítulo 35
Sorry




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Lauren estacionou seu carro no estacionamento do FBI, exatamente às 8h da manhã. Saiu e logo avistou Audrey chegando. Esperou que o amigo estacionasse ao seu lado e saísse do carro.
– Bom dia, Lauren.
Lauren ficou em silêncio, encarando o amigo.
– O que aconteceu? – ele chegou perto dela.
– Eu acho que fiz uma coisa realmente estúpida. – ela soltou, passando a mão pelo rosto.
– Lauren? O que foi que você fez? – Audrey perguntou.
– Eu não se vocês viram, quando nós saímos do restaurante...eu encontrei com Lucas.
– Sim, nós vimos. – Audrey assentiu.
– Então... – antes que ela pudesse continuar, o carro de Kate adentrou o estacionamento e Lauren esperou, para que Kate pudesse acompanhar a história. A moça se aproximou.
– Bom dia. – Kate disse sorrindo.
– Kate, escute essa. – Audrey disse, cruzando os braços e sorrindo para ela.
– O quê aconteceu? – Kate perguntou.
– Ontem, - Lauren continuou – quando nós saímos do restaurante eu encontrei com Lucas. Nós saímos para dar uma volta e...acabamos tendo uma conversa um pouco sentimental demais.
Ele está indo para Boston hoje. Ele pediu para que eu desse um motivo para ele ficar. Eu queria. Mas não podia...eu não consegui.
– Eu juro, eu juro que eu estava esperando você terminar a história falando que tinha dormido com ele! – Kate disse.
– Eu também estava. – Audrey concordou, rindo. Lauren revirou os olhos para os dois.
– Essa é a questão. Eu disse que não podia. – ela cruzou os braços. – Eu me sinto como se eu estivesse fazendo uma desfeita com Bram...e também não dá pra ignorar tudo o que aconteceu. Eu passei dez anos sem notícias dele.
– E mesmo depois de dez anos, ele ainda mexe com você. – Kate observou. – Lauren, por favor! Há dez anos você não teve escolha. Hoje você tem! Eu entendo ainda sua fidelidade a Bram, mas ele queria que você fosse feliz, não queria? Esse não foi o último pedido dele? Você tem a oportunidade de substituir as velhas lembranças. Não é isso que você quer?
Lauren não sabia o que responder. A dúvida estava a deixando louca.
– Que horas é o voo dele? – Audrey perguntou.
– Eu não sei. Ele só disse que seria de manhã. – ela respondeu.
– Vamos resolver isso agora.- Kate pegou o celular e mexeu por alguns minutos. – Próximo voo para Boston sai às 9h da manhã. Então, o que você está esperando?
– Kate, eu não posso sair assim, eu tenho trabalho...
– Lauren, preste atenção. – Audrey começou – Todos nós amávamos Bram. Ainda amamos. Mas a questão é que nós precisamos seguir em frente. Ir atrás da nossa felicidade, como ele queria que você fizesse. Tudo bem que para você a chance veio rápida demais e acabou te confundindo, mas é assim que sua vida é! Já era para você ter se acostumado. Você sempre foi uma mulher de atitude. – ele pegou a mão da amiga. – Entre no carro, nós te acompanharemos se você quiser.
Lauren encarou o amigo e a amiga. Ela não tinha nada a perder...tinha?
Ela entrou em seu carro e Audrey entrou ao seu lado e Kate no banco de trás. Ela arrancou do estacionamento e seguiu em direção ao aeroporto.
– Por favor, alguém avise Betty que nós tivemos uma emergência e que nós nos atrasaremos.
– Sério, Lauren?! – Kate exclamou.
– O quê? – Lauren olhou para a moça pelo retrovisor.
– Você está numa perseguição à sua felicidade, e a primeira coisa que você se preocupa é com o seu trabalho?
– Ele não é minha felicidade. – ela disse firme.
– É parte dela. – Kate rebateu.
– Eu não sei! – Lauren exclamou – Eu não sei nem se ele vai estar no aeroporto, se eu vou conseguir alcançá-lo, se...se ainda pode existir alguma coisa entre nós!
– Ele te pediu um motivo para ficar, Lauren! Está claro que ele ainda sente alguma coisa por você. E se você não sentisse também, não estaria essa pilha de nervos que está. – Kate cruzou os braços.
– Não pense você que tudo é como o conto de fadas que você está vivendo com Marcus. – Lauren disse enquanto virava a principal avenida que levava ao aeroporto. Estava completamente engarrafada.
– E não pense você que tudo é como o pesadelo que acabou de viver. – Kate respondeu. Lauren revirou os olhos para ela.
– Merda! Olhe esse trânsito! – Lauren bufou.
– Vamos, Lauren, tenha um pouco de fé. – Audrey disse.
– Realmente está sendo um pouco complicado. – ela disse e encostou a testa no volante, desacreditando no que ela própria estava prestes a fazer.
Quando Lauren, Kate e Audrey colocaram os pés no aeroporto, eram exatamente 9h da manhã. Ela observou o vai e vem de pessoas e em nenhuma delas viu Lucas.
– Ele ainda deve estar na sala de embarque. – Audrey disse. Talvez o voo tenha atrasado, ele ainda pode até estar na fila.
– O problema é que eu não tenho um passaporte! – Lauren disse, entre dentes.
– É exatamente aí que entra o fato de você ser a investigadora chefe do FBI. – Kate piscou para ela. Lauren correu até o balcão.
– Com licença, eu queria informações sobre o voo para Boston das 9h. Queria saber se Lucas Helsing está nesse voo.
A moça atrás do balcão olhou para Lauren, apreensiva.
– Me desculpe, mas eu não posso lhe dar essa informação.
Kate surgiu ao lado de Lauren, batendo de leve as duas mãos no balcão. Audrey parou do outro lado, com as duas mãos no bolso do paletó, encarando a mulher.
– Com licença, querida. Tenho certeza que a senhorita sabe quem nós somos. E isso é uma emergência. Lucas Helsing estava no voo para Boston das 9h? – Kate perguntou, como se nada do que ela tinha falado antes tivesse relevância. A moça olhou para cada um deles e começou a olhar a tela do computador.
– Sim. Lucas Helsing é um passageiro do voo para Boston. – ela disse com uma voz baixa.
– E esse voo já saiu? – Lauren perguntou. A mulher não respondeu. – Esse voo já saiu? – Lauren disse mais alto e mais firme.
– Eu não tenho acesso a essa informação. Apenas na sala de embarque.
– Ótimo. – Lauren disse e foi em direção à sala de embarque. Chegando perto, um rapaz todo engravatado estava pegando os passaportes. Lauren, Kate e Audrey se aproximaram e perceberam que ele os reconheceu.
– Passaportes? – ele perguntou, sorrindo. Lauren tirou do bolso seu distintivo.
– Só tenho esse. – ela sorriu o seu melhor sorriso. O rapa hesitou, mas cedeu passagem aos três.
A fila para o embarque estava vazia. O voo já tinha ido embora. Lucas Helsing já tinha ido embora. Audrey e Kate pararam o lado dela. Ela andou até uma das cadeiras e se sentou, afundando o rosto nas mãos.
Merda! Ela gritava por dentro.
Mais uma vez, ela viu Lucas Helsing deslizando pelas suas mãos.
Ela levantou a cabeça e olhou para os amigos.
– Ele pediu para eu dar um motivo para ele ficar. – ela começou, com a voz carregada de ressentimento – A única coisa que eu poderia oferecer a ele naquele momento era um beijo. E eu sei que aquele beijo mudaria tudo. E mesmo assim eu recusei. E agora eu percebo que ele tinha mais que um beijo como motivo para ficar. – ela puxou o ar – Ele tinha a mim.


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