Criminal Love escrita por imradioactives


Capítulo 3
Back to Revenge




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Washington Dulles International Airport – 7:30 p.m.
Van Spielberg aguardava calmamente o embarque do avião em sua poltrona. Já havia dado o primeiro e mais simples passo de sua vingança. Eles tentaram tirar tudo de mim, e agora vou tirar tudo deles. Ele podia simplesmente ter ficado em New Jersey e mandado um de seus representantes começar o serviço, mas ele queria ver tudo de perto. Queria ter certeza de que o destino da embalagem era certo, afinal, aquilo era apenas o começo.
Eles cometeram um erro terrível ao mexer com Van, e erraram ainda mais em tirar a única pessoa que ele amou de verdade na vida. Aquilo sim foi imperdoável.

Flash back ON
“- Não saia daqui, é seguro. Eles não vão te encontrar. – Spielberg se inclinou e deixou um beijo na testa da mulher que chorava incessantemente. – Preciso levar Joseph comigo, ele vai me ajudar a nos tirar daqui. Eu volto logo, é rápido. – ele se virou e seguiu em direção a porta.

Enquanto isso, a caminho do casebre abandonado, o agente do FBI repassava mentalmente as ordens que recebera de seu superior: qualquer movimento duvidoso, atire.

O choro compulsivo tinha passado, já fazia uns cinco minutos que Van a tinha deixado em um quartinho imundo num casebre escuro. Para sua segurança, ele deixara um revolver. Suas instruções foram claras: qualquer pessoa que entrar aqui, que não fosse ele ou Joseph, era para atirar.
A mulher se sobressaltou ao ouvir o rangido da porta se abrindo, e os passos cada vez mais próximos. Se fosse o marido ou o filho, teriam se identificado. Ela passou a mão no revolver e o apontou para a porta do quarto minúsculo, quando ela abriu em um estrondo, não pensou duas vezes em atirar. Mas era tarde demais.”

Flash back OFF


Van respirou fundo enquanto ouvia de longe a voz feminina dizendo que o avião estava saindo do solo. Ele estava voltando para a única pessoa que ficara ao seu lado esse tempo todo. A única pessoa em que ele confiava a vida. Seu filho, Joseph.
Durante todo o tempo em que viveu escondido, Van ensinou ao seu filho o que era realmente vencer na vida. Explicou passo a passo como ser um homem temido e respeitado. Joseph tinha aprendido certo. E hoje, estava à frente do plano que iria trazer o sossego de volta a vida dos Spielberg’s.

Washington D.C - 8:30 p.m
Lauren chegou em casa carregando a pequena surpresa que tinha recebido. Subiu as escadas, deixando, suas coisas em seu quarto, e logo indo em direção ao quarto da frente. Bateu uma vez. A voz de Stephen a mandou entrar.
– Boa noite, Steph.
– Oi, Lori.
Lori era o jeito carinhoso que Stephen se referia à irmã. Quando ele era pequeno, e não sabia pronunciar Lauren, procurou um jeito mais fácil, e isso perdurava até os dias atuais.
– Stephen, hoje eu recebi isso lá no escritório. – ela depositou a caixinha em cima da escrivaninha do irmão.
– O que é isso? – Stephen indagou já abrindo a caixinha. Quando olhou seu conteúdo, arregalou os olhos para Lauren. – Uma rosa branca.
– Sim, uma rosa branca. Você tem alguma coisa a ver com isso?
– Lauren! É claro que não! Eu nunca te presentearia com isso, ainda mais sabendo que...
– Tudo bem, Stephen. – ela o interrompeu. – Só queria confirmar que você não sabia de nada.
– Então quer dizer que você não sabe quem te mandou? Quem sabe não foi o Bram querendo fazer uma surpresa?
– Ele estava junto comigo quando eu recebi. Na verdade, Betty o mandou entregar para mim. Ele não sabia de nada. – ela suspirou - Olha, - ela disse pegando o saquinho que embrulhava a caixa – Só veio isso escrito. – Stephen observou a embalagem. New Jersey. – Parentes distantes em New Jersey tentando fazer contato? – Lauren perguntou.
– Nós não temos parentes distantes em lugar nenhum, Lori. – ele comentou. – Você contou para mais alguém sobre o significado dessa rosa?
– Não. Só você sabe. – ela passou as mãos pelos cabelos, em sinal de nervosismo.
– Só eu? – Stephen quis estimular a mente da irmã, fazendo-a tentar lembrar se tinha contado a mais alguém.
– Só você. Bom, você e ele.

Treton, New Jersey – 10:00 p.m.
Lucas aguardava ansiosamente a volta de Joseph com Van do aeroporto. Será que ocorreu tudo conforme o planejado? Lucas estava começando a ficar nervoso. Tinha chegado a hora, eles iriam colocar o plano em prática. E ele teria que fazer tudo conforme o combinado.

(Lucas Helsing)

Ele ouviu a porta se abrir e correu em direção à sala, vendo o mais novo entrar logo atrás do pai.
– Conseguiu? – Lucas perguntou, a ansiedade clara.
– Boa noite pra você também, Lucas. – o velho encarou os olhos preocupados do menino.
– Desculpe, Van. Boa noite. – ele fez uma pausa – Conseguiu?
O velho riu.
– Claro que sim, eu sempre consigo. Foi uma ótima ideia, Lucas, meus parabéns. Uma entrada triunfal, posso dizer. Brilhante. – Lucas assentiu com um sorriso de lado. Recolheu sua blusa e as chaves do carro.
– Acho que já vou indo. Só queria saber se tinha dado tudo certo. – ele se dirigiu à porta e quando estava saindo, ouviu a voz de Van:
– Você está se saindo melhor do que a encomenda. Realmente me surpreendeu.
E sem olhar para trás, ele respondeu:
– E agora eu vou levar isso até o fim.
Chegando ao seu pequeno apartamento, a três quadras da casa dos Spielberg, Lucas entrou no banho, deixando a água fluir pelo corpo. Pensou em como as coisas seriam daqui pra frente. Uma hora ele teria de ficar cara a cara com a verdade. Lucas vinha tentando evitar isso há um bom tempo, mas agora Van tinha decidido que era hora de agir. E bom, nesse momento, lutar contra Van era assinar o próprio atestado de óbito.
De repente ele ouviu batidas apressadas na porta. Desligou o chuveiro, envolveu a cintura com a toalha e todo molhado correu até ela. Quando abriu, deu de cara com uma elegante mulher a sua frente.
– Sentiu minha falta, Helsing?


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