Criminal Love escrita por imradioactives


Capítulo 18
On Your Own




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Lauren Backinsale apoiou os cotovelos na mesa e passou as mãos pelos cabelos. Tudo poderia acontecer, a partir daquele momento, eles estariam lutando de volta. Ela encarou o telefone por alguns segundos, antes de pegá-lo e digitar o ramal que dava diretamente para o telefone de seu colega e namorado, Bram Davis. Ele atendeu no segundo toque.
Capitão Davis.
– Stephen já está pronto? – ela perguntou sem mais rodeios.
Sim, só estamos esperando por você.
Lauren respirou fundo.
Você tem certeza que quer fazer isso, Lauren?
– É claro que eu tenho! Ele é meu irmão, Bram. Eu preciso fazer isso.
Tudo bem, já estamos prontos.
Ao abrir a porta da sala de interrogatórios, Lauren olhou para o irmão, que a encarava de volta. Seu olhar parecia implorar por desculpas.
Ela se sentou de frente para o menino, do outro lado da mesa, ao lado de Bram.
– Sr. Backinsale, preciso lhe lembrar que esse interrogatório está sendo gravado, e tudo o que o senhor disser aqui, poderá ser usado contra, ou a favor do senhor em um futuro provável julgamento. O senhor está ciente disso?
Stephen automaticamente se lembrou de quando ele ouvia sua irmã repetir essa frase para ele, há vários anos atrás, quando ela ainda sonhava em ser o que é.
– Estou. – ele afirmou. Sabia que não seria tratado de forma diferente por ter um grau de parentesco com Lauren. Ela era muito profissional para isso.
– Sr. Backinsale, onde exatamente conheceu Rebecca Grier? – a essa altura, Lauren já sabia que era um nome falso. Rebecca Grier era uma mulher de 52 anos, que morava na Carolina do Sul, tinha três filhos e uma vida bem pacata. Definitivamente, não era aquela jovem ruiva britânica.
– Em uma cafeteria em frente à Yale, em Connecticut.
– E quanto tempo vocês mantiveram contato?
– Um mês e poucas semanas, mais ou menos.
– E dentro desse tempo, ela demonstrou algum comportamento que revelasse que ela usava drogas?
– Não. Ela nunca usou drogas na minha frente.
– Com isso, o senhor afirma que ela apenas te dava as drogas? Ela te manipulou? – Lauren olhou fundo nos olhos do irmão. Ele a encarou com pesar. Teve que limpar a garganta antes de responder.
– Afirmo. Sim, eu fui manipulado.
– Quando foi a primeira vez que isso ocorreu?
– Ainda em Connecticut, no alojamento em que eu morava.
– E qual foi o motivo pelo qual o senhor foi manipulado? O que essa moça te dizia?
Stephen respirou fundo.
– Foi um momento em que...em que eu estava passando por alguns problemas familiares, - ele lançou um olhar sugestivo para Lauren - e eu não sabia mais o que fazer, minha casa estava virando um inferno.
– O senhor, então, afirma que isso tudo é culpa de seus familiares? – ela elevou um pouco a voz.
– Lauren! – Bram a repreendeu.
– Não, senhora Backinsale, eu não afirmo. Eu assumo minha culpa. O que ocorreu foi que eu me apaixonei pela Rebecca, e ela estava envolvida com traficantes, e quando eu dei por mim, eu já estava sendo jogado dentro de um carro e sendo levado sabe-se lá Deus para onde. O que eu afirmo, senhora Backinsale, é que tem algum louco querendo ferrar com a vida da minha irmã, e eu fui usado como ponte. E eu sei que a situação está bem pior do que eu imaginava, e eu não vou voltar para a faculdade até ter certeza que a única pessoa que eu amo nesse mundo está segura.
Pela primeira vez em muito tempo, Lauren sorriu para o irmão. Ela tinha o perdoado desde o primeiro minuto, afinal, ele ainda era seu irmãozinho.
Seu tom se tornou muito mais neutro quando ela voltou a falar com o irmão.
– O senhor tem algum relato de familiares, ou amigos que ela possa ter contato?
Stephen pensou. Então lembrou.
– Uma amiga, aqui mesmo em Washington, eu não sei o endereço nem nada. Rebecca fez uma visita a ela logo depois que nós chegamos.
– O senhor se lembra de algum nome? – Lauren se remexeu na cadeira.
Stephen passou a mão pelo rosto. Ele tinha que lembrar, era um nome pequeno, fácil de lembrar...
– Eve! Eve Jackman. Esse era o nome que ela me disse.


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