Uma conversa entre Doctor e Rose escrita por Júlia Bairros


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Essa one-shot saiu de uma ideia minha enquanto nadava na piscina. Eu pensei no que aconteceria quando Rose se tocasse de que ela não lembrava do que acontecera na Game Station depois que ela absorveu o vórtice e no que o Doctor falaria pra ela.
Ah, e sobre a capa da história, eu peguei da internet porque não sei desenhar. Procurei uma que descrevesse mais o momento da minha cabeça mas não achei. Então, considerem a imagem da capa, mas com eles sentados do lado do painel, e não em pé.
Bom, espero que gostem! Boa leitura!



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O Doctor e a Rose estavam descansando na TARDIS depois de uma cansativa busca por aliens em Paris. Ela havia machucado o braço enquanto eles corriam, e ele estava cuidando dela.

- Quer dizer que o Doctor é um doutor mesmo? – Disse Rose, sorrindo.

- Acho que você pode dizer que eu sei uma coisa ou duas sobre medicina.

- Quando você aprendeu essas coisas?

- Oh, Rose, eu tenho 900 anos de idade. Tive bastante tempo pra aprender tudo o que há para se aprender. – Disse ele, pomposo.

- Você tá me dizendo que não tem nada que você não tenha aprendido? – Desafiou-o Rose.

- Quase nada. – Murmurou Doctor, sem expressão.

Naquele momento, o ferimento de Rose já estava coberto por um pequeno curativo. Ela estava sentada no chão ao lado de Doctor, os dois com as costas contra o painel de controle.

- Eu provavelmente não deveria estar viajando com um homem tão velho.

- Ei, eu mereço um pouco de respeito por todas as vezes que salvei esse planeta!

- Bem, você não pode dizer que faz isso sozinho. Eu te ajudo a proteger a Terra também.

- Ah é, quando você não está tentando acabar com ela. – Brincou ele.

- O que você quer dizer com isso?

- Lembra quando você mexeu com o tempo e trouxe aquelas criaturas pra esse mundo e quase matou toda a população humana?

- Se me lembro bem, eu salvei a Terra dos Daleks uma vez, mesmo quando você me mandou pra casa.

- Ok, isso é verdade, mas você quase morreu.

- Eu estou viva, e você também, graças a mim. Mas já que estamos falando disso, eu ainda não sei como sobrevivi. Você disse que ninguém devia ver o vórtice temporal, então porque meu cérebro não explodiu com algo assim?

O Doctor de repente parecia um pouco desconfortável.

- Você não se lembra?

- Eu só me lembro de abrir o coração da TARDIS e ter tudo na minha cabeça de uma vez só. Aí, nada.

- Eu estava certo, você devia ter morrido. Você teria morrido, mas eu absorvi o vórtice de você e o devolvi pra nave.

- Sério? Como você fez isso?

- Por que você não pode simplesmente ficar agradecida por eu ter salvado a sua vida?

- Eu estou, mas quero saber o que aconteceu naquele dia. Por que você não me conta? Não confia em mim?

- Rose, se eu não confiasse em você, não te deixaria ficar aqui comigo, deixaria?

- Ok, então você pode dizer como tirou o vórtice de mim.

- Super poderes de Senhor do Tempo.

- Quantos anos você tem, 900 ou 12?

- Você não vai deixar isso pra lá, né?

- Nope. – Ela respondeu, imitando-o.

- Ok. Vamos apenas dizer que houve uma espécie de troca de DNA.

- Não teve agulhas, né? Você não faria isso, você sabe que odeio agulhas.

- Não, não havia nenhuma agulha.

- Se isso é verdade, como pode ter uma troca de DNA sem agulhas?

- Deus, Rose, confia em mim, não teve agulha nenhuma!

- Acredito em você, mas você não tá me contando a história toda.

- O DNA pode ser passado de um corpo para outro por vários meios de contato.

- Como…?

- Como… Fluídos orais. – Respondeu o Doctor, desconfortável.

Rose pareceu estupefata e começou a rir.

- Doctor, eu não sei como era no seu planeta, mas, na Terra, a troca de fluídos orais chama-se beijo.

- Eu não chamaria aquilo de beijo; eu só estava tentando salvar a sua vida.

- É isso mesmo? – Perguntou Rose, divertida.

- Claro, por que mais seria?

- Oh, Doctor, definitivamente há coisas que você não aprendeu ainda.

Rose se inclinou e lhe deu um beijo na bochecha.

- Obrigada por me salvar. – Ela disse.

Sem ao menos saber o que estava fazendo, o Doctor virou a face e juntou os lábios aos dela. Ele já havia feito isso, claro, mas era diferente. Dessa vez, Rose não estava morrendo com toda a informação do vórtice temporal. Na verdade, ele estava surpreso por ela não tê-lo estapeado ou afastado ainda. Centenas de anos haviam se passado desde a última vez em que ele beijou alguém assim, e era a primeira vez com um terráqueo. Ele não tinha a menor ideia de por que estava fazendo aquilo, mas não era estranho. Era certo. Estando lá, no chão com a Rose, ele podia quase se esquecer da Grande Guerra do Tempo e seu planeta perdido. Ele não era mais o último dos Senhores do Tempo – ele era o Doctor, apenas o Doctor.

Rose sorriu.

- Sabia que esse não era o único motivo.

- Talvez não.

- Vou tentar não pensar no fato de você ter 900 anos de idade.

- O cara de 900 anos de idade mais bonito que você conhece.

- O único cara de 900 anos de idade que eu conheço.

- Isso importa?

- Talvez não.

Eles riram e Rose apoiou a cabeça do ombro do Doctor.

- Paris… É uma cidade linda.

- Provavelmente é mais bonita ainda quando você não está perseguindo alienígenas malvados.

- Provavelmente. Olha… A gente não precisa de um nome, né?

- Não, não precisamos. – Disse Rose, sorrindo.

- Na última vez em que estive em Paris, era 1876. Queria ver o que mudou desde então. Seu braço está doendo?

- Nem um pouco.

- Quer dar uma volta comigo?

- Sem monstros?

- Sem monstros.

- Eu adoraria.

Eles sorriram e se levantaram. O Doctor segurou a mão dela e disse em seu ouvido:

- Allons-y!


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Aceito críticas e elogios, quero muito saber o que preciso mudar na minha forma de escrever, então por favorzinho comentem? Obrigada, e até a próxima! Allons-y!



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