Jogos de Sedução escrita por Bruhhello


Capítulo 15
2° Fase - O destino




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Capitulo 14 – O destino

 

Edward PDV

 

           

Estávamos no hospital a mais de uma hora. Bella havia sido encaminhada para uma sala onde o médico faria vários exames.

           

Rosalie e Emmett estavam sentados na sala de espera conversando baixinho, tentando se distrair de tudo o que estava acontecendo, mas pelas expressões em seus rostos não adiantava muita coisa.

           

Jasper havia mandado eu me acalmar diversas vezes, tentava me animar dizendo que era apenas um desmaio, mas algo dentro de mim gritava que não era apenas isso. Admito que eu devo ter exagerado quando a vi desmaiar, mas foi involuntário. Senti um vazio, uma sensação de que perderia Bella logo. Pode ser que isso tudo seja coisa da minha cabeça, por hora prefiro esquecer sobre isso.

           

Jacob e Tânia foram buscar algo para comermos, mas sinceramente achava impossível empurrar algo por minha garganta.

           

 Alice estava sentada em uma cadeira afastada de todos, quieta. Parecia que havia entrado em estado de choque, Alice nunca ficou tão calada em sua vida. Ela fazia movimentos calmos, como se ela tentasse não se descontrolar, ora colocava as mãos em seu colo e as observava, ora ficava apenas fitando o vazio.

           

Eu? Eu apenas queria que esse pesadelo acabasse logo.

 

Bella PDV

 

       

Minha cabeça latejava, minha garganta estava seca, meu corpo inteiro doía, mas nada fazia a dor parar. Eu sabia que estava deitada, mas não fazia a mínima idéia de aonde. Calmamente foi abrindo meus olhos, eles demoraram um pouco para se ajustarem a luz do quarto, mas logo percebi as paredes brancas e sem vidas do quarto. Droga, o que eu estou fazendo em um hospital?

           

Tentava lembrar-me o porquê de estar ali, mas tudo que me vinha a cabeça era o nosso plano para juntar Alice e Jasper e como fomos parar no banheiro nojento do parque de diversões.

           

Meus pensamentos – um pouco bagunçados – foram interrompidos pela entrada do médico. Ele não parecia ter idade suficiente para ser um médico, pelo menos não um com diploma. Seu nome era Aulgust Rivers pelo que consegui ler em seu crachá.

           

Ele não era muito baixo, tinha um estrutura forte e olhos verdes, mas nada que o comparasse com Edward. Falando nisso, onde será que ele está?

           

-Então Senhorita Isabella Swan.

           

- Bella. – corrigi automaticamente.

           

- Bella, fizemos alguns exames, mas ainda teremos que nos aprofundar mais, receio que terá que passar a noite no hospital.

           

Gemi com o pensamento de passar a noite em claro, já que sempre que ficava num hospital eu não conseguia dormir.

           

 - Ei, será que eu posso entrar, é a minha irmã que está ai dentro!!!! – Pelo que parecia Alice estava do outro lado da porta, como essa baixinha consegue perturbar até no hospital.

           

- Você conhece uma tal de Alice? – perguntou o médico.

           

 - Essa que está batendo na porta? – o médico assentiu. – Fazer o que, é a minha irmã. Se o doutor não se importa gostaria de falar com ela.

           

- Claro.

           

No mesmo instante o doutor Rivers abriu a porta e revelou um pequeno ser que para minha grande surpresa estava com a aparência cansada e olheiras evidentes. O que era muito estranho, já que o terror de Alice eram olheiras.

           

- Ai Bella, quase morri de preocupação.

           

- Alice eu estou bem agora. Pode se acalmar.

           

- Alice, sua irmã apresentou um quadro muito peculiar, teremos que fazer novos exames para ter a total certeza.

           

 - O que ela tem?

           

- Não sabemos ainda.

           

 Aquilo me deixou preocupada, pensei que eu apenas tivesse desmaiado, mas como ele me vem com a história de que não sabe o que eu tenho?????

           

Depois de retirar um pouco de sangue o médico nos deixou sozinhas no quarto.

           

- Você realmente está se sentindo melhor? – Alice perguntou aflita.

           

- To, não precisa se desgastar por isso Alice, eu estou bem, juro.

           

- Eu não sei Bella, o jeito que o médico falou que não sabe o que você tem, pareceu mais que ele não queria te assustar.

           

Alice estava certa, o jeito que o seu tom mudou quando ele disse as palavras mostravam que havia mais e que ele estava com medo de contar.

           

 Mas por quê? Ele é médico, precisa dar os diagnósticos para os doentes.

           

- Alice. – olhou para mim e mais uma vez vi sua face cansada. – Por que você está assim? Nunca te vi tão cansada.

           

Alice olhou para o lado não sabendo se falava ou não.

           

 - Pode me falar.

           

- Ok, eu me lembrei de papai, o dia em... – Alice limpou as lágrimas que caiam incessante por sua face. – Em que ele se foi.

           

Alice era sem dúvida muito apegada a papai, era a princesinha dele, assim como eu era sua companheira e Rosalie sua pequena grande mulher. As três mulheres de sua vida. Ele sempre dizia isso, mas eu sempre soube que no fundo, apesar de não demonstrar, ele queria que fossem quatro, as mulheres em sua vida.

           

- Bella, sei que pode parecer um pouco exagerado da minha parte, eu mesma estou tentando me convencer ao contrário, mas no momento em que entrei naquele banheiro e vi você desfalecida nos braços de Edward, eu fiquei com medo, eu não sei o porquê, mas eu o medo me tomou, senti que iria te perder. Edward parecia que sentiu a mesma coisa, ele está péssimo.

           

-Alice, fique despreocupada, eu estou bem, você não vai se livrar de mim tão fácil. – tentei parecer o mais otimista que pude, mas algo também me dizia que algo aconteceria, eu não sabia o que, ou quando. O jeito era espera.

           

Nesse momento o doutor Rivers voltou ao meu quarto. Sua expressão não era muito feliz, mas tentei me convencer de que era por que ele estava cansado.

           

- Senhorita Swan, bom, fizemos vários exames e descobrimos o motivo de seu desmaio.

           

Prendi minha respiração olhando para o envelope em suas mãos, ali estaria algo que poderia mudar minha vida.

           

- Tem uma noticia boa e uma má.

           

 - Doutor, fale logo. – Alice se remexia do meu lado direito.

           

- Alice se acalme, deixe o doutor falar.

           

-Deixa o doutor falar Isabella? Eu aqui morrendo de preocupação e ele vem com esse papo de que tem uma noticia boa e uma má. – o médico olhava para Alice como se tentasse entender o motivo para ela perder o controle. Para falar a verdade nem eu sabia direito, Alice parecia tão abalada por esse meu desmaio. – Vamos doutor joga a bomba da má noticia logo.

           

- Isabella, não tem um jeito fácil de falar isso, então como vocês jovens dizem, vou arrancar o band-aid de uma vez. – suspirei aflita pela demora. – Você tem LMC, também conhecida como Leucemia Mielóide Crônica.

           

 - Le-leucemia? – eu gaguejei atingida pela surpresa. Aquilo caiu como uma bomba, sem dó, em cima de minha cabeça.

           

Olhei de canto de olho para Alice e a vi de boca aberta, lágrimas tomavam sua pequena face. Ela também havia se lembrado.

           

 A tristeza tomou meu ser e eu não me segurei, chorei ali na frente de todos, uma coisa que era raro de eu fazer, mas a lembrança que me tomou foi mais forte. 

           

Lembrei-me do dia em que estávamos no hospital depois de um desmaio de meu pai.

           

FLASHBACK ON

 

       

Era um dia chuvoso, como todos em Forks. Eu estava sentada no colo de Rosalie enquanto esperávamos na sala de espera do hospital.

           

Eu e Alice tínhamos doze anos na época e Rosalie estava com quinze.

           

Eu me lembro de ficar vendo o movimento no hospital, seguia as enfermeiras como os olhos e ficava olhando para as paredes. Eu estava ansiosa para saber noticias de papai, mas nenhum médico que passava por nós falava alguma coisa.

           

Alice estava sentada ao meu lado e fitava seus pés. Nunca a tinha visto tão quieta, na verdade aquela era a primeira vez, mas também pudera. Os acontecimentos que nos cercavam deixavam até a pessoa mais feliz do mundo em depressão.

           

Essa era a terceira vez que tínhamos que chamar a ambulância por causa de um dos misteriosos desmaios de papai. Nenhuma de nós sabia o que estava acontecendo, mas tínhamos quase certeza de que não era nem um pouco bom.

           

Papai andava um pouco estranho nas últimas semanas, mas sempre que o questionávamos sobre isso ele dizia que não era nada e mudava de assunto.

           

Fiquei aflita tentando imaginar o que papai poderia ter, até que um pigarro me chamou atenção.

           

- Rosalie Swan? – um cara alto de jaleco a chamou.

           

 -Sou eu. – Rose respondeu com a voz fraca.

           

- Será que poderíamos conversar as sós?

           

- Claro.

           

-Uepa pêra ai! Você vai falar do meu pai não vai? Então eu gostaria de participar dessa conversa. – disse me levantando do colo de Rosalie.

           

- Pequena essa conversa não é pra você. Rosalie é a mais velha, deixe-me conversar com ele ok?

           

- Ok o escambau. – sim eu era o capeta quando pequena, mas eles queriam ficar de segredinho. Eu já tinha doze anos, já era idade o suficiente para entender tudo que se passava ao meu redor.

           

- Bella, me deixe falar com o doutor e depois conversamos, ta bom? – bufei contrariada, sabia que eles não me contariam nada.

           

Rosalie o e doutor se afastaram de nós. Sentei-me ao lado de Alice e segurei uma de suas mãos.

           

- Ali, vai ficar tudo bem. – Alice era alguns meses mais velha do que eu, o que me dava um pouco de inveja por ela ter conhecido mamãe, mas ela era a mais frágil de nós e me doía saber que ela estava sofrendo tanto.

           

- Não Bella, não vai. Primeiro a mamãe e agora o papai. Por quê?

           

- Alice, não tem nada de errado com o papai, acredite nisso.

           

Alice me olhou nos olhos e apenas me abraçou chorando, não agüentando mais o que estava sentindo, chorei junto com ela.

           

Nesse meio tempo em que ficamos abraçadas, Rosalie voltou para a sala. No momento em que meus olhos se focaram nos seus vi que ela não trazia uma boa noticia.

           

- Meninas, eu preciso que vocês sejam fortes nesse momento, ok? – seus olhos se encheram de lágrimas e eu sabia o quanto ela estava sofrendo.

           

- Rose o que aconteceu com papai? – Alice perguntou desesperada.

           

- Não há um jeito fácil de dizer isso, mas bem... – Rose pegou uma longa respiração e voltou a nos olhar. – Ele está com Leucemia.

           

Senti minha cabeça rodando e entrei em estado de choque.

           

Como? Ele é tão saudável. Não, não.

           

-Rose, me diga que ele ficará bem. – pedi em pranto.

           

Rosalie abaixou a cabeça e começou a chorar.

           

- Não. Não, você está mentindo. Rose, por favor, fale a verdade. – eu gritava desesperada, sem me importar quem estava me observando. Eu não conseguia acreditar na história de que meu pai estava morrendo.

           

- Não tem nada que possamos fazer por ele? Eu estudei isso existe tratamento. Podemos ajudar. – Alice questionava Rose.

           

- Infelizmente, o quadro em que o papai se encontra é mais grave do que os médicos esperavam. O transplante de medula óssea não adiantaria, já que nenhuma de nós é compatível.

           

- Mas Rose, a milhares de pessoas que podem doar. Vamos temos que fazer algo.

           

- Alice, não adianta, o estado do papai é avançado e os doadores são poucos, a fila para o transplante é enorme. A única compatível era mamãe.

           

Meu coração parou. Eu estava ali ouvindo que meu pai iria morrer e que não teria nada que pudesse salva-lo. Eu estava com raiva e ao mesmo tempo, não conseguia respirar.

           

- NÃÃÃÃÃOOO. – o grito cortou minha garganta. – Rosalie pare de mentir, fale que tudo isso era uma brincadeira de mau gosto.

           

- Bella tente entender...

           

- Não, eu não quero entender. Eu quero o meu pai aqui, ao nosso lado. Saudável.

           

Cai de joelhos desistindo de lutar com a fraqueza que me tomava. Comecei a chorar ainda mais e Rosalie veio me abraçar. No começo eu relutei, mas acabei sedento. Apesar de minha agitação apaguei em seus braços.

           

           

 FLASHBACK OFF

 

       

Lembrar disso só me deixou ainda com mais medo. E se meu estado fosse pior que o de papai. Na época eu fiquei revoltada. Minha reação com a noticia foi exagerada, mas passar pela a morte de sua mãe e ainda enfrentar a de seu pai é muito para uma criança de doze anos.

           

Eu me achava grande para o suficiente naquele tempo para lidar com aquilo, mas hoje percebo o quão frágil eu era.

           

Mas ai estava eu, chorando novamente como se tivesse voltado àquela época. Então eu me lembrei de “boa noticia”. Talvez não fosse tão grave.

           

- Doutor, você disse que havia uma noticia boa. Qual é?

           

- Bem, já que descobrimos a doenças em seu estado crônico e não na crise blástica o tratamento se torna mais fácil.

           

- E qual seria o tratamento?

           

- Você deverá tomar doses de mesilato de imatinib, mais conhecido como Gleevec.

           

- Isso me curará? – perguntei um pouco receosa.

           

- Não sabemos, teremos que acompanhá-la no seu tratamento e daqui alguns meses marcaremos uma consulta. Seu pai teve Leucemia como consta nos seus dados, mas essa LMC não é uma doença hereditária, ela é adquirida envolvendo o DNA da medula óssea.

           

- Eu terei que fazer um transplante?

           

- Como eu disse, acompanharemos o seu caso, em algumas pessoas apenas o medicamento já é suficiente, outras precisam do transplante.

           

Eu olhei para o lado e Alice me olhava com uma cara confusa. Haiva esquecido que ela não falava Português.

           

- Bella, o que o médico disse? – ela me perguntou com medo.

           

Fiquei com uma aperto no peito, mas contei tudo para ela. Ela havia entendido a parte que eu estava com Le... Eu não conseguia nem pensar na palavra.

           

- Eu tenho chances? – a pergunta entalou em minha garganta, mas eu precisava saber.

           

- Seu caso apesar de ainda estar no começo, está se avançando rápido, veremos o que o medicamento pode fazer, mas...

           

 - Direto ao ponto, por favor, doutor.

           

- Pouquíssima.  

           

Eu não entrei em choque, por mais estranho que isso pareça, mas de alguma forma eu já tinha aceitado. Eu sabia que era muito jovem para morrer, mas se minhas chances eram poucas, aceitar era o melhor a se fazer.

           

Não fiz tudo o que eu queria na vida e isso era uma pena. Tinha tantos planos para mim, minha faculdade, futuro emprego. De repente uma batida ecoou pelo quarto.

           

- Será que eu posso entrar, é a minha namorada que está ai dentro, por favor.

           

Edward! Minha respiração fugiu, meus olhos se arregalaram. Como eu daria a noticia o Edward? Justo agora, que tudo havia se acertado entre nós essa doença aparece.

           

Alice me olhou com seus olhos manchados por lágrimas. Ela parecia estar sofrendo mais do que eu e me doía ver Alice assim, saber que eu sou a causa de sua tristeza.

           

 - Alice, por favor, não chore.

           

- Mas Bells – me surpreendi com Alice me chamando pelo meu apelido, ela não o usava desde o verão há cinco anos. – Pouquíssimas chances? Eu não posso acreditar, você é tão nova, tão saudável...

           

As lágrimas saiam dos olhos de Alice e dos meus também. Como um dia tão divertido, em que as duas pessoas mais apaixonadas se acertaram, poderia virar esse inferno?

           

- Vai ficar tudo bem Alice, o médico disse que eu preciso seguir com o tratamento, daqui a alguns meses eu refaço os exames e vemos no que vai dar, agora simplesmente esqueça que esse dia aconteceu.

           

Olhei para o doutor e para Alice e supliquei.

           

- Por favor, não contem a Edward, eu esperarei o momento certo, finjam que foi apenas um desmaio.

           

- Mas Bells, você não acha que ele merece saber a verdade?

           

- Ali, sim eu acho que ele deve saber, mas nesse momento eu não sei como contar. Estava tudo indo tão bem e agora essa merda dessa doença aparece e estraga tudo. Não, eu não quero que seja assim. Eu tenho alguns meses até os próximos exames e eu quero viver esses meses o mais normal possível, as únicas pessoas que ficaram sabendo sobre essa doença é as que estão nesse quarto. Por favor.

           

- Hei, eu ainda estou aqui fora. – Edward parecia um pouco irritado.

           

- Doutor, por favor. – ele apenas assentiu. – Alice?

           

- Ok Bells, mas se tudo se complicar você vai contar. – foi minha vez de assentir.

           

- Bom Bella, eu peço que você descanse bastante, tome o remédio que é a parte essencial do tratamento e tente ficar fora de situações que te abalem emocionalmente, você já terá alta hoje, mas não deixe de se cuidar.

           

- Está certo doutor.

           

- Não finjam que não há ninguém ai eu posso escutar suas vozes. – ri com a insistência de Edward. Era bom saber que depois dessa bomba meu humor ainda estava intacto.

           

O doutor Rivers abriu a porta e presenciei um dejá vu.  Edward estava com a mesma expressão cansada que vi em Alice há minutos atrás.

           

Edward se aproximou de minha cama e segurou meu rosto em suas mãos. Ficou apenas olhando para mim, como se quisesse se certificar que eu ainda estava ali, com os olhos abertos. Mas nosso contato visual foi quebrado quando Edward perguntou ao doutor:

           

- Ela está bem? – a voz de Edward estava rouca, como se ele não falasse a muito tempo.

           

- Sim, foi apenas um desmaio.

           

Sussurrei um obrigado ao doutor por trás das costas de Edward.

           

- Na verdade era já poderá ir para cada agora mesmo.

           

O rosto de Edward antes tenso, agora exibia um olhar de alivio. Senti um aperto no peito por estar mentindo para Edward, mas como eu havia dito, nesses meses eu seria normal. Se eu contasse a ele, certamente insistiria em cuidar de mim, e como eu conheço Edward deixaria de dormir para cuidar de mim e isso eu não permitiria.

           

- Eu vou deixar vocês dois a sós, merecem conversar. – Alice disse e saiu seguida do doutor.  

             

- Você não sabe como eu estou aliviado em saber que não foi nada. Quer dizer, não nada sério.

           

Tentei dar um sorriso, mas saiu mais parecendo uma careta.

           

- Como você se sente? Está doendo algum lugar? – meu coração, pensei comigo mesma.

           

- Eu to bem.

           

- Tem certeza? – eu tive que rir da preocupação de Edward. Ele ficava tão bonito com aqueles olhos cheio de amor. Eu não sabia se merecia tanto amor.

           

- Eu to bem, não precisa ficar preocupado amor. – o sorriso de Edward cresceu ainda mais.

           

- O que foi?

           

- Nada, foi a primeira vez que você me chamou de amor. – senti que Edward havia ficado encabulado por causa da confissão, eu achei a coisa mais fofa do mundo. Olhei em seus olhos e sorri. Incrível como ele me deixava calma.

           

- O que você acha de irmos logo embora desse hospital?

           

 - Eu agradeceria e muito. Não agüento mais essas paredes mortas.

           

- Ok, eu vou lá avisar o pessoal que você já está melhor, sua roupa está ali em cima. – ele disse apontando para uma cadeira. Deu-me um selinho e saiu.

           

Naquele momento, foi a primeira vez que senti que estava realmente sozinha. Desci de minha cama e troquei de roupa. Em todo o processo eu pensava como isso estava acontecendo comigo.

           

Eu estava preste a entrar na faculdade, tinha uma família perfeita ao meu lado e Edward merecia um prêmio por ser tão... Edward.

           

Mas agora essa bomba explode em minhas mãos. Meses, eu teria meses de tratamento e isso ainda não me dava a certeza da cura. E se no final de tudo nada desse certo, e se eu precisasse de um transplante. Alice e Rosalie não eram compatíveis comigo, meus primos muito pouco prováveis, não tínhamos nem o mesmo sangue.

           

E sem falar em Edward, o que me dava mais raiva em estar doente era o fato de que ele sofreria se descobrisse. E essa era a última coisa que eu queria. Acho que tomei a decisão certa. Só Alice sabendo já estava bom.

           

Falando em Alice...

           

- Ai priminha que bom que você já vai poder sair né. – Alice chegou gritando.

           

- Alice não grite aqui é um hospital. – Jasper a “repreendeu”.

           

- Mas eu só estou feliz que tudo não passou de um desmaio. – Então ela estava fingindo. Sabia como deveria doer em Alice fazer isso, mas a agradecia profundamente.

           

- Olha Bellinha, sua capetinha, nunca mais desmaia ok. – Emmett se aproximou de mim e fez cara de criança triste.

           

- Tudo bem Emmett, eu nunca mais vou ter um desmaio que ocorre contra a minha vontade. – todos riram com o sarcasmo.

           

- Ai que bom, agora eu to mais calmo.

           

Meu primo era o maior bobão do planeta, mas uma das melhores pessoas do mundo. Era bom ter ele ao meu lado, ele e toda essa família de loucos.

                    

Fomos embora do hospital, graças a Deus, eu já estava ficando depressiva com aquele lugar triste.

           

 Emmett veio contando piada o caminha inteiro, eu estava me acabando de rir, mas na verdade tudo que eu queria era uma boa noite de sono, era tudo que eu precisava.

           

 - Boa noite minha pequena. – Edward disse quando estávamos no meu quarto.

           

- Eu não sou pequena. – lancei um olhar bravo para Edward, mas ele me deu um beijo na testa e se dirigiu para porta. – Quem disse que é para você ir embora?

           

- Bella você precisa descansar.

           

- E??

           

- E que... você precisa dormir.

           

- E o que isso tem haver com você indo embora?

           

- Não quero atrapalhar seu sono. – Ok, isso era piada, não era? Desde quando Edward atrapalha meu sono? Tudo que eu precisava era ele do meu lado me fazendo esquecer de tudo.

           

- Atrapalhar? – levantei minha sobrancelha.

           

- É.

           

 - Você tem cinco segundos para decidir se vai embora para não “atrapalhar meu sono” ou se deita aqui do meu lado e aproveita.

           

 Edward olhou para mim e vi a indecisão em seus olhos, ele devia estar pensando que eu estava cansada por causa do desmaio, bom eu estava, mas ele não precisava saber o real motivo do meu cansaço, eu havia jurado esquecer daquilo que foi dito no hospital e viver normalmente apenas tomando as pirulas regularmente.

           

- Cinco... quatro... três... dois...

           

 - O que eu to fazendo aqui? – ele rapidamente tirou o sapato e a camisa. Morri com a visão de seu peito esculpido.

           

- Gosta do que vê?

           

- Hum... Acho que vou precisar de um tempo para dar minha nota final.

           

- Adoro esses jogos de sedução. Só cuidado.

           

- Por quê?

           

- Eu sou o melhor nesse jogo. 

           

- Eu acho que não. – mordi os lábios e dei um sorriso sacana.

           

- Eu acho que sou.

           

- E eu acho que você dois deveriam partir logo pro bem bom ou irem dormir falou?

           

NÃO, ele não tava escutando.

           

 - Você me da licença Edward. – sussurrei perto de seu ouvido. Ele apenas assentiu.

           

Me esquivei silenciosamente até perto da porta e encostei meu ouvido perto da porta, pude ouvir movimentação lá fora.

           

- Hum Edward... isso bem ai... hum mais forte. – segurei o riso para não me entregar, Edward havia tampado a cara com um travesseiro tentando abafar a risada.

           

-Galera vem ouvir... Pornô de graça. – ouvi Emmett sussurrando.

           

- Emmett, pare de bisbilhotar. – Reconheci a voz de Rosalie.

           

- Ah qual é, Rosalie, eu sei que você e a Alice estão louquinhas para ouvir isso. Hei, foge não Jasper.

           

Chamei Edward com um dedo e ele veio escutar junto comigo.

           

- Hum Bella... Isso... Mais forte...

           

- Oh, eu não sabia que Edward era tão tarado assim... – Alice.

           

 - Isso é básico... Quando Edward quer... Edward consegue. Afinal, ele teve um ótimo professor.

           

 Levantei uma sobrancelha para Edward, ele apenas revirou os olhos. Comecei a gemer sem parar e Edward me acompanhou.

           

- Puta que pariu, esses dois estão a todo vapor.

           

- Sabe Edward, você poderia realizar uma fantasia minha.

           

Escutei todos prenderem a respiração.

           

- Hum, qual seria? – ele estava me perguntando de verdade. Ai meu Deus. Prendi o riso e falei ainda brincando, quem sabe um dia eu não responderia para ele de verdade. Não que eu tenha muitas.  Sabe como é né.

           

- Chama o Emmett para se divertir como a gente.

           

Edward por um segundo arregalou os olhos, mas depois prendeu a risada.

           

 - É O QUE???? – Bingo!

           

- Tem certeza Bella? – Edward perguntou.

           

 - Mas é claro, já pensou, nós...

           

- PELO AMOR DE DEUS PAREM. EU NÃO VOU FAZER NADA.

           

 Eu e Edward ficamos sem fôlego de tanto rir. Então abrimos a porta e vimos Emmett sentado catatônico.

           

- Isso é pra você não ficar escutando atrás da porta.

           

- Era mentira? Tudo que ouvimos? – Alice perguntou.

           

Lancei um olhar de “HELLO!” para todos.

           

- Agora se me derem licença, eu vou dormir.

           

- Eles estavam mentindo. Nada era verdade. Três! Edward, Bella e eu? AAHHHHHHH que horror.

           

 - Com medo de falhar na hora Emmett? – Edward sempre provocando.

           

- Eca, ela é minha prima e você é meu irmão. Desculpa, mas só como soa já é broxante.

           

- Ai baby, não se preocupe, venha até aqui que você vai ter uma das melhores exper...

          

  - Não termina essa frase JP! – Emmett saiu batendo o pé para dentro do seu quarto. Coitado traumatizou.

           

Fechei minha porta e voltei a minha cama.

           

- Que tal ser de verdade agora?

           

Edward tinha um olhar safado no rosto. Chamei-o com meu dedo e ele se deitou sobre mim.

           

- Sabe, eu ainda quero saber uma de suas fantasias.

           

- Quem sabe um dia.

 

 

*Passagem de tempo – 1 semana*

 

        Bella PDV

 

       

Uma semana havia se passado depois daquele dia fatídico. Venho tomando o remédio regularmente, Alice não me deixa esquecer um dia sequer. Não sei o que seria de mim sem ela. Ninguém mais sabia, pedi para Alice guardar segredo e ela concordou relutantemente.

           

Edward nem desconfia de nada, me remédio fica escondido em meu closet, onde apenas eu e Alice temos motivos para entrar. Eu me sinto horrível tendo que mentir para ele, mas eu sempre me tranqüilizo dizendo que são apenas alguns meses e que quando eu voltar ao hospital eu não vou ter mais nada.

           

Infelizmente seguido desse pensamento sempre vem as palavras do Dr. Rivers “Pouquíssimas”. E é por isso que simplesmente deixo acontecer, afinal era mais fácil lidar desse jeito.

           

As férias estavam indo de vento em polpa. Curtimos cada vez mais. Algumas brigas acontecem, principalmente entre Jacob e Tânia que não se falam desde a suposta traição de Jacob com um homem. E algumas bagunças, como quando Emmett havia quebrado a encanação dos banheiros. Agora apenas um funciona, éramos nove pessoas usando um banheiro.

           

- Alice, anda logo, não é só você que precisa tomar banho. – ouvi Edward batendo na porta.

           

-Se você não sabe, beleza requere tempo, então se você não se importa...

           

- Na verdade eu me importo sim. Vamos Alice. – Edward esmurrou a porta.

           

 -I’m barbie girl... – Alice começou a cantar, ignorando Edward. Vi os olhos de Edward se fechando em duas fendas e um sorriso nascer em seu rosto.

           

- SABE JASPER, eu também acho a Tânia muito mais bonita que a Alice. Pois é, cem vezes Tânia ao invés da Alice. – Sim, eu admito que fiquei com um pouco de ciúmes quando Edward disse o nome de Tânia, mas eu sabia que era mentira, então tentei ignorar.

           

- O QUÊ?????? – Alice escancarou a porta do banheiro e saiu. Estava com um roupão rosa e uma máscara verde no rosto. – EU VOU MATAR O JASPER!!

          

  - À vontade priminha, enquanto você mata o Jasper, eu tomo banho. – Falando isso fechou a porta na cara de Alice com um sorriso enorme.

           

 - EDWARD CULLEN EU VOU TE MATAR!!

           

 -Ué, eu pensei que você iria matar o Jasper. – falou de dentro do banheiro.

           

 - FILHO DA...

           

- Opa, nada de xingar a tia Esme, ela não tem culpa do filho que tem.

           

- Eu achei que você estaria do meu lado Bella.

           

- Eu sou neutra. Não favoreço nem você nem Alice.

           

Nesse instante Emmett apareceu no corredor e deu de cara com Alice.

           

 - JESUS, MARIA, JOSÉ E O JUMENTO!!! Que isso? Uma experiência que não deu certo? Credo, acho que é a versão feminina do Hulk. Ou um filho do Hulk com um anão de jardim.

           

 - Não Emmett, sou eu Alice.

           

 - Droga o monstro engoliu a Alice? Priminha se você estiver me ouvindo, eu vou te salvar, fica tranqüila.

           

- Emmett, esse “monstro” – Alice fez cara feia com a palavra. – É a Alice. Isso que ta na cara dela é um creme.

             

- Aff, eu achando que era uma coisa legal. Eu não sei porque mulher passa essas tranqueiras na cara. Se o objetivo é ficar bonita, tira essa fantasia de Hulk e pimba, ta gatona.

           

- Mas Emmett, essa máscara...

           

- Alice, não tenta.

           

Suspirei e olhei para Emmett.

           

- Que foi Bellinha?

           

- Não nada. Só estava pensando. Estamos aqui há uma semana e você ainda não apareceu com nenhuma garota.

           

 -Olhando por esse lado, você está certa Bella. – Alice se pôs ao meu lado com uma cara pensativa.

           

-Ah qual é gente, só porque vocês não mãe viram com ninguém, não quer dizer que eu estou na seca.

           

- Ta se encontrando com a mulher invisível Emmett? Se for isso é pior do que eu pensava.

           

- Não, eu acho que a seca foi tanta que ele pegou uma baranga e não quer contar.

           

- Quer saber, eu não vou ficar aqui escutando ladainha da MDM e da Amoeba, eu tenho mais o que fazer.

           

Emburrei a cara junto com Alice por causa de nossos apelidos. Aquela droga de MDM tava pegando.

           

cara brava não durou muito tempo, assim que nos olhamos começamos a rir incontrolavelmente.

           

Edward saiu do banheiro e nos viu rindo. Sua expressão confusa mostrava sua pergunta silenciosa.

           

-Emmett está pegando alguém, mas não fazemos a mínima idéia de quem pode ser. Acho que é uma baranga.

           

- Isso é fácil de descobrir. – Alice sorriu com a idéia que se formava em sua mentizinha perversa.

           

- No que está pensando Alice? – Edward perguntou.

           

- Preciso do celular de Emmett.

 

           

-Hei Emmett, você poderia me emprestar seu celular? O meu acabou a bateria. – perguntei com a maior cara de inocente.

           

- Claro, está em cima da mesa da cozinha.

           

 - Valeu.

           

- Mas não o use para suas promiscuidades.

           

Revirei os olhos e fui pegar o celular na cozinha.

           

Quando cheguei ao corredor do banheiro vi que Alice não estava ali. Edward apontou para o banheiro.

           

Claro, a uma hora diária de Alice no banheiro.

           

Eu teria que espera-la.

           

 - Conseguiu o celular? – Edward, que estava encostado na parede, perguntou.

           

- Sim, eu sempre consigo. – balancei o celular em minhas mãos.

           

- Estamos um pouco convencida hoje?

           

- Na verdade, esse é o meu lema de vida. Nunca desista até que se consiga.

           

- Um lema apropriado. Com essa sua força de vontade você vai longe. – senti minhas bochechas pegarem fogo. – Ainda mais com essa cara de inocente.

           

- Funcionou com você. – murmurei.

           

- Pois é, eu fui preso em sua rede. – senti minhas bochechas arderem mais e Edward riu.

           

- Que lindo, Edward é um peixe que a Bella prendeu em sua rede só para que ela possa mata-lo, quem sabe, de prazer. Realmente tocante, agora me passe o celular.

           

O comentário de Alice não poderia ter sido mais constrangedor. Entreguei o celular com a cabeça abaixada. Mas com muito esforço reergui minha cabeça e meus olhos pousaram nos de Edward, que era de pura luxuria.

           

 Alice começou sua procura, mas estava alheia de tudo que acontecia ao meu redor. Naquele momento meus pensamentos estavam focados em apenas uma pessoa, Edward Cullen.  Ele me encarava com desejo e me olha de cima a baixo. Seu olhar fazia minhas pernas fraquejarem.

           

Segui uma gota, que saiu de seu cabelo molhado pelo banho, escorregou por todo seu peito. Eu a segui por cada centímetro que ela passava em seu peito nu. Até que ela desapareceu dentro de sua bermuda. Tive que morder os lábios antes que eu falasse algo impróprio para a situação.

           

-ACHEI! – fui tirada de meus devaneios pelo grito estridente de Alice, fazendo com que eu e Edward sobressaltássemos.

           

-O que você achou?

           

-Olhem...

 

De: Tigresa Sedutora

Para: Ursão

 

Então, está tudo em pé para hoje?

 

De: Big Teddy

Para: Totosa Espacial

 

Com certeza, às 20:00 no Carême.

 

De: Tigresa Sedutora

Para: Ursão

 

Mal posso espera para hoje.

P.S.: Não me chame de totosa espacial.

 

De: Big Teddy

Para:?????

 

Louco para te encontrar

P.S.: Do que devo te chamar?

*O que é P.S?

 

De: Tigresa Sedutora

Para: Ursão

 

Me chame de tigresa sedutora.

P.S. significa Pós-scriptum (escrito depois).

 

De: Big Teddy

Para: Tigresa Sedutora (ainda prefiro o outro)

 

Ah valeu... até a noite.  

                       

           

Depois disso não houve mais mensagens. Bom, a não ser de uma certa bicha que é a estrela principal de meus pesadelos.

 

De: Bonequinha de Luxo

Para: Objeto de Desejo

 

Oi, gostoso!

 

De: Vou te matar

Para: Pisca-pisca ambulante

 

Vê se me erra e acerta um poste.

 

De: Bonequinha de Luxo

Para: Objeto de Desejo

 

Ui, agora eu magoei. Você ainda vai precisar de mim.

 

           

resto das mensagens, bom era melhor esquece-las. O importante é que já tínhamos o que queríamos.

           

- Está decidido. O seguiremos e descobriremos quem é a Tigresa Sedutora.

           

- E como vamos despistar Emmett, ele não pode saber que estamos o seguindo.

           

- Minha irmã, isso você deixa comigo. Por hora, vamos apenas curtir o dia lindo com a piscina e o churrasco que ta saindo.

           

Bom, era melhor eu relaxar mesmo. A noite pelo visto prometia.

 

           

Emmett e Jasper tentavam, eu repito, tentavam fazer um churrasco decente. Metade das carnes já estavam pretas, sem falar que Jasper já estava com a cara cheia de carvão e Emmett tinha queimado a mão.

           

- Não Jasper você ta deixando queimar sua anta, tira isso daí.

           

- Emmett solta essa faca troglodita, você está cortando errado.

           

 -Como eu posso cortar uma carne errada? É só pegar a carne, a faca e...

           

- AAAAAAAHHHHHHHHH... Meu dedo seu animal, olha só o que você fez.

           

Jasper corria de um lado para o outro atrás de Emmett, o que era incomum, geralmente quando você corta o dedo você corre para o hospital, mas estamos falando da minha família.

           

- Ahhh, filho de uma... Boa mãe, já que a sua também é a minha.

           

- Socorro, salvem meu Tchu-Tchuco.

           

 De repente todos paramos. Jasper não corria mais atrás de Emmett, e o resto de nós encarávamos Alice atônitos.

           

-Opa, não era para sair alto. – Alice nos olhou e se recuperou, pois gritou: - SALVEM O JASPER!

           

- Alice, calma. – a segurei pelos ombros.

           

- CALMA?!?! Cortaram o dedo do meu namorado e você quer que eu tenha CALMA!!

           

- Se eu to pedindo né!!

           

Alice me fuzilou com os olhos e levou Jasper para dentro. Coitado, se ele realmente perdeu o dedo eu tenho dó dele.

           

-Ai meu santinho, eu juro que foi sem querer , é que a mão estava no caminho da faca ai... – Emmett gesticulava com as mãos totalmente atordoado.

           

- Calma Emmett, ta tudo bem.

           

Emmett respirava com dificuldade, na verdade ele estava ficando roxo. Mas Rosalie conseguiu o acalmar, o que foi ótimo. Mais um histérico não daria certo.

           

Me sentei novamente em uma das espreguiçadeiras ao lado de Edward que encarava a cena sem expressão.

           

-Emmett se acalmou? – me perguntou quando sentei.

           

- Acho que Rosalie conseguiu. – olhamos para Emmett e Rosalie do outro lado da piscina. Não sei porque, mas senti que eles pareciam tão certos juntos. Deve ser coisa da minha cabeça, fazer o que, para uma pessoa apaixonado tudo muda ao seu redor.

           

- Hum, Bella?

           

- Sim, Eddie. – ele sorriu quando o chamei pelo apelido.

           

-Adoro quando você me chama assim.

           

Senti um arrepio dançando por minha espinha. Edward não me encarava, na verdade ele encarava o nada. Senti a curiosidade coçando, mas me calei quando vi que ele continuaria.

           

 - Você sabe o quanto seria difícil para eu viver sem você, não sabe?

           

Encarei Edward com um misto de emoções fazendo uma bagunça em meu coração. Senti meu coração inflar por tal declaração tão linda. Mas também senti medo. Por que ele falaria isso justo agora e seu tom de voz parecia que ele estava tentando me provar algo.

           

Mas será que ele havia descoberto sobre a doença? Impossível, eu não abri a boca e Alice não contaria a ninguém.

           

Ele estava apenas sendo romântico, não havia o porquê do surto. Mas inconscientemente meu coração se apertou. Não me entendam mal, eu estava borbulhando de alegria com suas palavras, só estava preocupado com as circunstâncias.

           

-Sei, é o que eu penso também. O mundo não faria sentido. – Edward deu um sorriso e segurou minha mão.

           

-Desde que eu me declarei, tudo sobre mim gira em torno de você. Viver sem você fica cada vez mais difícil. A cada dia a quero mais perto de mim, e nunca parece ser o suficiente.

           

O mundo parou ao meu redor. As emoções estavam ainda mais presentes em meu peito. Eu estava contente por saber que ele se importa comigo, triste por esconder um segredo dele tão importante, emocionada porque suas palavras fizeram meu coração acelerar, mas acima de tudo medo. Medo de viver sem Edward, medo de viver com ele e minha situação não ter cura. Estava com medo de machucá-lo, ele não podia sofrer por minha causa.

           

Sai correndo sem dar explicações a ninguém. Quando olhei para trás ouvi Edward gritando meu nome e me seguindo. Eu não queria ninguém atrás de mim, principalmente de quem eu estava fugindo.  

           

- Vá embora Edward, só me deixe um pouco sozinha, eu preciso pensar.

           

- Bella, se for sobre aquilo que eu disse, sinto muito.

           

- Não é nada sobre aquilo. Suas palavras foram lindas, mas eu preciso pensar sobre... sobre coisas. – comecei a correr mais rápido quando percebi que ele não mais me seguia.

           

Fui para o único lugar que eu me sentiria livre desses pensamentos. O lugar onde tudo começou.

           

Em menos de cinco minutos eu estava na praia onde Edward se declarara. O sol já estava se pondo no horizonte o mar fornecia ondas calmas acompanhadas por uma leve brisa que balançava meus cabelos.

           

Sentei-me a poucos metros do mar e permiti minha mente divagar.

           

*Link para a música*

http://www.4shared.com/audio/cuK3moSF/Shania_Twain_-_From_This_Momen.htm

 

*Se não funcionar tente este*

http://www.youtube.com/watch?v=a-Lp2uC_1lg

 

           

Perguntas nadavam na superfície de meus pensamentos, e as palavras de Edward ficaram cravadas em meu coração, mas aquilo só fazia a dor aumentar mais.

           

Me permiti chorar por um momento, torcendo para que as lágrimas levassem a dor embora.

           

“Você sabe o quanto seria difícil para eu viver sem você, não sabe?”

       

Eu não só sabia como entedia. Edward já fazia parte de minha vida, assim como eu fazia da dele, e isso era o que me matava.

           

Só a imagem daquele rosto retorcido em dor me fazia sentir horrível. E se um dia eu partisse? Como seria?

           

Viver sem você fica cada dia mais difícil”

       

Ele sofreria e eu seria a culpada. Eu não poderia dar continuidade a isso.

           

Por mais que doesse eu teria que me afastar de Edward.

           

Se era isso que eu queria? Claro que não

           

Se era preciso? Infelizmente sim.

           

Esse curto tempo que passei com Edward foi o suficiente para que ele fosse mais importante que o ar que eu respirava.

           

O meu amor por ele era tão intenso que às vezes eu pensava ser demais para apenas um coração. Mas isso sempre se provava errado, já que cada dia esse amor dobrava.

           

E agora, por essa estúpida doença, eu teria que acabar com tudo. A única coisa que me fez sentir viva novamente.

           

Eu não entendia o destino, me fazia apaixonar-me e depois me tirava esse amor.

           

Como se eu já não tivesse sofrido o suficiente na minha vida. Depois de tudo, o destino insistia em me castigar.

           

Os meus pulmões estavam trabalhando mais rápido para suprir o ar que não se fazia presente no momento.

           

 E seria assim minha vida daqui para frente, meu coração teria que trabalhar dobrado para suprir a falta que Edward faria.

           

Só que isso tinha que acabar, pois não contaria a ele sobre a Leucemia, para não fazê-lo sofrer, mas se eu partisse, quanto mais longe ele tivesse, melhor para ele.

           

“Pouquíssimas”

       

As palavras do Dr. Rivers voltaram com tudo.

           

-Por quê? Será que sempre terá uma pedra no meu caminho? Eu só quero seguir em frente sem interferências, será que é tão difícil assim?

           

Lá estava eu pensando em vós alta.

           

Continuei a encarar o Pôr-do-sol. Agora só restava uma pequena linha alaranjada no céu, pronta para se esconder.

            

Peguei minhas coisas e voltei para casa.

           

Encontrei todos na sala assistindo algum filme que eu desconhecia.

 

            - Bella. – Edward disse. Podia ver sua expressão preocupada.

 

            - Edward, precisamos conversar.

 

            Ele, por um momento, me encarou aturdido, mas me seguiu até a parte de fora.

 

            Olhei em seus olhos e minha coragem sucumbiu. Precisava ser forte, por mais que não quisesse, por mais que eu o amasse, precisava ser dito.

           

 -Edward, acabou!

 

*************************************************

 

Leitoras que tem um lugar vip no meu coração com direito a um Edward para cada... O que acharam??

 

Demorei, eu sei, mas dessa vez não foi por causa do tempo e sim da importância do capitulo. Apaguei e escrevi milhares de vezes. É a partir de agora que a fic começa a se desenrolar, encare os outros capitulos como uma grande introdução.

 

E por favor não me matem nem a Bella. Entendam que ela ama muito o Edward, mas mais uma vez o destino se pôe contra os dois impedindo a felicidade de ambos. Afinal a estória se trata disso, vencer o destino com as escolhas certas. Ela não aguentaria ver Edward sofrendo por nele.

 

Gostaria de agradecer a cada review... Sinceramente.. VOCÊS SÃO PHODAS!!! Obrigada a cada pessoas que adicionou aos favoritos e aos alertas...

 

AMUH VC'S

 

Até a próxima.

 

P.s.: www.bruhhellofanfics.blogspot.com -- EU FIZ UM BLOG -- ai vocês terão qualquer informação sobre a fic...  todos os meus contatos estão lá... não deixem de conferir... noticias sobre a fic quase todo dia...

 

P.p.s.: Ao contrário do Emmett eu sei o que é P.S kkk''


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