homem loiro estava sentado em sua velha poltrona de couro, lembrando do dia em que tentaram lhe ensinar o Feitiço do Patrono. Na época, ele não fazia ideia de como o fazer.

Para conjurar um Patrono, você tem que evocar de seu íntimo, suas melhores lembranças e, na verdade, na época em que tentara, não possuía nenhuma.

Perguntou a si mesmo se agora, anos depois, conseguiria.

Lembrou-se de quando Astória lhe dera a notícia de sua gravidez. Ele a levantara do chão e a girara no ar.

Então, a lembrança da primeira vez que pegou seu filho do colo. O pequeno Scorpius, com seus cabelos loiros platinados e olhos azuis acinzentados. Seu choro desesperado e meses depois, sua risada e as primeiras palavras. E anos depois, sua magia. Um presente milagroso, que veio a trazer a Carta de Hogwarts.

Depois, lembrou-se de sentir-se feliz ao ver Scorpius tomar as próprias decisões. Virou artilheiro do time de quadribol da Sonserina e, depois, tornou-se namorado de Rose Weasley.

Lembrou-se dos feriados que passara junto aos Weasleys e outros amigos (antes, inimigos).

E o brilho no olhar do filho, quando se formara em Hogwarts. Agora, trabalhava no Ministério da Magia e dois meses atrás, casara-se com Rose.

Percebeu que todas suas boas recordações tinham algo a ver com Scorpius. Mas não ligava.

Seu filho vivia tudo o que Draco sonhava quando jovem. E isso tornava o já não tão moço Draco Malfoy feliz. Isso o fez sorrir.

Novamente, puxou a varinha do bolso e disse:

-Expecto Patronum!

A fênix prateada presenteou seus olhos com seu esplendor, mostrando a felicidade tão especial do homem que nunca tivera escolha.