Take me Back escrita por Sky Hope


Capítulo 21
Capítulo 18 - Just friends?


Notas iniciais do capítulo

Ooooooi gente!
Eu demorei, eu sei! Mas não culpem a mim! Culpem a escola! Hahaha
Então, queria agradecer primeiramente as liiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas maravilhosas que recomendaram a Fic! Meu Deus! Amo muito vocês, sério!!!!!!!!!!!!!!!
E agradecer também as que comentam! Gente vocês são mto demais!!!!
Quanto as respostas dos coments... Desculpa gente! Eu vou responder ok? Só deixa eu entrar de férias, que ai eu ponho a fic em ordem, os comentários, tudinho!
Até lá...
Continuem comentando e recomendando ok? Uma escritora feliz gera acontecimentos felizes!
Bom é isso. Espero que gostem do capítulo!!!
Até as notas finais ;)



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P.O.V Damon

Eu estava novamente na campina, completamente imóvel e impotente.

A garota de cabelos castanhos corria, inocentemente, para sua morte. E eu não poderia fazer nada além de tomá-la em meus braços e esperar por seu suspiro final.

Estava ciente que daquela vez, a garota tinha outro rosto...

... E não ia passar por aquilo novamente.

Um rosnado gutural escapava da minha garganta enquanto eu tentava, com todas as minhas forças, gritar. Me debatia também, visando libertar-me daquelas malditas amarras invisíveis, tudo sem sucesso algum.

Mas eu estava disposto a não desistir. Simplesmente não aguentava ver Elena morta nos meus braços novamente.

Então uma voz doce ecoou pela campina, fazendo o cenário desaparecer lentamente.

Abri os olhos, puxando o ar com tanta violência que meu peito queimou. Estava com o corpo sacudindo por inteiro, tomado pelo suor. O ar não estava chegando com facilidade, o que resultou em postos pretos diante dos meus olhos.

Mas mesmo por trás de tudo, enxerguei aqueles inconfundíveis olhos negros me fitando.

Elena estava sobre mim, as pernas bem torneadas travadas com firmeza em volta da minha cintura, segurando meu rosto com as mãos. Nossas testas estavam encostadas e a respiração dela era igualmente ofegante.

Um alívio arrasador me acometeu só por tê-la ali comigo, mas não o suficiente para parar os calafrios. Passei os braços trêmulos por sua cintura e a puxei mais para mim, fazendo-a estremecer com o movimento brusco.

– E-elena... P-por favor... N-não, não me deixa...

Ela fechou os olhos e sorriu de leve.

– Eu não vou a lugar algum. – sussurrou, fazendo círculos em minha bochecha com os dedos - Passou. Eu não vou a lugar algum.

Fechei os olhos, ainda tremendo.

E então Elena começou a cantar.

If you're lost you can look

and you will find me

Sua voz doce tomou conta do quarto, trazendo-me para a realidade. À medida que ela continuava, minha respiração ia se normalizando, até que os calafrios tivessem cessado.

Time after time

If you fall I will catch you--I'll be waiting

Time after time

If you're lost you can look

and you will find me

Time after time

If you fall I will catch you--I'll be waiting

Time after time

Embalado pela voz maravilhosa e pelo carinho de Elena, cai num sono profundo e, pela primeira vez em anos, sem pesadelos.

.............................................................................

P.O.V Elena

Acordei confusa.

Aquilo em que minha cabeça repousava era duro demais para ser meu travesseiro.

E aquele braço musculoso definitivamente não devia estar em volta da minha cintura.

Abri os olhos relutante e olhei para cima, só para dar de cara com um moreno de olhos muito sorridente.

– Aaaah!

Pulei de susto, segurando o lençol contra o peito.

– Damon! O que pensa que está fazendo no meu quarto? Sai!

Ele balançou a cabeça, rindo com vontade.

– O que foi? – indaguei, a voz afinando uma oitava por conta da minha indignação.

– É que... – riu um pouco mais – Desculpe... É claro que eu sabia do seu estado ontem, mas é que... Pensei que se lembraria do que aconteceu.

Franzi a testa, buscando o dia anterior na memória. Teve a briga do meu tio com Damon, depois comigo e então...

Ah meu Deus.

Balada. Bebida. Damon. Bombeiro. Beijos.

Olhei em volta desesperada, passando meu olhar da decoração simples e a bagunça para Damon.

E então gritei mais uma vez, saltando da cama.

– N-nós... nós... Quer dizer que... Ah meu Deus! Eu te conheço há três dias!

Ele me fitou, confuso por alguns momentos. Depois algo clareou em sua expressão.

– Ah! Você acha que... – pausa para risada, desta vez mais sutil – nós transamos? Não! Quero dizer... Que tipo de canalha eu seria? Você estava toda carente, alcoolizada e... – um sorriso cafajeste surgiu em seu rosto – sexy com aquele papo de “Não quero que você seja um príncipe encantado, mas sim que tenha atitude e pare de arrumar desculpas para ficar comigo”.

Passei as mãos pelo rosto e depois entrelacei-as na nuca.

– Eu disse isso?

– Ah, e muito mais. Você chegou a comparar minha masculinidade com a do Aaron. Conseguiu me deixar mal por não querer tirar proveito da situação e te jogar na minha cama.

Meu rosto ficou vermelho quando as palavras de Damon deram asas à parte mais escura e impura da minha imaginação.

Controle-se Elena. Não vá começar a se abanar agora.

– Mas então... Você não lembra mesmo de ontem à noite?

Finalmente afastei aquelas imagens pervertidas da mente e foquei na pergunta de Damon.

Tudo que eu me lembrava depois do beijo era entrar em um Jeep preto, falar muito (não conseguia me lembrar de exatamente sobre o que, mas esperava secretamente que Damon tivesse exagerado na parte de eu tê-lo chamado de gay) e depois implorado para passar a noite ali, pois não queria ver Klaus e muito menos receber uma bronca da Caroline. E depois...

Depois...

– Você gritou um nome no meio da noite. – Estalei os dedos tentando me recordar de qual era. – Katarina... Kamille... Ka...

– Katherine. – Damon respondeu, frio.

– Isso! – sentei na cama novamente, querendo observá-lo mais de perto – Você ficava gritando e se debatendo. Tentei te acordar, mas foi em vão. Então fiquei o mais perto que pude e comecei a cantar baixinho, como meu tio fazia comigo quando esses terrores noturnos me alcançavam.

O garoto franziu a testa.

– Terrores noturnos?

– É... Comecei a tê-los depois da morte dos meus pais. Tinha pesadelos horríveis todas as noites e se não fosse por meu tio, que dormia comigo e me acordava com canções, eu não teria superado.

Damon assentiu.

– Eu tenho esses... hum... terrores noturnos todas as noites, sem exceção. Sempre acordo do jeito que você viu ontem, aterrorizado e levo mais de meia hora para me recompor. E depois... O sono vai embora. – Ele balançou a cabeça, como para que afastar pensamentos ruins da mente, e depois voltou a fitar meus olhos – Desculpe por ter te assustado. Tinha alguma esperança de você não lembrar disso esta manhã mas... – encolheu os ombros.

– Está tudo bem Damon. Você me protegeu na balada, quase foi preso, aguentou meus assédios e ainda me cedeu sua cama. Acalmar-te depois de um pesadelo era o mínimo que eu poderia fazer. – sorri de leve, tirando uma mecha de cabelos negros dos olhos do moreno. – Mas... Quem era Katherine?

Assim que essas palavras deixaram minha boca, desejei poder recolhê-las todas de volta. Damon se retraiu e se afastou do meu toque, olhando para o outro lado.

– Não quero falar nela.

– Ah... Tudo bem, me desculpe. Meu Deus, eu sou uma enxerida. – dei uma risada fraca.

Um momento de silêncio constrangedor pairou sobre o dormitório, até que Damon falou, ainda sério, porém mais relaxado:

– Mas tem algo que eu preciso te dizer. Tivemos essa conversa ontem no carro, mas você provavelmente não lembra... – Damon estacou e eu o fitei, preocupada.

Seu olhar estava no meu quadril, onde meu vestido deixava a mostra um pedaço de pele. Ali havia um hematoma amarelado.

– Onde conseguiu isso? – seus olhos azuis chispavam, e ele passou as pontas dos dedos pela marca – Fui eu quem fez isso com você?

Dei uma risada fraca, um pouco zonza por causa da proximidade.

– Não foi culpa sua... Não estava medindo suas forças quando me segurou ontem...

Agora Damon fazia um carinho de leve no local ferido. Levantou o olhar. Sua boca devia estar a centímetros da minha.

– Desculpe...

Seus olhos, aquelas imensidões azuis, estavam repletos de sentimentos. Meu peito se encheu de emoção ao vê-lo daquele jeito, exposto... Como o havia visto pouquíssimas vezes.

E eu nunca quis tanto beijar alguém na vida. Era tudo que minha mente conseguia pensar. Esperei que o rubor tomasse conta do meu rosto, mas nada aconteceu. Ficamos ali, nos encarando em silêncio, até que comecei a me aproximar...

– Elena... Diga que não quer isso. Diga que não confia em mim o suficiente. Você precisa dizer, para que eu possa ter forças para te deixar em paz... Por favor – Damon sussurrou. Nossas respirações se misturavam e aquelas imensidões azuis me encaravam, suplicantes e sofridos.

Acabei com a distância entre nós, beijando-lhe levemente a bochecha.

– Não posso. Eu quero isso. – distribuí beijos leves, pelo rosto do rapaz, passando pelo nariz, sobrancelha e descendo até o pescoço – Confio em você.

Damon balançou a cabeça levemente.

– Última chance de me impedir, pois eu vou te jogar na minha cama, Elena, e nunca mais soltar.

Suas palavras fizeram com que me arrepiasse por inteira. Levantei a cabeça, e sussurrei:

– Então faça isso.

Damon grunhiu baixinho e me puxou contra seu corpo, deitando sob ele. A boca cobriu a minha, faminta e desesperada.

Fiquei totalmente entregue aos instintos, os pensamentos embaralhando-se. Quando me dei por mim, meu vestido já estava largado no chão ao meu lado. As mãos de Damon passeavam livremente pelo meu corpo, mas sua boca recusava-se a deixar a minha. Era uma sensação tão boa, que eu não queria que ele nunca parasse.

Mas então, algo aconteceu.

Uma série de imagens tomou conta da minha mente. Eram lembranças da minha primeira noite com Matt, de como ele gritou comigo e ameaçou terminar se eu continuasse adiando... Lembrei-me, tomada de vergonha, de como concordei em fazer o que ele queria.

E no outro dia, ele terminou comigo.

Fechei os olhos com força, tentando esquecer aquilo.

Damon não era Matt.

Mas como eu poderia saber disso? Eu mal o conhecia!

– Elena. Fica comigo.

Damon havia parado de me beijar e agora me fitava, o rosto corado irradiando preocupação. Comecei a chorar. Droga, o que eu estava querendo provar afinal? Que eu não era mais a garotinha que meu tio pensava que eu era? Que eu não era mais aquela garota idiota que sofria por causa de Matt? Que eu poderia ser uma garota normal, mesmo tendo perdido os pais?

Dormir com Damon não iria acabar com a dor, apenas escondê-la por algum tempo. E eu gostava demais dele para usá-lo dessa forma.

– Desculpa Damon... Não p-posso fazer isso... - sentei-me na cama.

Eu esperava que ele gritasse barbaridades comigo por ser tão medrosa, ou saísse irritado por ter acabado com sua praia, mas não foi nada disso que aconteceu.

Ele passou os braços ao meu redor, envolvendo-me em um abraço caloroso.

– Hey, calma... Está tremendo... - murmurou - Meu Deus, você me deu um baita susto.

Agarrei-me a ele, chorando mais ainda.

– D-desculpe. Damon... Está tudo uma bagunça. Sinto falta do meu tio, dos meus pais...

– Está tudo bem...

Ficamos assim por algum tempo, até que eu me acalmei e parei de chorar.

– Isso é... Insano. Nós nos conhecemos faz o que? Três dias? - Damon disse, tirando um pouco de cabelo do meu rosto.

– E algumas horas. - suspirei - Você deve estar me achando uma maluca agora, não é?

Ele fez uma careta engraçada.

– Que tipo de hipócrita eu seria se ousasse pensar isso de você, Elena? Quer dizer... Eu acordei no meio da noite gritando - cutucou minha barriga, fazendo-me contorcer em risadas - Acontece. E graças a você, tive uma ótima noite de sono.

– Mas eu não quis... que isso acontecesse...

– Pare de se desculpar Elena. Está tudo bem! - acariciou minha bochechas rosadas com ternura - Você precisa de tempo. Não quer entrar em um relacionamento com um maluco que você mal conhece. Entendido.

Dei um suspiro aliviado.

– Obrigada.

Damon sorriu, pegou um lençol na cama e me enrolou com ele. Depois envolveu meu rosto com as mãos e depositou um demorado beijo na minha testa.

– Tem algo que preciso fazer. Pode ficar aqui pelo tempo que precisar.

Assenti, brincando com o tecido macio do lençol.

Damon se esticou, pegou a camisa e vestiu. Estava quase na porta quando eu o interceptei.

– Damon!

Olhou pra mim.

– Amigos?

Ele passou os olhos pelo meu corpo semi coberto pelo lençol fino e deu aquele sorriso que sempre conseguia me deixar vermelha.

– Amigos. - deu uma piscadela - Te vejo no ensaio.


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Notas finais do capítulo

O.o
E esse negócio de só amigos ai? Vai dar certo ou não? ;)
Comentem, recomendem e favoritem!
Amo vcs!
Xoxo
Sky Hope



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