O Sangue em nossas Veias escrita por Lari


Capítulo 5
Catelyn


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeeeee, mil desculpas, mas to uma caca pra escrever e bem, vocês me entedem né? Mas esse cap saiu com muito esforço, então aproveitem u.u



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Aproximadamente um ano atrás.

Era véspera de natal quando tive a mais forte conexão com Rose que um dia já tivera. Sempre houve uma conexão entre nós, na verdade, e ela sempre foi forte também, éramos e sempre fomos mais do que primos, melhores amigos que nunca se desgrudavam, embora sempre houvesse um desejo que se ascendia aqui dentro de mim, de que fossemos mais até do que isso.

E nesta noite, eu e Rose estávamos observando as estrelas sentados no gramado d’a Toca, eu ainda não havia dado o meu presente a ela, porém me parecia que aquele era o momento certo.

–Você ama observar as estrelas, não é mesmo? – falei enquanto a observava, seus olhos se voltaram para mim, eles brilhavam à luz do luar. Rose respondeu:

–As estrelas, a lua, o céu, a natureza... Ah Al, é tudo tão mágico em uma simplicidade que me impressiona mais do que qualquer outra coisa.

Sorri, ela era tão detalhista e tão romântica com relação às coisas. Tive vontade de beija-la quando nossos olhos se encontraram e ela acabou sorrindo junto comigo.

–Bem – tirei uma caixinha preta de veludo do bolso, eu havia feito questão de comprar algo simples, mas ainda assim que a impressionasse, afinal as minhas economias todas foram apenas para o seu presente, e isso era uma coisa que eu realmente não ligava, porque para ela eu daria o céu, a lua e as estrelas se pudesse. – Acho que ainda não lhe dei meu presente.

Ela olhou para a caixa, depois para mim, eu a abri e mostrei a ela a pulseira que lá havia, era dourada e cheia de pequenas flores, pequenas rosas, como ela. Rose me olhou, os olhos brilhando e o sorriso esplendido, ela pegou a pulseira, a observou de mais perto e disse:

–Ah Al, muito obrigada, meu Deus, como é linda! – ela continuava a sorrir, quando de um momento para o outro sua expressão se tornou preocupada. – Eu não tenho nada para você Al, me desculpe eu... Ah Merlin, como eu sou!

–Ei – acalmei-a. – Tudo bem, o seu sorriso já é o suficiente para mim.

Senti-me ruborizar um pouco logo depois de ter dito aquilo, o que eu estava pensando?! Mas Rose me abraçou forte de súbito, para depois me olhar e dizer:

–Você é um lindo, sabia? – ela sorriu, tentando colocar a pulseira o pulso.

–Posso ajudar? – perguntei, pegando as pontas da corrente e sem querer tocando nossos dedos. Nossos olhares se encontraram de súbito, e eu fiquei paralisado pelos seus olhos cor de esmeralda. Ela mordeu o lábio inferior e só através desse gesto eu soube que ela estava nervosa.

–Sabe, isso podia ser um símbolo, sabia? – ela se referiu à pulseira, enquanto eu acabava de abotoa-la em seu pulso, ainda um pouco sem graça pela química que talvez estivesse acontecendo ali. Olhei-a. – Da nossa amizade, de nós.

Sorri, era tudo o que éramos, amigos...

–Sim, e você tem razão, sabia?

Rose me olhou um pouco confusa, eu continuei:

–Eu certamente sou um lindo.

Ela riu e me deu um leve tapa no braço.

–Um símbolo do meu amor e da minha amizade por você, Rose – disse. – É o que esta pulseira representa, que eu nunca a deixarei, nunca a abandonarei por coisa alguma.

–Promete? – perguntou.

–Sim, eu prometo – sorrimos um para o outro, e foi nesse momento que eu tive a mais pura certeza, meus sentimentos por Rose Weasley eram incontroláveis.

***

Dois meses depois...

Há uma semana eu tentava voltar a conversar com meu primo, toda vez que eu tentava lhe contatar havia uma desculpa ou uma resposta curta e grossa. E o problema era que exatamente há uma semana ele havia começado a namorar, e logo depois disso eu fui esquecida.

Catelyn era o nome dela, a mais bela garota que eu já havia visto, e não só por fora como por dentro, ela era super simpática e verdadeira. Eu não a culpava, não fora ela quem havia feito a promessa de nunca me abandonar por nada nesse mundo, não era ela a minha prima, que cresceu comigo a vida toda e me trocou por um namorado...

Eu sei muito bem que quem ama deve libertar, que eu não poderia de jeito algum ficar prendendo o Alvo a mim, porque isso não é amor, é posse. Mas a verdade é que eu sentia muita falta dele, porque Al era uma das pessoas mais importantes da minha vida, a quem eu amava incondicionalmente.

Eu cheguei a um ponto que comecei a ficar extremamente brava com ele, por não falar mais comigo, por não querer mais saber como eu estava e nem todas as coisas que antes costumávamos fazer.

Por isso resolvi um dia que não precisava mais daquilo, que não precisava mais dele, porque ele não precisava mais de mim, ou dava a entender que não. Fui até o dormitório dos meninos em um final de semana, achando que talvez ele pudesse estar lá.

E quando entrei pela porta não vi outra coisa se não o beijo do casal apaixonado que eram Catelyn e Alvo. Fiquei com raiva, com ciúme e tudo o que você possa imaginar de ruim, sei que o sangue me subiu a cabeça aquela hora e fiz tudo de repente:

Bati a porta na parede para que eles me ouvissem, depois tirei a pulseira que Al havia me dado de natal e falei:

–Quer saber, por que não da a ela essa pulseira idiota, e conta as mesmas mentiras que me contou quando me deu ela, Alvo Severo Potter? – joguei-a nele, já com lágrimas nos olhos me virei para trás e sai correndo, eu só queria um lugar para ficar sozinha e chorar, simplesmente chorar.

Eu era apaixonada pelo Al e isso era fato, porém estava tentando aceitar e assimilar isso de ele estar namorando com outra garota, o que não foi fácil desde o começo. Mas como eu só queria que ele fosse feliz, tentei aceitar.

O fato é que eu aceitaria aquilo extremamente bem se não fosse ele me deixar assim como deixou, como prometeu não deixar.

No caminho para algum lugar que eu estava indo esbarrei em alguém, quando limpei as lagrimas e olhei para cima vi Scorpius Malfoy me encarando estupefato.

–Você está bem, Rose?

Neguei logo de cara, ele me ergueu uma das sobrancelhas e disse:

–Quer conversar, né?

Ele me levou até o dormitório da Sonserina, que estava surpreendentemente vazio, e então entramos em um cômodo secreto aberto quando ele puxou um dos livros de uma estante.

–Clássico, não é? – ele riu um pouco em minha direção. – Então – sentamo-nos no sofá que ali havia, eu encolhi as pernas e quase comecei a chorar novamente, mas permaneci forte. – Vai me contar o que houve ou viemos aqui pra nada?

Eu olhei para ele, tudo o que eu queria agora era alguma espécie de vingança, mesmo que interna, contra Al. E tudo o que eu fiz em seguida foi beijar Scorpius, que se assustou com meu gesto repentino e se afastou de mim.

–Ei! O que está acontecendo Srta. Rose Weasley?

Respirei fundo e disse:

–Você quer me ajudar?

Ele franziu a testa, mas por fim assentiu.

–Então apenas me beije, não pergunte o porquê, não pergunte nada.

Ele hesitou por um momento, mas que cara recusaria pegar uma garota assim, “grátis” e do nada? Não, com certeza não Scorpius Malfoy.

Ele o fez, e o fez bem demais, intensamente demais, tudo o que eu precisava naquela hora era de prazer para esquecer, talvez fosse egoísmo meu, mas naquele momento eu não queria saber de nada.

***

Eu nunca quis magoar a Rose, tudo o que eu queria ficando apenas com Catelyn era tentar esquece-la, porque doía demais ficar ao lado dela, doía demais saber que nós nunca poderíamos ser o “nós” que eu desejava.

Eu só queria tentar ser feliz ao lado de outro alguém, e me afastar dela foi a pior decisão que eu já fiz. Rose era meu porto seguro, a outra metade do que eu precisava para ser completamente feliz. Mesmo que só como amigos, ela me fazia um bem que nenhuma garota conseguiria, nem mesmo Catelyn.

Não me entenda mal, a garota de cabelos negros e cacheados e olhos cor de avelã a quem eu namorava era linda e tinha um coração de ouro, porém não era ela a quem eu amava de verdade. Duvidava que eu poderia mesmo amar alguém tanto quanto Rose algum dia.

E quando ela jogou aquela pulseira, aquela que significava tanto para nós dois, eu percebi a burrada que havia feito, ela era minha flor, minha princesa, a quem eu deveria cuidar e nunca abandonar, mas não foi isso o que eu fiz.

Guardei a pulseira no bolso e fui procura-la, deixando Catelyn a espera de uma explicação no dormitório da Grifinória. Eu rodei o castelo inteiro, mas não consegui encontra-la, fiquei preocupado e fui falar com Lily, que também não sabia onde ela estava.

Minha ultima opção era Scorpius, no dormitório da Sonserina. Eu sabia a senha de entrada por motivos que você realmente não vai querer saber, então entrei e fui procurar por ele. O dormitório estava vazio, então pensei que talvez ele não estivesse ali, quando de repente a estante saiu do lugar e eu vi Scorpius saindo através dela.

Ele me olhou estupefato e eu fui correndo perguntar, enquanto ele fechava a porta:

–Você viu a Rose, cara?

–Hã... Não, não vi, ela não está na cabana na floresta?

–Oh, verdade! Não procurei lá, valeu Scorpius, se encontra-la me avise! E ah, já vi que teve momentos bons ali dentro, hã? – sorri para ele, que estava com a roupa toda amassada e descabelado, Scorpius paralisou, mas acabou por sorrir ao me ver deixando o dormitório.


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Notas finais do capítulo

Fiquem imaginando (ou me digam nos comentários hihi é preferível) o que aconteceu naquela sala secreta com Rose e Scorpius :3