O preço do amor. escrita por Sasha spears


Capítulo 3
Cretino irresistível.




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— Eu te odeio, argh! — Joguei a jaqueta na cara dele.

— Incoerente. — eu o ouvi resmungar.

— Idiota. — entrei dentro de casa.

Me ocupei em fazer pouco barulho, pois tenho certeza que meus pais estavam dormindo. Fui até o meu quarto e encontrei a Natália deitada na minha cama.

— Babi, onde você estava? Sua mãe me deu um beijo de boa noite achando que eu era você. — ela disse baixinho. A Dani apareceu do nada encostada na porta.

— É o Hugo né? Ele tirou sua roupa...

— Que ridículo. — resmunguei. — Eu vou tomar um banho. — disse enquanto pegava uma roupa e uma toalha para min.

— Ela tá fedida né? — disse a Dani, sentada na minha cama.

Ri e fui para o banheiro. Tomei um banho demorado e depois fui dormir.

Como hoje era sábado, acordei um pouco mais tarde. A Natália estava com a Dani na piscina, tirando fotos. Aposto que a Dani irá postar no instagram, pensei. Vou olhar pelo lado bom: Ela vai parar de falar de min por aí. Fui para cozinha e encontrei minha mãe conversando com meu pai.

— Bom dia. — disse, enquanto dava um beijo na testa de papai.

— Bom dia, Babi. — responderam. Peguei um bolo de chocolate e me sentei perto da piscina, enquanto as meninas jogavam água umas nas outras. A Natália sentou-se na borda da piscina, perto de min.

— Eu falei com o Guilherme hoje.

— Quem é Guilherme? — perguntei.

— O amigo do Hugo. — ela respondeu, frustrada. — Eles vão a balada hoje. — ela me olhou com uma carinha de cachorro sem dono.

— Nem me olha assim. Eu não vou.

— Porque? — ela resmungou.

— Porque não quero ver ele e o amigo nem pintados — fui grossa. Até que a Dani me interrompeu.

— Para com esse drama, Babi. Tá na cara que você gosta dele e ainda fica fazendo jogo duro. — depois daquilo, me calei. Mais como a pessoa horrível que sou e completamente impulsiva, disse:

— É mais fácil você gostar dele do que eu. — respondi, irritada. Dani me olhou assustada e depois saiu da piscina. Natália me cutucou.

— Coitada dela.

— Eu poderia dizer que a Dani é tudo, menos uma coitada.

— Babi, para de agir assim. Ela é sua irmã.

— E daí? — depositei toda a minha raiva nela.

— Credo. Sou sua amiga e quero que vocês parem de brigar. Eu adoraria ter uma irmã, sabia?

— Então sua mãe deveria ter se casado com o meu pai. Teria um anel de ouro em cada dedo e uma irmã fofoqueira — declarei, agressiva. Depois daquilo, ela saiu da piscina e foi até a Dani.

Que ótimo, pensei. Mais é claro, essa era a verdade: Eu era completamente impulsiva e tinha medo de min quando estava ao lado do Hugo. Eu sentia uma vontade terrível de agarra-lo, mais não queria também mais fofocas sobre min. Acima de isso tudo, tenho o direito de ir ser feliz, certo? Depois do meu chilique, a Natália ficou o tempo todo com a Dani.
Eu a ouvi dizer: — Você já deveria estar acostumada com isso, Dani. Ela é orgulhosa para admitir, e ele covarde para falar.
Quando eram três horas, ela se despediu da Dani e nem sequer falou comigo. Tomei um banho e dormi o resto da tarde. Ás nove horas da noite, fui acordada por uma mensagem da Natália. Havia uma foto do Hugo olhando a vista, com um cigarro na mão. Li a mensagem baixinho:
‘’Olha quem está esperando por você.’’
Depois daquilo sentei na minha cama. Tomei uma decisão rapidamente e em seguida, corri para o banheiro.

Alguns minutos depois, eu já estava pronta. Comi alguma coisa e fui até a sala. A Dani estava no telefone, como sempre. Ela já estava de pijama e estava com o cabelo preso em um rabo de cavalo.

— Dani, vou sair.

Ela levantou animada e veio até a min.

— Posso ir, por favor, por favor. — implorou.

— Não e não conta pra ninguém. Eu volto ás 11.

— Peraí, você tá saindo com o Hugo né?

Não respondi. Fui até o sofá e mandei uma mensagem pra Natália.

‘’Insuportável, bleh. Tô indo pra aí, e não conta pra ninguém.’’

Peguei um taxi e fui até lá.

A Balada Seven Six estava lotada quando eu cheguei. Havia várias pessoas dançando na pista de dança, bebendo e garotas se esfregando umas nas outras. Achei aquela cena ridícula e como o lugar estava lotado, tive de me encolher para passar por um grupo de meninos. Logo vi o Hugo ali no muro, olhando a vista, exatamente como na foto em que a Natália me mandou. Me senti estranha, como se estivesse em um filme. Mais eu já sabia disso também. Acho que planejei ficar com ele desde a primeira vez que o vi. E lá estava eu, dançando na pista de dança, bem lentamente, esperando que ele me notasse. Me empolguei demais dançando e acho que atraí alguns olhares masculinos. Senti um braço forte me abraçar e continuei dançando. Após um minuto, olhei para ver quem era. Era ele. Senti o Hugo cheirar o meu pescoço, enquanto dançávamos bem devagar.

Eu estava um pouco apreensiva no começo quando ele começou a se aproximar de mim, afinal toda vez que ele chegava perto meu coração queria pular de meu peito, senti minhas mãos suarem frio enquanto fechava meus olhos, meus lábios se encaixaram perfeitamente aos dele conforme ele virou sua cabeça de lado e eu ao lado contrário, levei minha mão até seu rosto e o segurei firmemente, fui sentindo sua língua úmida entrar em minha boca e o desejo tomou conta de mim, seu corpo se colou ao meu como nunca havia colado antes o de alguém, eu queria aproveitar cada segundo daquele beijo. Eu não aguentava mais esperar, queria beija-lo como nunca havia beijado outro em minha vida. Antes que eu me desse conta já estava com meu corpo colado ao dele e o principal minha boca colada a dele, eu conseguia sentir sua respiração rápida e ofegante pela forma intensa que eu o beijava, fui explorando cada canto de sua boca com minha língua enquanto eu lentamente ia alisando o corpo dele com meus dedos.

Paramos o beijo alguns minutos depois, quando percebi o olhar de uma garota. A mesma garota que eu vi no racha, que me olhou indiferente. Acho que ela gostava do Hugo, para me olhar daquela forma. Vi também a Natália e todos olhavam para nós. Deixei que o Hugo me puxasse até o camarote, onde a Natália me olhou sorrindo assim que cheguei. Não me importei muito, eu estava feliz. Antes eu não bebia mais agora, quando a Natália me ofereceu vodca, simplesmente bebi. Eu queria parar de ser a certinha sempre e me soltar. Talvez, fosse o momento certo. A Natália me puxou até o banheiro.

— Babi! Eu não acredito, sério! — ela disse, rindo.

— Que dramática. — disse, fingindo não me importar com o fato de eu estar mudando.

— Cadê a Dani? — perguntou, enquanto ela passava batom. Após terminar, ela me ofereceu. A cor era vermelho. Respondi calmamente: — Não a deixei vir.

Ela me olhou me repreendendo.

— Da próxima vez, eu obrigo você deixa-la vir.

— Tenta. — ri.

— O Hugo faz isso por min. — piscou. Depois voltamos para o camarote. Pela primeira vez na minha vida, bebi tudo o que tinha de beber. Me arrependi até chegar em casa. Mamãe estava lá sentada no sofá, com a luz acesa.


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Notas finais do capítulo

Opaaaaa, a mãe da Babi pegou ela chegando tarde em casa, xi... Aí tem viu. Até amanhã, pessoal.



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