14° Desafio Sherlolly - Pequenas Ações escrita por sayuri1468


Capítulo 1
Capítulo 1




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Ok, quem ligava para os corações, chocolates, as músicas melosas e casais apaixonados que eram esfregados para a população naquela época do ano? Definitivamente, ao menos, ela não ligava! Já havia passado por essa data solteira inúmeras e incontáveis vezes, claro que ela não ligava! E também, não fazia a menor diferença. Ela estava entregando um presente a ele, não por conta dessa data estúpida, mas por que ela quis, oras! Não pode querer presentear um amigo sem segundas intenções? E dai que decidira presenteá-lo no Dia dos Namorados? Não tinha nada a ver!


Ela subiu as escadarias da Baker Street apenas para entregar- lhe o presente, e iria embora em seguida. Ela não estava esperando um convite para jantar ou o que ele entregasse pra ela outro presente. Claro que não! Ela sabia que isso não aconteceria.


- Sherlock! – chamou enquanto surgia pela porta de entrada.
Como sempre, lá estava o detetive em seu roupão, olhando pela janela enquanto tocava seu violino.


- Molly! – disse um pouco surpreso – Não esperava sua visita!


- Desculpe, eu vim sem avisar – falou um pouco constrangida – Só queria te entregar isso!


E estendeu um pequeno embrulho em direção ao rapaz. Sherlock depositou o violino na mesinha de centro e pegou o embrulho. Observou-o por alguns segundos e só então decidiu abri-lo. O detetive sorriu ao ver um pequeno boneco de pano seu dentro da caixa.


- Obrigado, Molly! – disse gentilmente – É adorável! Foi você quem fez?


A garota assentiu envergonhada.


- Eu não sabia se você ia gostar, mas achei que ficou tão bonitinho que eu quis dá-lo pra você! – justificou-se ainda embaraçada.


Sherlock se aproximou dela e a beijou na bochecha.


- Obrigado! – disse mais uma vez.


Apesar de estar ligeiramente envergonhada, a legista fez menção de dizer mais alguma coisa, porém foi impedida pela chegada inesperada de John.


- Olá! Molly, oi! Que surpresa! – falou o médico adentrando o flat.


Molly sorriu, tentando disfarçar seu desapontamento.


- Olá John! – virou-se para Sherlock – Bem, eu vou indo! Vejo vocês mais tarde então!

E dizendo isso, a garota sumiu pelas escadarias.


- O que Molly veio fazer aqui? – perguntou John enquanto se servia do chá que a Sra. Hudson havia deixado mais cedo.
- Ela veio me entregar um presente! – informou o outro, retomando seu violino.
- Ela veio te entregar um presente?! – perguntou novamente John, rindo logo em seguida.
- Não entendi o motivo da graça! – falou Sherlock estranhando o comportamento do amigo.
- Ela não podia ser mais óbvia, podia?! – falou o médico para si mesmo, enquanto abria o jornal.
- Seja mais específico!
- Não sabe mesmo que dia hoje?!
Sherlock negou, fazendo John voltar a rir.
- É dia dos Namorados, Sherlock! Não viu o excesso de corações espalhados pelas ruas ultimamente?!
Então, a ficha caiu para o detetive e seus olhos recaíram novamente na sua versão em miniatura que Molly fizera.
- Eu acho que Molly Hopper está apaixonada por você! – zombou John, enquanto virava a página do jornal.

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- Estúpida, estúpida, estúpida! – dizia mentalmente para si mesma, deitada em sua cama, enquanto socava seu travesseiro.
Afundou seu rosto no travesseiro e disse mais uma vez: Estúpiiidaaaa!
Não acreditava que havia feito aquilo, custava esperar mais uma semana para entregar o presente, hein Molly Hopper?
Ao menos Sherlock não percebera! E não sabia dizer se isso era bom ou ruim! Se ele fosse chama-la para jantar, bom; se ele não desse a mínima, ruim! Pensando bem, ele não ter percebido foi bom!
Deitou-se de barriga para cima e respirou fundo. “Vamos apenas esquecer que isso aconteceu!”- convenceu-se. Enrolou-se na coberta e dormiu. Amanhã tudo voltaria ao normal.


- Será que o vizinho não poderia abaixar a música? Estava alto demais, parecia até uma festa ao vivo. Tudo bem que era noite de dia dos Namorados, mas ela precisava dormir.
Foi até a janela e levou um susto. Não era uma festa e decidamente não era o vizinho, era Sherlock tocando seu violino.
- Sherlock! – exclamou surpresa.
O detetive sorriu para a moça, mas não parou de tocar. Continuou como se não tivesse sido interrompido. Molly olhou para os lados, todos os vizinhos olhavam admirados para Sherlock, e algumas moças sorriam de esgueira para Molly.
Quando terminou, ele atirou para Molly uma rosa vermelha embrulhada em um papel, fez um salamaleque para a legista e foi embora.
Molly ainda estava meio estarrecida com a cena, mas em meio aos aplausos dos vizinhos, ela voltou para dentro do quarto e desembrulhou a rosa. Sorriu.
Além da partitura da música que ele tocara – intitulada de “Minha Molly”-, estava um bilhete:

“Feliz dia dos Namorados, Molly Hopper! SH.”


Molly depositou aquele bilhete em seu peito e respirou fundo. Riu de felicidade e não pode resistir. Pegou seu celular, iria mandar uma mensagem a ele.
Porém, antes mesmo que terminasse de digitar, um sms havia chego.


“Espero que tenha gostado! SH”.


Deitou-se na cama e respondeu ao sms do detetive:
“Gostei bastante! Venha tocar todos os dias! MH”.
Riu da própria ousadia, mas ele saberia que ela estava brincando. Seu celular vibrou.


“Amanhã as 22! SH”.


Molly ficou perplexa. Ele não estava falando realmente sério, estava? Colocou o celular de lado e suspirou. Aquele havia sido o melhor dia dos Namorados que já tivera.


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