Holly escrita por OnlyGirl08


Capítulo 7
Não vou te machucar


Notas iniciais do capítulo

Olá! Desculpem a demora. Sim, não desiste da fic, por sinal, ela já está quase concluída em meu pc e irei postá-la o mais breve possível!
Para tirar o atraso, irei postar alguns capítulos seguidos!
Espero que gostem!
Por favor, qualquer sugestão, é agora ou nunca para a finalização da história.
Elogios e principalmente críticas construtivas são muito bem vindas tbm :)
Boa Leitura!



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~7~

Pip

pip

pip

Acordei meio tonta e vi que estava num centro de emergências, uma enfermeira anotava algo que tinha ao pé da minha cama em seu caderno.

—O que houve? - disse fraca.

—Você desmaiou, estava muito fraca. Colocou muito sangue para fora. - disse a enfermeira se aproximando. - Menina, não sentiu nada durante a noite?

—Não, nada!

—Bom, fizemos uns exames para ver se tinha te dado algum tipo de anestégico ou alguma droga, mas nada. Se foi alguém querendo fazer mal a você ou sua família não usou nada. Seu sono é normal; nem leve e nem pesado a ponto de não senti algo a perfurar e não acorda.

—Holly  Schneider! - um medico apareceu. - O que será que houve com a senhorita, ein?! - ele brincou enquanto checava a bolsa de soro.

—Doutor, a noite eu vi alguém me olhando... achei que era impressão, eu tava meio grog de sono e eu voltei a dormi logo em seguida.

—Hm... - o médico ficou pensando, mas depois passou a mão no corte em meus braços. - quem quer que foi só quis assustar, foi superficial mais não tanto para corromper algumas veias. Um milímetro a mais o estrago seria feio, porém, um milímetro a menos nada ia acontecer, isso é intrigante! - disse ele. - Seus tios tiveram que sair, eles já assinaram sua alta, você têm visitas. - ele saiu e um menino entrou.

—Holly! - Tom parecia ter ficado um bom tempo agoniado. Ele se ajoelho al lado da cama e tocou com leveza meus ferimentos, não doía. - Como você tá? Pelo amor de Deus, quem faria isso!? - ele começou a chorar apertando minha mão.

—Calma, Tom! Eu estou bem, eu prometo!

—Meu pai deixou você dormir lá alguns dias, ele não acha seguro dormir lá de novo e nem eu!-Meus tios não vão deixar. - contestei.

—Eles são dois... hurg! - ele gesticulou com raiva. - mal te deixaram aqui, assinaram os papeis e foram embora. O trabalho deles não é mais importante que sua saúde! - eu ri da forma protetora que ele estava agindo, afinal, ele sempre foi o doente e dessa vez sou eu.

—Holly? - senhor Fitz entrou de mansinho. - Como está, querida?-Estou bem, senhor Fitz, obrigada.

—Ficamos muito preocupados.

—Como souberam que eu estava aqui?

—Na verdade, estávamos no hospital para Tom fazer alguns exames, foi quando vimos seus tios e estranhamos. Eles foram embora, mas não se preocupe, irei deixá-la em casa para repousar.

—Pai! - Tom o olhou surpreso.

—Desculpa, mas eu tentei falar com os Watersons de Holly dormir lá, mas eles riram e disseram não.

—Tudo bem, eu vou ficar bem! Pode deixar, eu trancarei a casa!

Assim que o médico me passou algumas pomadas fomos para casa. Sr. Fitz me deixou lá e se certificou de que não tinha nada estranho lá antes de ir.

—Holly, qualquer coisa, pelo amor, nos procure. - disse ele à porta.

Tomei um banho para tirar o cheiro de hospital e o sangue seco e subi para o meu quarto. Coloquei uma roupa de cama limpa e fechei as janelas; fechei todas. Fiz uma torta de frango para almoçar e passei a tarde vendo TV.

—Holly! - alguém me gritou batendo a porta. Eu abri e lá estava Patrick Hermani com sua costumeira jaqueta de motoqueiro. - Mas que diabos aconteceu com você?

—Patrick? Entra... - ele passou e eu fechei a porta. - não sei, não quero falar nisso, só acho que tem um louco por aí brincando com facas.

—Senhor... - ele olhava meu braço assustado. - Bom, eu vim trazer a matéria do dia e ver como está.

—Obrigada. - peguei seu caderno e o coloquei na mesa.

—Vai ficar quanto tempo em casa?

—O médico me deu dois dias para cicatrizar melhor os ferimentos e passar o abalo emocional, mas eu estou bem, juro. - o que realmente estava.

—Pois siga as ordens médicas! É o melhor. Amanha eu venho te buscar para irmos à entrevista, ok?

—Ok.

—Ah, aqui! - ele anotou um numero na contra capa do livro que estava lendo. - liga para mim para qualquer coisa.

—Tudo bem. - disse rasgando o pedaço de papel e guardando no bolso.

—Então deixa eu ir, docinho. - revirei os olhos e o empurrei.

—Obrigada pela visita e o caderno.

—Nada... - ele colocou o capacete e antes de dizer tchau ele já tinha partido.

Eu não entendia o que estava me acontecendo, porém, eu sabia que não era normal; literalmente algo sobrenormal. Os olhos daquele ser a me vigiar, os sonhos loucos, como em meio ao silencio eu ouço tanto sem ouvir. Isso me assustava ao tempo que me fortalecia. Fui até a cozinha e senti algo ali, bem perto da geladeira, eu sabia, tinha algo ali: me encarando, sorrindo; em silencio. Não me dava medo, mas agonia. Como uma mãe que tem seu filho por bandido, não sentia medo do filho, mas não sabia do que ele era capaz. Dei um passo a frente e sabia que tinha algo a me fitar, eu estremeci com a ideia. Fugir? Para onde? Nunca estaria segura! Isso me perseguiria, era um fato, mas eu não sei se consigo lutar contra isso, se dá para lutar contra isso. Dei dois passos para tras e no som do silencio sabia que a coisa me chamava. Era bizarro saber que no meio do nada tinha algo. Relutante eu dei as costas e me apressei a sair dali e finalmente percebi:

O meu real perigo não estava em nada vivo, em nada que pudesse ser apalpado, preso, morto, nada que de fato eu consiga materialmente retirar da minha vida porque não era algo desse mundo. Eu fugiria e fugiria e nunca me livraria disso. Chorei ao pensar isso.

“Não vou te machucar....”

Essas palavras martelavam em meu subconsciente o que me deu ânsia.

—Sai. - disse a chorar. Ouvi a barulho de carro estacionando e nunca senti tamanha felicidade de ver meus tios em casa e só então percebi que esse jogo durou horas.

—Holly. - disse minha tia a me examinar. - Ta melhor, né? -Sim, eu acho. Fiz a janta. - anunciei e fomos à mesa. Meus tios não me perguntaram como vim para casa, nem o que o médico disse e nem se precisava de ajuda com os curativos. Mas foi melhor, eu me sentia melhor assim.

Subi para o meu quarto e deixei o rádio ligado baixo numa estação animada, abri o caderno de Patrick e ia decifrando seus garranchos enquanto os copiava em meu caderno e os relia. Precisava me distrair...

Precisava...

Distrair...


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