The New Caribbean - New Pirates on Seven Seas escrita por Black


Capítulo 19
Capítulo 18: Um Novo Destino


Notas iniciais do capítulo

People, i'm back!
O que acharam da aparição no capítulo anterior?
Este aqui vai dar algumas informações importantes sobre Elsa e Elena, então prestem atenção.
Espero que gostem e boa leitura!



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Depois do ocorrido no convés do navio, Elsa e Elena chamaram Anna a sair da cabine na qual estava escondida por ordem da loira e da morena. As mais velhas, sem qualquer dificuldade por terem três bons anos de prática em mentir, disseram que o ocorrido se devia apenas a alguns piratas encrenqueiros que se atreveram a desafiá-las e, tanto pela naturalidade e aparente sinceridade expressada pelas duas ao fazê-lo quanto pela absoluta confiança que passara a depositar nelas, Anna acreditou nelas sem pensar duas vezes.

Por fim, permaneceram no convés, conversando banalidades e com bastante bom humor, para felicidade de Anna, até que finalmente os tripulantes do navio retornassem à embarcação.

Kristoff imediatamente dirigiu-se a Elena, que estava sentada em um dos caixotes espalhados pelo convés, postando-se à frente dela.

– Ele deu uma resposta? – A morena perguntou inquisitiva, sem se importar se seria ouvida pelos demais tripulantes ou por Anna, uma vez que todos agora a olhavam com atenção. Elsa permanecera quieta brincando com uma mecha de seu cabelo claro, afinal sabia do que se tratava, tanto que não viu necessidade de dar qualquer verdadeira atenção ao fato.

– Sim. – Kristoff assentiu com um sorriso brincalhão emoldurando os lábios, claramente satisfeito por seu trabalho. – Ele quer encontra-las. – Anunciou.

– Onde? – Elsa se pronunciou, então atraindo os olhares dos tripulantes para ela, que ignorou.

– Isla de Muerta. – O loiro falou as palavras com visível dificuldade, uma vez que seu espanhol não era dos melhores e já estava bastante desgastado.

Elena revirou os olhos e bufou. Cada gesto seu simplesmente pingava tédio. Fez um movimento elegante com a mão, a qual Anna não conseguiu decifrar o sentido de imediato, e logo os tripulantes começaram a se mover apressadamente pelo navio, preparando a partida. Margo se dirigiu ao timão e, em poucos minutos, estavam novamente velejando pelo Caribe.

Anna então aproveitou a ocupação dos tripulantes para se reaproximar das capitãs do navio, que haviam permanecido em seus lugares, sentadas em caixotes próximos, olhando vagamente o mar que se estendia infinito à sua volta.

– Isla de Muerta? – Anna repetiu o dito anteriormente por Kristoff, falando com um pouco mais de maestria, afinal sabia espanhol por conta das aulas que, como princesa, era obrigada a ter.

– Sim. – Elsa concordou indiferente enquanto que Elena se manteve quieta e de olhos fixos nas águas escuras e geladas. – É onde costumamos atracar. É um bom lugar, se quer saber. O melhor esconderijo, em minha opinião. – Finalizou com um dar de ombros, sem emoção.

– Por quê? – A ruiva perguntou sem entender, afinal o que aquele lugar em específico podia ter de tão especial?

– Porque o que está escondido na Ilha dos Mortos não pode ser achado, exceto por aqueles que sabem onde fica. – A loira explicou claramente entediada, mas parecia pensativa, como se sua cabeça estivesse em algo realmente distante dali.

Mesmo sem entender muito bem o sentido da frase, Anna compreendeu que ninguém as acharia na tal ilha e, por fim, assentiu. Logo em seguida, fez a próxima pergunta que lhe viera à mente:

– E quem vocês vão encontrar lá? – Questionou inocente.

– Um velho amigo da mamãe. – Elsa deu de ombros e então inclinou a cabeça para trás, fitando o céu estrelado, tão infinito quanto o mar e igualmente belo.

– Ela também era pirata? – A ruiva perguntou curiosa. Tudo em Elsa e em Elena a fazia trasbordar de curiosidade, talvez pelo jeito sempre oculto em poucas palavras e risadas angelicais da qual elas partilhavam.

– De certa forma, sim. – A loira soltou um riso baixo, fazendo com que o som de coro de anjos ressoasse pelos ouvidos da mais nova, que a escutava atentamente. – Claro, não era mais tão ativa quanto um dia foi, principalmente depois que nós nascemos. – Revirou os olhos em atitude tediosa. Talvez aquela não fosse a primeira vez que revelava sua história a alguém. – Ela morreu no naufrágio do próprio navio, que foi atacado por piratas. – Anna viu um brilho amargurado e sombrio passar pelos olhos azul-gelo dela. – E, com ela, também morreu nosso padrasto, que a acompanhava. – Prosseguiu com um suspiro tristonho, embora a face permanecesse impassível.

– Padrasto? – A Princesa de Arendelle questionou confusa. – Sua mãe não era casada com o pai de vocês? – Franziu o cenho, estranhando um pouco a ideia.

– Não. – Elsa negou com um gesto curto da cabeça, mantendo seus olhos azuis no céu estrelado. – E por isso nós estamos aqui. – Gesticulou para si mesma e para Elena. – Quando ela morreu, viemos para cá, procurar o papai. – Explicou.

– E essa pessoa que iremos encontrar em Isla de Muerta sabe onde seu pai está. – Anna presumiu, conseguindo finalmente ligar os pontos da história complicada que havia por trás das grandes piratas sentadas perto de si.

– Se não souber, deve ter uma boa ideia. – A loira deu de ombros, finalmente dirigindo seu olhar a Anna. – Não acho que esta seja uma causa aterrorizadora, no final das contas. – Declarou com um pequeno sorriso de escárnio, divertindo-se. – Acho que é bem justo, por mais que ele não mereça que o procuremos. – Seu sorriso se desmanchou, deixando os lábios formando uma linha fina e dura, dando-a um ar impassível.

– Por que não? – A mais nova perguntou sem entender, afinal aquela parte não fazia sentido. Por que elas desperdiçariam anos de suas vidas em busca de alguém que elas sabiam não merecer seus esforços?

– Porque, mais de uma vez, ele abandonou a mamãe, nos abandonou. – Elsa explicou subitamente amargurada, algo que Anna achou estranho e difícil de imaginar em uma pessoa como a loira à sua frente. – Mas, se me permite, não quero falar sobre isso. – Desviou o olhar, fitando um ponto qualquer no convés em visível tentativa de não olhar a ruiva.

Silenciosamente, Anna assentiu. Provavelmente aquela fora a maior quantidade de palavras que conseguira trocar com as capitãs do navio, por mais que Elena houvesse se mantido quieta como se não escutasse nada, desde que fora levada até aquela embarcação. Não podia pedir a nenhuma delas mais do que isso, mais do que aquela confissão que Elsa lhe dera e, por mais que uma quantidade de perguntas maior ainda do que a que tinha no início martelasse incessantemente em sua cabeça, implorando para que ela saciasse sua curiosidade, não se sentia no direito de fazê-lo. Era hiperativa? Obviamente. Era curiosa? Sem qualquer sombra de dúvida. Porém, sabia bem quando era a hora de manter o silêncio, quando perguntas não seriam bem-vindas. Acatou ao pedido de Elsa e não fez mais nenhum questionamento, tampouco pronunciara qualquer outra palavra, o que deixara a loira um pouco mais tranquila, sabendo que a ruiva não iria insistir em ouvir o que ela guardava para si há três anos.

Sim, há três longos anos.

O silêncio perdurou por mais tempo desta vez e, diferentemente de outrora, nem Anna, nem Elsa e tampouco Elena pareciam inclinadas a quebra-lo. O único som provinha dos esforços não mais tão necessários dos tripulantes em fazer o navio se locomover, seus passos ecoando pelo convés e o som das ondas batendo no casco do navio. Era tranquilo.

Elsa só pedia aos céus que aquela tranquilidade não fosse perturbada pelo resto do caminho até onde tinham de ir, pois agora, depois de tanto tempo, tinham um destino mais uma vez:

Isla de Muerta.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Ficou bom?
PRECISO DE COMENTÁRIOS!