Duas vida, apenas uma escolha escrita por Hayssa


Capítulo 6
Casais


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem meu amor, acabei de brigar com meu pai para poder postar.



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A mansão tinha um estilo vitoriano, era enorme e eu havia adorado, me imaginei em uma cena de filme antigo, dançando em um baile com um rapaz se vestindo como um homem do estilo vitoriano, eu desci do carro e fiquei parada esperando ele estacionar o carro, entrei na casa sem entender nada e tinham varias pessoas, eu acho que empregados. Olhei para ele sem entender nada e ele apenas sorriu para mim, ele me levou até o quarto do andar de cima, tinham sete quartos na casa. Esqueci de dizer como era a decoração, do lado de fora tinha um enorme jardim que cobria toda a casa, na frente tinha um muro enorme, dentro da casa a decoração era linda, vários quadros pintados e o resto da decoração: vitoriana. Voltando a falar do andar de cima, tinha cinco quartos e todos eram do mesmo jeito, uma cômoda, uma cama perfeita e uma janela para a rua, no fim do corredor eram o banheiro feminino e ao lado o masculino, era muito bonito, eu havia adorado aquela mansão. O Sam sorriu para mim, e eu não resisti então sorri.

–Você pode me explicar o que exatamente é isso?- eu perguntei rindo.

–Esse é o quarto, eu me adiantei, pois amanhã a Julia, a Aria e o Lucas, irão vir amanhã para cá, combinamos em passar duas semanas de um estilo vitoriano, como antigamente.

–Entendi então esse era o seu grande plano?

–Claro, vem eu quero te mostrar uma coisa- ele me puxou e me levou ate o guarda roupa- essas são as roupas que você vai usar nessas duas semanas.

–Hum, eu adorei- eu falei- preciso tomar um bom banho.

–Eu vou esperar você na sala, se quiser pode começar a usar uma roupa.

–Tem algum que você goste menos?

–Não.

Aproximei-me dele e olhei no fundo dos olhos dele, por uma coisa que eu queria fazer: beijei-o, de um jeito louco em forma de gratidão aos planos dele. Ele foi embora e eu fechei a porta do quarto, peguei uma toalha que tinha no fim do guarda roupa e eu fui andando até o fim do corredor, tomei um banho e por uma infeliz coincidência tive que sair do banheiro de toalha, aquilo não era nada vitoriano, eu já havia visto essa frase em algum jogo. Fechei a porta do quarto e peguei um vestido amarelo, eu não entendia bem, por um milagre uma mulher subiu e veio me ajudar, ela ajudou-me a vestir aquele vestido, era muito bonito, me olhei no espelho e sorri, ela ainda me ajudou a ajeitar o cabelo. Eu havia ficado bonita, ou pelo menos eu estava me achando bonita.

–Obrigada... - eu falei

–Amanda.

–Obrigada Amanda.

Desci a escada me segurando no corrimão calmamente, andei calmamente até o fim do corredor enquanto admirava as belas pinturas nas paredes, ele estava sentado no sofá da sala, olhando o fogo crepitar na lareira, pigarreei fracamente e ele voltou á atenção para mim, ele me olhou dos pés a cabeça rindo e parou justamente nos meus olhos. Ele também estava bonito.

–Você está linda, por isso eu... – ele parou bruscamente a fala.

–Eu acho que começou a chover- eu falei ouvindo atentamente o barulho da chuva.

Ficamos conversando até dar meia noite e depois nos despedimos, a chuva havia piorado e havia começado a relampear, consegui dormir. O pesadelo me acordou, eu tinha ficado com medo e sai do quarto, a roupa de dormir era normal da minha época, andei lentamente até o quarto do Sam Meriand, bati na porta e depois de um bom tempo ele decidiu se levantar e abrir a porta, ele me olhou e sorriu, mas não pareceu surpreso.

–O que você está fazendo aqui á essa hora?- ele falou rindo.

–Eu meio que tive um pesadelo. E queria perguntar se posso dormir aqui, já que a cama é de casal?- perguntei meio sem jeito.

–Claro.

Entrei e meio sem jeito deitei na cama e me cobri, ele se deitou de frente para mim, eu fiquei incomodada com o olhar dele e fechei os olhos. De manhã logo cedo, escutei batidas na porta, levantei-me devagar e abri a porta, era a Aria, o Lucas e a Julia, as meninas ficaram rindo e o Lucas fechou a cara para mim, eu não entendi, eu acho que ele havia entendido errado a situação, sai dali e fui até o meu quarto, chamei a Amanda e pedi para ela me ajudar a me vestir, as meninas já estavam vestidas do mesmo jeito, eu desci a escada, as meninas estavam na sala de jantar, eu andei até a sala de estar. O Lucas havia ficado magnífico com aquela roupa, eu o olhei dos pés a cabeça rindo, do mesmo jeito que o Sam havia feito, ele não sorriu para mim.

–Lucas, eu posso falar com você?- perguntei calmamente a ele.

–Claro.

Ele caminhou comigo até a porta, abri e começamos a caminhar em silencio.

–O que você queria falar comigo exatamente?

–Eu quero esclarecer algumas coisas- eu falei olhando para ele- Primeiro: eu não fiz o que você estava pensando quando me viu no quarto do Sam, eu tive um pesadelo, e eu não sabia o que fazer então fui para lá.

–E porque exatamente você quer me explicar isso?

–Para não deixar um clima chato.

Ele me abraçou e eu sorri, ele parou e me olhou, e rindo muito, eu acabei fechando os olhos e me deixando levar por aquele momento, ele parou e eu senti a respiração dele perto do meu rosto, abri os olhos assustada com ele me beijando, mas depois acabei me deixando levar por aquilo. Aquele momento era errado, então me afastei dele, ele parou e continuou caminhando, eu fiquei parada olhando para ele indo embora, fiquei surpresa, coloquei a mão sobre a minha boca, olhei para cima e percebi o Sam olhando da janela, andei rapidamente para sair do campo e visão dele. Ele estava na sala de jantar com as meninas, eu evitei sentar perto dele, as meninas riam e cochichavam enquanto olhavam para mim.

–Sofia, eu e a Aria queremos falar com você, aposto que você vai gostar da conversa que vamos ter- Julia falou rindo.

–Posso saber o que se trata?- perguntei nervosamente.

–Não, mas você vai gostar- Aria falou de um jeito estranho que me surpreendeu.

As meninas saíram apressadamente da sala de jantar e ficamos apenas eu e o Sam calado em um silêncio mortal, constrangedor e que me deixou totalmente corada, ele me olhou e abaixou o rosto para que não me olhasse.

–Eu posso te fazer uma pergunta?- ele falou quebrando o silencio, o que me deixou um pouco aliviada.

–Sim, claro que pode- falei meio desempolgada.

–O que você realmente sente por mim?- perguntou de cara lavada, de um jeito frio.

–Como assim?- perguntei confusamente.

–Você sente algo por mim, não adianta negar- ele falou desapontadamente, meio frustrado- O que você realmente sente por mim? Você me ama? O meu sentimento é recíproco?

Eu não sabia o que falar, eu estava muito nervosa. A Julia entrou na sala rindo muito, ele me olhou e eu olhei para o chão.

–Sofia, você pode vir comigo aqui?

–Claro- eu falei rindo para ela.

Ela andou, quando eu comecei a ir atrás dela, o Sam puxou o meu braço e eu parei olhando para ele, ele diminuiu a força que estava fazendo no meu braço, sorriu pra mim, e ficou me olhando.

–Você não escapou da minha pergunta- ele falou sussurrando no meu ouvido.

Ele me deu um beijo na bochecha e sorriu, a Julia tinha voltado para ver onde eu estava.

–Eu não posso esperar muito, na verdade eu não posso esperar nada.

Andei silenciosamente com ela, ela me levou até o quarto dela e lá estava a Aria sentada no meio da cama, a Julia sentou e eu fechei a porta para conversamos. Sentei na ponta da cama e elas me olharam curiosamente.

–Qual o assunto da conversa?- perguntei curiosamente para as duas.

–Nós percebemos tudo o que acontece- a Julia falou- e percebemos que você beijou o Lucas e percebemos que o meu irmão esta apaixonado por você.

–E percebemos que você sente algo pelos dois.

Levantei-me e andei até o meu quarto, tirei as roupas vitorianas e coloquei as minhas roupas normais, eu deitei na cama e fiquei encarando a teto, eu não sabia o que eu estava fazendo ali, não sabia o que eu queria, e não sabia o que as meninas estavam falando, elas falavam sobre os meninos comigo. Acabei dormindo depois de um bom tempo, não porque estava sem sono, mas por causa de pensamentos inesperados que me rodeava a mente não me deixando em paz. De madrugada, acabei acordando com o rangido da minha porta abrindo e escutei o barulho de pés ao meu lado, olhei para cima e vi que era o Sam, mas ele não deveria estar ali.

–O que você está fazendo aqui?- perguntei assustada.

–Eu disse que você não iria escapar da minha pergunta.

–Mas podia ser amanhã, ou tinha que ser hoje?

–Era pra ter sido de tarde.

Ele desceu o rosto próximo ao meu, senti o cheiro dele e queria mais, ele me beijou docemente e continuou aprofundando, ele se afastou de mim e sorriu, eu não podia sorri, pois ele iria achar que eu estava afim dele, coisa que eu não estava, nem um pouco mesmo.

–Eu não sei, não adianta me pressionar, pois não sei- falei olhando para ele.

–E se eu te conquistar?- ele perguntou rindo- posso tentar?- ele perguntou.

Assenti rindo, ele se deitou comigo de conchinha, e eu não me senti incomodada, me senti bem. Eu sentia a respiração dele no meu ombro, ele ficava cheirando o meu ombro e dando leve beijos. Não acordei, eu não conseguia abrir os olhos e eu apenas escutava, escutava dizerem que eu não acordava, que eu não me mexia, achavam que eu estava morta.

Quando abri os olhos estava numa sala normal como qualquer outra, eu não estava mais na mansão, eu deveria estar na minha casa, olhei ao redor e vi que eu estava na mansão ainda, meu outro pensamento estava errado, abri os olhos de vez, não tinha ninguém ao meu redor, levantei com certo esforço e andei ate a porta, parei e olhei, o Sam e a Aria estavam no quarto, se beijando. Confusão geral na minha mente e procurei explicação lógica para aquilo, ela percebeu que eu estava ali, e quando me viu, se levantou e fechou a porta, desci a escada, eu estava com roupas normais, escutei barulhos vindo de uma sala mais ao longe, caminhei na direção do barulho e dei de cara com um porão, desci e vi que tinha uma mini televisão, sentei e comecei a assistir para afastar todo o tipo de pensamento que eu teria com o Sam e a Aria se beijando, acabei ficando por lá mesmo, parei no desenho animado da minha infância e fiquei assistindo, me apoiei em algumas almofadas, percebi os meus olhos umedecerem e eu sabia que estava a ponto de desmoronar emocionalmente, mas eu não podia chorar, eu não iria arrumar uma desculpa plausível para os olhos inchados. De noite a Julia desceu e veio até onde eu estava e não falou nada, não perguntou, apenas me confortou enquanto chorava depois de já ter desmoronado, eu não me importava mais, eu tinha que chorar. Quando criei coragem sai do porão e caminhei até o quarto do Lucas, ele estava dormindo, entrei e fechei a porta e ele continuou do mesmo jeito, me deitei e acabei dormindo com ele, eu não tinhas escolha, já que tinha visto aquilo de uma forma muito infantil e não era aquilo que eu queria ter visto. Na outra manhã eu coloquei a minha roupa normal, peguei meu MP4 e coloquei algumas musicas para tocar, principalmente as do Ed Sheeran e me deitei na grama para ficar calma, rindo um pouco da tentativa frustrada de me mexer sem usar os braços, peguei o livro A Maldição do Tigre e comecei a folhear, quando percebi a minha barriga já estava roncando de fome. Andei ate a cozinha e peguei um pouco de comida e voltei a me sentar, o resto da semana passou rápido, eu escutava cada barulho que vinha do quarto dos novos pombinhos: Sam e Aria, eles viviam juntos, e eu bem que estava começando a gostar dele.

Na manhã do ultimo dia da nossa estadia na mansão andei ao redor da propriedade com o Lucas, e a Julia conversando e apreciando o clima que estava fazendo aquela manhã. Na hora de partirmos, fui para casa com o Lucas e a Aria, eles não falavam de nada, apenas olhares constrangidos pelo espelho, olhei para trás e vi que ela estava rindo ao olhar para o celular. Ela me olhou e deu um sorriso em um tom agradável e contagiante.

–Sofia, eu posso sabe... Investir no Sam?- ela falou rindo.

–Claro que sim, afinal eu não tenho nada com ele- eu falei sorrindo de um jeito amoroso.

Continuamos o caminho todo sem falar nada e depois ao chegar a minha casa o Lucas saiu do carro e me abraçou pouco forte, beijei o levemente na bochecha e ele acabou corando, eu não entendia ele, pois ele já havia me beijado e mesmo assim corava á um beijo na bochecha e eu acabei sorrindo disso e entrei. Quando finalmente decidi sair de casa caminhei até um pequeno riacho que tinha a apenas dois quilômetros da minha casa. Eu ia uma vez por ano para aquele riacho com a minha mãe, mas quando eu completei sete anos minha mãe parou de ir o que realmente me deixou triste, eu continuei indo sozinha para aquele pedaço de paraíso próprio que era de todo a pequena cidade de Lodriennes, era com toda a certeza uma das melhores coisas da cidade, coloquei o MP4 próximo da beirada do rio e coloquei a musica para tocar no alto, sentei e coloquei os pés na água para me refrescar, as águas eram calmas e tinha um píer dando para o fundo do riacho. Escutei risos e quando olhei vi garotos, um moreno com cabelos pretos e um mais clarinho com cabelos loiros correndo para pular do píer, eu estava muito próximo quando a água espirrou e acabou molhando o meu MP4, senti o desespero, pois eu nunca iria comprar outro daquele, olhei com raiva para os garotos que agora me olhavam e tentavam sair da água.

–Seus imbecis, queimaram o meu MP4- falei com a raiva subindo pelo meu sangue.

–Calma moça nós não fizemos por mal, foi sem querer- o menino moreno falou se desculpando.

–Foi sem querer mesmo, não era a nossa intenção- o loirinho falou.

–Vocês estão me devendo um MP4 novo, ou eu vou atrás de vocês- falei diminuindo.

–Calma... Hãn, Como é o seu nome?- o moreninho perguntou

–Sofia- eu falei.

–O meu é Josh e o dele é Ben- o loirinho falou rindo para me acalmar.

–Espera ai, você é o garoto que me falou uma coisa super intrigante- falei diretamente para Josh.

–Ah, eu me lembro, a garota e os dois rapazes- ri do comentário dele.

–Não sabia que era conhecida assim- o Ben, falou rindo de um jeito amigável.

–Mas e como fica a situação do meu MP4?- perguntei

–Vamos te dar um- Ben, falou.

Assenti e sai do riacho, andei lentamente ate a minha casa rindo um pouco do incidente. Ao chegar em casa me dou com uma cena que eu não queria ver em nenhum momento da minha vida, isso eu posso garantir, sangue pela casa toda, mas era sangue de mentira, pois eu pude perceber, peguei um balde e comecei a tirar o sangue da casa, quando terminei já estava anoitecendo. A Aria estava na varanda, sentei com ela e coloquei o fone de ouvido para escutar com ela, ela estava ouvindo a musica So Far Away do A7x, eu fiquei parada ouvindo a playlist dela: A7x, Green Day, Nickelback, Evanescence, entre outras. Olhei para cima e percebi que o Sam estava olhando para nós, abaixei a cabeça e fiquei parada escutando, e apenas pensando em como conseguir tirar ele da minha cabeça, quando a Aria foi para casa, subi e andei até o meu quarto, fiquei parada na cama olhando para o espelho, percebi que o meu reflexo estava diferente, aproximei-me do espelho e sentei no chão. O reflexo ficou em pé, e eu sabia que aquilo era o meu outro eu.

–O que você fez?- eu perguntei.

–Eu te dei a sua vida dos sonhos, então não venha reclamar- ela falou- Porque você está assim?

–O Sam está ficando com a Aria- falei debochadamente.

–Ah, esqueci de contar que os acontecimentos que ocorrem aqui na realidade mudam o seu sonho- ela falou rindo inocentemente- Eles estão juntos aqui na realidade.

–Eu quero voltar para a realidade. Eu preciso mudar tudo- eu falei quase chorando.

–Você ainda não acabou o seu tempo aí, então só mais um pouco, e você voltará- ela falou sumindo.

Ela sumiu e me deixou novamente sozinha, fiquei parada olhando para o meu reflexo no espelho, desci apressadamente depois de ouvir a campainha e quando abri percebi que não era ninguém menos que o Benjamim e Josh, eles estavam com uma caixinha na mão, estava com um papel de presente. Abri e percebi que era um MP4 lilás, sorri e abracei os meninos. Eles sorriram para mim.

–Obrigada, muito obrigada mesmo- eu falei animada.

–De nada, tem algumas musicas já baixadas e espero que você goste- Benjamin falou rindo

Ele foram embora, subi e me joguei na cama, a musica que estava tocando era ótima, o nome da musica era: Do I Wanna Know? Do Artic Monkeys, eu acabei dormindo enquanto escutava a musica mais legal de todas. O meu sono foi calmo, não tive pesadelos, nem sonhos, pois eu já estava em um, ou seja, não podia sonhar, pelo menos não eu. Eu estava com uma duvida, eu não sabia se os outros sonhavam, eu também não tinha como saber, ri de toda a minha curiosidade, eu não podia sorrir disso, isso era ridículo ou ate mesmo demente. Quando você se sentir tão cabisbaixo pense que a minha vida está pior, chega de reclamar disso tudo, isso é bom, isso é a minha vida dos sonhos, então eu vou vivê-la e aproveitar ao máximo, era o que eu podia fazer, mas eu apenas ri e levantei da cama parecendo um zumbi, o que era normal para mim, eu andei lentamente até o banheiro, fiz um coque no cabelo e me olhei no espelho, disse palavras de coragem para mim mesma, e depois tomei um bom banho demorado, coloquei o vestido de corujinhas com pequenos bolsinhos de lado, uma tiara branca e o meu típico All Star, sorri porque agora eu parecia uma garota da capital, eu estava sorrindo de tudo, mas é bom sorrir e faz bem. Coloquei o MP4 tocando a mesma musica e fui andando para a escola, o clima estava agradável, o sol estava brilhando e fazendo um calor agradavelmente delicioso, eu queria ficar ali, ali era um bom lugar para sentar e escutar musica pelo resto do dia. Escutei alguém me chamando, mas acho que era somente a minha impressão, senti uma mão tocar no meu ombro, virei e olhei para ver quem era: o Lucas, ele sorriu e fez menção para que eu tirasse o fone, o que fiz rindo.

–Oi, eu estava gritando faz um tempo- ele falou ofegando como se tivesse acabado de correr uma maratona- Você vai á casa da Aria?

–Eu não ouvi, ganhei meu novo MP4- falei rindo e amostrando o negocio lilás na minha mão- Vou a casa dela fazer o que?

–Para irmos juntos para a escola- ele falou rindo meio sem jeito.

Escutei uma buzina de carro ao longe, percebi que era o carro do Sam, eu sorri por dentro e continuei neutra por dentro, olhei e vi que a Aria estava ao lado dele, ela estava com um óculo escuro, os cabelos soltos ao vento, e uma blusa do Green Day simplesmente perfeita, ela estava linda, o Sam parou o carro na nossa frente e ficou me encarando, o que danado ele queria me encarando?

–Eu acho que ela já tem compania para isso- falei sussurrando no ouvido do Lucas e ele riu.

–Vocês querem carona?- o Sam perguntou.

–Eu aceito- o Lucas falou depois de pular na parte de trás do carro.

–Eu prefiro ir andando, e aproveitando o clima agradável que está hoje- comentei com eles.

–Eu não acho bom que você ande sozinha- o Lucas falou se levantando.

–Não se preocupe, pode ficar, eu já sou bem crescidinha- falei.

Eles concordaram e seguiram caminho, continuei andando por um longo tempo quando encontrei uma pequena garota, deveria ter no mínimo sete anos, loira com olhos azuis, ela tinha caído da bicicleta e estava caída no chão, eu a ajudei a se levantar e ir pra casa que ficava ao lado da praça, acabei demorando um pouco para ir pra escola, cheguei e não tinha mais ninguém no campus da escola, o Lucas estava em pé na entrada da escola, ele sorriu e arqueou uma sobrancelha.

–Onde você estava?- ele perguntou em um tom preocupado.

–Eu tive que ajudar uma garota que tinha caído.

Ele correu e me puxou para a sala, conseguimos chegar antes de o professor entrar, eu sorri para a Aria e para o garoto que estava sentado na ultima cadeira, eu teria que sentar com ele, então fui gentil sorrindo. Sentei ao lado dele e ele se afastou um pouco, as aulas passaram, eu conversava com o Lucas enquanto pegava o livro de biologia, andamos calmamente para a sala 10ª A, sentei ao lado da Julia, eu nunca mais havia visto ela, ela sorriu pra mim e retribui.

–Estou precisando falar com você- a Julia falou baixinho.

–Sobre?

–O novo casal.

Eu fiquei pensando, o que seria que ela queria falar comigo, e eu não acho que seria uma boa coisa.

–Eu não agüento mais aqueles dois juntos- ela falou se referindo ao Sam e a Aria- Eles não param de se falar por mensagens, ela vive na minha casa e eles não param de fazer aquilo.

–Sinceramente eu não sei o que falar.

–Volta pra ele, faz ele se apaixonar por você- ela falou quase suplicando

Quando eu ia responder o professor reclamou comigo e me tirou de sala, andei até a quadra de esportes e fiquei sentada no banco, eu peguei o meu livro e comecei a folheá-lo, sorri por ler a melhor parte do capitulo, a parte clichê da historia: o popular conhece a garota normal. Esperei um bom tempo ate que a Aria, o Sam, o Lucas, a Julia, pelo menos assim eu não iria para casa sozinha, os meninos colocaram as coisas no carro e eu não queria voltar para casa de carro, rejeitei a carona e voltamos apenas eu e o Lucas pra casa andando, ele ficou rindo de mim e por um milagre eu andei abraçada com ele.


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Notas finais do capítulo

Favoritem, Divulguem, e Acompanhem :3



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