Para Você - Interativa escrita por Tadashi


Capítulo 4
#04 Um novo amanhã - Parte Final


Notas iniciais do capítulo

Um novo episódio, e este é o final do "Novo amanhã". Novos irão serem lançados e logo mais coisas serão respondidas!

Boa Leitura!



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A noite começaria a cair, e uma das únicas coisas que agora clareava as ruas daquela cidade era a lua que naquele período parecia estar em sua forma mais cheia e talvez mais brilhante. Dentro de uma das inúmeras lojas, estaria três pessoas a guardar produtos e a lacrar todas as entradas, deixando apenas uma aberta; a dos fundos.

A maioria dos pequenos produtos que ficam em prateleiras altas caíram devido a o tremor que aconteceria a alguns minutos atrás, e na verdade, ainda nenhuma autoridade teria informado sobre isto para as pessoas daquela região, oque os deixava cada vez mais preocupados, afinal, em acontecimentos como estes era básico saber que poderia ser talvez até mesmo perigoso ficar naqueles locais.

— Senhor Ravel, não acha melhor irmos em bora ou ao menos conseguir algum tipo de informação sobre o tremor? — Disse um dos jovens ali presentes.

Quando questionado, Richard colocou a mão na cabeça enquanto mantinha-se pensativo. Era primeira vez em anos que não tinha um daqueles tremores de terra, e como qual quer um, sua preocupação era obviamente transmitida... Apesar de tudo era um velho que nunca deixaria para trás sua loja que tanto o ajudou durante anos.

— Nós vamos... Mas quando acabarmos de arrumar a loja! — Informou, enquanto continuaria a arrumar sua loja.

Na loja haviam duas pessoas que na verdade eram novos no trabalho; Kenai e Megan. Ambos tinham um grande problema em ficarem juntos no mesmo lugar, e devido a isto, normalmente faziam turnos separados, porém no dia em questão acabaram tendo que atenderem no mesmo dia por causa da quantidade exagerada de pessoas que foram na loja naquele dia.

— Tsc... Terei de ficar mais tempo com esses idiotas — Sussurrou Megan, enquanto fechava seu rosto e simplesmente continuava abaixada. Ela estava ali só pelo fato de que o Sr. Ravel deu um pequeno aumento salarial para ela... Não se engane, Megan realmente estaria ali pelo dinheiro, mas mesmo assim aquele dinheiro iria ajudar mais sua irmã do que ela mesma.

— Nosso expediente já acabou há vinte minutos, Sr. Ravel — Retrucou Kenai, enquanto demonstrava um pouco de impaciência.

Apesar de tudo, igual a Megan, Kenai estava apenas preocupado com uma pessoa de sua família; Bruna, sua sobrinha... Ela morava perto da cidade grande junto a sua irmã, e mesmo já tentando ligar inúmeras vezes para a mesma, sempre aparecia a mesma mensagem informando estar sem área...

Mesmo assim era um tanto quanto improvável Ravel deixar ambos irem sem arrumar, e como já era previsível o senhor simplesmente mantinha-se calado enquanto continuaria a arrumar as coisas em sua loja.

Tudo estava até calmo, mas a falta de luz não ajudava em nada os três a arrumarem a loja, e cansada, Megan levantou-se enquanto andaria até uma das portas que levaria a mesma para a "área de funcionários". Ela estava um pouco apertada, e aquele tempo ali há deixou realmente brava, infelizmente Kenai não sabia disso.

— Ei, acha que vai escapar do trabalho?! — Exclamou, com um rosto fechado enquanto se levantava a pegando pelo braço. Kenai tinha feito aquilo pelo fato de que pensava que Megan iria sair da loja e deixar Ravel e ele para trabalhar.

— Vou ir no banheiro, porque? Quer ir comigo? Não sabia que tinha tanto amor por mim, seu merdinha pervertido. — Respondeu Megan enquanto dava um sorriso de canto de rosto, demonstrando um humor negro.

Visto seu erro, Kenai a soltou e simplesmente voltou a se abaixar enquanto voltaria ajudar.

[...]

Megan finalmente sairá do banheiro após cerca de dez minutos. Tinha sim enrolado um pouco, e após este tempo começaria a dar passos lentos até onde teria possivelmente mais trabalho para ela... Isso a deixava nervosa.

E por fim chegaria perto da porta de entrada da loja. Curiosa, simplesmente começou a olhar pela janela... A lua dava pouca luz, mas pelo que a mesma tinha visão, conseguirá enxergar um pouco de fumaça no lado noroeste de onde estava. Era longe, e o fato da mesma conter uma coloração um tanto quanto estranha fazia a mesma ficar cada vez mais curiosa.

Enquanto olhava para a grande quantidade de fumaça vermelha, acabou perdendo um pouco de tempo naquele local, e durante um dos segundos ainda parada, acabou sofrendo um forte susto que a fez gritar. Um homem teria dado um tapa diretamente no vidro da loja.

— MERDA! — Gritou assustada.

Recuperando a calma, Megan simplesmente sorriria enquanto olhava para o homem. Sem abrir a porta, ela apontava para uma das placas e tal estaria escrita com uma cor forte "Fechado", porém o homem não parecia querer respeitar nem um pouco aquela placa.

"Oque esse idiota quer?" Pensou, com um sorriso falso estampado em sua boca.

Por fim, em uma sábia ação resolveu contar a Ravel, seu patrão, sobre aquele homem que estaria em pé a frente da porta com um sorriso, e correndo, a jovem fora até onde estaria seus dois outros parceiros de trabalho.

Ambos já tinham terminado de re-organizar as coisas, e também já começariam preparar-se para ir em bora. Fechando o rosto, a garota simplesmente começou a falar com o velho.

— Hey, Sr. Ravel... Tem um Cara batendo na porta. Já disse que estava fechado, mas ele parece ser idiota o suficiente para não entender. —

Kenai simplesmente fechou o rosto, demonstrando não se importar. Em suas costas uma mochila, e enquanto ele começaria a andar para a porta dos fundos, que estaria aberta, ele apenas daria as costas para todos ali.

Ravel, após andar até a porta, se surpreendeu com oque viu. O velho por ter muito tempo de trabalho conhecia a maioria das pessoas que moravam naquele local, mas o que ele viu foi simplesmente algo que o assombrou... Um Ex-Assassino que fora muito conhecido durante sua época.

— Estamos fechados! — Gritou Ravel, enquanto simplesmente empurrou levemente Megan para a saída daquele local. O homem pararia de bater a porta, e agora parecia ir em bora.

— Por que está fazendo isto? — Perguntou Megan, demonstrando surpresa. Em outras vezes que esta mesma coisa aconteceu, Ravel tinha mania de deixar os outros entrarem pois sempre achar que talvez fosse algum tipo de emergência.

— Nada. — Respondeu, encobrindo fatos importantes enquanto aproximava-se da saída.

Megan pegou sua bolsa durante o caminho e simplesmente começaria a seguir para fora. Ela estava cansada e por isso simplesmente decidiu não mais perguntar por nada.

Por morarem um perto do outo, Sr. Ravel sempre dava carona para Megan, que sempre pegava expedientes noturnos, e como já era de praxe, Ravel com um sorriso convidativo, perguntou para a mesma se queria uma carona.

— Tá... — Respondeu, Megan enquanto entraria no carro.

Ravel estava preocupado com o que tinha visto, e por isto não esperou muito para começar a dirigir e por fim ir rapidamente para sua casa. Apesar de tudo, demonstrava uma certa preocupação com Kenai que teria saído a mais tempo.

"Talvez não devesse julgar um homem pelo que ele fez no passado" Pensou durante os primeiros minutos que Ravel dirigia... Poderia estar certo, mas talvez sua ação anterior fora quase padrão de qual quer pessoa com uma sanidade mental em atividade normal.

— Sr. Ravel, está preocupado com oque? — Perguntou Megan, enquanto se maquiava.

— Não é nada. Estou pensando se deveria ter deixado aquele homem para fora. Foi uma coisa ruim. — Respondeu, enquanto virou a primeira direita.

Uma viagem tranquila, até que foram basicamente parados por uma quantia um tanto quanto grande de policiais. O velho parou o carro, e abriu o vitro de seu carro. Estava surpreso, e enquanto sairá do carro, decidiu perguntar oque estava a acontecer.

Uma pergunta um tanto quanto direta, mas realmente perspicaz, afinal a resposta veio logo em seguida.

— Estamos tendo problemas com algumas coisas. O terremoto causou inúmeros estragos na luz, e não poderemos deixa-lo passar daqui para frente. — Respondeu um dos policiais enquanto apenas demonstrava frieza.

Estava a encobrir coisas e isto era óbvio até mesmo para Ravel, que normalmente se fazia de idiota para não chamar muita atenção.

— Mas eu preciso falar com minha mulher. Ela está em uma área de risco, não é? Então! Como podem deixar pessoas em uma área como esta!? — Perguntou, enquanto cruzava os braços.

O policial suspirou, e por fim, quando finalmente responderia, um de seus companheiros sussurrou algo em seu ouvido.

— Tiramos todas as pessoas desta área. Sua mulher deve estar em um hospital ou andando pela rua. — Indagou o policial, após ter algo falado em seus ouvidos.

— Ah, entendo. — Respondeu Ravel, dando um sorriso e começado a voltar para o carro.

— Então tentarei a achar. Até mais. — Finalizou, simplesmente entrando em seu carro e fechando a porta do mesmo.

Em seguida de tudo isto, virou para Megan e informou a ela tudo que estaria a acontecer, e ao final, a fez uma pergunta um tanto quanto difícil de se responder.

— Virá comigo? Eu preciso achar minha esposa. —

Ravel estava completamente decidido, mas apesar de tudo, com medo. Não sabia oque poderia acontecer ou ter acontecido com sua mulher.

Megan não tinha o porque de voltar a não ser o fato de que sua casa era lá. Ela sabia que poderia ser perigoso, e na verdade, não se importava muito com este fato.

— Eu realmente estou precisando pegar uma coisa em minha casa. — Ela o respondeu, e por fim, ele simplesmente começou a voltar para trás com seu carro. Sabia de alguns caminhos terrestres que possivelmente seria fácil de chegar até a cidade vizinha.

[...]

Diferente de seus outros companheiros de trabalho, Kenai morava perto dali, e ao chegar em sua casa, simplesmente desabou em seu sofá. Estava cansado, e além disto precisava dormir. Estava com insônia a três dias, e durante todo este tempo ficará sem dormir.

— Está sem luz, e meu celular está descarregado... Talvez consiga dormir — Disse ele, colocando sua mão direita em seus olhos, e por fim, tentando dormir.

[...]

Talvez o fim para Allen seria realmente bom. Talvez seu destino realmente teria sido ficar amargurado com o passar dos anos, vendo sua família cada vez mais o deixa-lo para lá. Seu Pai nem mais o olhava no rosto, e mesmo sempre o ajudando, sua Mãe não podia fazer nada para fazer com que as coisas melhorassem para ele. Seu irmão era quase perfeito. Controlado, tinha uma saúde perfeita e tinha uma facilidade visível em liderança... Era tudo que seu pai queria que seu filho primogênito, Allen, tivesse. Nem sempre as coisas são como mais queremos.

Por nascer prematuro, Allen já teve que tentar sobreviver desde pequeno, e oque o levava a isto? Nem ele mesmo sabia. Era uma vontade quase que animal de sempre fazer o máximo para sobreviver, e mesmo tendo uma vida difícil, nunca imaginou-se morrendo.

Pouco a pouco, enquanto suas forças eram sugadas, e sua sanidade mental parecia estar no auge da loucura, Allen exprimiu palavras de seu interior.

— Eu... Não vou Morrer! — Disse ainda caído e com muita dificuldade.

Sua força estava basicamente acabada, mas mesmo assim o garoto ainda começaria a se arrastar. Iria conseguir sair daquele local?

[...]

Ao chegarmos no hospital, observamos um grupo um tanto quanto grande de pessoas e dentre elas, mulheres com roupas brancas... Eram enfermeiras. Estavam tendo o trabalho de acalmar e tratar ferimentos leves, e era um tanto quanto desconfortável ver tantos a sofrer.

Uma das enfermeiras ao nos ver chegando, fora até nós e perguntou se estávamos bem. Respondemos com a cabeça em sim, mas a verdade era outra. Estávamos assustados e cheio de incertezas, e enquanto a mulher nos guiava, a Mãe de Rob veio até nós.

— Crianças, estão bem? E Rob, onde está? — Perguntou a senhora, enquanto demonstrava estar super ativa.

Não tínhamos como realmente responder, afinal como iríamos ter frieza o suficiente em chegar até ela, olhar nos olhos dela e simplesmente falar "Seu filho está morto"... Era improvável e impossível...

Todos, e inclusive eu abaixamos a cabeça por um segundo, e até mesmo senti-me culpado... E... eu tinha que falar para ela sobre seu filho, e quando finalmente tomei um pouco de coragem, vi o inimaginável; Leona tomou a frente.

— Rob não veio conosco hoje. — Falou, friamente.

Me senti mais culpado ainda, estava com medo de falar algo, e os nossos outros amigos também então, sem mais oque fazer decidimos ficar calados durante aquela resposta.

— Sério? Normalmente ele odeia ficar em casa. — Finalizou enquanto simplesmente viraria-se.

— Estão falando que irão levar alguns de vocês para fora da cidade, então tentem ligar para Rob. Quero que ele vá com vocês... Ele é a única coisa que tenho na vida. — Falou a enfermeira, enquanto seguia para novas pessoas que chegariam.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem.

Comentem oque estão achando e desta vez, caso tenham alguma ideia do que pode acontecer e.e Postem oque acham que vai acontecer. Quero ver as ideias de meus leitores!

Lembre-se, oque nos motiva a escrever são seus comentários mesmo com criticas!