Saint Seiya - Restauração escrita por DK Fanfiction


Capítulo 3
2 - Daisuke, o protetor inesperado


Notas iniciais do capítulo

Olá leitor! Nesse capítulo, apresento o meu primeiro personagem original: Daisuke. Boa leitura!



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Ao abrir os olhos novamente, Saori está em uma cama de hospital. O ambiente é branco, uma janela pequena com vista para uma baía, mas sem televisão ou maiores distrações. “Parece a Fundação Graad”, pensa. Existe mais uma cama dividindo o ambiente – mas uma tela a impede de ver quem é.

Não fosse pelas fortes lembranças que rondam sua mente, poderia imaginar que toda a Guerra Santa não fora mais que um simples sonho... mas logo uma forte falta de ar a faz lembrar de que tudo fora realidade. O que fazia em um quarto de hospital, então? E os cavaleiros?

Alguém abre a porta. Parece um doutor. Masé tão jovem... dá pra ver, por detrás de máscara.

Doutor: Então você acordou... como se sente?

Saori: O... olá... onde estou?

Doutor: Fique tranqüila, você está na Grécia, senhorita Saori. Ou deveria dizer... Atena? – Ele tira a máscara e a touca, revelando seus cabelos escuros e grossos, seu rosto triangular – e uma longa cicatriz, na altura do pescoço. “Essa cicatriz... será que é ele?” – pensa.

Saori: Esse rosto... essa cicatriz... não é possível... Daisuke, é você?

Daisuke sorriu, enquanto seguia conferindo os aparelhos e a medicação da jovem “paciente”. Ela parecia não acreditar. E continua:

Saori: Eu me lembro claramente de ter visto o atestado de óbito de Daisuke, mas você lembra tanto ele... como é possível?

Ele olha para Saori com um misto de carinho e consternação. Afinal, fazia 14 anos que ele a tinha visto pela última vez.

Daisuke: Penso que você deve descansar, Atena. Seu corpo humano é frágil, e seu cosmo está fraco... teremos tempo para conversar. Mas se posso te deixar mais tranqüila, saiba que sim, sou Daisuke. E você está protegida aqui. O Santuário também, não se aflija.

Saori: Mas, você deveria estar morto! Ou por acaso voltou do Mundo dos Mortos? E como sabe que o Santuário está protegido? Não entendo, não entendo... – os pensamentos se confundem, estão desconexos; ela começa a se sentir sonolenta; instantes depois, dorme, confusa e inquieta. A última imagem em sua mente era a de seu jovem companheiro de orfanato, o qual achava ter morrido, e que agora cuidava dela como se fosse um médico!

Ao acordar novamente, Saori vê Tatsumi, seu fiel escudeiro, dormindo ao seu lado, sentado em uma cadeira. Ao vê-la acordar, ele prontamente acorda também:

Tatsumi: Senhorita Saori! Como se sente?

Saori: Tatsumi. Que bom vê-lo! Me sinto melhor, obrigada...

Tatsumi: Preciso informá-la sobre os últimos acontecimentos, pois acredito que esteja um pouco confusa...

Saori: De fato, estou... eu acho que vi Daisuke aqui no meu quarto, na última vez que acordei. Você se lembra dele?

Tatsumi tenta se lembrar. O nome não é estranho. Mas, tantas pessoas passaram pela vida de Saori nos últimos anos, como ele poderia... até que se lembrou.

É claro, Daisuke. Um dos filhos de Mitsumasa Kido, criados como órfãos pela Fundação Graad... um dos mais difíceis de se lidar. Tão rebelde quanto Ikki, tão briguento quanto Seiya – e tão fiel a Saori quanto Jabu. Sua fidelidade, inclusive, quase lhe custou a vida.

Tatsumi: S-sim, me lembro... mas, creio que ele morreu, durante seu treinamento lá no Japão. Acho até que recebemos o atestado de óbito dele! A senhorita tem certeza de que o viu?

Daisuke: Sim, Tatsumi. Ela me viu. – O jovem entra no quarto, vestindo uma camiseta branca, com detalhes azuis nas mangas, calças jeans e seu jaleco branco no braço esquerdo. – É bom revê-lo, de verdade. E é bom vê-la bem disposta, Atena. No entanto, apesar de estar se recuperando, precisamos conversar. Quero sua autorização para tomar meu posto e ajudá-la a proteger o Santuário.

Saori: Tatsumi deixe-nos, por favor. – Ele obedece, saindo e fechando a porta. - Ajuda, Daisuke? Proteger o Santuário? Como?

Um cosmo começa a emanar de Daisuke. Um cosmo forte, mas nobre. Ele se aproxima de Saori, se ajoelhando à beira de sua cama, e declara:

Daisuke: Eu sou o herdeiro da armadura de Prata de Altar. E preciso ser consagrado Cavaleiro, conforme a vontade de meu mestre, Nikol!

Saori: Então você é discípulo de Nikol de Altar, o auxiliar do Grande Mestre que lutou e morreu na última Gigantomaquia?

Daisuke: Sim. Naquele dia, há 18 anos, eu fui indicado para ser enviado à Grécia, assim como Seiya. Mas enquanto ele foi para o Santuário, eu fui mandado ao mestre Nikol.

Saori: Lembro-me bem dele. Precisamos convocá-lo a assumir seu lugar como Grande Mestre substituto logo após a revolta de Saga, mas nunca soubemos de você. Pelo contrário, sempre achávamos que a única discípula do Nikol era Yuuri de Sextante, a amazona de bronze...

Daisuke: Nós treinamos juntos! – Ele interrompe Saori, quase que por reflexo, mas é autorizado a prosseguir. – Eu a conheci quando cheguei à Grécia, e treinamos juntos por muito tempo! Soube que o plano era que batalhássemos pela armadura de Sextante, mas meu mestre não permitiu...

Saori: E por que ele não permitiu?

Daisuke: Porque ele disse que a vontade da Armadura de Altar era que eu a herdasse, e que isso ocorreria em breve. Mas não disse quando, somente que eu saberia o momento de me apresentar. Quando eu soube que Saori Kido, a reencarnação de Atena, havia sido internada no hospital onde eu passei a trabalhar, descobri que era a hora.

Saori: Agora entendo... convoquei Nikol para assumir suas funções no Santuário, e ele não pôde levá-lo. Então a Fundação Graad o acolheu...

Daisuke: Sim, exatamente. Soube que os Cavaleiros de Atena passaram por muitas batalhas nos últimos cinco anos, e não me perdôo por não ter estado ao seu lado! Preciso assumir minha função e começar a protegê-la, junto aos outros! – Ele se ajoelha novamente, em um gesto de agonia e desespero.

Uma lágrima cai no chão frio. Nesse momento, Saori se apóia na cama, levantando-se em frente ao seu protetor, agora em prantos.

Saori: Daisuke. Olhe para mim. – Ele obedece, enxugando os olhos. – Você não tem de que se arrepender. As armaduras de Atena reconhecem seus donos e sabem o momento certo de convocá-lo. Você recebeu a armadura de Altar diretamente de Nikol, e eu posso ver em seu coração seu verdadeiro comprometimento. Você é um cavaleiro.

Um cosmo poderoso e acalentador ronda Saori, que assume uma fisionomia altiva, nobre... divina. Ela agora é Atena. O ambiente em volta deles muda totalmente, como se estivessem no próprio Templo da deusa.

Atena materializa o seu báculo dourado. Com ele em mãos, declara:

Saori: Outorgo a você, Daisuke, a Armadura de Prata de Altar, que prova sua condição de Cavaleiro. Sua missão é defender a Justiça sobre a Terra, com a própria vida se necessário. A Armadura Sagrada nunca deverá ser usada para fins pessoais, ou você correrá o risco de ser rejeitado por ela, ou mesmo destruído. Você entendeu suas responsabilidades, cavaleiro?

Daisuke: S-sim, nobre Atena. Vou proteger a Terra e defendê-la de todo o mal! – Ele se levanta, já como Daisuke de Altar. O primeiro novo aliado de Atena no mundo pós-Guerra Santa.

“Teremos muito trabalho. Precisamos dos outros.”, pensa ele. Sabe que tem uma tarefa a cumprir. E terá de cumprir já.


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Notas finais do capítulo

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