Sobrevivência do mais forte. escrita por Léo Veronezi


Capítulo 1
Capítulo 1 - Um lugar à retornar.




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E... Eu acordei.
Acordei como todas as noites normais ou quase normais. Suando, ofegante e sem saber aonde estava. Vasculhei com o olhar o pequeno quarto da minha casa, na Zona Leste de São Paulo, em busca do relógio de parede. Eram 5 horas da manhã, o horário normal de quando os pesadelos chegavam na sua pior parte, quando tudo simplesmente ficava escuro e eu acordava.
Levantei e peguei meu maço de Malboro Red, que ficava em cima do criado-mudo ao lado da minha adaga de 30 cm de lâmina negra.
Mas... Que falta de educação a minha, não me apresentei: Meu nome é Léo, tenho 17 anos, mais ou menos 1,78 de altura, pele morena de Sol, olhos castanhos escuros, cabelo negro em forma de um topete de algum bad boy dos anos 50, uma pulseira com as cores do Reggae no braço direito que havia um significado inigualável para mim, algumas cicatrizes pelo corpo esguio, porém com alguns músculos destacados pelas horas desgastantes e necessárias de treino. HÁ, esqueci de uma coisinha, sou filho de Hades, sim, o Deus do Submundo. Estranho? Talvez um pouco, sabe aquela história de deuses gregos e coisa e tal? Pois é, tudo é real, os deuses não perderam os velhos hábitos de namorar mortais e deixarem outros como eu, de resultado.

Já eram 5:30 e as nuvens já deixavam alguns feixes de luz atravessarem e incomodarem minha visão. Vesti uma camisa branca lisa, coloquei minha calça preta, amarrei com um cadarço (costume pego por conta de anos de Skate) um tênis preto da All-Star, luvas de couro e uma jaqueta de couro. A adaga escura com o símbolo de um esqueleto no cabo, pendia ao lado direito da minha cintura, minha espada de 90 cm de lamina negra com o símbolo da chave dos portões do submundo, brilhava em uma leve luz branca, o cabo era revestido de couro e no final dele, havia uma pedra escura, uma joia do submundo. Coloquei à em sua bainha do lado esquerdo do meu corpo, na bainha estava escrito ‘’ Cabine 13’’ em grego antigo, peguei tudo e saí do quarto. A casa não era grande, mas era o suficiente para um adolescente morar sozinho, tinha 5 cômodos: uma cozinha interligada com a sala, um quarto, um banheiro, um segundo quarto com alguns Kit’s de primeiro-socorros e uma maca e o quarto com um computador.

Apesar do céu estar azul, o vento carregava uma onda muito fria e desanimadora. HÁ, vocês devem estar pensando ‘’ E ele simplesmente vai sair de casa com uma adaga e uma espada sem que ninguém repare nele?’’, há um fator importante que esconde o meu mundo dos mortais, a Névoa. Ela modifica a ponto de não permitir que os mortais vejam o que realmente está aqui. Provavelmente veriam um taco de beisebol ou um bolso a parte. Fui até o meu carro, ou melhor o carro que eu peguei emprestado faz algumas semanas, um Monza 2.0, preto meio descascado e com alguns defeitos. Verifiquei todos os documentos falsos, se estavam nos seus devidos lugares, caso eu fosse parado e liguei o carro. Eu estava indo até o Aeroporto de Guarulhos, estava ficando com saudade dos meus amigos e do meu verdadeiro lar, porque apesar de qualquer coisa, todos temos um lugar para retornar. Acendi um cigarro, liguei o rádio e pisei no acelerador ao som de Black Sabbath – Heaven and Hell.


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