Crazy escrita por babylockser
Notas iniciais do capítulo
One GaLe ;3 Esses dois são muito fofos, cara ;3
- Volte aqui e me enfrente como um homem, salamandra! – sorri ao ouvir Gajeel. Vendo-o assim, nem parece que já passamos por tanta coisa. Nem parece que ele já fez tanta coisa.
- Homem que é homem não foge de uma luta! – Elfmann provocou, usando sua tão costumeira expressão. Natsu deixou Lucy de lado e foi até Gajeel, então, os dois começaram a discutir novamente. Por um motivo bobo, como sempre.
- Eles não aprendem. – Mirajane comentou, aproximando-se de mim. – Quando eles vão crescer?
Tive a leve impressão que ela não estava falando de Natsu e Gajeel. Seu olhar pairava em Laxus falando sobre alguma luta com a sua guarda pessoal.
- Por que não vai falar com ele? – indaguei com minhas sobrancelhas franzidas. Ela fez uma expressão de espanto que logo mudou-se para uma irritada.
- Oh, eu não! Dessa vez, ele que venha! – e voltou a atender o pessoal, fazendo questão de passar perto de Laxus. Maneei a cabeça negativamente. Dois orgulhosos juntos é isso que dá.
Voltei minha atenção para uma das duplas mais bagunceiras e arqueei uma de minhas azuladas sobrancelhas ao não encontra-los. Mas, eu tinha certeza que eles estavam ali...
- Procurando por mim, baixinha? – levei um susto ao ouvir a voz de Gajeel, atrás de mim. Virei-me para ele com uma expressão irritada, porém não consegui dizer nada. O sorriso que moldava seus lábios era lindo demais.
- Quer um lencinho? – ele perguntou e eu não tinha compreendido. Abri a boca para indagar, no entanto, ele respondeu antes mesmo de sair algum som de meus lábios. – Está escorrendo uma baba aqui. – e apontou para o canto de minha boca.
- Idiota. – reclamei, levantando-me da cadeira e rumando para fora da guilda. Era incrível como ele conseguia me acalmar e ao mesmo tempo me deixar irritada.
- Ei, não fica brava. – senti uma de suas mãos grandes circundarem meu pulso e me trazer para perto de si. – Você fica uma gracinha com esse nariz enrugado.
- Você fica uma gracinha quando não está me irritando. – rebati, cruzando meus braços.
- Ah, isso não vale. Temos que entrar em um acordo. – senti seus dedos ásperos tocarem minha bochecha direita.
- Você não me irrita e eu não fico irritada. Acordo benéfico aos dois. Simplesmente perfeito! – sorri irônica e ele riu alto. Sério, não entendi a graça da piada.
- Isso não é benéfico pra mim, baixinha. – trouxe-me para mais perto. Se não tivesse a grande diferença de altura de nós dois, nossas bocas estariam a poucos centímetros de distância. – É realmente uma droga você ser tão pequena.
- Que? Você que é muito alto! – bufei, indignada. Eu sabia disso, não precisava jogar na cara! Dei-lhe as costas e passei a andar de novo, saindo definitivamente da guilda. Longe de toda aquela bagunça e confusão. Eu amo, mas queria um tempo sozinha. Ou com o meu namorado irritante, talvez.
- Eu estava brincando, baixinha! – ouvi seus passos e percebi que ele estava logo atrás de mim. Acho que seria a segunda opção mesmo.
- Para de me chamar de baixinha! – exclamei, rolando meus olhos. Virei-me de repente e ele quase esbarra em mim com tudo.
- Caramba! Avisa que vai parar da próxima vez! – tsc, já falei para ele não falar palavrão. Mas, claro, Gajeel nunca me ouve.
- Um dia, ainda lavarei sua boca com sabão. – encolhi os ombros, pegando uma rua que ia em direção à biblioteca da cidade.
- Ainda prefiro que você lave-a com sua língua e saliva. – é sério, eu não ouvi isso. Devo estar ficando louca, só pode.
- Vou fingir que não escutei esse comentário esdrúxulo. – sorri de canto, imaginando que ele deveria estar se perguntando o que significava essa palavra.
- Não é esdrúxulo, baixinha. É um elogio. Você precisa aprender a interpretar melhor as minhas frases. – deixei meu queixo cair. Desde quando Gajeel sabia palavras assim?
- Você tem lido? – virei-me para ele, curiosa. Acho que nem Jet ou Droy saberiam o que era aquela palavra.
- A Bunny Girl me ensinou umas palavras difíceis. Ela disse que você ficaria surpresa. – soltou o seu famoso “Gi-hi”. – Parece que ela estava certa.
- Fico feliz em saber que você tem começado a apreciar o vocabulário mais formal e polido. – sorri, satisfeita e ele fez uma expressão confusa. Como se já tivesse se perdido na palavra “apreciar”.
- Não começa a confundir, baixinha. – ele reclamou com um bico. – Eu ainda não sou o cara de cabelo verde.
- Freed. – corrigi. Mania estranha de ficar colocando apelidos nos outros.
- É, tanto faz. – deu de ombros. – O que vamos fazer hoje?
- O que você vai fazer. – voltei a andar. – Eu vou para a biblioteca.
- De novo? – arqueei a sobrancelha ao ouvir isso. – Levy, você tem um namorado e precisa ficar com ele.
- O meu namorado tem estado muito ocupado discutindo com o “salamandra”. – retruquei com um bico infantil. Disse apenas a verdade, nada mais que a verdade.
- O seu namorado está andando atrás de você, agora. – ele rebateu e eu tive que concordar. Suspirei frustrada e parei de andar, novamente.
- Sério, na próxima vez que você parar desse jeito, eu vou te pegar no colo. – eu juro que não entendi qual era a ameaça na frase. Quem é que reclamaria por ser carregada?
- Isso foi uma ameaça? – pendi a cabeça para o lado, confusa.
- Não. Eu nunca mais vou ameaça-la de algo, baixinha. – o que ele disse foi tão, mas tão fofo que eu até ignorei a parte do baixinha.
- Ok, onde iremos? – comecei a dar meia volta. Fazer um tour pelas ruas de Magnólia.
- Parque? – Gajeel sugeriu. Parece ser uma ótima ideia. Assenti, sorrindo.
Continuamos andando em um silêncio bom. Não era constrangedor nem incômodo. Era... natural. Olhei para ele e sorri. Éramos tão diferentes, mas ao mesmo tempo tão iguais.
Isso me lembrava tanto aquele jogo. Quebra-cabeças. Eu acredito que nós éramos como um quebra-cabeça. Peças diferentes, porém que se completam perfeitamente.
- No que está pensando? – saí de meus devaneios ao ouvir sua voz. Ah, como eu amo esse som. Ele me traz tanta paz e proteção.
- Nada. – encolhi os ombros, enquanto virávamos uma rua e já podíamos ver o tal parque.
- Eu acho que você estava pensando em como eu sou lindo. – Gajeel brincou e eu rolei meus olhos. Eu não precisava pensar muito para chegar a essa conclusão.
Olhei fundo em seus olhos e sorri, pensando em algo.
- É loucura? – questionei, ignorando seu comentário. Ele me olhou com uma expressão confusa. – Gostar tanto assim de você.
- Pra falar a verdade, é. – respondeu, após conseguir compreender minha pergunta. Tínhamos chego no parque. – Quer dizer... eu te machuquei e você ainda me aceitou como sou.
- Não. Você não entendeu. – fitei o céu por alguns instantes. – Estou perguntando se é loucura eu gostar mais de você do que de mim. Se é loucura eu pensar em você primeiro e depois em mim. Se é loucura eu só me sentir feliz quando estou ao seu lado.
- Se isso for loucura, então eu também sou louco. – tive que rir com sua resposta. Gajeel conseguia ser um fofo quando queria. Quando queria.
- Somos todos loucos. – brinquei, mostrando minha língua. – Obrigada por tudo.
- Acho que essa frase deveria ser minha. – ri, vendo-o sentar embaixo de uma árvore. Fiz o mesmo, ficando ao seu lado.
- Não seja esdrúxulo! – zombei e ele fez uma careta. Ok, essa palavra nem se encaixa tão bem nesta frase.
- Não seja louca! – ele rebateu e depois de alguns instantes, voltou a falar. – Aliás, seja louca. Seja a minha louca.
- Apenas se você topar ser o meu louco. – provoquei, encostando minha cabeça em seu peitoral.
- Eu topo tudo, baixinha. Tudo se for com você. – sorri, sentindo seus dedos fazerem um leve carinho em meu cabelo.
Passamos a tarde inteira assim. Era em momentos assim que eu não me arrependia em nada por ter dado uma segunda chance a Gajeel. Ele era a pessoa que mais me entendia no mundo, que mais me amava, que mais me fazia feliz.
E o mais importante. Perto dele, eu poderia ser louca. Porque o nosso amor era uma loucura.
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