Zona B escrita por Bry Inside the Box


Capítulo 40
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu to muito sumida, eu sei. Mas é que eu to com uma dó de acabar essa fanfic ;-; Sabia que só vai ter mais três capítulos? Imagina, acabar no final do Mês? ;-; Não quero isso ;-;
Mas, pro pessoal que gosta das minhas histórias, aí vem uma nova. Só que, dessa vez, vai ser como uma comédia romântica, não vai ter futurismo nem nada, só umas coisas muito loucas aí e tal... Já revelo o nome à vocês: "Eu sei".
AGORA ESPEREM MAIS UNS MESES MUAUHAHUAHAHAH!
Eu vou avisar a todos, aqui, na Zona B, quando lançar a nova fic, então fiquem atentos :3
EEEENFIM, bom capítulo s2



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– O que foi?

Charmin voltou os olhos a Nick.

– Hum?

– O que estava olhando?

Pediu uma caneta ao garçom, que a entregou rapidamente, colheu um dos guardanapos do apoio e escreveu rapidamente “Exército a noventa graus”. O rapaz olhou e imediatamente reconheceu Jack. Voltou-se novamente para Charmin e, com um olhar questionador, pegou outro guardanapo.

“O que quer fazer?”

Deslizou o guardanapo até Charmin, que o olhou rapidamente e escreveu uma resposta.

“Tenho uma ideia”.

Nick consentiu; Charmin pegou outro guardanapo e escreveu um rápido recado, pediu ao garçom que entregasse à mesa com muitas pessoas, para a garota ruiva que estava de vestido preto com bolinhas.

O garçom praticamente correu até a mesa e entregou a Rose o bilhete, a garota perguntou que havia o mandado e o homem apontou para a moça loira com o ruivo na mesa distante. Claro que não os havia reconhecido, mas algo parecia familiar no sorriso de canto da garota de olhos azuis.

Abriu o bilhete e o leu com a testa franzida.

“Aposto o seu, agora meu, sutiã de renda azul que não acerta quem eu sou”.

A boca de Rose formou um “O” expressivo no momento que ela relembrou. Olhou para a mesa enquanto a Charmin loira e de cabelo curto acenava para ela com um “V” formado nos dedos. Pediu licença aos amigos e parentes da mesa e andou vagarosamente até a mesa onde o casal estava.

– Seu cabelo continua lindo, Rose! – Exclamou Charmin com um sorriso brilhante e nostálgico no rosto.

– Eu achei que... Você estava... – Apontou para Nícolas. – E você! Você praticamente desapareceu do mapa, que nem essa garota!

– Não quer sentar? – Perguntou o rapaz. Rose assentiu e ele puxou uma cadeira para que ela sentasse. Puxou um outro guardanapo e escreveu alguns minutos.

“Não mencione nossos reais nomes. Até mesmo as paredes têm ouvidos aqui, Rose. Fale comigo por Raphael e com Charmin, como Rosie. Não cite nada do exército nem nosso período lá, pergunte somente coisas genéricas e normais. Assim que pudermos, explicaremos tudo a você e aos outros”.

Rose olhou para os dois e acenou positivamente com o dedão.

– Então, há quanto tempo estão aqui? Estavam de viagem, certo?

Nick e Charmin entreolharam-se e sorriram.

– Meu primo nos convidou para vir. Vamos passar algum tempo aqui para resolver negócios de família, sabe?

– Sei, sim. – Rose pegou uma mecha da ponta da peruca de Charmin. – Seu cabelo está lindo, Rosie. Loiro combina mais com você do que eu jamais pensei.

– Obrigada, querida! – Agradeceu em um tom formal, mas doce e simpático. Com alguns dias de prática ao lado de Agatha, Charmin estava aprendendo a ser uma A. – Como vai Sam e os outros?

– Vão todos muito bem! – Observou a outra mesa. – Nos formamos hoje, oficialmente, mas nenhum de nós vai seguir a carreira no exército. Jenni vai fazer faculdade de biologia na mesma faculdade que Dilan. Eu e Sam vamos morar juntas numa casa de campo do interior, ter um pouco de paz, para variar.

Nick levantou o olhar que estava concentrado no vinho.

– E Jack? Como ele anda?

Rose sorriu ternamente.

– Ótimo, melhor que nunca. Arranjou uma namorada que, eu devo dizer, leva ele à loucura em todos os sentidos. Acredita que ela conseguiu tirar um sorriso dele nos primeiros cinco minutos da manhã? – Nick arregalou os olhos. Rose continuou. – O nome dela é Julian, ruiva e esperta, igualzinha a ele a não ser pelo fato entre as pernas.

– Que bom que ele arranjou alguém. – Fitou Charmin, depois segurando a mão dela. Sorriu minimamente. – Alguém que o deixe feliz.

– Vocês são tããão fofos juntos! – Rose colocou as duas mãos no rosto. – Bom, eu tenho que ir, queridos. Mas, entrem em contato comigo, para encontrarmos vocês dois e todo mundo rever-se. – Pegou um guardanapo e escreveu um telefone. – Aqui está o meu número, gente. Bye-bye!

Levantou-se, abraçou ambos e voltou à mesa. Os outros indagaram o que ela foi fazer; Rose simplesmente respondeu que foi falar com antigos amigos. O garçom voltou.

– Já decidiram o que vão pedir?

Nick abaixou o cardápio, que escondia seu rosto, e encarou Charmin com os olhos cinza-azulados um pouco mais iluminados que o costumeiro. Talvez fosse uma mera ilusão de sua mente, Charmin refletiu. Mas, algo neles estava... Brilhante demais.

– Sim. – Respondeu Nick. – Vamos querer esse – como se diz? – “Coq au vin”.

– Sim, senhor. – O garçom anotou em um bloquinho. – Alguma bebida?

– Champanhe. – Charmin falou. – “Veuve Cliquot”.

– Sim, senhora. Trarei o prato de vocês em alguns minutos.

O garçom se retirou; minutos depois uma moça de cabelo loiro platinado trouxe a garrafa da bebida, um tom amarelo na embalagem. Abriu-a, e colocou um pouco do líquido em duas pequenas taças para cada um.

– Por que você escolheu meu prato? – Indagou Charmin, bebericando o champanhe. – Meu Deus, como isso é bom!

Nick sorriu, tomando um pouco de sua taça e deslizando a unha do indicador pela borda, produzindo um som fino, mas baixo.

– Nós já comemos esse prato. – Confessou. – No nosso... Um, dois, três, quarto encontro.

– Sabia! – Exclamou ela, tombando a cabeça para o lado e apertando os olhos. – Mas, você sabe, eu posso muito bem escolher meu prato, Christopher.

– Sei que pode, Rosaline. – Sorriu e tocou levemente o nariz da garota. – Mas sou eu quem manda nessa relação, não você, fofinha.

– Na sua cabeça, fofinho.

Charmin estava prestes a começar um longo discurso sobre sua personalidade forte e dura por causa da longa história de vida quando, na primeira sílaba proferida, o garçom chegou com dois pratos, colocando um de cada lado.

– Seu pedido, senhores. – Colocou o os talheres na mesa. – Espero que gostem.

Charmin pegou o garfo e cutucou a comida. Uma fumaça saiu.

– Hum... Chris, o que é isso?

Enquanto ela investigava a comida, Nick comia o prato com gosto e vontade. Limpou a boca, cujas bordas estavam com um molho avermelhado escuro.

– Carne de galinha ao vinho com temperos.

– E como você sabe disso?

– Minha mãe costumava preparar nos aniversários. – Disse. – Antes de... Você sabe, todos aqueles problemas com meu pai.

Ela espetou o garfo, cortou um pedaço da carne e comeu. O gosto era salgado e levemente doce, uma mistura de sabores intensos e leves que possuíam harmonia e a deixaram encantada. Conseguia sentir gosto do vinho, o leve toque de salsa e alho.

– E era bom? – Perguntou ela, engolindo um pedaço de cogumelo.

– Muito. – Tomou o champanhe. – Quando tudo isso acabar, eu vou visitá-la e te levar, apresentar minha namorada de olhos exóticos.

Charmin sorriu. Era a primeira vez que falava dos olhos dela, e a primeira vez que a intitulava como sua namorada.

– Acha que ela vai gostar de mim?

– Claro que vai. Minha mãe vai adorar saber que uma garota conseguiu transformar o filho furacão ambulante em uma pessoa melhor que ela sempre quis que eu fosse, mas nunca conseguiu fazer.

– E você ainda diz que é a pessoa que manda na relação.

Ergueu os olhos, que estavam no prato, e fitou-a misteriosamente.

– Vamos ver.

***

– Estão prontos?

Todos no ambiente acenaram. Estavam agora passando pela America do Sul, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, ou o que restou de ambos. Will fechou o baú repleto das mais variadas armas, acertou a escopeta nos ombros e sentou-se no acento ao lado do motorista do ônibus.

A equipe havia aumentado, pois passaram por mais de seis antigos países, que atualmente eram províncias ou até mesmo vilas, e recrutaram o máximo de pessoas possíveis. Continham agora quatro ônibus, cada um com o limite de sessenta pessoas; muitas armas, dispositivos e outros equipamentos necessários para o ataque. Kyle dirigia o ônibus que conduzia aos outros, os cabelos ruivos estavam tampados por um gorro cinza, sujo de óleo de motor.

– Quanto tempo demora pra chegar até os NEUA? – Perguntou Will, enquanto ilustrava a perna. – Não podemos demorar mais de quatro dias.

Kyle fitou-o, entregando a ele uma graxa.

– Relaxa. – Estralou o pescoço. – Vão ser três dias e mais uma madrugada, depois nós abrigaremos todos nos alojamentos Leste, Oeste e Sul, e então é só revisar o plano. Dentro de cinco horas depois da chegada, podemos atacar.

– Tenho que confessar, Kyle, eu nunca estive tão ansioso pra alguma coisa. – Abaixou a boca da calça e mirou à frente. Era noite, a única iluminação era a das luzes do ônibus e de alguns poucos carros que passavam. – Falando em ansiedade, onde está James?

– A última vez que o vi, ele estava no segundo ônibus com Marissa e os menores.

– Quantos menores nós temos?

– Ao total, quarenta e três, com idade entre quinze e dezoito anos. Todos com treinamento básico e boa defesa, saudáveis e sem nenhum problema físico ou mental a não ser o extremo desejo de vingança.

Levantou-se.

– Vou falar com os outros e pedir pra passar mensagem.

Kyle acenou. Will pegou a bengala no canto do ônibus, estava cada vez com menos tempo para lubrificar a perna, deixando-a enferrujada e dificultando cada vez mais o passo. Mas, não podia reclamar. Muitos do que sobreviveram ao que ele sobreviveu estavam debaixo da terra. Pegou um boné militar que estava num dos assentos frontais, onde um homem e uma moça dormiam juntos e enlaçados. Sorriu, pois aquela cena lembrava os pais.

– Atenção, pessoal! – Chamou, esperando que todos voltassem à cabeça para ele. Apontou para uma espécie da rádio preso à parede. – Ligue pros outros ônibus e avise que falarei algo importante. – Um dos homens passou o recado e acenou com a mão para que prosseguisse.

“Primeiramente, obrigado por estarem aqui. Todos vocês, nossos queridos duzentos e quarenta e três sonhadores de um novo mundo, um mundo livre da diferença social. Quando eu era uma criança, a divisão entre zonas já existia, e eu sempre me senti preso a um sistema sedento por esperança e igualdade no qual eu soube que, se não fizesse nada, jamais teria. Então eu cresci e fui para o exército, pois precisava dar aos meus familiares uma boa vida para que não passassem fome no inverno e falta d’água no verão. Infelizmente, as coisas lá não foram como eu esperava; como todos vocês sabem: perdi metade da perna, e isso me impossibilita hoje de fazer muitas coisas que antes eu podia. Mas isso não me fez desistir; ao contrário, me deu mais forças para prosseguir. E eu acredito que é por isso que estamos aqui: todos nós já sofremos em nossa vida, alguns sofreram até demais. Mas, como diz as antigas religiões, somos todos árvores: Quando podadas ou com galhos cortados, quando passamos por dor e perda, não voltamos mais fracos, voltamos mais fortes, resistentes, indestrutíveis. Peço então a todos que me ouvem agora, novos e velhos, homens e mulheres, que lutem! Lutem por um futuro melhor para seus filhos, netos e bisnetos. Lutem por uma vida melhor, na qual não se diferencie uma pessoa pela sua cor, religião ou classe social. Lutem por uma sociedade onde a única coisa que realmente importe seja o coração. Lutem pela esperança, meus caros amigos. Lutem pelo que ainda resta de todos nós, pois nunca saberemos como é algo melhor se não lutarmos por ele, e nunca teremos certeza do que o futuro nos aguarda”.

***

Charmin retirou a bota, o casaco e as meias. Deitou na cama, que agora estava arrumada, com a saia espalhando-se pelas pernas. Ficou lá, deitada, por um longo tempo, pois chegara de tarde, quando o sol estava se pondo, e agora a Lua já atuava com as estrelas, como numa grande peça celestial.

Resolveu então levantar. Pegou a toalha que estava sobre a penteadeira, abriu a porta do banheiro e colocou a toalha sobre a pia. Saiu, tocando a campainha. Minutos depois, Agatha apareceu. Estava com uma roupa normal, dessa vez, e longos cabelos louros platinados caíam em cascatas pelo ombro. Charmin finalmente percebeu como era nova e bonita a moça a sua frente.

– Pois não, senhorita?

– Está indo embora?

– Estava sim. Mas não faz mal um último serviço. – Piscou e sorriu. – Precisa de algo?

– Sim. – Foi até o banheiro, Agatha seguiu-a. – Eu... Nunca tomei banho de banheira.

Por curtos segundos, Agatha espantou-se, mas então o semblante calmo voltou.

– Oh, sim. Vou lhe ajudar.

Abriu um pequeno armário e pegou dois frascos coloridos. Ligou a torneira e deixou que a água caísse por alguns minutos. Destampou o vermelho e jogou metade do líquido dentro na banheira. Em seguida, pegou o azul e pingou pequenas gotas pela água.

– Aromatizante e sabonete líquido. – Explicou ela. – Espere até que encha um pouco acima da metade e entre.

– Obrigada, Agatha.

A moça se retirou do banheiro, desejando a ela boa noite. Charmin retribuiu e adentrou ao cômodo novamente, tirando o vestido e as roupas íntimas. Desligou a torneira e sentou-se na banheira.

A sensação era relaxante, a água quente confortava o corpo gelado pelo clima do Inverno. As pontas do cabelo negro flutuavam na água e Charmin mexia os pés, fazendo pequenos movimentos de ondas.

Encostou-se à borda da banheira e fechou os olhos.

Desde que saiu de casa, de tarde, o único pensamento que permaneceu em sua mente fora Nick. O sorriso, os olhos, o modo como as mãos dele conseguiam ser incrivelmente quentes no mais gélido inverno ou como a pontinha de seu nariz ficava totalmente vermelho. E ela guardava cada detalhe como fotografias em sua memória.

Momentos assim a fazia lembrar-se de Nick quando mais novos. O cabelo dele, quando o havia conhecido, era grande e os cachos chegavam a fazer nós de tão enrolados que eram. Com o exército, o cabelo ficou menos agitado, ela conseguia distinguir. Não contou a ninguém, mas, cada dia que passava com ele, as memórias voltavam pouco a pouco e, como num quebra cabeça, montavam uma cena gigante e detalha: Ela e ele.

Desde aquele dia na B, quando o encontrou ao pé do Alojamento, com os pulsos e tornozelos feridos, as memórias voltavam. Mesmo sem ter visto os olhos dele tão profundamente naquela noite, ela, de certo modo, conseguia vê-los por baixo dos olhos, como se os tivesse visto mais de uma vez. Agora, tudo fazia sentido para Charmin.

Levantou a mão direita e fitou o anel. Por reflexo, sorriu, e mesmo que tentasse desmanchar o sorriso para parecer menos boba aos próprios olhos, ela não conseguiu. Não havia como conter a emoção dentro de si.

De repente, algo dentro de si a fez sair da banheira tão rápido que os pés bobearam e ela quase caiu, mas equilibrou-se, graças ao treinamento, e pegou a toalha. Enxugou-se, tirou a tampa da banheira para que a esvaziasse e saiu do banheiro, abrindo a porta do closet e vestindo um sutiã e uma calcinha. Colocou um vestido de malha branca transparente por cima, jogou a toalha na cama e abriu a porta que dividia o quarto dela com o de Nick.

Assim que a viu, parada na porta, Nick soltou o livro instintivamente. Repentinamente, Shakespeare não era tão importante quanto à garota a sua frente.

– Charmin?

Em passos curtos e muito lentos, Charmin se aproximou até chegar ao pé da cama de Nick. Os olhos dele revisavam entre os dela, o cabelo, ou o vestido que, naquele momento, mostrava duas peças azuis por baixo.

– Eu...

– Você acabou de sair do banho?

Começou a coçar o pulso esquerdo nervosamente. Havia tanto tempo que ela não fazia aquilo, que a ardência começou a ser maior que a dos meses atrás.

– Ah... Sim, como sabe?

Nick apontou para algum lugar de seu corpo, arrastando-se até onde ela estava, levantando-se e pegando uma mecha das pontas do cabelo de Charmin.

– Tá molhado. – Apertou o cabelo. – Tá até pingando. Senta aqui que eu vou enxugar, se não você pega uma gripe.

Empurrou-a levemente para a cama. Depois de sentada, Nick foi até o banheiro e pegou uma toalha, agachando-se à frente dela, puxando levemente as pontas e as apertando dentro da toalha.

– Você é muito descuidada, sabia? Desde nova é assim. – Diz. Charmin o olha ironicamente. – Tudo bem, eu era muito descuidado, mas você tinha lá seus momentos. Teve uma vez que eu fui a sua casa de madrugada para deixar uma blusa amarela de passarinhos pra você, porque são a sua cor e animal preferidos. E, quando eu cheguei, você estava dormindo com a toalha no corpo, tinha acabado de sair do banho e dormia naquele frio do nono círculo do Inferno, sem coberta nem nada.

– E o que você fez?

– Eu deixei a blusa, fui até o abrigo que eu morava, peguei a coberta mais grossa que tinha e te cobri até o nariz.

A garota riu curtamente.

– Achei que ia falar que me trocou de roupa.

Nick a olhou seriamente.

– Eu nunca toquei em você sem que você quisesse ou permitisse, e não faria logo num momento indefeso seu. Eu era um marginal, mas nem tanto.

As bochechas de ambos avermelharam-se.

– Desculpa. – Murmurou ela. Nick colocou a toalha no chão e abraçou a cintura de Charmin, descansando a cabeça no colo dela. Ela arregalou os olhos e cerrou as mãos. – O que você está...

Levantou a cabeça, deixando o queixo apoiado nas pernas dela. Os olhos refletiam a luz da lua que vinha pela janela, a única fonte de luz a não ser o abajur ao lado da cama do rapaz. Sorriu presunçosamente.

– É isso que namorados fazem, não?

Charmin contagiou-se pelo sorriso dele, e esboçou um também, acariciando o cabelo de Nick. Ele, então, foi levantando-se vagarosamente, fitando-a. Beijou-a uma, duas, três vezes, até que Charmin finalmente percebesse que já estava na outra ponta da cama, deitada com Nícolas por cima de si, os braços apoiados ao lado de seus ombros. Os olhos dele estavam agora escuros e o cabelo caía por cima da testa, o lábio inferior sendo mordido.

– Eu... Não vou fazer nada se não quiser, Charmin.

Lembrou-se de Will, e de como ele havia ficado espantado por Charmin e Nick nunca terem realmente se relacionado durante todos aqueles anos. Talvez, aquela fosse a hora. Quem sabe o que poderia acontecer em alguns dias? O importante, como sempre dizem, era aproveitar cada segundo de cada momento.

– E eu acho que, para fazermos isso, você tem que primeiro tirar minha roupa.

Um sorriso tremeu nos lábios de Nick, como se ele tivesse medo do que Charmin diria se sorrisse tão abertamente como desejava.

– Tem razão. – Ficou de joelhos na cama e deslizou os dois braços pelas pernas de Charmin até que alcançasse a barra de seu vestido. Lentamente, tirou-o, e, mesmo que tivesse segurado na primeira vez, o sorriso agora saía por todos os cantos da sala. Olhou para ela, arqueando uma das sobrancelhas em modo sugestivo. – Agora eu sei de qual sutiã você falava.

Jogou o vestido no outro canto do quarto e abaixou-se em encontro aos lábios dela.


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Notas finais do capítulo

Sim, eles transaram. Só digo isso. Boa noite, não se esqueçam da Tainha e do Vinho.



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