Nina e a Maldição da Serpente Emplumada escrita por Minininililas


Capítulo 1
A armadilha de Karkon e o coentro veloz - Part 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem da minha nova história!!! Contém muito mistério, divirtam-se bjs!!



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Adónisabanava a cauda e, com o focinho apoiado na pequena caixa de vidro em forma de estrela, observava curioso a estranha substância branca e flurescente que pairava no seu interior. Aquele brilho criava na obscuridade do aposento uma atmosfera mágica que parecia anunciar significativos e inquietantes acontecimentos. TambémPlatão,que se esfregava na barriga do grande dogue preto, parecia interessado. Ronronava, á espera de que o cão se decisse a dar uma patada no objeto fazendo-o cair da fofa almofada de cetim amarelo que Nina tin ha posto mesmo aos pés da cama dossel.

A Menina da Sexta Lua dormia sob o edredão azul-turquesa; o seu rosto tinha uma expressão tranquila. O silêncio delicado bem- aventurado que envolvia o quarto parecia ter afastado, pelo menos naquela noite natalícia, a traiçoeira Voz da Persuasão, uma criatura poderosa criada por Karkon Ca' d'Oro. A Voz tinha as feições de um monge sem sombra e sem rosto. Já há alguns dias que não entrava nos sonhos de Nina: decerto estava a tramar novas perigosas estratégias para convencer a rapariga de que o verdadeiro Bem estava no Mundo Escuro.

Nina tinha adormecido com o sorriso estampado nos lábios apesar de tudo o que a angustiava. Nina tinha adormecido com o sorriso estampado nos lábios apesar de tudo o que a angustiava.

No quarto azul reinava um daqueles silêncios invernais que se saboreiam no quentinho, quando a madrugada ainda não despontou e a noite deixou recordações alegres.

Cão e gato, porém, estavam realmente irrequietos: não viam a hora de acordar Nina para brincar com aquele estranho objeto luminoso que o professor Michajl Mesinskj, o sábio avô Misha, lhe tinha oferecido. De repentePlatãosaltou para a mesinha fazendo-a abanar e... o precioso maço dos alquitarôs e a antiga faca de Osíris, a Sikkim Qadim, caíram no tapete. Também estes, como a caixa em forma de estrela, eram presentes de Natal vindos de Xorax, a Sexta Lua, e aqueles presentes tinham um significado bem mais complexo do que o afecto com que tinham sido enviados á neta: em breve iam ser-lhes úteis numa autêntica guerra entre alquimistas.

Nina abriu os olhos, acordada pelos movimentos dePlatão.A gemer accendeu o pequeno candeeiro na mesa-de-cabeceira e dirigiu o olhar para os dois animais.

- Bolas, o que estão a fazer? Deixem-me dormir- resmungou aborrecida, mas na penumbra viu claramentequePlatãoatiradopara o chão os dois preciosos presentes. Sentou-se na cama e, antes sequer de apontar o dedo ao gato para repreender, fez cair a estrela de vidro da almofada aos seus pés. - Por todos os chocolates do mundo! Será que a parti!? - exclamou assustada.

Desceu logo da cama e apanhou-a, segurando-a com delicadeza entre mãos. Instintivamente olhou para a palma da sua mão direita para verificar a marca denascença em forma de estrela: estava perfeitamente normal, vermelha, portanto não se adivinhava qualquer perigo. Observando a forma da caixinha um pensamento atravessou-lhe a mente como um relâmpago: " Estrelas, sinais do destino alquímico. Este objeto é sem dúvida indispensável para a salvação da Sexta Lua."

Após uma fração de segundo, voltou a pusar os olhos no objeto mágico. Por sorte estava intato e o aspeto da estranha substância gasosa também não se tinha modificado. Acariciou a caixa e, com os dedos, tocou nas duas letras xoraxianas gravadas no vidro:

"C.C., o que será que significa?", perguntou-se enquanto apanhava do chão o maço dos alquitarôs e a faca egípcia. Pousou os três objetos no edredão, virou-se para o cão e para o gato e, zangada, avisou-os:

- Nunca, mas nunca mexam nas minhas coisas mágicas! Perceberam?

Adónisdeitou-se no tapete e tapou os olhos com as patas;Platãobaixou a cauda e fooi esconder-se debaixo da mesinha. Eram seis da manhã no dia 25 de Dezembro, e na Villa Espasia o dia de festa tinha começado assim, mas a boa disposição e a alegria da véspera chiam o coração da Menina da Sexta Lua.

(N/A: Quem não morreu realmente por causa do Taldom Lux, que foi transformado numa luz foi o avô Misha)

O avô russo não tinha deixado apenas o Taldum e a Villa Espasia à sua neta, mas também uma herança maior, transmitida precisamente através da marca de nascença em forma de estrela impressa na mão direita.

Nina estava destinada a tornar-se uma Grande Alquimista. Códigos e fórmulas, alfabetos e instrumentos de ouro, livros e documentos ajudavam a Menina da Sexta Lua a enfrentar uma aventura maravilhosa, mas também perigosa, e naquela manhã de Natal Nina deu-se conta de que a salvação de Xorax ainda lhe ia custar muitos sacrifícios.

Deu um grande bocejo e com ar ensonado poxou as cortinas de veludo azul. Perante os seus olhos surgiu um espetáculo extraordinário: os telhados vermelhos das casas venezianas, pinceladas de neve, pareciam maçapão e brilhavam com uma luz branca e azulada. A noite estava prestes a acabar e o céu estriado por uma luz rosada anunciava a chegada do amanhecer.

- Não façam barulho; ainda estão todos a dormir - pediu aos dois animais, que se sentaram de imediato junto às duas colunas azuis da porta.

Não queria mesmo acordar os pais, que dormiam no quarto ao lado, nem as tias espanholas, Carmén e Andora, que ressonavam no sumptuoso quarto do professor Misha. Em bicos de pés desceu as escadas em caracol, deu a volta é grande árvore de Natal iluminada por mil luzes coloridas, verificou se Lujba, a ama russa que governava avilla,ainda estava na cama e, surpresa viuMax 10-p1a ressonar na poltrona. Ainda estava vestido de Pai Natal: o gorro vermelho encontrava-se descaído sobre a cara metélica e a barba postiça cobria-lhe o nariz.

-Max!O que fazes aqui!?- exclamou aproximando-se.

O fiel amigo andróide abriu os olhos de repente, pôs-se em pé fazendo r -Hello, Nina. Adormeci aqui porque não podia dexcer ao Aqueo Profundix. Não tenho a exfera de vidro para abrir o laboratório, xó tu é que a tenx.anger os joelhos, pôs a barba no sítio e respondeu, embaraçado:

Nina abanou a cabeça e sorriu.Maxtinha razão. Quando, na noite anterior, tinham ido todos para a cama depois do esplêndido jantar de véspera de Natal, o andróide ficara sozinho e, não podendo regressar ao laboratório secreto sob a lagoa, escondera-se na Sala da Lareira esperando que ninguém o descobrisse.

- Pois, desculpa-me, mas à meia-noite, quando subi para o quarto com o Dodo, o Cesco, a Roxy e a Fiore, fui abrir o pacote do avô que me tinhas dado. Dentro tinha estes três objetos. Depois os meus amigos foram-se embora e eu caí no sono.

Maxbalançou todo o seu corpo e rodou as orelhas em forma de sino, e de seguida olhou para os três presentes que Nina tinha namão.

- Interexante: uma caixa de vidro, uma faca e um maço de cartax. O que tenx de fazer com ixto?- perguntou curioso.

- Ainda não sei, o avô deu-me poucas indicações sobre como utilizar estes objetos. Eu ia pô-los em segurança no laboraatório davilla. Anda, vou contigo ao Aqueo Profundis, assim podes finalmente descansar - disse dando o braço ao cómico Pai Natal metálico.

Quando chegaram á Sala do Doge, Nina tirou do bolso a esfera que abria o laboratório, encaixou-a na reentrância da porta e entrou com Max. Primeiro, pousou os tr~es objetos na mesa das experiências, junto ao livro falante,oSystema Magicum Universi;inclinou-se para o chão, pronunciou a fórmula " Quos Bi Los",levantou a tampa do alçapão e desceu com o amigo. A vagoneta estava pronta; os dois subiram e em poucos segundos chegaram ao portão de rocha do laboratório sob a lagoa. Nina usou Anel de Fumo, fez disparar a flecha e finalmente entraram no Aqueo Profundis.

As luzes estavam acesas e tudo funcionava ás mil maravilhas, o computador não tinha recebido nenhuma mensagem de Eterea, a Grande Mãe Alquimista de Xorax, e o fogo da lareira ardia como sempre.

-Max, vou precisar de ti muito em breve. Há uma importante prova alquímca a enfrentar e tenho a certeza de que Karkon e LSL não me vão dar tréguas. Também estou preocupada com os meus amigos, principalmente com o Dodo e o professor José - afirmou, ficando á porta.

- Xabex bem que a tua tarefa não é nada fácil. Vou ajudar-te como xempre fiz - respondeuMax semicerrando os olhos.

Quando Nina estava para sair, o andróide tirou a roupa de Pai Natal e devolveu-lha com satisfação.

- Obrigado pelo xerão, max não me peçax maix para vextir uma coisa dextax. Xenti-me ridículo à frente dox teux paix e dox teux amigox. Devem ter penxado que xou um pouco maluco.

- Queres dizer que na passagem de ano não vais brindar connosco?- perguntou Nina, desgostosa.

- Paxagem de ano? Eu nunca fextejei a paxagem de ano. Não me interexa. - Depois pegou-lhe na mão e olhou-a nos olhos: - Lembra-te de dar ox meux cumprimentox à tua tia Andora. É ximpática. Quando extava a falar com ela parecia que tinha á minha frente o clone criado por Karkon. Achax que poxo voltar a vê-la?

Nina sorriu. Tinha notado que entreos dois se desenvolvera uma bela amizade, mas não sabia bem se era positivo. Pegou no fato natalício e atirou um beijo aMax.

- Creio que não vais voltar a vê-la. Além disso, a minha tia Andora não sabe quem tu és. Teria de lhe explicar muitas outras coisas que estão a acontecer agora. Lamento, mas não vai ser possível.

Max 10 p-1foi sentar-se em frente ás janelas do Aqueo Profundis, fitando tristemente o fundo da lagoa. Com os olhos fixos no ponto em que estava pousado o caixão do andróide karkoniano, lamentou-se em voz baixa:

- Xabex, xinto falta da falxa Andora. Ainda não aceitei a xua morte.

- Eu sei, queridoMax...mas eu gosto mesmo muito de ti e nnca te vou deixar.

O andróide inclinou a cabeça e despediu-se dela acenando. Nina não queria desiludi-lo, mas era demasiado arriscado envolver a tia Andora na aventura. Já sofrera bastante quando era aprisionada por Karkon na Torre de Toledo para este ativar a sua cópia perfeita, a falsa Andora, um clone muito mau que se tinha autodestruído por desespero após meses de encarceramento no Aqueo Profundis. A verdadeira tia estava viva por milagre e isso era o mais importante.

Nina regressou rapidamente à Villa Espasia e, já no laboratório, sentou-se na sua habitual cadeira a observar os três presentes do avõ. Refletia sobre o que fazer e tentava concentrar-se ao máximo. A principal tarefa era criar o coentro veloz, m substância que, uma vez bebida, permitia deslocar objetos apenas com o pensamento – isto segundo o que era no livro Companheiros de Aventura do grande alquimista e escritor Birian Birov.

tinha de encontrar a nova poção alquímica para poder que estavam no palacete do conde Karkon, sem que ninguém se apercebesse. Só depois de ter fervido as duas substâncias no caldeirão com safira e ouro é que podia entrar novamente na Sala dos Encantamentos e desbloquear a máquina do Terceiro Arcano – uma máquina enfraquecida pela ausência de orvalho de lírio, mas com o motor foratlecido pelo numeromago zero inventado pelo conde. Se Nina conseguisse obter a difícil mistura mágica, teria de enfrentar o kabitus morbidus, a magia infetante criada por Karkon com o intuito de a impedir de entrar novamente no seu palacete.

O desafio descrito pelo Systema Magicum Universi parecia realmente complicado, mas a neta do professor Michajl Mesinskj já o demonstrara ser uma alquimista de verdade. Só assim conseguiria terminar a missão, salvar Xorax, a Sexta Lua do Universo Alquímico, e libertar os pensamentos das crianças encontrando os dois últimos Arcanos: Terra e a Água.

O relógio do laboratório marcava seis horas, trinta e nove minutos e dezoito segundos. Nina estava absorta nos seus pensamentos: podia dedicar-se alquimia por mais uma horita, até a sua família acordar. No dia de Natal não podia certamente desiludir os pais e as tias ficando fechada a fazer expeirências.

- Para criar o coentro veloz já tenho a primeira violeta – refletiu em voz alta abrindo a gaveta da mesa onde pusera as pesadas bolinhas coloridas que Andora lhe tinha dado. E pensar que a tia estava convencida de que eram pérolas precioasas da avó de Nina, a princesa Espasia! – Também tenho a farinha ardente que está a repousar entre dois espelhos e que já deve estar pronta – disse virando-se para verificar o pó mágico. – A água da chuva está aqui, no recipiente junto à pirâmide dos dentes de dragão. Só me falta o cometa caudífero – continuou torcendo o nariz. – O livro disse-me que vinha do céu. Estranho, muito estranho. Até agora não me chegou mesmo nada.

Levantou os olhos e observou o mapa estelar que assinalava a Sexta Lua, depois voltou o olhar e leu pela enésima vez a inscrição pendurada na parede: “O Tempo Serve mas Não Existe.” De seguida, folheou os apontamentos de Karkon e releu as partes sobre a mecanomagia, e por fim abri o caderno preto do avô e repetiu de cor as fórmulas alquímicas de Xorax. Claro que já sabia muitas coisas, mas ainda não chegavam para salvar o planeta de luz. Pôs a mão direita na folha líquida do Systema Magicum Universi e perguntou:

- Livro, onde encontro o cometa caudífero?

Já te respondi

a essa curiosidade.

Porque insistes

E não procuras a verdade?

De facto, uns dias antes, o livro tinha explicado a Nina que o cometa caudífero lhe ia chegar do céu. A Menina da Sexta Lua olhou para a folha liquida e, soprando, retorquiu:

- Mas livro, do céu não chegou nada!

Desta vez o Systema Magicum Univerrsi nem lhe respondeu; fechou-se de repente mostrando apenas a capa que representava o gughi; o pássaro mágico de Xorax.

Ela percebeu que tinha de se embaraçar sozinha: encontrar o cometa caudífero ia ser muito difícil.

- Por todos os chocoolates do mundo! Já são sete e meia! – exclamou olhando para o relógio. Abriu a porta do laboratório e correu para a cozinha. Lujba, a doce ama russa, já estava ao fogão e preparava café, leite e tarte de maçã.

- Ninotchka, já levantada? – perguntou surpreendida.

- Sim, Merengue… Olha, vou acordar a mãe, o pai e também as tias.

E assim fez. Subiu rapidamente a escada em caracol, escancarou a porta do quarto do avô onde dormiam Carmén e Andora e gritou:

- É Natal! Acordem!

As duas tias acordaram sobressaltadas com o susto; Carmén caiu da cama e Andora cobriu a cara com o lençol. Nina põs-se a rir ao ver as suas cómicas reações, e depois correu para o quarto dos pais seguida por Adónis e Platão, que finalmente podiam brincar. Vera e Giacomo ainda estavam no mundo dos sonhos. A menina atirou-se para a enorme cama, o cão ladrou e Platão saltou para a barriga do pai.

- Nina… que horas são? O que aconteceu? – perguntou a mãe ensonada, levantando a cabeça da almofada.

- Gosto muito de vocês – afirmou Nina enfiando-se debaixo das cobertas.

Até o gato e o cão pareciam felizes por ver a família reunida: deppois de tanto tempo, Giacomo, Vera e Nina podiam passar algum tempo juntos, conversar e, sobretudo mãe e filha, mimar-se um pouco.

O pequeno almoço foi servido na luminosa Sala do Canto das Rosas. Quando já se encontravam todos á mesa, ouviram bater á porta: eram o professor José e o jardineiro Carlo Bernotti.

- Holla, descansaram bem? O café está pronto? – perguntou jovialmente o professor espanhol, tirando o manto.

- Caro professor, ainda está a nevar? – retorqui Carmén trincando um pedaço de tarte.

- Sim, está mesmo a recomeçar agora. Acho que hoje vamos todos passar o Natal em casa – respondeu José pegando um biscoito de chocolate.

Andora aproximou-se de Nina e em voz baixa perguntou-lhe:

- Onde está o teu amigo vestido de Pai Natal? Gostei muito de conversar com ele ontem à noite; parecia que o conhecia desde sempre.

- Foi-se embora e já não deve voltar – apressou-se a explicar Nina, que não queriaa dar mais pormenores à tia curiosa.

Nisto Carmén interveio, brincando com ela:

- Parece-me que arranjas-te uma paixoneta.

- O que estás para aí a dizer? Na minha idade? Não é verdade! – reagiu Andora quase ofendida.

Rebentaram todos a rir. Andora corou, baixou o olhar e pôs manteiga numa fatia de pão.

Quando acabaram de tomar o pequeno almoço, a pequena alquimista deu o braço ao professor José e, com uma desculpa, arrastou-o para a Sala do Dougue. Em voz baixa contou que tinha recebido presentes do avô, entre os quais um maço de alquitarôs.

- Os alquitarôs? – repetiu o professor surpreendido, cofiando a barba ondulada.

- Sim, professor, mas não posso vê-los agora. O avô avisou-me de que tenho de usar as cartas mágicas durante uma viagem. Porém, dade que sabemos que o inventor dos alquitarôs é Loris Sibilo Loredan, talvez seja melhor aprofundar para que servem – disse Nina muito segura de si.

- Muy bien, estou de acordo. O pior, minha querida muñeca, é que LSL deve andar furioso com os últimos acontecimentos e sabes bem que está contra mim e o Dodo. Só espero que não ande a tramar alguma para nos levar novamente para a Prisão dos Chumbos. Temos de ter cuidado.

A verdade é que o professor espanhol tinha razão: o presidente da câmara estava, de facto, a conspirar com o conde Karkon e dentro em breve Nina e os seus amigos poderiam estar de novo em perigo.

José confessou a Nina que estava preocupado com o uso dos alquitarôs:

- São cartas perigosíssimas e temo por ti. Não me podes explicar o que andas a fazer?

- Não, professor, não posso mesmo. Peço-lhe que confie em mim e tenha paciência. Não vou poder explicar-lhe tudo, sabe… Espero que queria continuar a ajudar-me.

A expressão de Nina ensombrou-se, porque no fundo temia que o professor quisesse regressar a Madrid com as tias.

- Siempre. Vou ajudar-te siempre. Prometi-o ao teu avô e todo o meu saber alquímico está à tua disposição. És uma aluna verdadeiramente espacial. Quem sabese… de alguma forma já me superaste – respondeu José piscando o olho.

Nina soriu satisfeitae fez um pedido ao professor.

- Talvez se o professor voltar à Biblioteca Marciana, onde encontrou o Documento Secretus que revelava que LSL é um mago do Oculto, possa descobrir outras coisas interessantes sobre ele.

José assentiu, mas tinha de esperar o momento certo para não ser descoberto.´

De repente, Carmén entrou no aposento. Vendo-os sentados a conversar, interrompeu-os:

- Professor, não me diga que quer que a Nina estude hoje que é Natal.

José fez que não com a cabeça e, abraçando a simpática tia, promete-lhe que o dia ia ser dedicado única e exclusivamente a jogos e divertimentos.

E em parte assim foi. Só que…

Nessa tarde chegaram á Villa Espasia os amigos de Nina com os seus pais. Em conjunto, formavam um grupo alegre; aliás, na noite anterior, todos se tinham divertido imenso. Mal transpuseram a porta, um vento gélido misturado com flocos de neve invadiu o átrio. Nina correu para Dodo e Cesco, que seguravam duas grandes bandejas de doces, enquanto Fiore e Roxy traziam duas lindíssimas flores-do-natal, que Lujba pousou junto das esculturas chinesas avisando o cão e o gato que aquelas plantas eram muito delicadas.

Fiore e Roxy estavam mesmo elegantes: a primeira vestia uma saia comprida de veludo azul e uma camisolinha a condizer; a segunda trazia um vestido de lã branco com fitinhas coloridas nos pulsos.

- Estão todas aperaltadas! – exclamou Nina olhando-as de cima a baixo.

- Estou bonita, não estou? – respondeu Fiore, altiva.

- Escolhi este vestido para hoje porque me foi oferecido pela minha mãe. – Roxy tentou remediar a situação ao notar que Nina se estava a enervar.

- Não liguem. Hoje acordei ás seis da manhã e vesti o que estava mais à mão – disse a pequena alquimista olhando para as caras cómicas de Cesco e Dodo que riam disfarçadamente observando as amigas.


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Notas finais do capítulo

Para quem não tenha percebeu o Max é um robô, e ele a falar troca os S pelos X, por exemplo: cartas = cartax

Espero que tenham gostado meus queridos cupcakers. Bjinhos e até á próxima.



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