O Quinteto Fantástico escrita por Garota Insana, Menina Improvável


Capítulo 38
Capítulo 38 – Uma atitude inesperada.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiii Genteeeeeeeee!!! Tudo bem com vocês? Eu não tenho nada de emocionante para por nas notas. Então tchau '-'



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Jessi

Os dias passaram rápido, nada de emocionante estava acontecendo, pelo menos não na minha vida, quer dizer, Jaque e Dani conseguiram bater o recorde da Sarah e do Leo, do casal mais atrapalhado do mundo, Thiago vive brigando com a Seline por que ela está “roubando” a namorada dele, acontece que Larah e Sesse estão cada vez mais amigas e vivem saindo juntas.

Jaque me contou a história de como ela conheceu a sogra dela, nunca ri tanto da desgraça de alguém na minha vida, foi por causa disso que eles bateram o recorde de casal mais atrapalhado.

Daneline: 1 vs. Saronardo: 0

Quero ver quem vai vencer essa disputa no final... Bem, como eu já tinha dito anteriormente, Thiago está de mal humor, no momento ele está sentado no outro sofá com os braços cruzados enquanto Seline e Larah conversam encostadas na parede.

E eu? Bem eu estou esparramada no sofá com sono, que grande novidade, isso é tudo que eu tenho feito ultimamente, acho que nem é sono, é desanimo de ficar acordada mesmo.

No momento Jaque está não sei onde, não me importo, ela deve estar descobrindo lugares que eu não conheço na casa, tipo armários embaixo da escada, Sarah está.... também não sei onde ela está, só sei que Leo veio visitar ela e os dois sumiram...

Todos já tinham comprado os presentes do amigo secreto, tentei dar uma de ninja e ver o presente da Jaque para tentar adivinhar quem ela tirou, mas falhei na minha missão por que pelo jeito Jaque também é uma ninja, ela chegou bem na hora que eu estava quase vendo o presente e me deu uma voadora, mentira ela só me bateu e me expulsou do quarto mesmo.

Tentei descobrir os amigos secreto dos outros também, Sarah simplesmente mudava de assunto quando eu me aproximava dela. Seline apenas ria, falava “Nuca saberá... até o natal.” e saia fingindo que era uma vilã super maligna. Já o Thiago, como é o mais tonto, quase me contou...

Flash Back On

— Tigo... o teu amigo secreto... você gostou de ter tirado essa pessoa?

— Claro — Falou sorrindo brisadamente, do jeito que ele só sorria para...— NÃO! Espera ai, eu não vou te contar!

Flash Back Off

Tentar descobrir os amigos secretos é o meu melhor passatempo nas vésperas do Natal, eu amo fazer isso, já descobri algumas vezes, menos da Jaque, ela fica agindo como um ninja e nunca deixa pistas.

Me revirei no sofá e fiquei encarando Thiago que estava no outro, ele ficou me encarando de volta, quando ele piscou eu disse:

— Há, ganhei!

Ele franziu o cenho e levantou murmurando “Louca!”.

Bufei e me revirei no sofá de novo sem nada para fazer, faltam três dias para o Natal e eu ainda não comprei o presente do meu amigo secreto, para falar a verdade eu nem sei o que dar.

— JÉSSICA LEVANTA A BUNDA DESSE SOFÁ! — Berrou Jaque aparecendo na sala e me jogando para o chão.

— O que foi? - Perguntei levantando rapidamente.

— Você está muito chata, só sabe ficar ai o dia todo, trate de sair pelo menos para comprar o presente do seu amigo secreto que eu sei que você não comprou!

— Aff, tudo bem, mas da ultima vez que eu resolvi sair não deu muito certo. — Lembrei.

— É só você não ir com a Seline dessa vez, anda, vai logo.

Seline que estava encostada na parede gritou um “Hey! Eu estou aqui!” mas nós ignoramos.

— Nossa, apressada, quer que eu saia por quê? Vai receber visita de alguém que começa com "Da" e termina com "niel"? — Perguntei tirando sarro da cara dela.

— Jés-si-ca. — Falou pausadamente.

Levantei rindo e sai de casa, acho que ela estava certa, é melhor eu comprar logo esse presente. Peguei meu carro (que meu irmão tinha trazido de volta para casa a uns dias atrás) e fui para o Shopping.

— Que lindo! Vai ser difícil encontrar uma vaga aqui, principalmente nessa época do ano! — Murmurei para mim mesma ao entrar no estacionamento.

Depois de ficar dando voltas e voltas com o carro eu finalmente encontrei uma vaga e entrei no Shopping.

— Hm... O que será que eu dou de presente? Difícil... — Falei comigo mesma olhando as vitrines distraída.

— Se for para mim eu aceito um Vídeo Game. — Comentou alguém do meu lado.

Virei e vi que era meu primo.

— LUCAS! — Gritei abraçando ele.

— Eita, calma criatura. — Falou ele me abraçando também.

— E ai, como vai a vida? Faz tempo que não te vejo! — Falei animada.

— Pois é, voltei esses dias de viajem, eu estava estudando fora. — Disse ele

— O que você faz mesmo?

— Gastronomia. — Respondeu sorrindo.

— É mesmo, tinha esquecido.

— Você faz teatro não é? Tem um grupo não? — Perguntou ele tentando se lembrar.

— Sim, tenho um grupo teatral...

— É mesmo, Os Exclusivos...

— Sim, mas e ai, como está sua mãe?

— Está ótima e a sua?

— Faz tempo que não falo com ela, mas está tudo bem sim. — Respondi rindo.

— Topa almoçar comigo? — perguntou ele.

— Claro, vamos comer besteiras do Shopping. — eu disse rindo enquanto ele fazia careta, afinal, como um cozinheiro ele deve estar acostumado com comidas mais "finas".

Fomos até a praça de alimentação, compramos lanches e ficamos lembrando da infância.

— E aquela vez que nós fizemos uns cinco bolos? Um para cada primo. — Lembrei rindo.

— Nossa, verdade, foi uma briga para saber quem ia fazer o de chocolate. — Comentou ele

— Pois é, eu fiquei com o de laranja — falei fingindo estar brava..

Demos risada e continuamos conversando, acabei comentando com ele que não sabia o que dar para o meu amigo secreto.

— Hm, você sabe que time essa pessoa torce? — perguntou tentando me ajudar.

— Acho que sei! Nossa, obrigado Lucas! Agora já sei o que vou dar!

— Sou demais, eu sei! — Gabou-se

Dei risada e fomos a uma loja de esportes. Comprei o presente e sai saltitante por ter encontrado alguma coisa para meu amigo secreto. Lucas e eu continuamos andando juntos pelo Shopping conversando.

— Ai um cromossomo disse pro outro "Cromossomos lindos". — Começamos a rir da piada idiota dele.

— Nossa Lucas, ainda bem que você virou cozinheiro e não humorista. — Falei entre risos.

Abracei ele de lado enquanto riamos e logo escutei uma voz atrás de mim.

— Jéssica, quem é esse? — Virei e vi que era um dos integrantes do grupo de humor Barbixas, deixa eu tentar te ajudar a adivinhar, ele é moreno, gosta de beber em festas e sair beijando as pessoas, e é o motivo de eu estar desanimada em ficar acordada... Se você disse Elidio Augusto Sanna você acertou.

— Sanna... - falei virando com desprezo na voz — Não te devo explicações.

— Quem. É. Esse? — Perguntou entredentes olhando com um ódio profundo para Lucas.

— Não. Te. Diz. Respeito. — Falei no mesmo tom encarando ele.

Sanna estava vermelho de raiva, e ao ver isso eu abracei meu primo fazendo ele dar um passo para trás, olhou de mim para Lucas e de Lucas para mim e virou e saiu andando rapidamente com a cabeça baixa.

— Jessi... O que foi isso? — Perguntou Lucas olhando para mim completamente confuso.

— Desculpa Lucas... Eu... Só queria provocar ele. — Confessei um pouco arrependida de ter metido meu primo no meio disso.

Lucas ficou me encarando por um tempo tentando entender, acho que lerdeza é de família mesmo.

— Você tem problemas Jéssica? — Perguntou quando finalmente entendeu o que tinha acontecido.

— Tenho, o nome dele é Elidio Sanna, conhece?

Ele me olhou com desaprovação e negou com a cabeça.

— Jé, eu não sei o que aconteceu entre vocês, mas o rapaz pareceu ficar bem chateado, você vai atrás dele e vai explicar o que aconteceu aqui, que foi um mal entendido. - mandou ele sério.

— Mas Lucas... — reclamei mesmo sabendo que ele tinha razão, fui infantil de fazer isso.

— Sem mais nem menos, vamos procurar ele agora!

Andamos pelo shopping todo procurando o Sanna, mas não encontramos.

— Viu só! Ele foi embora! — exclamei

— Jé... Você sabe onde ele mora?

— Não. — menti

— Sabe sim, eu te conheço. Você vai até a casa dele hoje e vai resolver isso ok? E nem adianta fugir por que eu tenho o celular da Jaque e ligo para ela perguntando se está resolvido depois. — Falou olhando sério.

Fechei a cara.

— Você é adulta, sabe que isso foi muita infantilidade, e sei que vai fazer a coisa certa! — disse ele sorrindo — Agora eu tenho que ir, até qualquer dia desses!

Cruzei os braços e suspirei vencida.

— Tchau Lucas.

Depois disso fui até meu carro no estacionamento e fiquei meia hora pensando no que tinha acontecido, acho que Lucas tem razão. E acho que essa história já foi longe demais.

Liguei o carro e fui dirigindo até a casa da “pessoa”, estacionei com um pouco de medo. Parei em frente à porta temerosa e demorei um pouco para tocar a campainha. Depois que eu finalmente toquei dei um passo para trás.

Fiquei um tempo ali parada, e quando já estava quase indo embora pensando que a casa estava vazia, ele abriu.

Dei outro passo para trás ao ver ele, Sanna estava em um estado deplorável, com um ar cansado, olheiras como se não dormisse a um tempo e os olhos vermelhos e inchados, mostrando que ele provavelmente tinha passado as ultimas horas chorando.

Abri e fechei a boca varias vezes sem saber o que dizer.

Sanna pareceu surpreso ao me ver e avançou como se fosse me abraçar, dei outro passo para trás, eu já estava quase encostando no meu carro.

— Jessi...

— Oi Sanna... Acho que temos que conversar. — falei com mais firmeza do que realmente estava sentindo.

Aquela história iria acabar ali, naquele momento, eu não estava aguentando mais.

Ele fez que sim com a cabeça, deu espaço para eu entrar, entrei na casa e nós fomos para a sala, sentei no sofá.

— Jessi... Eu...

Suspirei cansada.

— Sanna... Lico... Por que você fez aquilo? — perguntei com os olhos marejados.

Nunca pensei que eu veria aquilo na minha vida, mas Lico sentou no sofá, escondeu o rosto nas mãos e começou a chorar.

— Jessi, eu não sei, não me lembro direito do que ouve, no outro dia quando acordei eu só lembrava de pequenos flashes do que tinha acontecido. — Falou Elidio no meio do choro, ele estava soluçando e eu não sabia o que falar.

— Só me lembrava de que tinha bebido muito, Jaque tinha me dado um soco na cara e você... Você estava chorando. —Continuou a contar escondendo o rosto novamente e chorando.

Eu estava sem saber o que fazer, nunca pensei que ele fosse chorar, olhei em volta procurando ajuda, mas a sala estava vazia, só tinha nós dois.

— Eu liguei pro Dani, ele me deu uma bronca enorme, e contou o que tinha acontecido, eu tentei a todo custo falar com você, mas você não me ouvia, com toda razão. Então hoje... No shopping... Desculpa por ter ficado daquele jeito, mas até agora eu não consigo acreditar que te perdi por ter sido um tremendo idiota! — Fiquei vendo ele chorar de soluçar, eu já estava ficando completamente desesperada, sempre detestei ver pessoas chorando, e eu não estava em condições de acalma-lo, afinal eu também estava chorando.

— Eu... Aquele que você viu no Shopping comigo era meu primo, fui infantil de ter feito aquilo, desculpe te deixar mal. — Essa foi a única coisa que eu consegui dizer.

Ele levantou o rosto para mim surpreso disse:

— Você não tem que se desculpar Jessi, a única pessoa aqui que precisa fazer isso sou eu, e sei que mesmo assim eu não mereço seu perdão e que provavelmente você me odeia com toda a força.

– Eu seria incapaz de sentir ódio de você Lico, ou qualquer coisa parecida. – desviei o olhar parecendo frustrada. – Só Deus sabe quantas vezes eu tentei sentir raiva de você e nunca consegui de verdade. Então eu não tenho o que perdoar.

— Jessi, eu prometo que não vou mais errar, eu vou mudar, só não para de falar comigo, por favor.

— Lico, eu já disse que te perdoei, e não precisa mudar, eu te conheci assim, não quero que você mude, só quero que você pense duas vezes antes de fazer alguma coisa desse jeito novamente. — Pedi indo para perto dele e o abraçando, eu tinha sentido tanta saudade disso, desse abraço que só o Lico sabe dar, do cheiro dele.

"Já não me importa o que vão dizer

Nem me interessa, eu não vou ligar

Só quero ter meu bem aqui comigo

Esqueço tudo que ele me fez..."

Ficamos abraçados por um tempo, não sei se foram segundos ou horas eu não me importava mais, tudo bem se ele fizesse burrada de novo, acho que sempre iria perdoa-lo, naquele momento eu só queria ficar ali com ele, abraçada, sem dizer nenhuma palavra, só ficar ali.

A casa estava em completo silencio, a única coisa que se ouvia eram os soluços do Lico, que logo foram diminuindo.

— Jessi... — Chamou ele baixinho

— O que foi Lico?

— Você me perdoa mesmo?

— Nunca te culpei para precisar te perdoar.

— Jessi...

— Shiu Lico, já te perdoei!

Ele deu uma risada seca da minha irritação e nós ficamos em silencio dai em diante, depois deu um tempo eu olhei para Lico e vi que ele tinha dormido com os olhos ainda marejados e o rosto molhado de lágrimas. Consegui levantar do sofá sem acorda-lo e sai da casa, entrei no meu carro, vi pelo retrovisor que minha situação não estava muito melhor, eu também estava com os olhos vermelhos e com um ar cansado.

Fui no caminho até minha casa repassando o que tinha acontecido na minha cabeça, quando percebi estava estacionada em frente casa com as mão no volante olhando pro nada, fiquei mais um tempo assim, sem pensar em nada. Quando finalmente desci do carro e abri a porta vi que Jaque, Seline, Sarah e Thiago estavam sentados nos sofá olhando para o nada.

Quando eles perceberam que eu entrei levantaram com tdudo e foram até mim.

— Jéssica, como assim você fica o dia todo fora e não liga para dar noticias? — Perguntou Sarah vermelha de raiva.

— Que?

— Jessi, que bom que você voltou! — Disse Thiago parecendo aliviado.

— Por que você está chorando? Aconteceu alguma coisa? Alguém fez alguma coisa? Você está bem mesmo? Estava cortando cebola? Algum bicho te mordeu? Tá com conjuntivite? — Seline perguntou preocupada se referindo aos meus olhos vermelhos.

— Sua idiota! Nos deixou preocupados! — Falou Jaque me dando um tapa forte na minha cabeça seguido de um abraço.

Olhei para eles confusa e só ai percebi que estava de noite e eu tinha passado o dia todo fora sem dar noticias para ninguém, o que não é comum, já que eu não sou muito de sair e quando saio sempre aviso.

— Ah, desculpa gente, é que eu encontrei com o Lucas no shopping...

— Disso nós sabemos, ele me ligou e disse o que tinha acontecido. — explicou Jaque — Mas como você não voltava logo ficamos preocupados.

— Calma gente, eu sei que vocês me amam, nas não precisam exagerar, eu sou adulta, não uma adolescente rebelde que foge de casa para ir em festas. — Falei dando uma risadinha enquanto eles fechavam a cara.

Subi para o meu quarto e me joguei na cama ficando com a cara enterrada no travesseiro, foi um dia e tanto!

— Jessi? Como foi lá com o Lico? — perguntou Jaque entrando no quarto depois de um tempo.

Ela se sentou na ponta da minha cama e eu suspirei sabendo que ia escutar bastante essa pergunta por um tempo, e me coloquei a contar tudo que tinha acontecido.


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Notas finais do capítulo

Hey, o que acharam? COMENTEM! U.U Postei o capítulo rapido, então comentem U.U

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"Já não me importa o que vão dizer
Nem me interessa, eu não vou ligar
Só quero ter meu bem aqui comigo
Esqueço tudo que ele me fez..."

Esse é um trecho da musica "Para o diabo os conselhos de vocês" Clarice Falcão (



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