Apenas um clichê - Hiatus escrita por Sra Valdez


Capítulo 12
Marina Swan Albuquerque


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo em menos de uma semana (eu acho) ! Tuts, tuts, tuts, tuts....
Eu realmente queria postar mais um capítulo naquele dia, mas não deu. Fiquei até meio triste depois...



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Antes de eu falar "Que tal amanhã? Estou morrendo de sono.", elas me puxaram até o primeiro quarto. Na porta tinha umas figurinhas de bonequinhas (com vestidos que a Ali desenhou) e um grande Alice escrito. Sophia abriu a porta e percebi que todas paredes eram lilás. Havia uma cama, penteadeira e guarda roupa. Além de sobrar espaço para os manequins de Ali.

–Ficou lindo Ali! -Falei e ela sorriu.- Lindo mesmo.

–Agora o meu! -Disse Lílian me puxando.

Olhei um por um. O de Lílian eram muito bonito, as paredes eram bege e tinha uma cama e um guarda roupa. Além da escrivaninha, que já estava cheia de papéis. Sophia sabia mesmo decorar, as paredes de seu quarto eram de um rosa bem clarinho. Sua cama estava coberta de roupas, seu guarda roupa aberto, tudo estava confuso.

–Sabe o que vou colocar naquele canto? -Ela perguntou e neguei.- Algumas de minha invenções práticas!

–Que maravilha Sophia! -Exclamei a abraçando. Apesar de nos conhecermos a pouco tempo, já a considerava uma irmã.

–Agora o seu! -Gritaram elas juntas- Nem chegamos perto dele, mas tem um bilhete colado na porta.

As meninas me puxaram até lá, no bilhete estava escrito apenas um "Aproveite e conte seu sobrenome. Beijos, mãe da Marina". Abri a porta e me surpreendi, o quarto estava realmente incrível. As paredes eram azuis, e como nos outros havia uma cama e um guarda roupa. Porém, havia algo a mais naquele lugar que fazia eu me sentir bem. Olhei para o "canto sagrado" e sorri. Minha mãe devia ter visto meu quarto antes de vir até aqui decorar, o canto estava igual a minha parte favorita no meu quarto. Tinha uma estante com meus livros favoritos (o que não era pouco), procurei ver se tinha algo a mais. Não encontrei nada, mas eu sentia falta das minhas fotos.

–Que linda estante. -Falou Alice colocando a mão no meu ombro- Está tudo bem Mari? Sente falta de algo?

–Mari, meu pai pediu pra avisar que você sabe onde está, é só pensar e lembrar. -Sophi disse e comecei a refletir. Aquilo não fazia o menor sentido.- Ah, ele pediu para entregar essa chave!

–Agora entendi a mensagem! -Exclamei e as meninas me encararam- Esqueçam tudo que vão ver nessa sala.

–UAU, isso está parecendo aqueles filmes clichês de mistério.- Falou Lily rindo do próprio comentário- Anda logo, Mari!

–O que você vai fazer? -Perguntou Ali- Não avistei nemhuma fechadura.

–É por isso. -Joguei minha chave exatamente no livro que eu queria. Abriu uma nova porta e nós entramos.- O que acharam? Vou ser sincera, eu odeio este lugar. Minha mãe que inventou para eu "Não ser uma garota depressiva desnecessariamente.".

–Então essa é a suíte do apê! -Disse Sophi.

–Então foi você que ganhou o segundo lugar nas Olímpiadas de Matemática no 7º ano? -Pergunto Li e assenti.- UAU, não acredito! Sem querer ofender.

–Tudo bem. -Respondi- Então...

–É maravilhoso! -Exclamou Sophia- Que troféu é aquele, lá no final protegido por um vidro?

–Bem, aquele é o meu favorito. Ganhei quando estava no 6º ano.

–Hum, já vi ele em algum lugar. -Falaram Lily e Ali.- Espera, deixa eu pensar.

–Eu também, e acho que sei. -Disse Sophi- Lembrei, quando...

Ela parou de falar e entendi o porque. Ninguém sabia da história do Nathan, e ela não podia contar. Assenti para ela continuar.

–Quando meu irmão estava no sexto ano, aqui na Stanford, teve uma competição em grupo. Cada grupo devia mostrar o que fazia de melhor. Meu irmão entrou no show, obrigatoriamente, junto com a colega dele. Sendo sincera em relação a apresentação, foi umas droga. Eles se deram mal, mas teve umas meninas que cantaram e dançavam super bem. Elas ganharam, eu até me lembro da música. Acho que era...

–Safe and Sound, Capital Cities. -Falei sorrindo, aquele foi um dos melhores shows de talentos da minha vida. Depois eu nunca mais participei.

–É, nós ganhamos. -Disseram Lily e Ali suspirando- Você ainda toca algum instrumento Mari?

–Sim meninas, eu toco. -Respondi, e Sophi fez uma cara de cachorrinho que caiu do caminhão de mudança.- Qual você quer?

–Quais você toca? -Perguntou Ali.

–Violão, piano, guitarra e bateria, sou bem útil.

–Pode ser violão. -Falou Sophia- Uma música...

–Amnesia, 5 Seconds Of Summer! -Disseram Alice e Lílian juntas.

–Ok. -Falei, pegando meu violão e começando a cantar:

I drove by all the places

We used to hang out getting wasted

I thought about our last kiss

How it felt, the way you tasted...

Elas começaram a cantar junto comigo, e acho que montamos um ótimo coral. Toquei apenas mais um pouco, resolvemos não cantar a música inteira.

–Vamos dormir? -Perguntei bocejando e elas assentiram saindo.- Boa noite!

–Boa noite! -Elas exclamaram.

Tomei banho, vesti uma roupa qualquer e deitei para dormir, pensando no que havia acontecido hoje. E no final, eu beijei o Nathan, me diverti com meus amigos, ganhei como rainha do baile. WOW, realmente tudo podia melhorar. Adormeci com esses pensamentos, maravilhosos.

~HORAS DEPOIS (12:30)~

–Acorda Mari! -Alguém gritou em meu ouvido e joguei uma almofada em sua cara.- Ei!

–Bom dia pra você também, Alice Swift. -Falei me levantando.- Cérebro!

–Ainda bem que você sabe! -Disse Sophi me fazendo rir. Eu estava mesmo parecendo um zumbi?- Se eu fosse você acordava de vez, já que eles param de servir o almoço, 13:15.

Corri para o banheiro sem pensar duas vezes. Hoje tinha sorvete de sobremesa! Essa eu não podia perder, é tão bom! Peguei a primeira roupa que vi, e vesti. Sai do banheiro, e dei de cara com muitos ursinhos de pelúcia.

–Ah! -Gritei me assustando, e as meninas apareceram rapidamente.- O que é isso?

–Ursos de pelúcia? -Li disse o óbvio.- Bem, precisamos ir, já é 13:00.

–Quem chegar por último, me paga um sorvete! -Exclamei saindo correndo. Pela primeira vez, o elevador estava vazio. Fui em direção a ele, mas virei para a escada, assustando as meninas, que entraram no elevador. Já estava no último degrau, quando tropecei e cai de cara no chão (literalmente).

–Ai. -Resmunguei, e fui em direção ao armário, de nosso prédio. Logo encontrei o número 3, peguei meu skate e fui até a escola.- Ufa, pelo menos não me machuquei.

Corri para o refeitório, com skate e tudo, quando entrei, ele estava praticamente, vazio. Joguei minha bolsa e meu skate na mesa, e fui pegar o almoço. Assim que me sentei, as meninas entraram, um pouco furiosas.

–MARINA ALBUQUERQUE! -Gritou Lily, ela parecia preocupada.- AQUELE SANGUE NO CHÃO, ERA SEU?

–Sei lá! -Falei dando de ombros. Já me machuquei tanto, que mais uma cicatriz não faz diferença.- Senta aí!

Elas pegaram o almoço e se sentaram, na nossa mesa. A famosa mesa 13. Acabei de comer e me levantei.

–Encontro vocês na sorveteria, ás 14:00? -Elas assentiram e eu sai resmungando.- Droga, mais um machucado! Preciso ir para a enfermaria!

Caminhei lentamente até lá, e dei de cara com o Dr. Vitor.

–Olá Marina, o que há "dessa vez"? -Ele está de brincadeira comigo, não é?- Oh, cortou sua perna.

Fiquei por volta de 30 minutos com ele, quando já estava curada me apressei, para sair.

–Valeu Vitor! Por acaso, o diretor Jackson está na escola? -Ele negou e eu sorri.- Tchau Vitor, e olá DIVERSÃO!

Peguei meu skate e sai andando de skate pelos corredores. Se eu chegasse atrasada, teria que pagar todos sorvetes! Quando eu estava saindo da escola, bati em alguém.

–Me desculpe! -Exclamei me levantando e recolhendo as coisas desse alguém.- Sou Marina Albuquerque, e nunca te vi por aqui.

–Ah, eu que peço desculpas. Sou Thales Amaral. -Fiquei sem reação, e apenas dei um sorriso fraco. Não por ele ser filho do professor, eu acho que esse tal de Thales, já foi meu namorado! Na verdade, seu nome é Harry.- A melhor reação até agora, e sim, sou filho do professor Felipe.

–Er, uau. -Falei, precisava sair dali rápido.- Preciso ir, vou encontrar minhas amigas!

–Antes, poderia me dizer uma ótima sorveteria por aqui? -Assenti.- Muito obrigado.

Comecei a guiá-lo, como assim o garoto não conhecia a escola? Seu pai vai virar o diretor!

–É aqui! -Me sentei na mesa, e encostei meu skate.- Essas criaturas ainda não chegaram, acho melhor ligar.

Disquei o número de Sophi e ela logo atendeu.

"Alô, Mari?"
"Eu mesma, vão demorar pra vim aqui? Cheguei agora e quero meu sorvete!"

"Problem? -Suspirei.- Pelo visto sim, e deve ser grave para me ligar."
"É uma longa história, e andem logo. Tchau."

"Estamos a caminho, beijão."

Desliguei e dei de cara com Thales ao meu lado. Me assustei e ele sorriu.

–Aqui está seu sorvete, eu mesmo paguei. Tem namorado? -Ele perguntou, que garoto direto. Não mereço isso, mas assenti. Esse idiota, não está querendo voltar comigo, né?!- Então, me conte mais sobre você...

Conversamos bastante sobre nós, mas aquilo não saía da minha cabeça. Menti sobre meu namorado, e se ele quisesse conhecê-lo? Esquecendo isso, era ele mesmo! Meu ex namorado, estadunidense. A propósito, o sorvete estava bom, mas com um gosto estranho.

–E aí Mari? -Disse uma voz conhecida, aparecendo. Luke Campbell, o salvador da pátria!- Tudo bem? Pelo visto não, você está pálida.

–Oi pessoal! -Falei com Nathan, James e Ezra, que apenas acenaram.- Por que está tudo rodando?

–Você vai desmaiar, óbvio! -Thales exclamou, com um sorriso estranho no rosto. Acho que ninguém percebeu, já que discutiam sobre algo.- Eu a levo, até a enfermaria.

–Tudo bem! -Disseram James e Ezra. Filhos da mãe!

–Nem pensar! -Gritou Luke e eu sorri.- Vamos Nathan, precisamos levá-la até seu quarto!

–Esperem! -Falei e os dois me encararam.- Primeiro, pega minha bolsa e meu skate. Segundo, eu ainda quero meu sorvete! Ah, e de menta com flocos!

Nathan sorriu aliviado e pediu meu sorvete. Luke me pegou no colo, e fomos nós três, até lá em casa. Ele me deitou em minha cama, e pediu para eu descansar. Não consegui, então fiquei olhando para o teto. Do nada, o notebook começou a apitar. Droga mãe, você tinha que falar comigo agora?! O peguei no criado mudo ao meu lado, e abri. Minha mãe estava na webcam! Ferrou!

–Oi filha! -Ela disse acenando, como uma doida.- Como vão as coisas?

–Shh! -Fiz e ela sorriu. Depois murmurei para os garotos não ouvirem.- Nathan e Luke estão aqui! As meninas sumiram em alguma loja de roupa, e eu quase desmaiei!

–NÃO ACREDITO! -Minha mãe gritou e eu assenti.- OH, FILHA, VOCÊ ESTÁ MESMO CRESCENDO. Então, como vai seu namora...

Neste instante Luke e Nathan apareceram, que dia maravilhoso!

–Quem é? -Perguntou Luke apontando para o notebook, e eu neguei.- Fala, por favor!

–Sua mãe? -Disse Nathan, fiquei com medo da reação de Luke, mas assenti sem graça.- Nós vamos te dar licença.

–AINDA NÃO CONTOU SEU OUTRO SOBRENOME? -Minha mãe gritou e eu neguei.- ENTÃO EU MESMA CONTO, AGORA! ELE É...

–Swan! -Falei, fechando os olhos.- Swan, é isso! Marina Swan Albuquerque.


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Notas finais do capítulo

Amnesia, 5 Seconds of Summer: https://www.youtube.com/watch?v=DCCJCILiX3o
Obrigada a você que leu até o final, o próximo capítulo será postado em breve ^-^.



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