– huff, não seja ridícula. Vejo que não é uma criatura qualquer, o que você é?

– sou um ser mágico.

Ela me encarava intensamente, não desviava o olhar, estava decidida a me acompanhar não importasse o que eu fizesse.

Por um curto período de tempo, deixei que ela olhasse bem para me. Queria que ela percebesse que eu não era nem um pouco confiável.

Alguns minutos antes...

Estava andando pela floresta, infelizmente estava muito escuro, e ventava forte, mas tinha que cumpri a minha missão. Sem prestar muita atenção no local em que andava, tropecei em um barranco, e antes que eu pudesse fazer algo para impedi minha queda, um yokai me segurou pelo cabelo.

– hum, não é humano.

– me solte. (eu disse)

– o que é você? Não é um yokai nem humano.

Droga como irei sair agora, sem usar meus poderes.. (pensei)

Desviei meus olhos por um segundo do yokai, e avistei de longe, uma sombra perto de uma arvore, há alguém ali (pensei). Gritei por socorro, almejando que a sombra daquele ser pudesse me ajudar, mas a sombra daquela pessoa, nem ao menos se mexeu. Observei que em uma das mãos do yokai, havia uma espada.

Uma oportunidade (pensei)

Mexi-me bastante nas mãos do yokai, na tentativa que ele trouxesse a espada até me como forma de ameaça. E assim ele fez.

– Quieta garota, se não irei mata-la antes da hora.

– hora? Hora do que verme? (perguntei)

– como se atreve a me chamar assim ( ele feriu minha face com a espada)

Sem pensar muito, agarrei a espada e a joguei para longe, na direção da sombra que tinha visto anteriormente.

Como consequência, o yokai jogou-me em direção a uma árvore, depois pegou-me novamente.

– droga, onde foi parar minha espada, sua maldita, vai ter o que merece.

– avistando o brilho da espada, percebeu que alguém estava segurando-a...

Ao chegar ao local, me deparei com uma bela visão, ela parecia um anjo. Seus cabelos eram longos e negros como a noite, seu corpo era escultural e tinha uma ótima postura de batalha (pela forma em que segurava as duas espadas em mãos). Ao ver sua face, decair-me em uma visão extraordinariamente bela. Seus olhos, eram encantadores, dourados como âmbar, sua pele era pálida, e em sua face percebi uma expressão nada amigável.

Voltando...

– Garota (chamei atenção dela)

– Pare de me olhar tanto.

– Perdão.

– não quero sua companhia, e em nada você poderá me beneficiar, então siga seu caminho criatura.

– por favor, imploro-te, deixe-me ir com você.

– por que? Porque deixaria você me acompanhar?

Ela com a cabeça baixa me contou sua história. Disse que estava em uma missão, para entregar um amuleto de fogo, ao governador do sul. Onde tinha prometido a quem a enviou, não usar seus poderes, pois os considerava perigoso demais.

– Perigosos? (perguntei)

– sim, sou uma maga de sangue puro.

– Bom, não importa. Meus poderes são bem mais perigosos que o seu criatura, nem por isso saio ai me segurando para não ferir ninguém. Use-os, se quer viver.

– Luna, chame-me de Luna, este é meu nome.

Maldição. Amaldiçoou destino por me colocar nessa situação.

– use seus poderes, não irei te proteger.

Ela levantando o rosto, poderia jurar que vi seus olhos brilharem de alegria.

– isso significa que posso segui-la?

– sim, infelizmente também estou indo em direção ao sul.

– Obrigada.

– Esperaremos a aparição do sol, por hora, vamos procurar um outro lugar. (já não estava aguentando ficar naquele lugar onde o odor do yokai que matei estava espalhando-se por todo aquele local).