A Plenitude das Sombras escrita por Dark Scorpion


Capítulo 8
Capítulo VIII: Um ato fraternal


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei... Me desculpem, MESMO! Saibam que não importa o quanto eu demore, eu não irei desistir dessa fic...
Esse capítulo ficou um pouco triste...



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Isabelle chorava agarrada ao solo coberto pela relva, estava desolada. Após o trágico rapto ela se pôs a estar em um profundo estado de consternação. "Nunca senti tamanha tristeza, algo me puxava para a depressão toda as vezes em que pensava neles..." dissera para mim anos mais tarde.

Elisabeth estava perplexa, imóvel, enquanto procesava as informações que vagueavam por sua mente. Em uma hora procuravam uma maneira de localizar as outras crianças das sombras, em outra, seus pais e os pais de Isabelle eram capturados e levados a um local desconhecido.

Ricky acariciava Bertha, que estava desfalecida próximo a uma grande pedra, possuía uma ferida na cabeça causada pela queda de quando Louise a lançou para longe. Ele a levantou e começou a carregá-la em seus braços, foi o primeiro a dizer algo:

–Venham, preciso tratar desses ferimentos dela... -Ele disse, porém nenhuma das duas se moveu.

Ele esperou alguns segundos, em silêncio.

Se aproximou de Elisabeth, vagarosamente, só era possível ouvir o som dos soluços de Bell, parecia que até mesmo o vento havia cessado para respeitar o silêncio que lá permanecia. Ele ficou tão próximo que Lisa sentiu sua respiração profunda, seus olhos insanos a observavam, ela os olhou movendo-se pela primeira vez depois de vários minutos. Eram os mesmos olhos insanos de dez anos atrás, os olhos que a confortavam, com pupilas e íris minúsculas e escleras brilhantes. Ricky pronunciou uma única palavra:

–Vamos... - Não era uma ordem, e sim um singelo pedido.

Ela o entendeu, Bertha era parte da Ricky. Ela era importante para ele. Assim como Mary era para si.

Elisabeth ajudou sua amiga, com delicadeza, como se ela fosse se desmontar a qualquer momento.

As duas garotas seguraram os braços do menino sombrio, as folhas à sua volta começaram a os rodear por conta do vento que se formava. Em segundos estavam na casa de Bertha.

Ricky rapidamente a depositou no sofá delicadamente, limpou a ferida na testa de Bertha e preparou uma compressa de água morna para pôr no hematoma de seu braço. Tomou mais algumas medidas hospitalares e a deixou descansar enquanto olhava para ela. Ricky acariciou seus cabelos e se virou para Lisa e Bell, elas estavam estáticas, absortas em pensamentos.

–Precisamos... -Ricky começou, mas sua voz falhou. -Precisamos voltar e terminar isso.

–O quê? -Isabelle disse baixinho com um soluço. -Não posso, eu não posso voltar para aquela floresta... aquela mulher... meus pais...

–Eu sinto muito Bell... mas eu lhe avisei dos perigos dessa viagem e devemos achar crianças antes dela, se ela fizer o ritual estaremos arruinados. Temos de ir. -Ele olhou para Lisa, ela estava parada em um dos cantos da sala olhando para o chão. Ricky se aproximou dela, chegou tão próximo que estavam a pouquíssimos centímetros de distância. Ele a olhou nos olhos, e secou uma lágrima que deslizava pelo rosto dela. -Vamos encontrá-los... -disse e olhou também para Isabelle. - Não se preocupem.

Após Ricky pegar o livro entitulado " Os segredo das sombras" eles se teletransportaram para a floresta
...

Hector arfava cada vez mais enquanto corria, seu corpo não aguentava mais, entretanto, era preciso correr. As sombras estavam o perseguindo, e ele estava em seu limite. Ele arquejava enquanto percorria as ruas da cidade de Viderry, entrava em becos e vielas, atravessava as ruas às pressas e focava somente em seu caminho, nada mais importava, somente fugir daqueles seres obscuros, quase fora atropelado duas vezes que passavam por lá. O único caminho agora era entrar na floresta... ele entrou nela.

Como na maioria das vezes, as sombras o atacaram quando menos esperava, ele estava na casa da Srtª Maggie Gettie, a vizinha dos Roones, o marido dela fora para o trabalho e Hector brincava com alguns lápis de cor muito desgastados que ela lhe emprestou para que ele fizesse algo que o entretesse enquanto ela preparava o almoço. Ele desenhava uma árvore quando a primeira sombra apareceu, ele ficou estático, olhando para aquele ser negro que se projetava à sua frente, tentou correr, mas a sombra o agarrou, isso fez com que Hector gritasse involuntariamente, o que alertou Maggie, contudo, quando ela havia chegado na sala de estar a porta estava aberta, e restava somente um retalho pequeno da camisa de Hector, e um silêncio desolador que preenchia o local.
...

Elisabeth sentiu um arrepio percorrer a sua espinha ao chegar na Fenda das Anciãs, Isabelle sentiu o terror invadir sua pele e Ricky apenas abriu o livro para tentar achar uma maneira de localizar as outras crianças.

Ele folheou cada página, porém não achou nada que pudesse lhes ajudar. Depois de muitos minutos procurando alguma pista que lhes auxiliasse na busca, foi possível ouvir alguns sons pertubadores na floresta...

Um grito agudo.

Galhos quebrando.

Um som indefinível.

Lisa ouviu os sons e tentou dizer algo, mas não foi possível, assim que ela abriu a boca, um vulto pequenino pulou para cima dela...

Era Hector.


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Notas finais do capítulo

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