“Então eu acordei, fui tentar abrir meus olhos mas não conseguia, a claridade era minha inimiga neste momento, então os fechei novamente e comecei a abri-los lentamente e aos poucos fui me acostumando com minha cruel inimiga: a famosa claridade. Quando finalmente abri meus olhos, pude ver onde estava: eu estava em uma ilha, mas não como as dos desenhos animados, um monte de areia e um coqueiro no meio do mar, e sim uma ilha de verdade, cheia de árvores, areia branquinha, um vulcão e por mais estranho que pareça, uma cabana deserta. Então, quando fui me levantar (afinal ficar deitada na areia não me ajudaria em nada) senti uma forte dor de cabeça, uma grande tortura, levei minha mão em meus cabelos, negros como a noite, e pude sentir um corte, um pouco profundo, mas isso não me preocupava, o que me preocupava era a quantidade de sangue que eu estava perdendo. Finalmente consegui me levantar, a primeira coisa que fui olhar foi para o lugar onde eu estava deitada com a cabeça e vi, no lugar de areia branca havia uma poça de sangue. Toquei no líquido vermelho a minha frente e pude sentir: o sangue ainda estava em seu estado líquido e bem quentinho, o que significava que não fazia tanto tempo que havia cortado a cabeça. Tentei, juro que tentei lembrar, mas isso não foi possível, minha memória estava totalmente embaraçada, apenas lembrava da imagem de um lugar que parecia ser uma igreja. Desisti de tentar lembrar, pois não ia conseguir lembrar mesmo. Decidi ir até a cabana deserta, mas estava com poucas forças e acabei caindo, porém rapidamente me levantei e segui em direção a cabana. Afinal que mal poderia ter uma cabana em uma ilha? Consegui abrir a porta da cabana, entrei e vi.....