Contos de uma Fujoshi escrita por Aquela Fujoshi


Capítulo 3
Drinque


Notas iniciais do capítulo

Até que enfim, né! /levatapapelacaradepaudenãopostarmaiscedo (?)
Eu ainda tenho outro cap pra postar (que por acaso era pra ser o segundo, mas acabei não conseguindo nem terminar então provavelmente ainda não vai ser nem o próximo)
Ah, e quem quiser um pouco de Shingeki No Kyoujin, tem uma fic Levi x Eren minha, Cumplicidade, que eu postei recentemente :V
Só pra lembrar, essa fic não é periódica, mas eu ainda não pretendo parar.
Meu problema é que eu resolvi fazer uma fic só com limes mas eu NÃO aguento e vou direto ao lemon, então eu fico muito tempo refazendo até ficar só no lime, nas potarea leve, só pra não ter que mudar pra R18 a classificação da fic.
Sem falar que como eu não ando entrando mt no pc, tenho q fazer os bagulhos pelo celular e dps achar algum maldito wifi pra mandar pelo email e editar no word no pc em algum momento em q ele esteja livre, ou seja, a vida tá dura... (então qualquer erro por favor avisem, sério!)
Mas pq eu ainda to enrolando? Aproveitem esse cap recheadinho de seduzência XD



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O dia que Niel resolveu beber foi o pior e o melhor da vida dele. Era para ser a simples festa de 17 anos da sua melhor amiga, Becca, mas acabou virando um verdadeiro show de horrores juvenil.

Niel recebeu a mensagem no telefone pouco depois de sair da última aula da semana na faculdade. Assim que chegou no seu apartamento, tingiu o cabelo de turquesa, a cor favorita da amiga.

Ele estava até entusiasmado para fazer a surpresa para Becca, mas depois que entrou na casa dela, tudo parecia diferente. E Niel nunca imaginara que as amizades da garota fossem daquele tipo.

Como diria um velho gênio musical, "festa estranha com gente esquisita."

A primeira coisa que ele reparou foi na aniversariante.

– Oi Rebec... – Niel perdeu a voz assim que viu as roupas da garota.

Becca sempre foi uma garota de estilo romântico, mas quem a visse pela primeira vez ali, ia rir da ideia. A começar pelos cabelos. O castanho-claro cacheado estava alisado e tingido de preto nas pontas, caindo-lhe por sobre os ombros e repicado, a franja caindo sobre os olhos delineados.

– Oi Nathaniel! – Disse a garota, estendendo uma taça de ponche para o rapaz. Suas unhas estavam pintadas e ela usava luvas de couro compridas de dedo, além dos anéis de caveiras circundando os dedos finos.

Niel recusou o drinque e segurou sua mão acima da cabeça, girando-a, avaliando suas roupas com uma expressão que o pai dela provavelmente teria se a visse naquele visual.

Becca usava uma camiseta preta fina colada ao corpo, coberta por uma jaqueta de couro preta de mangas curtas. A calça jeans cinza-escuro rasgada com o interior escarlate cobriam suas pernas finas e compridas. Um cinto largo e outro fino cruzavam-se na sua cintura, realçando a silhueta. Em seus pés só se viam os coturnos militares.

As pessoas ao redor também usavam e abusavam do estilo rock barra gótico.

Niel se sentiu totalmente deslocado sendo o garoto de trajes alegres que sempre foi, com sua blusa branca sob o casaco cinza-claro com interior amarelo neon, calças jeans folgadas e esfarrapadas e o simples All Star azul.

– Desculpa, acho que eu vim parar na festa errada – disse Niel, ainda estranhando toda aquela gente, quando percebeu que eram também seus conhecidos que estavam vestidos daquela maneira.

– Surpreendente, não é? – Becca riu, os lábios negros como ébano – É só o tema da festa, acho que você não leu a mensagem toda, não foi?

– Tal...vez... – Niel deu de ombros.

– Vem, entra, tem uma gente aqui que eu quero que você conheça.

Sem que o rapaz pudesse protestar, Becca entrou na casa puxando-o pelo braço.

A decoração também deixava a casa diferente. As paredes enegrecidas, as portas de correr ao estilo japonês estavam vermelhas com as luzes e efeitos pirotécnicos e holofotes do salão onde ficava o DJ mais tatuado que Niel já vira na vida.

Ah, claro, a música. O remix do cara podia ter sido muito bem trabalhado, com muitas bandas que Niel conhecia, especialmente Daft Punk, mas algumas músicas altas e violentas eram capazes de acordar qualquer ser vivo e morto num raio de dois quilômetros. Quem sabe não apareceriam uns zumbis no meio da festa para coreografar uma paródia metaleira de Thriller?

Becca chegou até a roda de amigos esquisitões. Eram três garotos e uma garota. O primeiro, que Becca apresentou como sendo Dave, usava as roupas quase parecidas com as de Niel, só que mais punk, inclusive um moicano ralo azul escuro. A garota, Tyla, abusava do estilo acabei de acordar, sem maquiagem, os cabelos possivelmente ruins por natureza estavam piores ainda, e as roupas que pareciam ter sido emprestadas pelo pai ou irmão mais velho de tão largas e masculinas que eram. O seguinte era Ralph, baixinho e loirinho, com as roupas pretas que realçavam sua branquidão natural e rostinho angelical.

– E aquele é o Clive – Becca apontou para o cara mais afastado do grupo.
Clive encarava Niel de um jeito um tanto intimidador, o estilo jovem-que-precisa-de-correção, ou simplesmente rebelde, lhe caía muito bem. Ele usava uma calça de couro justa com uma camiseta vermelha de mangas compridas por baixo de uma jaqueta de couro preta regata. Os coturnos militares como os de Becca alcançavam um palmo abaixo do joelho, suas mãos escondidas nos bolsos – Niel pressentia que ele usava munhequeiras. Seus cabelos castanhos compridos estavam amarrados num rabo-de-cavalo desleixado. Usava um piercing no lábio inferior. Seus olhos amendoados não paravam de encarar Niel com uma expressão que ele não sabia decifrar, mas parecia... desejo?

Becca o largou no meio do grupo e foi atender a porta.

– Ahn... Oi – Niel se pronunciou.

– E aí! – Tyla gritou mais alto do que a música, e Niel percebeu o álcool na alteração da voz dela.

Niel se afastou um passo da garota.

– Becca não disse seu nome – disse Ralph calmamente.

– Ah... Eu sou Nathaniel, mas pode me chamar só de Niel.

– E aí! – Tyla gritou novamente.

– Liga pra ela não – Dave se pronunciou, girando o dedo indicador ao lado da cabeça –, é o estado natural dela.

Clive puxou o pequeno anjinho-não-muito-anjinho para perto de si e disse alguma mensagem sem palavras, tocando a mão dele e deixando-o sair em seguida, com um sorriso nem um pouco angelical.

Ralph tinha cara de cupido, foi o que Niel pensou. Rosto bonitinho, mas aura travessa.

– Então, você curte que músicas? – Tyla disse, apoiando o peso do corpo no pé direito e o braço sobre o ombro de Dave.

– Hã... De tudo um pouco...

– Falou minha língua! – Tyla deu um sorriso sinistro e estendeu a mão para Niel bater – Conhece The Fray?

Niel riu.

– Está brincando? – ele abriu o zíper do casaco, revelando uma camiseta branca da banda, com a capa do álbum How To Save A Life.

Em poucos instantes, Niel e Tyla formaram uma nova e esquisita amizade, conversando sobre os mais diversos estilos musicais e bandas. Mas ele não conseguiu relaxar sob o olhar 43 de Clive, que encarava-o como se fosse a mais nova motocicleta de uma concessionária.

Ralph havia voltado trazendo (tentando trazer) três taças de ponche nas mãos.

– Ah, eu não bebo – Niel recusou educadamente.

– Esses são sem álcool – Ralph sorriu de um jeito perverso, o que fez Niel pensar que cupidos realmente existiam –, Becca me disse que você não bebe.

Niel pegou uma taça e provou. Era doce e ardido, mas não parecia ter álcool, o que era bom.

Mesmo assim, pouco depois, Niel ficou alterado. Não bêbado, mas uma sensação estranha começou a percorrer por seu corpo, deixando-o visivelmente desconfortável.

– Se precisar, o banheiro fica a ali no final do corredor – Dave avisou, apontando para trás com o dedão.

Niel agradeceu e correu para o banheiro, mas quando abriu a porta e entrou às pressas no cômodo, era um quarto. Antes que ele pudesse dar meia volta, escutou a porta correndo e se fechando atrás de si. Ele se virou e deu de cara com Clive parado à porta com um sorriso malicioso no rosto.

– Hã... O quê? – Niel olhou em volta, mas não havia mais saídas além da porta atrás de Clive.

Niel estava encurralado. Logo de início não parecia uma boa ideia sequer chegar perto do cara, agora estavam sozinhos em um quarto afastados de outras formas de vida juvenis.

Nada bom...

Clive correu o olhar por seu corpo e parou em um ponto específico, sorrindo de canto.

– Pelo visto minhas boas-vindas fizeram efeito – ele finalmente disse, e Niel seguiu seu olhar.

O quê?!

– V-você chama isso de "boas-vindas"? – ele deu um passo para trás, cobrindo a virilha com as mãos como se estivesse prestes a defender um pênalti.

– Como você queria que eu chamasse? – Clive respondeu com outra pergunta, avançando na direção de Niel – "Saudação"?

Niel gruniu, se afastando, evitando pensar no jeito predatório e sensual que Clive vinha até si.

– O quê você fez comigo? – ele tropeçou num futon atrás de si e caiu de bunda no chão.

Clive riu.

– Eu? Nada – ele abriu os braços – Nós não estamos aqui para curtir a festa?

Tão rápido quanto Niel não pôde raciocinar, Clive o pôs de pé e encurralou-o de costas para si na parede, encoxando-o. Antes que Niel pudesse protestar, o bad boy deslizou suas mãos frias e ágeis pelo seus braços e abdômen, causando-lhe uma sensação quente em cada centímetro de pele desnuda tocada.

– O-o que tinha naquela bebida? – Niel tentou soar confiante.

– Procure você mesmo – Clive o virou de frente para si, um sorriso sacana emoldurando aquele rosto de vilão de filme de ação, deixando Niel completamente sem reação – Me reviste! – ele sussurrou e abriu os braços.

Sem resistir, Niel começou a tatear a cintura de Clive, sem muito saber o quê fazer. E Clive se divertia com a respiração ofegante do outro em seu ouvido.
Niel encontrou no bolso de trás (posto lá de propósito por Clive) um pequeno potinho parecido com uma embalagem de Tic-Tac, com duas pastilhas dentro.

– Isso é...

– É – Clive respondeu ainda antes da pergunta, sorrindo, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Aquele sorriso abateu Niel assim que ele percebeu que ainda estavam agarrados. Deu um passo torto para trás, batendo as costas na parede.

– Você me drogou?

– Talvez.

– Você é louco – Niel tentou ir para o lado, mas estava já no canto do quarto.

– Então você não gostou disto? – Clive agarrou uma certa região no meio das pernas de Niel, fazendo-o soltar um gemido arrastado que nem ele mesmo imaginava que seria capaz de fazer quando não fosse nas brincadeiras idiotas com os amigos.

Niel mordeu o lábio inferior, evitando contato visual. Clive se calou novamente apenas para apreciar os sons submissos que o garoto era capaz de produzir. Ele continuou agarrando ali, massageando, aos poucos chegando cada vez mais perto do corpo dele, fazendo-o fraquejar as pernas.

Niel segurou o pulso de Clive, e, contra as expectativas de ambos, ao invés de empurrá-lo para longe, dirigiu-o mais para cima de uma vez, introduzindo a mão dele por dentro da calça.

– Ahh... – Niel sibilou assim que sentiu Clive arranhá-lo, mesmo por cima da cueca brief.

Clive riu pelo nariz, pressionando a ereção de Niel com o dedo médio, dando a ele uma sensação nunca experimentada antes. Talvez fosse a droga, talvez não. Niel não sabia. Tudo era tão excitante, toda sua pele fervilhava de desejo, necessidade de mais daquele toque de Clive. Ele não tinha mais consciência do que exatamente estava acontecendo, se aquela criatura totalmente submissa e impúdica era ele mesmo, se a pessoa que estava fazendo isso com ele era um cara, um desconhecido, se seu nome era Niel, se ele ainda estava acordado...

De fato, ele queria poder estar sonhando.

Mas percebeu que tudo aquilo era bem real quando sentiu-se lambuzado.

Clive também sentiu.

– Ora, ora – ele sussurrou, rindo – Está fazendo efeito mais rápido do que eu esperava.

Clive adentrou a mão pela brief do garoto, apertando sua extensão.

Arrepios percorreram o corpo de Niel.

– Mmh...!

live seguiu roçando a mão ali, suavemente, procurando dar-lhe uma intensa e prolongada sensação de prazer, e apartava o contato de tempos em tempo, só para ouvir os gemidos de protesto da parte do menor.

Niel se agarrou aos ombros de Clive, encostando suas testas, enquanto arfava em seu ouvido e o maior mordiscava seu pescoço, fazendo cócegas com seu cabelo, o peito do azulado subia e descia inconstantemente conforme ele tentava conter os ofêgos nem um pouco dignos de respeito.

– Ahn...

Droga! Aquilo não estava certo. Claro que era bom! Muito, por sinal. Mas ainda assim...

Clive seguiu provocando o garoto, se divertindo com aquela criaturinha dócil e submissa, como se estivesse brincando um gatinho.

Niel respirou fundo e engoliu em seco. Se aquilo seguisse tal caminho...

Não. Sinceramente, Niel não tinha nada que fazer ali com Clive. Eles nem se conheciam direito! Aquilo era um estupro, isso sim, e Niel não ia deixar aquilo acontecer.

Conseguiu reunir toda a força de vontade que não tinha para empurrar Clive e sair do agarro dele, arfando pesadamente, livre daquela sensação.

Clive estreitou os olhos e dirigiu um sorriso cruel a Niel, mas nada disse. Apenas observou o garoto correr para fora do quarto, indo em direção ao verdadeiro banheiro, murmurando alguns nomes não muito bonitos contra ele.

Mas aquilo não era problema. Clive sabia que uma coisa era verdade: eles sempre voltam.


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Notas finais do capítulo

Eu – Eu disse, não disse?
Rodrigo – Disse.
Lilica – Disse o que, criatura?
Eu – Um monte de coisa, eu tenho boca pra falar, não acha?
Rodrigo – *gota* Que você ia voltar parecendo uma salsicha branca.
Lilica – Ain... Isso machucou...
Eu – Mas é verdade, lide com isso.
Lilica – Cruel...



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